quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

PIADA COM PREFÁCIO


PIADA COM PREFÁCIO


Prefácio são as palavras de esclarecimento, justificação ou apresentação, que precedem o texto de uma obra literária, e até de uma piada; preâmbulo, prólogo, prelúdio, preliminar, introdução, exórdio.
Resumo: Muitas vezes temos que contar uma história para que o interlocutor entenda a nossa piada e de um sorriso legal.

A nossa história começa com uma bomba, sim uma bomba, não aquelas dos aiatolás, mas as que têm em nossa residência, para elevar a água até a caixa d´água quando a empresa responsável pelo abastecimento de água não garante a pressão mínima estabelecida nas normas técnicas, e também aquelas grandes bombas utilizadas nas empresas de saneamento.
Cada bomba construída tem a sua identidade própria, ou seja, todas as informações inerentes a sua vazão, altura de recalque, potencia, rendimento hidráulico, energia necessária na sucção, são reveladas por meio de sua CURVA CARACTERÍSTICA, representada abaixo.


Esta curva é a identidade da Bomba: zpy-123 e de posse desta CURVA é possível identificar as condições de funcionamento da bomba, comparando com os dados colhidos em campo com técnicas de medição de vazão e pressão. Esta é a mesma condição das adutoras, que a semelhança das bombas tem também a sua curva característica, que trataremos em outro texto.

Na montagem das bombas são utilizadas peças especiais de diversos materiais, como PVC, Ferro Fundido, Aço entre os principais.



Dentre estas peças da montagem, destacamos as curvas em ferro fundido com diâmetros de 25 mm a alguns metros de diâmetro, sendo que em Mato Grosso, a maior instalação de bombas para abastecimento público é da Eta Tijucal onde a adutora de água bruta possui curvas de 1.200 mm em Ferro Fundido, e com peso de 1.750 Kg. O mais comum nas instalações são curvas com diâmetros entre 100 mm a 600 mm.

A PIADA

Em uma cidadezinha do interior, o Ulisses, (Zé mané amigo do prefeito) toma posse como gerente do serviço de abastecimento de água da cidade; e como acontece nas estatais, não recebe nenhum treinamento, e vira chefe de um serviço que ele só conhecia o produto final que era a água tratada que chegava a sua casa. E para seu azar uma bomba montada em uma área vital do sistema ‘deu pau’ na sua primeira semana de trabalho. Sem problema pensa, ligo a reserva, e vou procurar socorro na capital.......pega o telefone e liga.
- Bom dia, gostaria de falar com o engenheiro responsável pela manutenção dos equipamentos aqui de nossa cidade.
(espera alguns minutos, e do outro lado atende o Dr. Pedro.
- Bom dia, qual o seu problema?
- Dr. Estamos com a Bomba de nossa captação pifada, e precisamos de socorro pois estamos funcionando precariamente a reserva, e ela pode ‘dar pau’ a qualquer hora.
(acreditando estar falando com o chefe anterior, responde)
- Positivo, temos algumas bombas no estoque, e para selecionar uma que possa atender as condições locais, preciso que você me envie a curva desta bomba, que esta com problema.
- Ok, Dr. Vou amanhã à capital e posso levar pessoalmente.

No dia seguinte:

- Bom dia Dr., Sou o Ulisses da cidade de politicalha, que te ligou ontem.
- Sim estou sabendo, trouxe a curva da bomba que lhe pedi?
- trouxe sim Dr. deu um trabalhão danado, tivemos que trabalhar a noite toda, ta lá no caminhão, precisa de dois homens para carregá-la.

SORRIA.............

(O cabeça de bagre, desmontou a tubulação e trouxe a curva de ferro usada na montagem, ele ainda não sabia que a sua bomba tinha identidade, e que esta estava no arquivo de cadastro dos equipamentos)

Já vi cada uma, mas lavar filtro com pé de galinha, esta é demais..........

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE CUIABÁ

Este texto foi escrito em 1.983, e datilografado em uma máquina Olivetti nas dependências da saudosa Gercap (Gerencia da Capital) sediada no bairro do Porto, próximo a feira municipal. O objetivo na época foi uma publicação no Jorsan (Jornal da Sanemat). A maior motivação era questionar os investimentos em esgoto quando não tínhamos universalizado o abastecimento de água na cidade de Cuiabá. Nesta época discutia-mos o projeto da atual Ete Zanildo Costa Macedo, e não vislumbravá-mos um PAC do esgoto, e a cidade crescia exigindo investimentos em água. Porém como crônica informativa o assunto continua atual............vaia nos Homens, e viva aos Peixes, o Rio Cuiabá e as Bactérias, pois confesso que ao encontrar este texto em meus arquivos, e relendo-o verifiquei que o assunto é mais latente que antes, a história é a mesma, evoluímos muito pouco ou quase nada.



PARTE 1 - O HOMEM, OS PEIXES, O RIO CUIABÁ, E AS BACTÉRIAS.

Durante muito tempo tivemos a oportunidade de observar a oscilação do tema Esgotamento Sanitário e dependendo do Emissor o assunto ganha as páginas dos jornais e os minutos preciosos da TV, com conotações catastróficas para os habitantes do rio e para a população cuiabana; são pontos de vista apoiados em um tema onde o desconhecimento fomenta a criatividade e a imaginação na sua abordagem, gerando hipóteses sem nenhum embasamento Científico; e para tentar-mos eliminar alguns paradigmas inerentes ao assunto, recordaremos inicialmente alguns aspectos biológicos relacionado com a questão.
O Meio Ambiente abriga três formas de vida em função da temperatura reinante. São elas; a vida latente, oscilante e continua os peixes se enquadram no grupo de vida oscilante, visto que, suportam até -15°C, são animais de sangue frio ou heterotermos; nós ao contrário para curtir-mos um calorzinho cuiabano e um friozinho da Chapada dos Guimarães, estamos enquadrados no grupo de vida contínua (de sangue quente) ou homeotermos.
Agora se o assunto é Oxigênio no Meio Ambiente a vida pode ser Aeróbica ou Anaeróbica, ou seja, os seres vivos podem na presença de oxigênio ou intoxicar-se e morrer, ou viver de forma saudável.

O oxigênio pode estar presente tanto na Atmosfera que é o oxigênio que respiramos, ou em meio líquido nos rios e lagos, do qual os peixes respiram, somos portanto de vida Aeróbica a mesma dos peixes, só que cada um a sua moda e no seu habitat; um retira o oxigênio que precisa do ar e o outro da água; e finalmente no que concerne à Alimentação, os seres vivos podem ser Autótrofos e Heterótrofos, os primeiros sintetizam a matéria orgânica que precisam através da fotossíntese ou através da Quimiossintese, onde a matéria orgânica é sintetizada usando a energia da oxidação de matérias inorgânicas realizado por Nitrobactérias e Ferrobactérias. Neste quesito nós e os peixes somos da família dos heterótrofos. Distinguem-se ainda nos seres heterótrofos aqueles que retiram a matéria orgânica que precisam de organismos mortos que são os Saprófitas e aqueles que retiram alimentos de organismos vivos que são denominados Parasitas.
Importante é ainda destacar a relação entre os seres vivos de mesma espécie que se aglutinam em Colônias ou Sociedade; no primeiro caso os indivíduos só podem viver juntos, onde o exemplo mais comum é o das bactérias e no segundo caso, a aglutinação ocorre apenas pelo instinto de associação que pode ser Individualista como nos cardumes, rebanhos e manadas, e Coletivistas como as abelhas, formiga e cupins.
Vamos considerar os três agrupamentos de vida que irão interagir-se quando o Assunto é o Esgoto Doméstico, são eles:

a) - O homem;
b) - Os peixes e seu meio ambiente (O Rio Cuiabá);
c) - As colônias de bactérias.

