domingo, 24 de outubro de 2010

BOOSTER

BOOSTER Parte 2


Inovações Tecnológicas


Com o advento do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, a Sanecap elaborou um Plano Diretor de Abastecimento de Água, com vista a universalizar o Abastecimento de Água, em Cuiabá na região de abrangência da ETA Tijucal. Todo plano teve o seu inicio de implementação, porém foi interrompido e aguarda decisões para a retomada das obras, que prevê:


· Um centro de reservação no Distrito Industrial, no Bairro Nova Esperança, e no Pedra 90
· Um centro de reservação no Carumbé
· Um centro de reservação no Santa Cruz
· Um centro de reservação no Altos da Serra
· Um centro de reservação no Belvedere


Estes centros de reservação irão resolver um crucial problema de Cuiabá que é a insuficiência de reservatórios. E em consonância com uma concepção moderna e econômica de abastecimento, as regiões adjacentes a estes reservatórios, por não possuírem cota favorável a distribuição por gravidade, deverão ser atendidas por Boosters instalados junto ao Reservatório Apoiado e deverão ser dotados das seguintes características:


1. Motorização inteligente com a utilização de inversores de freqüência, e CLP’s que irá disponibilizar um volume de abastecimento em consonância com a demanda.


2. Monitoramento da energia elétrica, da pressão na rede, do tempo de funcionamento e do nível do reservatório.


3. Monitoramento de segurança com alarme de invasão na área das instalações.


As informações são transmitidas via rádio ou rede celular, e são controladas em um centro de controle operacional instalado na sede da Sanecap.


Atualmente já se encontra em operação o monitoramento de alguns pontos, devendo a rede ser estendida a todos os novos Boosters a serem instalados nas obras do PAC. Assim será possível identificar em tempo real quando qualquer anomalia causar o desabastecimento de uma área da cidade, promovendo uma atuação rápida das equipes de manutenção, assim como em alguns pontos da rede estão previsto monitoramento da pressão em pontos estratégicos, que irão fiscalizar diuturnamente a condição de cada setor de abastecimento da cidade; é a tecnologia presente em uma área que sempre foi operada no achismo e no escuro.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

BOOSTER


BOOSTER – Parte 1


Quando o sinal da TV está muito fraco, o som está quase inaudível, a energia com voltagem abaixo do limite, recorresse a um reforço do sinal, com um dispositivo que denominamos BOOSTER, ou seja, o Booster tem a função de reforçar algo que recebemos com a intensidade abaixo da nomina.


No Saneamento adotou-se a mesma nomenclatura para o reforço da pressão na rede de distribuição, assim quando um determinado setor da cidade está com uma pressão insuficiente para atingir as caixas d’água da área a ser abastecida, recorre-se a instalação de um Booster como solução definitiva do problema. Em Cuiabá o primeiro Booster a ser instalado buscava atender o abastecimento do bairro Shangrilá, e por ausência de conhecimento técnico optou-se por instalar uma bomba submersa, na posição horizontal, que fora garantida pelo fabricante como a solução do problema; sim demorou alguns dias e houve deterioração dos mancais e a solução foi descartada. Ato continuo, foi montado no local uma nova bomba submersa, porém agora instalada em uma camisa construída em um tubulão de 500 mm, especialmente projetado para este fim, e com o sucesso da instalação este projeto passou a ser disseminado como a solução para todos os casos onde a pressão era insuficiente para o abastecimento. Esta é a verdadeira solução “quebra galho”, pois como a cidade expandia vertiginosamente e não havendo recursos para adequar as redes, e atender a demanda expansionista da cidade, foi-se buscar a solução na instalação de Boosters, que na maioria das vezes era instalado em situações emergenciais, e com baixa qualidade de instalação, provocando um empecilho a mobilidade urbana, pois os locais escolhidos eram sempre as calçadas, por tratar-se de área pública, e disponível.


Com o decorrer do tempo observou-se que a vida útil dos equipamentos era muito pequena comparada com instalação semelhante em poços, e o custo operacional e de manutenção também se apresentava como muito elevado, e de forma generalizada estes equipamento foram substituídos por moto bombas de eixo horizontal, geralmente montada em regime de urgência devido à queima das bombas submersas, criando um ambiente esteticamente incompatível com a urbanização das cidades.


Ainda pela ausência de recursos financeiros, nenhum equipamento é dotado de inversores de freqüência, e nem de controle operacional de monitoramento remoto, gerando assim elevados custos com quebra de redes por excesso de pressão em períodos de baixo consumo, e não raras vezes a reclamação de usuários com falta d´água devido a pane de equipamentos que não são observados em tempo real.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

VALVULA CONTROLADORA DE PRESSÃO

VALVULA CONTROLADORA DE PRESSÃO

Em diversos trechos das redes de distribuição das cidades apresentam um grande desequilíbrio de pressões, motivada pelo relevo com condições favoráveis e excessivamente privilegiada das zonas baixas, em detrimento das zonas altas; esta condição ainda é agravada devido à falta de controle das ligações, pois a maioria das cidades não dispõe de hidrômetros. Assim com um comportamento de consumo onde o bolso não entra no negócio, pois tanto faz consumir mais ou menos o valor da conta é o mesmo, o que se assiste é um grande desperdício, pois nas zonas baixas as pressões são muito altas, e na zona alta a pressão é insuficiente e às vezes nula.
Nas cidades dotadas de hidrômetros e onde existe uma grande diferença de nível entre os bairros da zona alta e os bairros da zona baixa, temos uma excessiva pressão atuando nos medidores o que acarreta o seu mau funcionamento, e não raras vezes a ocorrência de arrebentamentos de rede devido a falta de limitadores de pressão em diferentes períodos de consumo. Em qualquer situação relatada temos um elevado índice de perdas e uma insatisfação dos usuários, alem do desperdício de dinheiro da operadora com produção desnecessária e manutenções de redes.

Solução Operacional

Para garantir um equilíbrio de pressão na rede de distribuição, o mercado dispõe de válvulas redutoras de pressão, que instaladas em pontos estratégicos da rede, garantem uma pressão a montante e uma pressão ajustada a jusante, com duas funções a saber:

Válvula Redutora de pressão função simples

Princípio de funcionamento

Válvula de controle auto-operada, unidirecional, instalada na rede, tem a função de reduzir uma pressão de entrada mais alta e variável em uma pressão mais baixa e constante de saída, independente das variações da vazão.
Válvula Redutora de pressão função dupla

Princípio de funcionamento

Tem a função de reduzir uma pressão mais alta de montante para duas pressões de jusante (alta e baixa). Auto ajustada pela demanda de consumo sem a utilização de controladores de fluxo ou equipamentos elétricos


Estas válvulas operam exclusivamente em função do comportamento hidráulico do abastecimento, o operador programa a condição de funcionamento, e este será mantido independente de ações de operadores.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

MONITORAMENTO DE ELEVATÓRIAS DE ESGOTO

MONITORAMENTO DE ELEVATÓRIAS DE ESGOTO


Pelo processo construtivo e critérios de projeto, as EEE (Estação Elevatória de Esgoto) são locadas e construídas nos fundos de vale e obviamente próximo aos Córregos e Rios; nesta condição fica muito fácil operar uma descarga, e ou lidar com uma falta temporária de energia, ou falha nos equipamentos de bombeamento, pois em função da capacidade do corpo receptor e da intensidade da descarga, bem como o seu tempo de duração, torna-se imperceptível quanto ao aspecto visual, porém o dano ao meio ambiente é representativo.


Atualmente porem com o advento do celular, e do rádio em transmissão de dados, monitorar o funcionamento de elevatórias de esgoto, e Booster em redes de distribuição, tornou-se quase que uma obrigatoriedade, em razão do baixo custo de investimentos, e dos benefícios auferidos, alem de evitar notificações e pesadas multas dos órgãos ambientais. Nas EEE quando eventualmente ocorrer uma parada e houver um extravasamento, um sensor lê este estado de operação e envia um SMS ao operador de plantão, que aciona imediatamente a manutenção colocando o equipamento reserva em operação; é uma atividade emergencial e rápida que evita um volume de descarga nos córregos e rios. Quando instalado em Booster o operador é avisado quando há uma falta de energia, ou quando há um desligamento não programado, podendo ainda ser transmitido a pressão na rede, com intervalos de monitoramento de 3 minutos.


