É de fundamental importância
que a operação de uma ETA ou ETE seja apoiada em dados reais medidos, o que
leva a economia de produtos químicos, segurança operacional, e agilidade na
tomada de decisão. Um dos principais parâmetros de controle é a vazão, a partir
da qual deriva todas as ações de controle.
O PH da água bruta em algumas ETAs
varia com muita frequência, em decorrência do comportamento de regime de
chuvas, e de descargas de barragens a montante, e a ação de controle dos
dosadores devem ser imediatas, sob pena de se produzir por algum tempo água de
qualidade fora dos padrões.
Nas ETEs, a variação brusca do PH pode ser
originária de um lançamento clandestino, ou de lançamentos de caminhões fossa
com produtos não permitidos na ETE, e devem ser detectados imediatamente sob “pena
de morte do reator”. A Turbidez é outra variável, que em muitos casos está associada
a variação do PH, e deve ter um monitoramento continuo, para garantia da
qualidade da água tratada distribuída a população. Outro elemento de controle
fundamental é o nível dos reservatórios, cujo monitoramento permite garantir a
operação econômica por meio de liberações em horários de pico de energia, e
evitar extravasamentos que aumenta o custo operacional.
Em decorrência da
visão operativa, bem como os custos envolvidos a maioria das Estações de Tratamento
não dispõe de nenhum destes controles, e a operação segue na base do improviso.
Atualmente porém já encontra-se disponibilizado no mercado, instrumentos de
controle que para facilidade de instalação dispensam inclusive a utilização de
cabeamentos, e a transmissão de dados é feita via rádio, como por exemplo o COMPUTADOR
DE INSTRUMENTAÇÃO Cirus, de fabricação Infinium, onde este equipamento pode
receber a informação via rádio de até quatro sensores na planta de tratamento, indicando
e armazenando dados para uso imediato e estatísticos.
O computador de instrumentação é um equipamento
projetado para a indicação, transmissão e controle de sensores de campo, tais
como nível, vazão, analisadores de cloro, analisadores de turbidez, dentre
outros, assim com apenas um único Cirus é
possível monitorar até 4 elementos primários de forma simultânea e distribuídos
pela planta, o mesmo possuem comunicação digital RS485 e ainda interface via
rádio para leitura de sensores em distancias maiores.
Um exemplo típico de
instalação em uma ETA, é descrito a seguir:
Na calha parshall,
instala-se três sensores, que irão enviar ao computador de instrumentação as
informações de vazão, de PH e de turbidez, e no reservatório de água tratada,
outro sensor irá monitorar o Nível de forma instantânea. Pode-se ainda optar por sensores de cloro, de
pressão entre outros, o que não é mais oportuno é descartar tecnologias que
atualmente são muito baratas, em comparação com os benefícios auferidos com a
sua utilização.
Em uma ETE, de forma
análoga dois sensores na calha parshal, monitoram a vazão de entrada, e o PH do
esgoto afluente, alarmando em condições externas aos parâmetros definidos, assim como dois sensores no
efluente monitoram continuamente o PH, e a turbidez de saída.
Outros arranjos são possíveis
em função da característica de cada planta.