O Homem, os Peixes e o Rio já são nossos velhos conhecidos, sendo possível vê-los diariamente e avalia-los de várias formas. Resta, portanto as famosas Bactérias Coliformes, sim famosas, está em todos os bate papos, todos falam a seu respeito, e apenas uns poucos tiveram o “privilégio” de vê-las e entende-Ias vamos, portanto tentar desvendar este mistério.


OS COLIFORMES - ESSES DESCONHECIDOS

Para iniciar-mos neste novo mundo desconhecido, vamos primeiro saber o que é um Coliforme?

Em termos bem práticos, definimos Coliformes como sendo toda bactéria capaz de fermentar e produzir gás em 48h e a 37°C quando semeada em caldo lactosado em condições aeróbicas. As bactérias do grupo coliformes são divididas pelos sanitaristas em duas espécies:

- Escherichia Coli (fecal); e
- Aerobacter Aerogenes (do solo).

Estudos demonstram que:

Menos de 4% do Grupo dos Coliformes Fecais (Escherichia Coli) são patogênicos, ou seja, são capazes de produzir doenças.

É desaconselhável a fixação de uma proporção entre coliformes totais e fecais.

‘Se não estiver ocorrendo nenhum caso de diarréia infantil a variedade patogênica é de 0% (zero por cento)

Não existe nenhuma relação entre um elevado número de coliformes e casos de doenças devido ao banho em águas poluídas.

Comparado com os riscos possíveis como queimaduras de sol, intoxicação alimentar com ingestão de peixes deteriorados. “A ocorrência de contrair doenças através de banhos em águas poluídas” é insignificante a menos que surjam evidencias epidemiológicas.

No existe nenhum relato em que o banho em águas do mar contaminadas por esgoto consiste em sério risco para a saúde.

Quando falamos em Poluição de um rio, devemos nos posicionar na escolha do ângulo sob o qual o problema é encarado. A Poluição é uma espécie de monstro de muitas caras, e o especialista, ao enfrentá-lo vê somente uma dessas caras de acordo com a posição em que se coloca, ou dos objetivos que tem em vista. Daí os desentendimentos entre ecologistas, piscicultores, sanitaristas, políticos e o cidadão comum. Para o cidadão comum, a água poluída é aquela que se apresenta Suja, pela presença de substâncias putrefatas e mal cheirosas, prevalece no seu conceito o aspecto estético da água, este cidadão não concebe a possibilidade de uma água limpa, transparente e fresca estar poluída. Matar peixes, e produzir nuvens de pernilongos, assim como não concebe que uma água colorida, com sabor desagradável e opaco não esteja poluída e não ser nociva á saúde.
Os sanitaristas estão impregnados pelo conceito de poluição ligado à transmissão de doenças. Relacionam o índice de coliformes à presença de elementos tóxicos, e tudo que prejudica as qualidades estéticas da água são seus inimigos mais visados, e quando o assunto é tratamento de esgoto, os seus objetivos imediatos são a eliminações total de bactérias e a estabilização total da matéria orgânica, pois ao ser lançado no rio, poderá alterar suas características de potabilidade com produção de sabor, odor e redução de oxigênio.
Ao Piscicultor, nem o sabor, nem o odor, nem a cor e nem o número de coliformes constituem valores negativos á qualidade da água, e portanto não podem ser tomados como denunciadores de poluição. Uma intensa cor verde e repugnante para quem bebe a água é até desejável, pois isto é devido ao Plâncton que é alimento básico dos peixes. Ao contrário do sanitarista que tem pavor dos sais de nitrogênio e fósforo, porque favorecem o desenvolvimento de algas, o piscicultor costuma, na prática ‘adubar` as águas com nitratos e fosfatos e com excrementos de aves e bovinos, para ele, água poluída é a que possui pouco oxigênio, ou substância tóxica para os peixes.

A matéria orgânica somente é nociva quando “rouba” excessivamente o oxiqênio dos Rios e Lagos, enquanto que é mais nocivo o zinco dos revestimentos de canos galvanizados, o cobre que os sanitaristas controlam as algas e o cloro que é lançado no rio e que mata a alimentação dos peixes e até o próprio peixe.
O ecologista entende como poluição toda alteração de natureza física, química, biológica e hidrológica que desequilibra o ciclo biológico normal, contribuindo para alterar a composição Faunistica e Floristica do meio. Este conceito não tem um objetivo prático e não visa a proteção da água no sentido de uma reutilização qualquer, não leva ainda em consideração as preferências ou a saúde do homem.
Para o ecologista, a introdução de uma água cristalina e com muito oxigênio, em um rio pantanoso, pobre em oxigênio e rico em metana constitui poluição, uma vez que o oxigênio em excesso destruirá a flora anaeróbica produtora de metana e outras consequências, alterando o ciclo biológico natural; seria o caso de poluição de um rio não poluído por outro rio não poluído.

Concluímos, portanto que:

· Água Poluída não é Sinônimo de água suja

· A poluição é fenômeno que ocorre também em águas de boas características estéticas.

· A poluição pode não existir em águas que nos apresenta com péssimas características estéticas.


Em nossas considerações sobre o esgoto doméstico dado as circunstâncias do meio prático envolvendo o homem o rio e os peixes, definimos, Poluição como qualquer alteração Ecológica ou desequilibro Biológico que tenha como conseqüência a destruição ou impossibilidade de criação de peixes e que comprometa a utilização das águas para fins de recreio e uso sanitário para abastecimento público.

Quando se introduz substâncias e organismos nocivos no meio denominaremos contaminação. Assim quando ocorre o lançamento de fezes com o vírus da Cólera o meio líquido ficou Contaminado com este elemento estranho ao meio.

Quando se trata de esgotos sanitários devemos considerar como principais elementos poluidores do rio os seguintes parâmetros:

a) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) - Este é o principal parâmetro de medida de poluição de um rio, e representa a capacidade que a carga orgânica de esgoto tem de consumir o oxigênio do meio líquido onde é lançado.

b) Sólidos Decantáveis (SD) - Representa a capacidade de assoreamento do rio pela quantidade de sólidos que se decanta e é trazido pelo efluente de esgoto.

c) Sólidos em Suspensão Total (SST) - Representa a capacidade do esgoto de alterar a turbidez do rio, prejudicando os processos biológicos de fotossíntese ou de consumir o oxigênio do mesmo se os sólidos em suspensão forem de materiais voláteis.

e) Nutrientes (sob a forma de Nitrogênio (NO3) ou Fósforo (PO4) - Estes nutrientes em doses elevadas acarretam um crescimento desequilibrado de seres produtores de uma cadeia alimentar causando o processo de Eutrofização. O número de coliformes encontrados no rio não guarda nenhuma correlação com estes parâmetros indicadores de Poluição e muito menos de Contaminação, portanto fazer diagnósticos utilizando apenas, coliformes como indicador de poluição deve ser reconsiderada, pois a existência de coliformes indica apenas que existe um despejo orgânico, não estéril, e estranho ao corpo receptor.