Monitoramento em Saneamento


O TELECOMANDO GSM, desde que se tenha disponibilidade de rede celular GSM permite realizar acionamentos de;


1. Cargas a distancia, tais como motores, válvulas, conjunto moto-bomba
2. Controle de nível em reservatórios,
3. Pode ser usado também para envio automático de SMS para anunciar eventos, como nível crítico, extravasamento de EEE, invasão de área dentre outras aplicações.

4. Pressão na Rede de Distribuição


Outras Aplicações:


4. Envio de mensagem quando houver invasão Domiciliar
5. Idem quando o Alarme Veicular for acionado
6. Idem quando houver falha de energia em pontos vitais

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

MOBILIZAÇÃO SOCIAL


MOBILIZAÇÃO SOCIAL

Em atendimento às diretrizes da Política Nacional de Saneamento, Lei n.º 11.445/07, de 5 de janeiro de 2007, regulamentado pelo Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, O Plano Municipal de saneamento básico que deve ser elaborado pelos municípios, como condição básica para obtenção de recursos federais a partir de 2.014, deve ter a participação e o envolvimento da sociedade ao longo de todo o período de elaboração e implantação do PMSB, por meio de conferências, seminários, reuniões, oficinas entre outras ações. O município deverá estabelecer as ações de mobilização social, por meio do Plano de Mobilização Social (PMS), onde definirão os objetivos, metas e escopo da mobilização, além de cronogramas e principais atividades a serem desenvolvidas. O Plano de Mobilização Social deverá:

a. Refletir as necessidades e anseios da população;

b. Apresentar caráter democrático e participativo, considerando sua função social;

c. Envolver a sociedade durante todo o processo de elaboração do PMSB;

d. Sensibilizar a sociedade para a responsabilidade coletiva na preservação e conservação dos recursos naturais;

e. Estimular os segmentos sociais a participarem do processo de gestão ambiental; e

f. Estimular a criação de novos grupos representativos da sociedade não organizada.

Assim, o PMS deverá contemplar o planejamento detalhado, incluindo a apresentação de cronograma, das principais atividades para a mobilização social, tais como:

a. identificação de atores sociais envolvidos no processo de elaboração do PMSB;

b. identificação e discussão preliminar da realidade atual do município, no âmbito do saneamento básico;

c. conferências, seminários, consultas públicas e encontros técnicos participativos,

d. divulgação da elaboração do PMS a todas as comunidades (rural e urbana), bem como a maneira que será realizada tal divulgação, como faixas, convites, folder, cartazes e/ou meios de comunicação local;

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

RECURSOS FINANCEIROS X PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO 2


Municípios têm até outubro para entregar propostas de planos de saneamento
16/09/2010 17:40 - Portal Brasil

O Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (16) traz uma portaria que concedeu maior prazo a municípios brasileiros para apresentarem as propostas para solicitação de recursos para elaboração dos Planos Municipais de Saneamento (PMSB). O novo prazo para entrega do documento vai até o dia 18 de outubro.

Em 2009, por meio da Portaria nº 1.232, foram selecionados 69 municípios para entregarem o documento. Cada um deverá formular as propostas com base nos critérios e procedimentos estabelecidos pela Funasa e no Termo de Referência para Elaboração de Plano Municipal de Saneamento.

O Decreto Presidencial Nº 7.217, que regulamenta a Lei 11.445/2007 (Lei de Saneamento Básico), estabelece que a partir do exercício de 2014, os municípios que não apresentarem seus Planos Municipais de Saneamento Básico não terão acesso a recursos Federais destinados a realização de obras de saneamento básico.

Fonte:Funasa

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

REGULAÇÃO DO SETOR DE SANEAMENTO

REGULAÇÃO DO SETOR DE SANEAMENTO

O setor de saneamento ambiental tem sido apontado pelos candidatos à presidência da República em seus programas para os próximos quatro anos como de absoluta prioridade. Mas no ritmo em que o planejamento e a execução das obras, em nível local e regional, caminham, a universalização dos serviços só deve acontecer em 2055, segundo prevê o presidente da Abcon (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de
(Água e Esgoto), Yves Besse.

Para que o setor avance e se torne mais ágil à luz das exigências da nova Lei do Saneamento, um obstáculo importante precisa ser superado:

A IMPLANTAÇÃO DE MECANISMOS DE REGULAÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO, ESPECIALMENTE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTOS, DRENAGEM E RESÍDUOS SÓLIDOS.
A constituição de agências reguladoras é hoje pré-requisito para melhorar a qualidade da gestão dos serviços no Brasil e, conseqüentemente, dar mais eficiência ao setor. Somente dessa maneira, será possível viabilizar os investimentos públicos e privados necessários para a universalização dos serviços em 20 anos, estimados pelo Ministério das Cidades em cerca de R$ 240 bilhões.

Mas afinal, o que é regulação?

Numa economia de mercado, regular significa intervir para equilibrar as relações entre Poder Concedente, Prestador de Serviços e o usuário, ante as atividades naturalmente monopólicas, através de um instrumento autônomo e independente.

O monopólio natural das empresas leva o consumidor a uma posição totalmente indefesa. É necessário que o estado intervenha para colocar ordem. E é preciso todo um aparato técnico e legal para que isso ocorra.

A nova Lei do Saneamento, regulamentada pelo Presidente da República, em junho último, através do Decreto nº 7217, determina que os serviços de saneamento, quando não prestados diretamente pelo município, deverão ser prestados por meio de contrato. Mas para a celebração dos contratos, a lei prevê quatro requisitos básicos para celebração dos contratos, sob pena de não possuírem validade jurídica:

1. Elaboração de plano de saneamento básico;
2. Garantia de regulação, com normas claras de regulação e definição do agente regulador e fiscalizador dos serviços;
3. A realização de estudo sobre a viabilidade técnica e econômica financeira da prestação dos serviços antes da contratação;
4. E exigência de consulta e audiências públicas antes dos contratos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

RECURSOS FINANCEIROS X PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO

A Fundação Nacional de Saúde - FUNASA está selecionando propostas a serem apoiadas, técnica e financeiramente, para a elaboração e implantação de Plano Municipal de Saneamento Básico, através de celebração de convênio.


O prazo para encaminhamento das propostas termina em 18.09.2010

Objetivo: elaboração e implantação do PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico, de forma participativa, a fim de universalizar o acesso aos serviços de saneamento básico e construir cidades includentes, democráticas e sustentáveis, em consonância com a Política Nacional de Saneamento, Lei nº 11.445 de 2007 e Decreto de Regulamentação nº 7.217 de 2010.


Na elaboração de propostas, os proponentes deverão levar em consideração:

a) Atendimento às diretrizes da Política Nacional de Saneamento, Lei n.º 11.445/07, de 5 de janeiro de 2007 regulamentado pelo Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010;

b) Melhoria da eficiência da gestão e cobertura dos serviços de saneamento;

c) Aprimoramento de políticas públicas urbanas com ênfase na gestão participativa;

d) Otimização dos investimentos para obtenção de melhor relação custo X benefício;

e) Preocupação ambiental para preservação e conservação de recursos naturais;

f) Articulação com outros programas do Governo Federal. Serão elegíveis os municípios com população total (urbana e rural) de até 50.000 habitantes (Censo/2000), exceto os de regiões metropolitanas ou regiões integradas de desenvolvimento econômico (RIDE) e que atendam as seguintes condições:

a) Os Municípios com população superior a 20.000 habitantes que:

1 – Apresentem Plano Diretor instituído, em desenvolvimento ou em aprovação, e

2 – Apresentem prestação de serviços em saneamento estruturada (departamento, autarquia municipal, empresa pública, sociedade de economia mista, consórcios públicos e outros).

b) Os Municípios com população igual ou inferior a 20.000 habitantes que:

1 – Apresentem prestação de serviços em saneamento estruturada (departamento, autarquia municipal, empresa pública, sociedade de economia mista, consórcios públicos e outros).Os proponentes deverão efetuar o encaminhamento das propostas por intermédio do Sistema de Gestão de Convênios

ORGÃO: 36211 CÓDIGO DO PROGRAMA: 3621120100009

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

RELAÇÕES EMPRESARIAIS

RELAÇÕES EMPRESARIAIS


A alguns anos, recebi este texto, de autor desconhecido, a história é de um consultor, que tinha muitos problemas quando em visita por diversas Prefeituras, e Orgãos Públicos, e seus vários Setores.

Dentre os conceitos da qualidade total, figuram a prestação interna de serviços, onde cada pessoa ou Setor, na Prefeitura, ou qualquer órgão público, deve ver aqueles com quem se relaciona como clientes ou fornecedores internos, mas a realidade em alguns casos ainda, é muito diferente..