Mas afinal para que servem estes agora conhecidos coliformes?

Onde houver presença de animais de sangue quente existirá a presença de coliformes, sendo que a qualidade do ambiente onde vive estes animais pode ser aferida com a utilização da medição de coliformes que se torna a principal função dos mesmos, ou seja, a de Controle de Qualidade do Ambiente.

Em qualquer levantamento sanitário de um corpo receptor, sempre que neste corpo receptor houver a contribuição de despejos orgânicos não estéreis, invariavelmente o número de coliformes se alterará, denunciando a presença destes despejos. Deve-se analisar a partir desta informação se o despejo é ou não prejudicial ao corpo receptor. Se o despejo for o efluente de uma lagoa ou estação de tratamento de Esgoto o número elevado ou não de coliformes não tem o menor significado em termos de “Poluição“.
Os coliformes podem ainda ser utilizados para a modelagem de rios quanto a qualidade da água, e na medição do Parâmetro T-90, que corresponde ao tempo necessário para que 90% das bactérias seja inativada pelas condições adversas encontradas na massa liquida. A medição de coliformes deve ainda ser utilizada para checar as estações de tratamento de esgoto quanto ao comportamento da população bacteriana, definindo a eficiência da estação.
Conclui-se, portanto que não existindo nenhuma correlação entre coliformes e os parâmetros indicadores de poluição, estes devem ser medidos apenas para detectar que existe o despejo ( poluidor ou não), estranho a natureza do corpo receptor.

Quando o assunto é contaminação, os coliformes têm ainda menores possibilidades de serem considerados como indicadores. Porém as facilidades de sua análise e o seu agrado pela maioria dos sanitaristas, têm acarretado prejuízos, a programas de recreações aquáticas e gastos em Projetos e Construções de unidades de tratamento desnecessárias, assim como tem impedido Programas de Pesquisas de verdadeiros e confiáveis indicadores de Contaminação e Poluição. É tempo de mudar.

E viva os Coliformes.


PARTE 2 – O PODER DO RIO

O esgoto bruto gerado na cidade pode ser oriundo basicamente de uma das seguintes fontes:

- Origem fecal;
- Lavagem de domicílios, hospitais, escolas, restaurantes, hotéis...
- Águas de chuva;
- Poeiras;
- Fertilizantes;
- Pesticidas de jardins; hortas
- Óleos e graxas;
- Indústrias (farmácia, papel, carne).
- etc.

A exemplo do lixo interessa a cada cidadão descarta-lo o mais distante de sua residência, afinal, o esgoto é um subproduto nauseante. Para resolver este problema a solução mais comum é a sua coleta em uma fossa onde os sólidos são retidos e ocorre a infiltração do resíduo líquido no solo através de sumidouros; este sistema consiste em soluções individuais e até coletivas de Fossas e Sumidouros cuja construção é de domínio popular.
Nos aglomerados urbanos com alta densidade e em regiões de baixa capacidade de infiltração no solo, este fica saturado e o esgoto aflora, gerando uma condição insalubre. A solução adotada, portanto é a de coleta do efluente das fossas e o seu lançamento em um curso dágua; Ao ser lançado no rio o esgoto ”agride” o meio ambiente aquático que “reage“ buscando auto depurar-se, assim é possível reconhecer quatro zonas distintas, ao longo do curso d’água que recebe forte contribuição de esgoto, que são:

- Zona de degradação;
- Zona de decomposição ativa;
- Zona de recuperação;
- Zona de águas limpas.

A Zona de Degradação - ou primeiro estágio de impacto entre o esgoto e o rio, caracteriza-se por uma água turva de cor acinzentada com depósito de sólidos que atrai uma densidade muito grande de peixes em busca de alimentos. Neste estágio ocorre a proliferação bacteriana constituída de bactérias aeróbicas que se alimentam da matéria orgânica utilizada para sua oxidação.
O oxigênio dissolvido (02) nesta zona reduz a 40% de saturação, e o gás carbônico se eleva, assim como o teor de compostos nitrogenados e de amônia.
A DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) ou o poder do esgoto em retirar oxigënio do rio, atinge o pico máximo neste ponto de lançamento, decrescendo em seguida; em contrapartida as algas são raras por falta de luz cuja penetração é dificultada pela turbidez elevada, e pela presença de substâncias tóxicas e falta de oxigênio á noite. Este ambiente é propicio ainda para que as bactérias do grupo coliformes, as de vida livre no esgoto, os fungos e protozoários, principalmente os ciliados atinjam o auge de desenvolvimento.
A fase seguinte, é caracterizada como Zona de Decomposiçào Ativa.

Esta zona é reconhecida apenas quando ocorre forte carga de esgoto e caracteriza-se por apresentar uma acentuada cor cinza com depósito de Iodos escuros no fundo e ativo mau cheiro. Na parte média da zona de decomposição ativa o oxigênio pode ser integralmente consumido pelas bactérias, fungos e outros organismos aeróbicos instalando-se, portanto condições de Anaerobiose (falta de oxigênio) em toda massa d’água nos pontos de maior concentração de Iodo orgânico. Com o desaparecimento da vida aeróbica, surge em seu lugar uma flora e fauna com respiração intramolecular, ao que da origem ao desprendimento de bolhas contendo gases como metano, gás sulfídrico, mercaptanas etc., que são responsáveis pelo mau cheiro do ambiente séptico. Nesta zona observa-se ainda:

· - O nitrogênio ainda é encontrado em grandes quantidades na forma orgânica com predominância de amônia iniciando sua oxidação em nitritos.

· - As bactérias coliformes diminuem rapidamente no decorrer desta zona principalmente as patogênicas e fecais em geral devido à presença de bacteriófagos que parasitam as bactérias.

· - A água limpa é o maior antisséptico contra as bactérias, matando-as rapidamente.

· - Nesta região os bacteriófagos destroem os bacilos desentéricos, tifícos, paratificos, além do escheria colil. Nesta depuração bacteriana pelos bacteriófagos surgem outros aliados como a luz e a precipitação de partículas que são arrastadas para o fundo, bem como a ausência de nutrientes para as bactérias de vida livre.

· - Ocorre ainda uma elevação de protozoários, vermes tubeficídios e larvas de insetos resistentes a falta de oxigênio tais como os sirfídios e quironomídeos.

A terceira zona de auto depuração do rio é a zona de recuperação ativa que se inicia quando o teor de oxigênio dissolvido atinge 40% de saturação até o seu valor normal. Ocorre a medida que a matéria orgânica se oxida e a DBO se reduz havendo em conseqüência um saldo de oxigênio introduzido pela atmosfera na superfície líquida, e por organismos fotossintetizantes que já proliferam com vigor nesta zona. Observa-se ainda:

· - As águas clareiam e os depósitos no fundo já são mais graúdos, não havendo presença de gás nem mau cheiro.

· - Entre os compostos de nitrogênio predominam os mais oxidados como nitritos e nitratos porém pode ainda ser encontrados amônia.

· - Esta zona é de alta mineralização.

· - Com a oxidação do nitrogênio, fósforo e enxofre são gerados substâncias estáveis como fosfatos e sulfatos que provocam uma intensa fertilização do meio possibilitando um grande desenvolvimento de vegetais fotossintetizantes como algas e outras plantas garantindo a alimentação adequada de toda série de animais que habitam a água doce.

· - As bactérias se reduzem assim como os protozoários que se alimentam destas.

· - Surgem as algas em intensa reprodução, primeiras as azuis na superfície e margens depois as flageladas verdes.

· - Os rotiferos e microcustáceos têm o seu máximo desenvolvimento.

· - Grande número de larvas de quironomídeos além de moluscos e muitos vermes desenvolvem-se em grandes quantidades servindo de alimentos aos peixes mais tolerantes que começam a aparecer.


E finalmente fechando o circuito de autodepuração do rio, surge a Zona de Água Limpa, onde o rio atinge as condições originais de oxigênio dissolvido, DBO, e índices bacteriológicos antes do lançamento. Estas águas devido ao processo de auto depuração tornam-se mais férteis que antes de receberem o esgoto, aumentando portanto a sua produtividade dando origem a fenômenos de floração e superpopulação de algas que conduz a uma supersaturação de oxigênio (02), havendo ainda a predominância de compostos minerais completamente oxidados e estáveis.
Nesta zona as algas alimentam os protozoários, estes os rotiferos, crustáceos e larvas de insetos dos quais se alimentam os peixes.

É Restabelecido Portanto o Ciclo Biodinâmico Normal do Manancial.

Concluímos, portanto que o rio aceita o lançamento de esgoto bruto, exige apenas que as condições a seguir sejam observadas:

· a) - O lançamento doméstico seja inerte PH variando de 5 a 9 o que representa o retorno das águas de abastecimento público.

· b) - Temperatura ambiente menor que 400 a 500 C.

· c) - Baixo teor de sólidos sedimentáveis (menor que 1 mililitro).

· d) - Vazão inferior a 50% do manancial.

· e) - Teor de óleos minerais menores que 20 mg I litro

· f) - Teor de óleos vegetais e gorduras animais menores que 50 mg I litro

· g) - Ausência de sólidos em suspensão
.
Observando as condições de auto depuração do rio recomenda-se a manutenção de lançamentos isolados isto é, deve-se evitar grandes concentrações pontuais. Contribuindo para que o ciclo de autodepuração ocorra em uma distância relativamente pequena. E às vezes imperceptível aos desavisados.

E Viva o Rio.


PARTE 3 – O PODER DO HOMEM

Buscando garantir uma excelente qualidade ao rio o homem desenvolve tecnologias para o tratamento dos esgotos das cidades e impõe regras severas de lançamentos e de qualidade das águas que supera a sua capacidade de cumpri-Ias, exigindo para tal fim um volume de recursos em alguns casos incompatíveis com os benefícios gerados ao meio ambiente.
Ao rio foi atribuída uma classificação definida pela presença de coliformes, DBO, turbidez, cor, PH e 0D. Assim as águas de classe especial não devem ter nenhum teor de coliformes isto é, compara-se com as águas efluentes das estações de tratamento. E as demais com a deteriorização dos índices são classificados em classe II, III, IV, e fundamentados apenas na concentração de coliformes no ponto de lançamento alardea-se a necessidade de tratamentos onerosos sem levar em consideração a capacidade de autodepuração do rio. E obviamente a tolerância de esgoto que o mesmo pode receber. Os custos que envolvem um sistema de tratamento são muito elevados e, portanto devem ser Aplicados Nos Limites Da Necessidade, não podemos ser sentimentalistas com o rio, temos sim que adequar o tratamento em função de estudos despojados de fisiologismos e apoiados na técnica, buscando a racionalidade; assim o dimensionamento da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário deverá contemplar, alguns dos seguintes processos

· Tratamento Preliminar: Onde serão retirados do esgoto os sólidos grosseiros, como lixo e areia, por meio de processo físico de gradeamento e desarenador.

· Tratamento Primário: Propiciará a redução de parte da matéria orgânica presente no esgoto, removendo os sólidos em suspensão sedimentáveis e sólidos flutuantes. A remoção poderá ser por meio de processo físico de decantação em Reator Anaeróbico de Fluxo Ascendente, e o lodo resultante ser retirado do fundo do RALF, através de tubulações e encaminhado aos Leitos de Secagem. Sendo que a parte líquida deverá ser recirculada para o RALF.

· Tratamento Secundário: Removerá a matéria orgânica e os sólidos em suspensão, por meio de processos biológicos, utilizando reações bioquímicas, através de microorganismos – bactérias aeróbias, facultativas, protozoários e fungos. No processo anaeróbio os microorganismos presentes nos esgotos se alimentam da matéria orgânica ali também presente, convertendo-a em gás carbônico, água e material celular. Esta decomposição biológica do material orgânico requer a ausência de oxigênio e outras condições ambientais adequadas como temperatura, pH , tempo de contato etc. Para esta fase de tratamento poderá ser projetado um Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB) – Onde a biomassa cresce dispersa no meio e não aderida como nos filtros. Esta biomassa, ao crescer, forma pequenos grânulos, que por sua vez, tendem a servir de meio suporte para outras bactérias. O fluxo do líquido é ascendente e são formados gases – metano e gás carbônico, resultantes do processo de fermentação anaeróbia.

· Tratamento Terciário: Nesta fase serão removidos poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), além de outros poluentes não retidos nos tratamentos primário e secundário. Resultando em um tratamento de qualidade superior para os esgotos. Neste tratamento removem-se compostos como nitrogênio e fósforo, além da remoção completa da matéria orgânica. O processo de tratamento poderá ser por meio de Filtros Anaeróbicos, e polimento final com Wetlands construídas, que conferirá ao efluente final, total ausência de sólidos em suspensão e microorganismos patogênicos.

· Tratamento do lodo: Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em subprodutos: o material gradeado, areia, escuma lodo primário e lodo secundário, poderão ser tratados para serem lançados no meio ambiente. O processo consiste na desidratação para remover a umidade, com redução do volume, em leitos de secagem.

· Controle Sanitário
O controle sanitário deverá ser feito mediante analises especificas, em laboratório a ser construído junto a planta de tratamento.

A seleção do método deve ainda estar apoiada na capacidade de manutenção com tecnologia e mão de obra local. Em geral as decisões do tratamento são predominantemente apoiadas pelos enfoques da mídia que exploram de forma sensacionalista o aspecto estético do lançamento, que na maioria dos casos se limitam a ocorrer na zona de degradação, onde o visual desagradável não representa nenhum prejuízo ao meio ambiente. E a confusão se instala quando ocorre a presença de organismos patogênicos no rio, visto que esta situação indica muito mais um problema de Saúde Pública do que de saneamento, tendo em vista que para que seja acusada sua presença é necessário que exista um portador na população contribuinte, como ocorreu com o vibrião colérico; que tem a sua transmissão primária pela ingestão de águas contaminadas por fezes ou vômitos e secundariamente pela ingestão de alimentos contaminados, mãos sujas e moscas, ou seja, problemas típicos de saúde pública e de praticas higiênicas simples e individuais.
È muito mais útil o investimento em tratamento de água e apenas a coleta e afastamento dos esgotos do que o seu tratamento mal planejado, porém quando este é exigido pelas condições ambientais deve-se definir o grau de tratamento em função da capacidade de autodepuração do rio, O rio é um aliado no processo, e alguns preciosismos no tratamento, como a cloração de efluentes com lançamentos imediatos no corpo receptor são muito mais maléficos às condições de vida do rio, do que o lançamento do esgoto bruto doméstico.