No seu livro Services Within, Karl Albrecht cita sete pecados na prestação interna de serviços, caracterizando os tipos de Setores por apelidos.

A experiência brasileira leva a acrescentar mais seis tipos, resultando assim em um total de 13 tipos de Setores, que relacionamos em nosso cotidiano.

Na leitura que se segue, você vê algo parecido em seu relacionamento, com Prefeituras, ou Órgãos Públicos, ou dentro de sua organização de trabalho?

1. "Buraco Negro" – As coisas entram neste Setor e parece que nunca saem. Pedidos de informação, Assessoria ou solicitações para acelerar processos são ignorados. O Setor opera dentro das suas próprias prioridades e ignora pedidos recebidos, exceto os "vindos de cima"...

2. "Bate-volta" - Rejeita pedidos de serviços baseando-se sempre em detalhes burocráticos. "Rejeitado porque o campo 24 do formulário não foi preenchido corretamente", etc. Em vez de telefonar para o outro Setor pedindo o detalhe que falta, devolve a solicitação de serviço.

3. "Legislador por decreto" – Alguns Setores têm por hábito fazer declarações sobre o que eles irão fazer ou deixar de fazer no futuro. "A partir de hoje, este Setor não aceitará mais pedidos que não venham acompanhados de justificativa escrita e assinados por dois chefes de Setor". A mensagem é "A regra é essa. Se não quiser, dane-se".

4. "Peguei no flagra" ou "Ahááá"– Alguns Setores têm atribuições que os colocam em posição de supervisão sobre outros. Eles têm um prazer quase sádico em apanhar os outros Setores cometendo erros ou violando regras.

5. "Não pode" – Um Setor "não pode" adora exercitar seu poder de veto. As pessoas de lá gostam muito mais de dizer "não" do que "sim". Eles sempre dizem aos seus clientes internos porque uma determinada coisa não pode ser feita, em vez de procurar uma maneira de atender suas necessidades.

6. "Burócra" – Este tipo de Setor solicita montanhas de papel toda vez que você tenta fazer algo. Eles têm formulários especiais para tudo que você quer fazer. Há muito tempo esqueceram como discutir os problemas ao telefone e agir imediatamente. Tudo tem que ser submetido em formulários-padrão, de preferência em 6 vias, é claro que sempre com 15 assinaturas (no mínimo?) para poderem decidir.

7. "Guardião de atribuições" - É o Setor que tem preocupação excessiva com sua área de responsabilidade, esquecendo o bom senso e o compromisso com resultados. Está sempre preparado para o ataque a qualquer sinal de que outro Setor possa fazer coisas de sua atribuição. Todos os Setores devem se pautar pela sua missão, mas é comum encontrar Setores que não fazem o que deve fazer ao mesmo tempo em que também não deixam os outros fazerem o que precisam para resolver seus próprios problemas.

8. "Ocupador de espaços" - Baseado na lei de Fang que "a pessoa não faz o que deve, faz o que sabe fazer" – ou o que pensa que sabe... Alguns Setores não cumprem as suas atribuições e ficam fazendo a tarefa dos outros, buscando permanentemente aumentar as suas atribuições no papel e disputar poder com outros Setores. O clima de beligerância que se cria com essa atitude é desagregador para a empresa. Quando um "guardião de atribuições" se encontra com um "ocupador de espaço" a guerra é líquida e certa.

9. "Quem, eu?" (ou "João Sem Braço"...) - Alguns Setores não têm nenhuma preocupação com o resultado final dos processos em que se inserem, e executam a sua parte sem o mínimo envolvimento com as ansiedades do resto da empresa. São Setores reativos e não pró-ativos, e não contribuem além do seu papel para o resultado final. Costumam afirmar "a minha parte eu já fiz e se não deu certo a culpa não é minha".

10. "Nuécumigo" (talvez de origem indígena...) - Este tipo de Setor costuma achar o seu trabalho perfeito e alardeia, muitas vezes para os próprios clientes externos, que a sua área funciona mas o resto da empresa é que é incompetente. Conhecem perfeitamente os defeitos dos outros Setores, mas são incapazes de observar os seus. O efeito externo dessas declarações é devastador para todos. Estão no mesmo barco e acham que o furo é do outro lado.

11. "Centralizador" ou "Numtchan nemsai decima" (pronuncie com acento oriental) - mesmo que não consiga executar o trabalho, este Setor não repassa o serviço para outros Setores, e não repassa informações para que o usuário do serviço possa fazer a parte dele. Sua fila de solicitações/ pode ficar imensa, mas ele não pensa em outra solução para o cliente a não ser instruí-lo a "aguardar na fila".

12. "Mal educado" - Para este Setor o cliente (externo ou interno) é, antes de tudo, um chato ("Trabalhar nesta empresa até que é bom, se não fossem os clientes..."). Leva "chá-de-cadeira" em ante-salas, não tem seus telefonemas respondidos, e dificilmente ouvirá um "obrigado", "por favor" ou "com licença".

13. "Xácomigo" - Este é o voluntarioso. Acha que pode fazer tudo, mas de tanto aceitar tarefas não sai do outro lado com nenhuma. Prazos e custos são sempre subdimensionados. Pode se transformar na prática em um "buraco negro".
A melhoria nos meios de comunicação, a tecnologia digital, entre outros fatores tem contribuido para minimizar a ação dos que buscam agir contrariando o bem coletivo, mas ainda assim é factivel a existencia de condições desfavoráveis, entre clientes que buscam qualidade de serviços de atendimento, e prestadores de serviço.
No saneamento a situação se agrava porque existe um unico prestador de serviço, e a população não tem alternativas, daí a necessidade da regulação, e do controle social que está muito bem caracterizada na lei do saneamento, que a partir de junho de 2.010 passou a ser um instrumento da sociedade contra os maus prestadores de serviço, e que comentaremos em artigo oportuno.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O FRACASSO DO SANEAMENTO BÁSICO

Rede de esgotos, fundamental para a saúde e para o desenvolvimento econômico, ainda é um luxo em quase metade das cidades brasileiras. Em menos de meio século, a migração do campo para a cidade mudou radicalmente a distribuição espacial da população. Pelo menos 85% dos brasileiros vivem hoje em cidades. Mais do que nunca precisam de serviços públicos de saneamento. Em 2008, no entanto, só 55,2% dos municípios dispunham de coleta por meio de rede sanitária.

Fonte: Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - IBGE

A melhora foi mínima desde a virada do milênio. Em 2000, a proporção era de 52,2%. O aumento foi de apenas 3 pontos porcentuais, embora o País tenha atravessado uma fase de prosperidade. Nesse período, a receita de impostos e contribuições cresceu rapidamente em todos os níveis de governo.

A média nacional de 55,2%, no entanto, ainda esconde situações dramáticas na maior parte dos Estados e regiões. No Sudeste, em 2008, havia redes coletoras de esgotos em 95,1% dos municípios. Em nenhuma outra região a proporção chegava a 50%. A melhor condição era a do Nordeste, com o serviço em 45,7% dos municípios.

O saneamento continuou precário mesmo nas áreas com redes coletoras. Nessas, 33,5% dos domicílios tinham acesso ao serviço em 2000. Oito anos depois eram 44%. (Mais de metade, só no Sudeste, com a proporção de 69,8%.) Só três unidades da Federação tinham números superiores a 50%:

Distrito Federal (86,3%),
São Paulo (82,1%) e
Minas Gerais (68,9%).

Vários fatores contribuíram para a persistência de condições tão ruins. A Lei do Saneamento Básico só foi aprovada e sancionada em 2007, depois de quase dez anos de discussões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva só assinou o decreto de regulamentação dessa lei há cerca de dois meses, no dia 21 de junho. Alguns Estados e municípios dispõem há muito tempo de serviços bem estruturados e com boa base técnica. Esses foram menos prejudicados pela demora na tramitação do projeto de lei.

Houve dificuldades, em muitas partes do Brasil, para a conclusão de contratos entre o setor público e possíveis prestadoras de serviços de saneamento. Além disso, muitos governos municipais foram incapazes, por falta de qualificação técnica, de preparar os projetos necessários para o recebimento de recursos federais. Havia dinheiro, mas faltavam condições técnicas e administrativas para a sua aplicação em programas de saneamento.

Esse detalhe foi aparentemente menosprezado quando se elaborou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2007. A participação dos governos estaduais e municipais seria essencial para a realização de investimentos importantes, mas não estavam preparados. O problema só foi percebido muito depois. Resultado: apenas 12% das obras de saneamento previstas no PAC foram concluídas até abril deste ano.