E apupos aos homens.

Jorcy Francisco de França Aguiar
Eng° Civil – CREA 874 I D – MT.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

UMA VISÃO DO RIO CUIABÁ

Parte 1 – Nível de Água do Rio Cuiabá de 1.966 a 2.008 – Cinco décadas

Para um resgate histórico do comportamento do Rio Cuiabá, buscamos as informações da Agência Nacional de Águas – ANA - Superintendência de Gestão da Rede Hidrometeorológica – SGH –por meio da Coordenadoria do Grupo de Validação dos Dados Hidrometeorológicos – GEINF cujos dados foram tabulados de forma a visualizar o comportamento da variação do nível do Rio Cuiabá na estação Rosário Oeste; onde destacamos os principais eventos durante um período de cinco décadas, dados em cm.

Período: Mínima Máxima

1.966 a 1.970 39 725

Data: 13-09-67 12-02-66

1.971 a 1.980 40 800

Data: 20-09-71 13-03-74

1.981 a 1.990 50 741

Data: 11-09-86 11-01-88

1.991 a 2.000 23 846

Data: 02-02-99 11-01-95

2.001 a 2.008 49 680

Data: 10-02-01 12-01-02

Neste período o Rio Cuiabá flutuou entre um nível mínimo de 23 cm em fevereiro de 1.999 e um nível máximo de 846 cm, em janeiro de 1.995, ou seja, o Rio possui uma elevada diferença entre o seu nível em período de estiagem e durante o período de cheia, sendo a predominância nos meses de setembro para as mínimas, e janeiro para as máximas. Esta é uma condição muito importante que deve ser considerada na elaboração de projetos de engenharia nas margens deste importante rio que banha as Localidades de Rosário Oeste, Acorizal, Guia, Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antonio do leverger, e Barão de Melgaço.

Um dos principais efeitos desta variação está associado com a mudança do perfil longitudinal e transversal do Rio, por meio dos assoreamentos e erosões de barrancos com uma formação geográfica sempre diferente a cada enchente do Rio, e este efeito pode ser visualizada por meio das obras da extinta empresa de saneamento do estado de mato grosso – Sanemat; hoje administradas pela Sanecap e DAE Várzea Grande, conforme os registros visualizados a seguir:



Captação do Porto:

Esta captação foi a primeira construída no Rio Cuiabá, pela empresa EFLA – Empresa de Força Luz e Água do Estado de Mato Grosso, e está localizada próximo a feira do porto, tratava-se de uma captação que funcionava com bombas de eixo horizontal em poço seco transportando água bruta para a estação de tratamento localizada na rua Presidente Marques, hoje Eta 1, junto ao memorial José Luiz de Borges Garcia. Este complexo foi abandonado na década de 70, pois com a mobilidade do Rio, houve um “espraiamento” causando em conseqüência uma modificação na cota de mínima, impossibilitando assim a utilização de sucção positiva em decorrência da redução da submergencia necessária, a solução encontrada foi a utilização de flutuadores, que são mantidos até a data atual.

Captação de Várzea Grande

Na década de 60 a captação de Várzea Grande era semelhante a de Cuiabá, exceto a tomada que se fazia por uma tubulação que alimentava o poço de sucção. Esta captação devido a mobilidade do Rio, ficou em uma área atingida apenas nos períodos de cheia, e consequentemente teve que ser abandonada, e substituída por uma tomada direta no rio por meio de tubulões.


A captação construída pelo sistema de tubulão resistiu até o ano de 2.008, quando o DAE VG, projetou e construiu um novo lance de tubulões, objetivando ampliar a vida útil desta captação, que em períodos de estiagem exigia a instalação de bombas sobre flutuadores, buscando garantir a submergencia necessária para operação das bombas.

Estes registros mostram com clareza o comportamento do rio ao longo destas cinco décadas, e reserva surpresas com os seus picos de estiagem e enchentes. Assim as obras de engenharia devem ser planejadas de modo que possam ser operadas em qualquer época do ano, e com vida útil garantida em qualquer situação de nível.

Parte 2 – Vazão do Rio Cuiabá de 1.966 a 2.008 – Cinco décadas

Com a urbanização das cidades, a contenção de margens impede que o rio provoque mudanças naturais no seu leito por meio de erosão de margens; porem a ação de dragagens provoca uma constante mutação da área do perfil transversal do rio com o aprofundamento de canais, assim como o aumento do assoreamento decorrente do maior nível de desmatamentos em sua área de contribuição. A soma destes dois fatores como elementos fundamentais provocam “espraiamentos” e direcionamentos de fluxo com comportamentos hidráulicos atípicos. Assim o rio Cuiabá apresenta diversas formações do seu perfil em função do trecho que flui, e a semelhança de todos os canais fluviais apresenta ao longo de seu perfil longitudinal, uma distinção entre seus vários segmentos, comprovando assim a dinamicidade do sistema. O perfil longitudinal de um rio sofre contínuas alterações, devido às variações no escoamento e na carga sólida, o que acarreta muitas irregularidades no seu leito como as corredeiras e as depressões. Ao longo do canal, o rio tenta eliminar essas irregularidades, na tentativa de adquirir um perfil longitudinal côncavo e liso, com declividade suficiente para transportar a sua carga. Outros fatores influenciam no perfil longitudinal tais como a confluência de tributários, as variações na resistência à erosão do substrato rochoso, a erosão remontante por mudança brusca em nível de base à jusante ou ainda as deformações neotectônicas locais ou na bacia de contribuição.

Normalmente, os rios ao longo de seu curso possuem vários segmentos, trechos em equilíbrio (ajustados) e em desequilíbrio (desajustados). Neste contexto, os trechos em equilíbrio apresentam inclinações suaves e constantes no perfil longitudinal, já os trechos em

desajustes apresentam irregularidades ou mesmo deformações em seu traçado. Concluímos, portanto que a cada trecho do Rio temos um perfil único, e com formato em função das características de sua margem, e com uma área única medida em m2 (metro quadrado):

E com beleza impar, o Rio Cuiabá flui rumo ao pantanal, e a sua velocidade muda em função dos trechos em que percorre, dependente da sua declividade, e da largura dos canais fluviais. Quanto maior a declividade, maior será a velocidade de escoamento; Concluímos portanto que o Rio possui velocidades variáveis em função do trecho que percorre.

Já podemos então falar de Vazão, o que é?

Vazão (Q), do Rio Cuiabá, é a quantidade de água em volume (m3), que flui em uma unidade de tempo, geralmente avaliado em segundo, ou horas, assim temos a vazão expressa em m3/segundo, ou m3/hora. A vazão do Rio corresponde ao produto da área da secção do rio em m2, pela sua velocidade em m/s. ou seja a vazão é igual ao produto da área pela velocidade (Q=A x V), esta equação é denominada equação da continuidade, ou seja não havendo contribuição ou retirada de água em um trecho do Rio, as mudanças do seu perfil transversal são acompanhadas da mudança da velocidade, mantendo assim constante a vazão no trecho inicial e final. Assim concluímos que pela dinamicidade do rio, este se apresenta em alguns trechos com elevada variação de nível, e somente podemos avaliar se o mesmo está “secando” se calcular-mos a sua vazão; que é a única variável que expressa quantidade de água, assim em 2.009 o Rio Cuiabá, pode estar com um nível muito baixo na régua do porto, em comparação com 1.964, e nem por isto pode estar com uma quantidade de água menor.


Assim recorrendo a um estudo que registra a vazão média do Rio Cuiabá de 1.962 a a.999, podemos verificar que a menor “seca” do Rio ocorreu antes do desenvolvimento da Cidade, ou seja, 1.964 e 1.969. e que as grandes cheias “grandes volumes de água” ocorreram no período de 1.979 e 1.998. Nesta análise, portanto devemos imaginar a potencialidade de grandes cheias se não houvesse a presença da barragem de Manso como contenedora de volumes expressivos que poderiam influenciar na vida tranqüila dos ribeirinhos.



quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A TARIFA DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Poucos serviços têm entrega a domicilio, como a água tratada para o consumo humano, e poucos são os humanos que conhecem o valor real deste serviço; desconhecem o valor financeiro da água tratada, e repetem sempre: A ÁGUA É DÁDIVA DE DEUS, sem dúvida nenhuma estão corretissimos, desde que acrescentem a frase:, EM SEU ESTADO NATURAL, ou seja, nos rios, lagos, minas, no subsolo etc. aí sim é dádiva divina.

Na década de 70 quando administrava o serviço de abastecimento de água e esgoto de Cuiabá, um cidadão reclamou do preço da água, e pediu para que viabiliza-se a sua redução, esclareci todas as fases do processo, e disse que não era minha atribuição, porém fiz-lhe uma proposta, a água tratada para o seu consumo diário, ser-lhe-ia servida de graça, desde que ele se propusesse a busca-la na estação de tratamento da Av. Presidente Marques, pois para entrega-la a domicilio os nossos custos eram muito elevados, e deveria-mos ter receita para continuar com a atividade; Resultado: ele preferiu o conforto de receber a água em seu domicílio, e entendeu a necessidade da contrapartida do pagamento; o que falta em nosso entendimento, é um linguajar simplista e objetivo, visando o entendimento da diferença entre a água que é dádiva divina, e a água industrializada pelas empresas de saneamento;

Na natureza a água dos Rio e Lagos, são impróprios para consumo em seu estado natural, faz-se necessário então que a empresa responsável pelo serviço a industrialize, retirando as suas impurezas e promovendo a sua desinfecção; tornando-a “água potável de mesa *” Portanto a água que é entregue a domicilio passa por um processo industrial, que envolve:

1. Retirada da Água do Manancial, onde se encontra no seu estado natural, e transporte por meio de tubos até a Estação de Tratamento. (Esta fase envolve altos custos com energia elétrica, e manutenção dos equipamentos e tubulações)

2. Potabilização da água bruta, com adição de produtos químicos, controles laboratoriais, Armazenamento, e Distribuição com entrega em domicilio. (Nesta Fase os custos envolvidos são: Produtos Químicos, reagentes, Pessoal, Manutenção de equipamentos, e tubulações)

Como unidades de apoio, as empresas necessitam de uma infra-estrutura que envolve:

1. Leituristas para averiguação de consumos

2. Softwares específicos para emissão de contas

3. Material de consumo para impressões

4. Técnicos especializados em comercialização

5. Equipe de atendimento público

6. Equipes de manutenção de equipamentos

7. Energia elétrica

8. Suporte de empresas de comunicação, correio, e telefonia.

9. etc.

Conclui-se, portanto que para o conforto de receber a água tratada no domicilio, deve haver uma contrapartida de pagamento para que a empresa possa manter a indústria em operação. E quanto é este custo? Quanto deve ser cobrado pelo serviço de entrega, e pelo produto água tratada? A resposta depende de cada empresa, pois cada uma tem um custo diferenciado de produção, porém como não há um agente regulador para o setor, cada município com gestão pública pratica o preço histórico da Sanemat; com raras exceções de aumento, e quando a gestão é privada, foi elaborado um estudo que antecedeu a licitação e definiu-se a tarifa inicial, e as regras para os reajustes futuros, assim temos em Mato Grosso diferentes valores de tarifa, em decorrência da administração de cada sistema público ou privado.

Na maioria das situações o aumento da tarifa está condicionado a uma cesta de insumos que envolvem a variação do custo de: Pessoal, Energia Elétrica, Produtos Químicos, e variação de preços de demais insumos aferido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), assim pratica-se um aumento em conformidade com a expansão do custo da Empresa para que esta possa continuar prestando serviços adequados, que deve contemplar, a regularidade, e qualidade no abastecimento de água, entre outros.

E O ESGOTO?

O esgoto é um produto resultante do consumo de água; assim em uma residência o esgoto gerado é calculado com um volume de cerca de 80% de toda água medida na entrada do imóvel, e que deve ser descartado de forma ecologicamente correta, necessitando, portanto de tubulações para a sua coleta, e estação de tratamento para promover o polimento necessário para o retorno da água ao Rio. E neste processo de coleta de esgoto, e tratamento, também são necessários recursos financeiros para manutenção das redes, pagamento da energia das elevatórias, pessoal operativo, produtos químicos, reajentes entre muitos custos envolvidos. A contrapartida financeira por parte dos beneficiados pelo serviço é geralmente calculada como uma fração do valor da fatura de consumo de água, estando em cerca de 30 a 100% do valor da mesma.

O RETRATO DOS MUNICIPIOS DE MATO GROSSO

Com a herança dos ativos da Sanemat, os municípios após cerca de 10 anos de assunção dos serviços com uma gestão pública municipal, em sua maioria dependem do subsidio da receita da Prefeitura para garantir o sistema em operação; e de emendas parlamentares e outros recursos para realizarem investimentos; esta condição é resultante de um elevadíssimo índice de inadimplencia, e em alguns casos da incompatibilidade da tarifa com os custos do serviço, e aí o resultado não é dos melhores, com o serviço adequado longe de atingir um índice de satisfação dos usuários do serviço. Este quadro fica ainda mais critico com o crescimento das cidades, e com o envelhecimento do sistema exigindo constantes trocas de equipamentos, e de redes, além de que o esgoto é um sonho longínquo e inalcançável. Muitos Municípios, principalmente os de pequeno porte pedem Socorro...........Li que a Sanecap, estava ajustando o seu perfil empresarial para atender também esta fatia de mercado, é uma boa iniciativa, ajuda, mas não altera os problemas decorrentes das necessidades de investimentos, pois os municípios, em sua grande maioria necessitam é de investimentos para melhorar a qualidade dos seus serviços. E aí a solução é a parceria com a iniciativa privada por meio dos processos de Concessão, que provou ser uma ótima solução, em uma grande maioria dos municípios mato-grossenses.