Fonte: organização Contas Abertas, especializada no acompanhamento das finanças e da gestão públicas

Das 8.509 ações programadas para o período 2007-2010, só 1.058 foram terminadas até abril. Estavam sendo executadas 2.627. As demais 4.824 continuavam em licitação, contratação ou ação preparatória - no papel, portanto.

A Fundação Getúlio Vargas tem realizado pesquisas sobre os problemas de saneamento e suas implicações econômicas e sociais. Segundo estudos citados num desses trabalhos, cada R$ 1 aplicado em saneamento resulta em economias na faixa de R$ 1,50 a R$ 4 em gastos com saúde. Além disso, há uma significativa redução nas faltas à escola e ao trabalho e, portanto, menor desperdício de recursos e de oportunidades. Um trabalhador com acesso à rede de esgotos tem produtividade cerca de 13% maior que a de pessoas sem esse benefício. Tem maior possibilidade, portanto, de ganhar mais e de elevar as condições de vida e as perspectivas de progresso da família. Nesse caso, como no da educação, os efeitos tendem a multiplicar-se e os benefícios vão muito além do indivíduo.

Se os Municípios não tinham capacidade de receber recursos federais por falta de projetos, agora estes mesmos municípios devem elaborar o PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO, como requisito fundamental para obtenção dos recursos, mais uma importante barreira no processo de investimentos em saneamento, muito pior é utilizar dinheiro público em obras que não trazem nenhum beneficio a população, pois são empreendimentos realizados sem nenhum planejamento.

Fonte: O ESTADÃO

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

É sabido que por falta de planejamento, recursos financeiros, e ausência de projetos, os investimentos em saneamento nos Municípios de Mato Grosso, ocorrem na dimensão da dotação orçamentária das emendas parlamentares, e em alguns casos sem a geração da totalidade dos benefícios esperados, pois apenas uma parte dos problemas são resolvidos. Esta situação será eterna enquanto não for equacionado o Plano Diretor de Saneamento da Cidade, com um enfoque de universalização com projetos de alta tecnologia, as etapas construtivas, fontes de recursos, auto sustentação do negócio, e compromissos políticos.

A ausência de recursos financeiros, sempre foi colocada em primeiro plano como o maior entrave da universalização do saneamento, assim como, a política de parceria com a iniciativa privada foi considerada como um ato repudiado por uma parcela dos legisladores municipais. Estas duas questões podem ser desmembradas com os seguintes enfoques:

Qual o custo da universalização do serviço?

Onde deve ser prioritariamente investido?

O serviço terá capacidade de auto sustentar-se?

Todos os legisladores, e a municipalidade conhecem o problema como um Todo?

O recurso de empreendores privados poderia ajudar a solucionar o problema?

Em quase a totalidade dos municípios a resposta é não sei, não conheço, não tenho idéia....

Eis, portanto algumas das razões para que o titular dos Serviços de Saneamento, o Prefeito Municipal elabore o PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO, que por estas e outras razões tornou-se lei regulamentada a partir de junho de 2.010, e antecipando uma das respostas citamos matéria postada na revista exame, “As instituições públicas e privadas não são capazes de universalizar o serviço de saneamento básico brasileiro por conta própria. Segundo dados do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto de 2008, do Ministério das Cidades, falta água potável para 19,8% da população brasileira. Os serviços de coleta e tratamento de esgoto atendem a menos da metade dos brasileiros: 43,2% e 34,6%, respectivamente”. Para conhecer a real capacidade de resolver o problema de saneamento no município, como resolver, e em que prazo, somente planejando, e planejar é o papel do Plano de Metas, ou Plano Municipal de Saneamento Básico.

sábado, 14 de agosto de 2010

PASSO A PASSO DO PLANO DE METAS

PASSO A PASSO DO PLANO DE METAS:

Parte 1

Para elaboração de um plano de metas selecionamos 13 atividades técnicas que devem ser conduzidas pela administração municipal, para atendimento ao DECRETO Nº 7.217, DE 21 DE JUNHO DE 2010.

ATIVIDADE 01: Realizar o inventário dos bens reversíveis e irreversíveis, e de todos os parâmetros sócio econômicos, e operacionais da cidade Alvo do Plano.

ATIVIDADE 02; levantamento dos recursos hídricos, necessários ao Abastecimento e a Diluição dos Esgotos, bem como os respectivos volumes.

ATIVIDADE 03; diagnóstico da situação atual do sistema em análise, e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores de:
Saúde,
Epidemiológicos,
Ambientais,
Inclusive hidrológicos,
E socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;

ATIVIDADE 04; Estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazos, com o objetivo de alcançar o acesso universal aos serviços do sistema em análise, admitidas soluções graduais e progressivas e observada a compatibilidade com os demais planos setoriais;

ATIVIDADE 05; programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as metas do serviço em análise, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;

ATIVIDADE 06; ações para situações de emergências e contingências;

ATIVIDADE 7; - mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.

ATIVIDADE 8; - Elaboração do Projeto Básico do serviço em planejamento ( Água ou Esgoto), com detalhamento dos investimentos, e custos operacionais.

ATIVIDADE 9; - Elaboração do fluxo de caixa do serviço em planejamento ( Água ou Esgoto), para um período mínimo de 30 anos

ATIVIDADE 10; - Realização de Audiência Pública, de forma a garantir à ampla participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil, devendo ser divulgado a minuta do plano, e coleta de sugestões e criticas para a sua consolidação.

ATIVIDADE 11; Criação mediante lei especifica do Conselho Consultivo, nos termos do art. 47 da Lei no 11.445, de 2007.

ATIVIDADE 12; Definição de tarifas do Serviço, e dos parâmetros de controle e aferição da eficiência dos serviços.

ATIVIDADE 13: Formular a política pública de saneamento básico do município, com base nos resultados do Plano de Metas, estabelecendo articulação com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento – SINISA, e SUS. .

As atividades a serem desenvolvidas para a consecução do objetivo do Município dispor de um PLANO DE METAS, envolve uma pluralidade de conhecimentos, que raramente são disponíveis no âmbito da administração municipal, o que irá implicar na necessidade de contratação destes serviços junto a consultores externos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO

PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO

O Saneamento Básico das cidades brasileiras, sempre foi implantado, ampliado e mantido com os critérios emanados das Empresas Estaduais de Saneamento, que centraliza as ações e ordena os recursos em função de condições individuais de cada município. Em Mato Grosso a situação é muito diferente, pois desde 2.009 os municípios mato-grossenses passaram a ser geridos pelo titular dos serviços, o Prefeito Municipal, e hoje decorridos mais de uma década o quadro que se observa é de um universo de sistemas que operam em diversos regimes de gestão, assim como uma ausência total de Planejamento.
Em Janeiro de 2.007, para ordenar o Saneamento no Brasil, o Presidente Lula editou a lei 11.445 chamada Lei do Saneamento, que somente em 21 de junho de 2.010 veio a ser regulamentada, e que passamos a comentá-la nos aspectos mais relevantes do ponto de vista do titular do serviço o Prefeito Municipal.

DEFINIÇÃO:

Serviços Públicos de Saneamento Básico: É o conjunto dos serviços públicos de:
Lixo,
Abastecimento de água,
Esgotamento sanitário e,
Drenagem

RECURSOS FINANCEIROS

A partir do exercício financeiro de 2.014, a existência de PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO, elaborado pelo titular dos serviços, será condição para o acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico.
Será vedado, a partir do exercício financeiro de 2014, acesso aos recursos federais ou aos geridos ou administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico, àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que não instituírem, por meio de legislação específica, o CONTROLE SOCIAL REALIZADO POR ÓRGÃO COLEGIADO, composto por membros do titular dos serviços, dos usuários entre outros.................