(*) Água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde


História

O NASCIMENTO DO SNOOKER

A história do snooker teve início em 1875, durante período de intensas chuvas na cidade de Jubbulpore, Índia, quando oficiais Ingleses do Regimento Devonshire passavam muitas horas em volta de uma mesa de bilhar. Diversão era a ordem do dia, para entreter e manter elevada a moral dos militares. Buscando novas motivações e usando as modalidades já praticadas, o oficial inglês Sir Neville Francis Fitsgerald Chamberlain iniciou experiências com variações no uso das 15 bolas vermelhas e uma branca do jogo “pyramids”, mesclando-as com as bolas coloridas do “life pool”, e outras depois acrescentadas, agradando os praticantes. Assim nasceu o novo jogo, batizado de snooker.

A divulgação das novas regras chegou à outros continentes principalmente por meio de John Roberts, então grande jogador de bilhar, que em 1885 viajou à Índia e foi apresentado a Chamberlain, conhecendo e adotando o novo jogo.

Em 1907 o campeão inglês de bilhar, Charles Dawson, venceu o primeiro campeonato profissional de snooker. Em 1927 o inglês Joe Davis venceu na Inglaterra o primeiro campeonato mundial de snooker, tendo como recompensa o valor de £ 6,10, iniciando a era dos grandes prêmios nesse esporte. O mesmo Joe Davis venceu os primeiros 15 campeonatos mundiais do snooker. Em 1986 Joe Johnson atingiu £ 70.000,00 de prêmios em um único campeonato. Hoje os prêmios em campeonatos mundiais chegam a £ 3.000.000,00.

Em 1990, com apenas 21 anos de idade o escocês Sthefen Hendry estabeleceu novo recorde reconhecido pelo "Guiness Book", como o mais jovem campeão mundial do snooker. Em 1999 ele atingiu mais um recorde na história recente do snooker, vencendo o seu 7º campeonato mundial.

O snooker evoluiu, praticado pela elite em alguns países e se popularizando
em outros. Engana-se quem acredita que a popular sinuca brasileira é "coisa de plebeu". Na Inglaterra, onde o snooker empolga a população, dividindo a preferência com o futebol e outros esportes de destaque, publicações especializadas em esportes divulgaram que a "dama de ferro" Margareth Tatcher e o Príncipe Charles são praticantes do snooker, que originou a nossa sinuca".

Personagens históricos jogaram ou citaram os jogos do bilhar em suas obras, a exemplo de Shakespeare, Mozart, Heitor Villa-Lobos e muitos outros. A história detalhada do esporte é encontrada no livro “Snooker: tudo sobre a sinuca”, edição de 2005, de Sergio Faraco e Paulo Dirceu Dias

RESUMO HISTÓRICO DOS JOGOS DO BILHAR

589 a.C. - O filósofo Anacarsis descreve jogo parecido, que teria visto em Atenas.

1461/1483 - Afirma a história que Luís XI era jogador.
1480 - Gravuras mostram o jogo croquet, com “martelos” ou “massas” impulsionando bolas contra arcos sobre campo gramado, que alguns apontam como origem do jogo.
1587 - Maria Stuart teria feito referência à “sua mesa de bilhar”.
1646/1715 - Conta-se que Luís XIV praticava o bilhar “após as refeições”.
1694 - A Duquesa de Borgonha é retratada jogando.
1789 - Na França a nobreza praticava o bilhar e ninguém podia instalar um "bilhar público" sem autorização especial "da Coroa".
1807 - O francês Mingaud cria o taco afilado, com “sola” na ponteira.
1825 - Acontece na Inglaterra o primeiro campeonato da modalidade bilhar.
1835 - Em livro, com fórmulas matemáticas e aplicações científicas, o matemático francês Gaspard Gustave Coriólis descreve as tacadas e efeitos do jogo de bilhar.
1835 - As tabelas das mesas recebem a borracha natural, com tubos de água quente circulante.
1836 - O tampo de madeira é substituído pela pedra ardósia.
1840 - A Casa Escardibul, na Espanha, já se especializava em equipamentos para o jogo.
1844 - A borracha vulcanizada é usada nas tabelas, eliminando a água quente.
1845 - Nasce nos EUA a fábrica de mesas Brunswick.
1859 - Acontece em Detroit, EUA, o primeiro torneio americano de bilhar.
1874 - O Francês Maurice Vignaux vai aos EUA e derrota todos os profissionais da época.
1875 - Na Índia, o oficial inglês Sir Neville Francis Fitsgerald Chamberlain cria o snooker.
1907 - Na Inglaterra acontece o primeiro campeonato profissional de Snooker.
1927 - O inglês Joe Davis vence o primeiro campeonato mundial de snooker, na Inglaterra.
1930 - Instala-se no Brasil - RJ - a fábrica de mesas Brunswick.
1931 - A Brunswick publica no Brasil a coletânea “Brunswick o ABC do Bilhar

2.009 - Camelo Snooker Bar - Av. Fernando Correa - Cuiabá - Mt.


Evolução das Mesas de Sinuca

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009



RIO CUIABÁ - 1.964
O ano era 1.964, o Rio Cuiabá não ameaçava a garotada que acostumada com os banhos de Rio, o atravessava a nado, e com facilidade em um ponto entre a foz do córrego da Prainha e a Ponte Julio Muller, o Rio estava muito "Raso", e historicamente não tínhamos um volume tão grande de assoreamento. Neste ano o Rio Cuiabá apresentou uma vazão de 50,80 m³/seg. e quando parecia que o Rio ia "Secar", ele reservou uma nova surpresa em 1.969 quando a vazão foi menor ainda, registrando 44,90 m³/seg. Para fins comparativos, hodiernamente a vazão mínima do Rio, com a função reguladora de Manso, deve ser superior a 100 m³/seg.
Com o crescimento da Cidade de Cuiabá e V. Grande, aumentou o assoreamento, contudo a vazão do Rio nunca havia ultrapassado os treis dígitos em sua vazão, e assim com a grande enchente de 1.974 (113m³/seg.) e 1.979 (139 m³/seg.) a cidade teve que ser replanejada, e a população de alguns bairros tiveram que ser remanejados.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

VAZÃO DE PROJETO DO SISTEMA TIJUCAL






Vazão de Projeto

A vazão de Projeto corresponde a totalidade das vazões a serem processadas nas ETAs existentes e projetada, tendo em vista que toda vazão será captada em um único local com desativação dos equipamentos atuais, conforme quadro à seguir:

ETA

SITUAÇÃO

Vazão de Projeto (l/s)

Vazão Atual (l/s)

I

Existente

330

511

II

Existente

242

250

III

Projetada

605

0

Total

1.177,00

761,00

Acréscimo

416,00

Vazão Mínima Rio Coxipó

4.700,00

Referencias:

Foram utilizadas duas fontes de dados, sendo que a primeira foi avalizada como uma condição que em uma pequena série histórica, o Rio Cuiabá nas datas mencionadas no estudo que abrange diversos períodos de seca e chuva, não apresenta vazão inferior a 5 (cinco) m³/s.

Fonte 1: ESTUDOS HIDROLÓGICOS PARA INFORMAÇÃO DO MEIO FÍSICO NA REGIÃO DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO.

Denise Christina de Rezende Melo1 & Marcos Antônio Correntino da Cunha2

Engenheira hidróloga da CPRM – Serviço Geológico do Brasil; Rua 148 n.485 Marista, fone: (62) 2811522 FAX: (62) 2811709 74170-110 Goiânia – GO. E-mail: denise@go.cprm.gov.br

2 Engenheiro hidrólogo da CPRM – Serviço Geológico do Brasil; Rua 148 n.485 Marista, fone: (62) 2811522, FAX: (62) 2811709, 74170-110 Goiânia – GO. E-mail: marcoscorrentino@terra.com.br

Estudos de vazão

........... de setembro de 2004 a março de 2005 foram realizadas três campanhas de medições de vazão, sendo previstas mais duas até setembro/2005.

O objetivo das medições será fazer um estudo de correlação com as curvas de permanência de estações nas mesmas bacias ou nas proximidades, com a finalidade de obter séries mensais de vazões estimadas médias e mínimas.

Com os dados de estações fluviométricas dentro da área do projeto, são calculados e apresentados:

· Valores das vazões características mensais (média, mínima, máxima);

· Vazões específicas mensais;

· Curva de permanência de vazões;

· Vazão mínima de sete dias consecutivos com período de retorno de 10 anos (Q7,10);

· Curva e parâmetros da equação de recessão.

Posteriormente, será possível calcular a disponibilidade hídrica das microbacias em função da estimativa da vazão média específica ou da curva de permanência, e calcular a demanda atual em função dos usos múltiplos.

A Tabela 2 mostra um resumo com os resultados das medições realizadas nos meses de setembro/04, dezembro/04 e março/05.


Neste estudo observa-se sempre uma vazão superior a 5.000 l/s no período de mínima.

Fonte 2: UFMT Departamento de Hidráulica

Vazão Mínima Estação Horto Florestal: 4.700 l/s (Com o Sistema Tijucal em Operação)


Rio Coxipó na Captação

Adotamos o Valor Mínimo: Q = 4,70 m³/s, e projetamos as seguintes vazões:

ETA

SITUAÇÃO

Vazão de Operação Projetada (l/s)

Vazão Atual (l/s)

I

Existente

330

II

Existente

242

III

Projetada

605

Total

1.177,00

761,00

Acréscimo

416,00

Vazão Mínima Rio Coxipó

4.700,00

Vazão Acrescida no Projeto

8,85 %

Percentual Total da Vazão Mínima

25,04 %

ASSOREAMENTO X VAZÃO

ASSOREAMENTO: processos erosivos, causados pelas águas, ventos e processos químicos, antrópicos e físicos, desagregam os solos e rochas formando sedimentos que serão transportados. O depósito destes sedimentos constitui o fenômeno do assoreamento.

O processo é tão velho quanto a nossa terra. Nestes bilhões de anos os sedimentos foram transportados nas direções dos mares, assoreando os rios e seus canais, formando extensas planícies aluvionares, deltas e preenchendo o fundo dos oceanos. Incontáveis bilhões de metros cúbicos de sedimentos foram transportados e depositados

Infelizmente o Homem através do desmatamento, contribui para o processo erosional o que acelera o assoreamento como pode ser visto na imagem acima.

Afinal o assoreamento pode estagnar o Rio Coxipó? Não. O assoreamento pode afetar a navegabilidade do rio obrigando a dragagem e outros atos corretivos, mas, enquanto existirem chuvas a água irá continuar, inexoravelmente, correndo.

Não há como dissociar um rio do seu sedimento. Um não existe sem o outro. O assoreamento poderá matar os lagos, mas nunca o rio que, enquanto houver o ciclo hidrológico, continuará na sua incansável jornada em direção ao mar.

“Está cada vez mais comum vermos inúmeros artigos alarmistas sobre assoreamento e os males que ele causa”. Muito do que se escreve sobre o assunto é, realmente, preocupante e deve ser olhado com cuidado por todos. No entanto a indústria de notícias pseudo-científicas é grande e são frequentes os absurdos propalados como dogmas de fé. Um deles se destaca pela freqüência com que é repetido. (Pedro Jacobi).

Ao mudar o perfil do Rio criamos uma ilusão visual, tendo em vista os leigos em associar profundidade com vazão; assim ao longo de um rio que não recebe contribuições, e nem tem retiradas, pode-se perceber diversos aspectos que nos motiva a “estimar” o quanto maior ou menor intenso é seu fluxo, assim se visualizamos sempre o mesmo ponto, como os de cima das pontes do Rio Coxipó, em algumas situações o leigo avalia: “o rio está secando”, “o rio está enchendo”, porém em nenhuma situação é possível avaliar sua vazão se não se utilizar de ferramentas apropriadas, que pode ser até um pedaço de isopor.

Fonte: UFMT / Diário de Cuiabá

CONCLUSÃO DA FONTE 1 (em destaque ênfase nosso)

Considerando que os estudos hidrológicos para o Sistema de Informação Geoambiental de Cuiabá, Várzea Grande e Entorno ainda se encontram em andamento, as conclusões são parciais. Apesar disso, pode-se perceber durante o reconhecimento da bacia hidrográfica em setembro/04, que muitos córregos e rios da região são intermitentes, ocorrendo bruscas interrupções no fluxo, ou mesmo seca total, durante vários dias nessa época de estiagem. Verificaram-se tais características nas nascentes dos rios Coxipó, Bandeira, Esmeril, podendo-se destacar o rio Pari que se encontrava quase na totalidade seco.

Faltam estações fluviométricas e pontos de monitoramento nas bacias dos rios Coxipó, Pari, Aricá-açu, Bandeira, Esmeril e Cocaes, os principais afluentes do Rio Cuiabá localizados dentro da área estudada. As séries históricas de vazão disponíveis nas entidades ambientais locais, quando existem, não possuem quantidade suficiente para os estudos hidrológicos. Os pontos de monitoramento existentes concentram-se ao longo do rio Cuiabá, em detrimento daqueles rios, principalmente das nascentes dos mesmos, consistindo assim uma falha no monitoramento dos recursos hídricos da região.

Portanto, o presente estudo comprovou a necessidade de instalação de novas estações fluviométricas com medição de vazão, possibilitando a geração de vazões diárias em quantidade suficiente para os estudos hidrológicos futuros, justificando a proposta final do mesmo que é a elaboração de um projeto de rede hidrológica visando o monitoramento da bacia.

Logo, após perceber a situação crítica em que se encontram os cursos de água na região em estudo, constatou-se uma carência de estudos específicos dos recursos hídricos, bem como de investimentos para recuperação e monitoramento dos mananciais nessa região. Isto demonstra a importância do presente estudo, que através da verificação da disponibilidade hídrica superficial e da degradação ambiental, contribuirá bastante com subsídios para a gestão e o planejamento da região.

Eng.o Jorcy Francisco de França Aguiar

(65) 3622-0747 / 8118-8088

E-mail: jorcy@terra.com.br


ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...