DAS CONDIÇÕES DE VALIDADE DOS CONTRATOS

São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico:

I - existência de plano de saneamento básico;
II - existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de saneamento básico;
III - existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes da Lei no 11.445, de 2007, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização; e
IV - realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação e sobre a minuta de contrato, no caso de concessão ou de contrato de programa.
§ 1o Para efeitos dos incisos I e II do caput, serão admitidos planos específicos quando a contratação for relativa ao serviço cuja prestação será contratada, sem prejuízo do previsto no § 2o do art. 25.
§ 2o É condição de validade para a celebração de contratos de concessão e de programa cujos objetos sejam a prestação de serviços de saneamento básico que as normas mencionadas no inciso III do caput prevejam:
I - autorização para contratação dos serviços, indicando os respectivos prazos e a área a ser atendida;
II - inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de qualidade, de eficiência e de uso racional da água, da energia e de outros recursos naturais, em conformidade com os serviços a serem prestados;
III - prioridades de ação, compatíveis com as metas estabelecidas;
IV - hipóteses de intervenção e de retomada dos serviços;
V - condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da prestação dos serviços, em regime de eficiência, incluindo:
a) sistema de cobrança e composição de taxas, tarifas e outros preços públicos;
b) sistemática de reajustes e de revisões de taxas, tarifas e outros preços públicos; e
c) política de subsídios; e
VI - mecanismos de controle social nas atividades de planejamento, regulação e fiscalização dos serviços.
§ 3o Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o respectivo plano de saneamento básico.

ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS

Os serviços públicos de saneamento básico terão sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração que permita recuperação dos custos dos serviços prestados em regime de eficiência:
I - de abastecimento de água e de esgotamento sanitário: preferencialmente na forma de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente;
II - de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos: na forma de taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades; e
III - de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos, inclusive taxas, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades.

COMENTARIO

Com exceção dos Municípios cujos contratos foram oriundos de um processo de concessão, nenhum outro estaria apto a captação de recursos federais se a lei estivesse em vigor na presente data, pois não dispõe de um Plano de Metas conforme regulamentado em lei. O prazo disponibilizado pelo Governo Federal é bastante dilatado pela consciência do grau de dificuldade que os municípios terão na realização de um Plano com as características regulamentadas e com a abrangência auferida ao setor de saneamento; existindo porém uma grande “brecha” que é dado ao titular dos serviços em priorizar atividades e realizar planos fragmentados, de Água, Esgoto, Água e Esgoto, Lixo, Drenagem....facilitando assim as ações e reduzindo custos deste serviço que deve ser prestado em conformidade com a legislação, e por pessoal experiente no setor.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

CONTROLE OPERACIONAL VIA CELULAR

UTR - Unidade de Telemetria Remota via rede celular GSM / GPRS


A UTR GSM/GPRS opera em uma rede de telemetria e telecomando utilizando a rede celular. Baseada em tecnologia celular GSM com capacidade de estabelecer e manter uma conexão para troca de dados, através de GPRS, com softwares de sistema supervisório instalados em Centrais de Operação ou CLP’s conectados a redes Ethernet. A conexão é estabelecida e gerenciada pela UTR, fornecendo todo o status de conexão.

GSM (Global System for Mobile Communication): Desenvolvida na Europa e adotada em boa parte do mundo. Diferencia-se das outras tecnologias pelo uso de cartões de memória ("chips") nos aparelhos, que possibilitam levar as características do assinante para outro aparelho ou rede GSM.
GPRS permite a conexão da maior parte dos smartphones e celulares à internet. Atualmente, o GPRS é o padrão que oferece a maior cobertura móvel para aparelhos de mão com acesso à internet.

A UTR GSM / GPRS, Incorpora em um único equipamento, transceptor celular, processador de Comunicação, processador de lógica e interface de potencia, ou seja .

Características de Destaque:

• Não necessita de infra-estrutura para antenas como postes, torres, e apontamento de antenas;
• Quad-Band;
• Baixo custo de operação através de conexão GPRS;
• Protocolo Modbus/UDP ou Modbus/TCP permite fácil integração com diversos equipamentos e softwares SCADA;
• Permite o envio de SMS’s para sinalização ou anuncio de alarmes;
• Fácil configuração através do INFISOFT, não necessita de mão de obra altamente especializada;


APLICAÇÕES E FUNCIONAMENTO

Qualquer processo, máquina ou equipamento que necessitar de supervisão e controle remoto, pode ser monitorado via rede celular GSM através de conexão GPRS.
A UTR estabelece automaticamente e mantém uma conexão GPRS com sistemas de controle, supervisão e aquisição de dados (SCADA) conectados diretamente na Internet ou através da utilização de uma VPN (Virtual Private
Network), abrindo um canal de comunicação através de protocolo Modbus/TCP ou Modbus/UDP. Isto permite a integração com diferentes softwares de supervisão e controle ou ainda CLP’s que disponibilizem uma conexão Ethernet. Permite ainda processamento de lógica local com configuração fácil e rápida.

VPN - Rede Particular Virtual é uma rede de comunicações privada normalmente utilizada por uma empresa ou um conjunto de empresas e/ou instituições.


ALCANCE

À distância para automação através da UTR GSM, está relacionada diretamente com a disponibilidade da rede celular GSM com serviço GPRS, onde existir a rede implantada é possível à utilização da UTR GSM.

TOPOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO

Um sistema de UTR’s GSM pode ser usado em sistemas Ponto a ponto e multiponto, tudo isto depende da forma com que os equipamentos serão configurados, aplica o conceito de M2M (machine-to-machine ou móbile-tomachine).


Numero do Centro de Mensagem

É o número fornecido pela operadora de telefonia celular do centro de envio de SMS. Este número depende da operadora escolhida e poderá ser obtido diretamente com a mesma. Uma maneira fácil de conseguir o número é verificar em qualquer aparelho celular da mesma operadora do SIM Card instalado na UTR GSM, geralmente em:

Menu > Mensagens > Configurações > Mensagem de texto > Perfil de Envio > Número do Centro de Mensagens.

Envio de SMS

São os números dos telefones de destino para as SMS’s. Deverá ser digitado o(s) número(s) do(s) telefone(s) para qual se deseja enviar as SMS’s em caso de mudança nos parâmetros configurados na UTR. Podem ser configurados até 2 números por UTR.

Mensagens SMS

Nestes campos deverão ser inseridas as mensagens de texto que a UTR pode estar enviando para anunciar alarmes ou avisos em função dos equipamentos conectados a ela. Podem ser gravadas até três mensagens de textos.

Ex. Elevatória 03 - Extravasando


Enviar para

Neste campo são escolhidos para quais os números configurados as mensagens serão enviadas, podendo ser enviadas para os números 1 ou 2, ou ainda simultaneamente para os dois números configurados.

Controle

O envio das mensagens de texto está associado a determinados eventos que venham a ocorrer na UTR, estes eventos pode ser:

• Acionamento e desacionamento de entradas digitais.
• Faixa de valores previamente configurada para as entradas analógicas.

Fundo de Escala

Para cada entrada analógica é possível configurar o fundo de escala no qual o valor lido será convertido. por exemplo, na entrada analógica 1 (EA1) está conectado um sensor para medição de nível, tendo como saída 4-20mA e a faixa de medição do mesmo é de 0-6 Metros, desta forma o valor configurado
no campo FUNDO DE ESCALA poderá ser 6 para medição em metros ou 600 para medição em centímetros.

Enviar SMS caso valor

Caso seja escolhido o envio de SMS associada a uma EA (entrada analógica) esta opção ficará disponível. Neste campo deverá ser escolhido o tipo de comparação que UTR fará para enviar a SMS. Duas opções estão disponíveis:
“maior que” e “menor que”
O valor já convertido através da opção “fundo de escala” é comparado com o valor de set-point (em percentual) em função da escolha “maior que” ou “menor que”.

Set-Point

É o valor configurado que a UTR usará para realizar a comparação com o valor lido na entrada analógica para envio da SMS. Este valor é representado em percentual.
A mensagem SMS será enviada caso o valor configurado esteja fora da faixa por mais de 30 segundos.

Entradas Digitais

A entrada digital ED1 poderá ser configurada para CÁLCULO DE VAZÃO ou STATUS.
Quando a opção for STATUS a entrada comporta-se apenas como leitura e visualização do estado (ligada ou desligada).
A entrada digital ED1 poderá ser configurada para calculo de vazão utilizando um medidor de vazão tipo turbina, woltmann ou qualquer outro tipo de medidor que forneça pulsos na saída proporcional a vazão medida.


Tipo de Controle

A UTR GSM/GPRS pode acionar suas saídas digitais através da rede, funcionando como um I/O remoto ou ainda executar controle ON-OFF, programando localmente os valores para LIGA e DESLIGA ou ainda recebendo
os set-point’s através da rede de comunicação.

MANUTENÇÃO REGULAR E PREVENTIVA

A UTR GSM não exige um procedimento obrigatório de manutenção regular, porém, a checagem periódica de alguns itens do sistema contribui para garantir a alta confiabilidade do sistema a longo prazo:
a) Limpeza - Verificar se existe contaminação da UTR por poeira, líquidos ou outros produtos. Pode ser necessária uma revisão da vedação da caixa ou painel. Se houver aberturas para ventilação com filtros, estes também devem ser verificados.
b) Temperatura - Verificar se a temperatura ao redor da UTR está dentro dos limites adequados. Mesmo a partir de uma instalação original bem feita, as condições podem mudar pela colocação de outros equipamentos nas imediações.
c) Vibração - A instalação da UTR em ambientes com vibração mecânica pode provocar problema na fixação dos produtos, conectores, fiação, etc. Estes aspectos devem ser verificados.
d) Ruído - Mesmo que a instalação original seja adequada do ponto de vista da imunidade ao ruído é comum sua modificação, ampliação ou instalação de novos equipamentos no mesmo ambiente. Verificar se os cuidados exigidos para uma boa instalação continuam a serem adotados.

FALHAS

As UTR’s oferecem alguns recursos para diagnósticos de problemas. Estes recursos se baseiam na sinalização através de led’s.
a) Falha de alimentação – Verificar através do led Alim. Verificar a ligação correta da alimentação, o tipo de fonte usado e os níveis de tensão aceitáveis para este tipo de fonte.
b) Falha na comunicação – Pode ser diagnosticada através dos Led’s TX, RX, DIAG, GSM e CH.

Em síntese, o controle operacional pode ser exercido em sua plenitude com a tecnologia do celular.

Fonte; Consultor Prof. Jeyson Berlanda

quinta-feira, 29 de julho de 2010

INVERSORES & SOFT-STARTER

MUDANÇAS DE VELOCIDADE (motor de indução trifásico)

A velocidade do motor é dependente da velocidade do campo girante. Desta forma a velocidade do motor pode então ser alterada através da mudança:

• do número de pólos (por exemplo, motores de dois enrolamentos);
• do escorregamento do motor (por exemplo, motor com rotor bobinado);
• da freqüência, f, da alimentação do motor.


INVERSORES DE FREQUÊNCIA – DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO.

Desde meados da década de 60, os conversores de freqüência têm passado por várias e rápidas mudanças, principalmente pelo desenvolvimento da tecnologia dos microprocessadores e semicondutores e a redução dos seus preços. Entretanto, os princípios básicos dos conversores de freqüência continuam o mesmo.

Um inversor de freqüência é um dispositivo capaz de gerar uma tensão e freqüência trifásica ajustáveis, com a finalidade de controlar a velocidade de um motor de indução trifásico.

CURVA V/F

Como vimos anteriormente, se variarmos a frequência da tensão de saída no inversor , alteramos na mesma proporção, a velocidade de rotação do motor.

Normalmente, a faixa de variação de frequência dos inversores fica entre 0,5 e 400 Hz, dependendo da marca e modelo. (Obs: para trabalhar em frequências muito altas, o motor deve ser “preparado”). A função do inversor de frequência, entretanto, não é apenas controlar a velocidade de um motor AC. Ele precisa manter o torque (conjugado) constante para não provocar alterações na rotação quando o motor estiver com carga. Um exemplo clássico desse problema é em uma máquina operatriz. Imaginem um inversor controlando a velocidade de rotação de uma placa (parte da máquina onde a peça a ser usinada é fixada) de um torno. Quando introduzimos a ferramenta de corte, uma carga mecânica é imposta ao motor, que deve manter a rotação constante. Caso a rotação se altere, a peça pode apresentar um mau acabamento de usinagem. Para que esse torque realmente fique constante, por sua vez, o inversor deve manter a razão V/F (Tensão / Frequência) constante. Isto é, caso haja mudança de frequência, ele deve mudar (na mesma proporção) a tensão, para que a razão se mantenha, como por exemplo:

F = 50Hz

V = 300V

V/F = 6

• Situação 1:

O inversor foi programado para enviar 50 Hz ao motor, e sua curva V/F está parametrizada em 6. Automaticamente, ele alimenta o motor com 300 V;

F = 60Hz

V = 360V

V/F = 6

• Situação 2:

O inversor recebeu uma nova instrução para mudar de 50 Hz para 60 Hz. Agora a tensão passa a ser 360 V e a razão V/F mantém-se em 6. Acompanhe a curva mostrada na figura abaixo:



O valor de V/F pode ser programado (parametrizado) em um inversor, e seu valor dependerá da aplicação. Quando o inversor necessita de um grande torque, porém não atinge velocidade muito alta, atribuímos a ele o maior V/F que o equipamento puder fornecer, e desse modo ele terá um melhor rendimento em baixas velocidades, além de alto torque. Já no caso em que o inversor deva operar com altas rotações e com torques não tão altos, parametrizamos um V/F menor e encontraremos o melhor rendimento para essa outra situação. Mas, como o inversor pode mudar a tensão V se ela é fixada no barramento DC, através da retificação e filtragem da própria rede?

O inversor altera a tensão V oriunda do barramento DC, através da modulação por largura de pulso (PWM). A unidade lógica, além de distribuir os pulsos aos IGBT's do modo já estudado, também controla o tempo em que cada IGBT permanece ligado (ciclo de trabalho).

Quando V tem que aumentar ,os pulsos são “alargados” (maior tempo em 0N)
Quando V tem que diminuir, os pulsos são “estreitados”.

Dessa forma, a tensão eficaz entregue ao motor pode ser controlada. A frequência de PWM também pode ser parametrizada, e geralmente encontrasse entre 2,5 kHz e 16 kHz. Na medida do possível, devemos deixa-lá próxima do limite inferior pois assim diminuímos as interferências eletromagnéticas geradas pelo sistema (EMI).

INVERSOR VETORIAL

Podemos classificar os inversores em dois tipos: inversores escalares e vetoriais. Os escalares e vetoriais possuem a mesma estrutura de funcionamento, mas a diferença esta no modo em que o torque é controlado. Nos inversores escalares, como dissemos anteriormente, a curva V/F é fixada (parametrizada), tomando como base o tipo de regime de trabalho em que o inversor irá operar. Existe, porém, uma condição problemática que é justamente o ponto crítico de qualquer sistema de acionamento AC: as baixas rotações. O sistema AC não consegue um bom torque com velocidades baixas, devido ao próprio rendimento do motor AC. Para compensar esse fenômeno, desenvolveu-se o inversor de freqüência vetorial. Muito mais caro e complexo que o escalar, ele não funciona com uma curva V/F pré- fixada (parametrizada).
Na verdade ele varia tensão e frequência, de modo a otimizar o torque para qualquer condição de rotação (baixa ou alta). É como se ficássemos parametrizando a cada ms, uma nova curva V/F para cada nova situação. O inversor vetorial controla V/F através das correntes de magnetização e rotórica do motor. Normalmente um tacômetro, ou um encoder é utilizado como sensores de velocidade, formando uma "malha fechada" de controle de velocidade. Existem, porém os inversores vetoriais “sensorless”, que não utilizam sensores de velocidade externos.


INSTALAÇÃO DO INVERSOR

Feito essa pequeno estudo da estrutura funcional do inversor, vamos mostrar como instalá-lo. A figura 1 mostra a configuração básica de instalação de um inversor de frequência. Existe uma grande quantidade de fabricantes, e uma infinidade de aplicações diferentes para os inversores.
Portanto o esquema da figura 1 refere-se à versão mais comum. Sensores e chaves extras, com certeza, serão encontrados em campo, mas a estrutura é a mesma. Os terminais identificados como: R, S, e T (ou Ll, L2, e L3), referem-se à entrada trifásica da rede elétrica. Para pequenas potências, é comum encontrarmos inversores com a entrada monofásicos (porém a saída continua sendo trifásica).



Para diferenciar a entrada da rede para a saída do motor, a saída (normalmente) vem indicada por: U, V e W.

Além da potência, temos os bornes de comando. Cada fabricante possui sua própria configuração, portanto, para saber "quem é quem" temos de consultar o manual de respectivo fabricante. De qualquer maneira, os principais bornes são as entradas (analógicas ou digitais), e as saídas (geralmente digitais).


OS "DEZ MANDAMENTOS" DA INSTALAÇÃO DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA


1. Cuidado! Não há inversor no mundo que resista à ligação invertida de entrada da rede elétrica (trifásica ou monofásica), com a saída trifásica para o motor.

2. O aterramento elétrico deve estar bem conectado, tanto ao inversor como ao motor. O valor do aterramento nunca deve ser maior que 5Ω (norma IEC536), e isso pode ser facilmente comprovado com um terrômetro, antes da instalação.

3. Caso o inversor possua uma interface de comunicação (RS 232, ou RS 485) para o PC, o tamanho do cabo deve ser o menor possível.

4. Devemos evitar ao máximo, misturar (em um mesmo eletroduto ou canaleta), cabos de potência (rede elétrica, ou saída para o motor) com cabos de comando (sinais analógicos, digitais, RS 232, etc...).

5. O inversor deve estar alojado próximo a “orifícios” de ventilação, ou, caso a potência seja muito alta, deve estar submetido a uma ventilação (ou exaustão). Alguns inversores já possuem um pequeno exaustor interno.

6. A rede elétrica deve ser confiável, isto é, jamais ultrapassar variações de +ou- 10% em sua amplitude.

7. Sempre que possível, utilizar os cabos de comando devidamente blindados.

8. Os equipamentos de controle (PLC, CNC, PC, etc...), que funcionarem em conjunto com o inversor, devem possuir o "terra" em comum. Normalmente, esse terminal vem indicado pela referência “PE” (proteção elétrica), e sua cor é amarela e verde (ou apenas verde).

9. Utilizar sempre parafusos e arruelas adequadas para garantir uma boa fixação ao painel. Isso evitará vibrações mecânicas. Além disso, muitos inversores utilizam o próprio painel em que são fixados como dissipador de calor. Uma fixação pobre, nesse caso, causará um aquecimento excessivo (e possivelmente sua queima).

10. Caso haja contatores e bobinas agregadas ao funcionamento do inversor, recomenda-se utilizar sempre supressores de ruídos elétricos (circuitos RC para bobinas AC, e diodos para bobinas DC). Essas precauções não visam apenas melhorar o funcionamento do inversor, mas evitar que ele interfira em outros equipamentos ao seu redor O inversor de frequência é, infelizmente, um grande gerador de EMI (interferências eletromagnéticas), e, caso não o instalarmos de acordo com as orientações acima, poderemos prejudicar toda a máquina (ou sistema) ao seu redor. Basta dizer que, para um equipamento atender o mercado europeu, a certificação CE (Comunidade Européia ) exige que a emissão eletromagnética chegue a níveis baixíssimos (norma IEC 22G - WG4 (CV) 21).


PARAMETRIZAÇÃO

Para que o inversor funcione a contento, não basta instalá-lo corretamente. É preciso "informar" a ele em que condições de trabalho irá operar. Essa tarefa é justamente a parametrização do inversor. Quanto maior o número de recursos que o inversor oferece, tanto maior será o número de parâmetros disponíveis. Existem inversores com tal nível de sofisticação, que o número de parâmetros ultrapassa a marca dos 900!


DIMENSIONAMENTO

Como posso saber: qual é o modelo, tipo, e potência do inversor para a minha aplicação?

Bem, vamos responder a essa pergunta em três etapas:

Capacidade do inversor:

Para definirmos o “tamanho” do inversor temos de saber qual a corrente do motor (e qual carga) ele acionará. Normalmente se escolhe um inversor com uma capacidade de corrente igual ou um pouco superior à corrente nominal do motor. A tensão, tanto do inversor quanto do motor deve ser igual a da rede de alimentação.

Tipo de inversor:

A maioria dos inversores utilizados são do tipo escalar. Só utilizamos o tipo vetorial em duas ocasiões: extrema precisão de rotação, torque elevado para rotação baixa ou zero (ex: guindaste, pontes rolantes, elevadores, etc...).

Modelo e fabricante :

Para escolher o modelo, basta consultarmos os catálogos dos fabricantes, e procurar um que atenda as seguintes características mínimas necessárias:
Quanto ao fabricante, o preço e qualidade desejada devem determinar a escolha.
Apenas como referência ao leitor os mais encontrados na indústria são:
Siemens, Weg, Telemecanique, Allen Bradley, ABB, Cuttler Hammer e Danfoss.


SOFT-STARTER

Soft-Starters são equipamentos eletrônicos destinados ao controle da partida de motores elétricos de corrente alternada. Quando partimos um motor através da conexão direta da fonte de alimentação com valores nominais, inicialmente ele drena a corrente de rotor bloqueado (IRB) e produz um torque de rotor bloqueado (TRB). Assim que o motor acelera a corrente cai e o torque aumenta antes de cair para seus valores nominais na velocidade nominal. Ambos, a magnitude e o formato das curvas de torque e corrente dependem do projeto do motor.


Motores com características de velocidade máxima quase idênticas podem ter diferenças grandes na capacidade de partida. As correntes de partida variam de 5 a 9 vezes a corrente nominal. Torques de rotor bloqueado variam desde 0,7 a 2,3 do torque nominal. As características de tensão, corrente e torques máximos formam o conjunto de limites que uma partida com tensão reduzida pode administrar. Quando uma tensão reduzida de partida é utilizada, o torque de partida do motor é reduzido de acordo com a seguinte fórmula.


A corrente de partida pode ser reduzida até o ponto onde o torque de partida continue excedendo o torque resistente (carga). Abaixo desse ponto o motor cessará a aceleração e o motor / carga não atingirá a velocidade nominal. Os tipos mais comuns para redução da tensão de partida são:

1. Partidas estrela / triângulo
2. Partidas com auto transformador
3. Partidas com resistência primária.
4. Soft Starters.

A partida estrela triângulo é a mais barata das formas de partida com tensão reduzida, entretanto sua performance é limitada. As duas limitações mais importantes são:

1. Não existe controle sobre a limitação do torque e da corrente de partida que são fixos em 1/3 do nominal.

2. Existem normalmente grandes transientes de corrente e torque quando há mudança da estrela para o triângulo. Isso causa estresse mecânico e elétrico. O auto transformador oferece melhor controle da partida, entretanto a tensão continua sendo aplicada em passos.

Algumas limitações do auto trafo são:

1. Transientes de torque causados pelos passos de tensão.

2. Número limitado de tapes restringe a possibilidade de selecionar a corrente
ideal de partida.

3. Altos custos para partidas freqüentes ou pesadas.

4. Não consegue fornecer uma solução efetiva para partidas com características variáveis. Por exemplo, uma correia transportadora pode ser partida vazia ou com carga. O auto transformador só pode ser otimizado para uma situação.

Partida com resistência primária (rotor bobinado) também oferece grandes vantagens sobre a partida estrela triangulo. Porém, eles possuem algumas características que reduzem sua efetividade, quais sejam:

1. Dificuldade para otimizar a partida no comissionamento pois a resistência deve ser calculada quando a partida é fabricada e não é facilmente alterada depois.

2. Baixa performance com partidas freqüentes, pois a resistência muda seus valores com o aquecimento. Um período longo de resfriamento é necessário entre as partidas.

3. Baixa performance em partidas longas e pesadas, pois a resistência muda seus valores com o aquecimento.

4. Não consegue fornecer uma solução efetiva para partidas com características variáveis.

As soft starters são os equipamentos mais avançados para redução de tensão na partida. Elas oferecem melhor controle sobre a corrente e o torque assim como podem incorporar funções avançadas para proteção do motor e ferramentas de interface.

1. Controle simples e flexível sobre a corrente e o torque de partida.
2. Controle suave da tensão e da corrente, livre de passos ou transientes.
3. Capaz de partidas freqüentes.
4. Capaz de gerenciar partidas com características variáveis.
5. Controle Soft stop (parada suave) para aumentar o tempo de parada dos
motores.
6. Controles para freio para reduzir o tempo de parada dos motores.

Tipos de controle de Soft-Starters

O termo soft starter é aplicado a uma gama de tecnologias. Essas tecnologias estão todas relacionadas com a partida suave de motores, mas existem diferenças significativas entre os métodos e os benefícios que os acompanham. Os soft starters podem ser divididos em da seguinte maneira:

• Controladores de torque
• Controladores de tensão em malha aberta.
• Controladores de tensão em malha fechada.
• Controladores de corrente em malha fechada.

Controladores de torque promovem apenas a redução do torque de partida. Dependendo do tipo, eles podem controlar apenas uma ou duas fases. Como conseqüência não existe controle sobre a corrente de partida como é conseguido com os tipos mais modernos de soft-starter. Controladores de torque com apenas uma fase devem ser utilizados com contator e rele de sobrecarga. Eles são apropriados para aplicações pequenas. O controle trifásico deve ser usado para partidas freqüentes ou com cargas de alta inércia, pois os controladores monofásicos causam um aquecimento extra na partida. Isso acontece pois a tensão nas bobinas que não são controladas ficam sob a tensão nominal. Essa corrente circula por um período maior do que durante uma partida direta resultando num sobre aquecimento do motor.

Controladores com duas fases devem ser usados com um rele de sobrecarga mas podem parar e partir o motor sem um contator, entretanto a tensão continua presente no motor mesmo que ele não esteja rodando. Se instalado dessa maneira é importante assegurar medidas de segurança.

Controladores de tensão em malha aberta controlam todas as três fases e tem todos os benefícios fornecidos pelos soft-starters. Esses sistemas controlam a tensão aplicada no motor de maneira pré-configurada e não tem nenhuma realimentação de corrente. A performance da partida é conseguida configurando-se parâmetros como tensão inicial, tempo de rampa e tempo de rampa duplo. A parada suave também está disponível.

Controladores de tensão em malha aberta também devem ser usados com reles de sobre carga e com contatores se requerido. Dessa forma são componentes que devem estar agregados a outros componentes para formar um sistema de partida do motor. Controladores de tensão em malha fechada são uma variante do sistema de malha aberta. Eles recebem realimentação da corrente de partida do motor e usam essa informação para cessar a rampa de partida do motor quando a
corrente de limite configurada pelo usuário é atingida. O usuário tem as mesmas configurações do sistema de malha aberta com a adição do limite de corrente.
A informação da corrente do motor também é normalmente utilizada para fornecer uma variedade de proteções baseadas na corrente. Essas funções incluem, sobre carga, desbalanceamento de fases, sub corrente, etc. Esses são sistemas completos de partida fornecendo ambos, controle sobre a partida / parada e proteções para o motor.

Controladores de corrente em malha fechada é o mais avançado de todos. Diferentemente do sistema de tensão em malha fechada eles usam a corrente como referência principal. As vantagens dessa aproximação são controle preciso da corrente de partida e fácil ajuste. Muitos ajustes do usuário podem ser feitos automaticamente por sistemas baseados em corrente.


Correção do fator de potência.

Se for necessária a correção estática do fator de potência, os capacitores devem ser instalados do lado da alimentação do soft-starter.

Consultor: Prof. Jeyson Berlanda

terça-feira, 27 de julho de 2010

AUTOMAÇÃO Parte 2

ELEMENTOS ANALÓGICOS

Unidade de entrada analógica


A interface de entrada analógica contém os circuitos necessários para receber sinais analógicos de tensão ou corrente dos dispositivos de campo. A tensão ou a corrente de entrada é convertida para um código digital proporcional ao valor analógico, através de um conversor analógico digital (A/D). Este código digital é armazenado na memória imagem do controlador como um registro.
O valor analógico é geralmente expresso como um valor decimal (BCD).
A resolução das entradas analógicas é uma informação importante, pois de acordo com o número de bits do conversor A/D é que se define a menor parcela que pode ser lida. Ou seja, uma entrada com um maior número de bits permitirá uma melhor representação da grandeza analógica. Os conversores A/D normalmente são de 10 ou 12bits
As faixas de valores de tensão e corrente para entradas analógicas mais utilizadas na indústria são:

• 0 a 20mA
• 4 a 20mA
• 0 a 10Vdc

A (figura 9) mostra o diagrama de blocos de uma unidade de entrada analógica.


São todos os tipos de transdutores que necessitam fazer conversão de curso, peso, pressão, etc. tais como:

• Transdutor de pressão
• Amplificadores de tensão para células de carga
• Transdutor de umidade
• Régua Potenciométrica
• Sensor de Nível
• Sensor de Vazão

Unidades de Saída

As unidades de saída fornecem as conexões entre os dispositivos de campo e a unidade central de processamento. Estas interfaces podem ter um ou mais canais, fornecendo sinais digitais ou analógicos devidamente amplificados para energizar os elementos de operação e sinalização de atuadores diversos, que se caracterizam pelo tipo (CA ou CC, N ou P) e pelos diversos níveis de tensão e potência.


Unidade de Saída Digital:

As interfaces de saída discretas convertem sinais lógicos usados no Controlador Programável em sinais capazes de energizar atuadores. O controle da saída é limitado a dispositivos que somente requerem comutação em dois estados, tais como ON/OFF (ligado/desligado).
O circuito de saída é composto por duas seções principais: saídas e interface, sendo que essas são normalmente desacopladas eletricamente por um circuito isolador. Durante uma operação normal, o processador envia para o circuito lógico o estado da saída de acordo com a lógica programada. Normalmente estas saídas são sinalizadas por led's.


Entre os diversos tipos de atuadores, podemos citar:

• Contatores
• Solenóides
• Relés
• Lâmpadas
• Sirenes

A comutação executada por uma unidade de saída pode ser através de transistores (em corrente contínua), através de TRIAC’s (em corrente alternada) ou através de relés (corrente contínua ou alternada).


Saída em corrente contínua

Tipos de saídas digitais em corrente contínua:

• Saída Tipo N: Quando o fluxo de corrente ocorre da saída para o potencial negativo da fonte de alimentação de 24 Vcc (carga ligada entre o potencial positivo e a saída, conforme (figura 15). A (figura 13) exemplifica o circuito de uma saída digital tipo N.


• Saída Tipo P: Quando o fluxo de corrente ocorre do potencial positivo da fonte de alimentação de 24 Vcc para a saída (carga ligada entre o potencial negativo e a saída, conforme (figura 16). A (figura 14) exemplifica o circuito de uma saída digital tipo P.


Saída em corrente alternada

Alimentação de 90 Vca a 240 Vca

• Varistor: Protege contra o surto de tensão
• RC: Protege contra disparo indevido
• Triac : Isolado do sistema por acoplador óptico
A figura 17 exemplifica o circuito de uma saída digital em corrente alternada.





Unidade de Saída Analógica

A interface para saídas analógicas recebe do processador dados numéricos que são convertidos em valores proporcionais de corrente ou tensão e aplicados nos dispositivos de campo. A interface contém um conversor digital-analógico (D/A).
O valor analógico é geralmente expresso como um valor decimal (BCD).
Os conversores D/A normalmente são de 10 ou 12bits.
As faixas de valores de tensão e corrente para saídas analógicas mais utilizadas na indústria são:

• 0 a 20mA
• 4 a 20mA
• 0 a 10Vdc

A (figura 18) mostra o diagrama de blocos de uma unidade de saída analógica.


Entre os diversos tipos de atuadores, podemos citar:

• Conversor de freqüência
• Válvula proporcional


Unidade Central de Processamento (UCP)

A Unidade Central de Processamento (UCP) é responsável pelo processamento do programa, isto é, coleta os dados dos cartões de entrada, efetua o processamento segundo o programa do usuário, armazenado na memória, e envia o sinal para os cartões de saída como resposta ao processamento.
Geralmente, cada CLP tem uma UCP, que pode controlar vários pontos de E/S (entradas e saídas) fisicamente compactadas a esta unidade - é a filosofia compacta de fabricação de CLPs, ou constituir uma unidade separada, conectada a módulos onde se situam cartões de entrada e saída, - esta é a filosofia modular de fabricação de CLPs.
Este processamento poderá ter estruturas diferentes para a execução de um programa, tais como:

Processamento cíclico;
Processamento por interrupção;
Processamento comandado por tempo;
Processamento por evento.


Processamento Cíclico

É a forma mais comum de execução que predomina em todas as UCPs conhecidas, é de onde vem o conceito de varredura, ou seja, as instruções de programa contidas na memória, são lidas uma após a outra seqüencialmente do início ao fim, daí retornando ao início ciclicamente.

Um dado importante de uma UCP é o seu tempo de ciclo, ou seja, o tempo gasto para a execução de uma varredura. Este tempo está relacionado com o tamanho do programa do usuário (em média 10 ms a cada 1.000 instruções).
Processamento por interrupção

Certas ocorrências no processo controlado não podem, algumas vezes, aguardar o ciclo completo de execução do programa. Neste caso, ao reconhecer uma ocorrência deste tipo, a UCP interrompe o ciclo normal de programa e executa um outro programa chamado de rotina de interrupção.
Esta interrupção pode ocorrer a qualquer instante da execução do ciclo de programa. Ao finalizar esta situação o programa voltará a ser executado do ponto onde ocorreu a interrupção.
Uma interrupção pode ser necessária, por exemplo, numa situação de emergência onde procedimentos referentes a esta situação devem ser adotados.


Processamento comandado por tempo

Da mesma forma que determinadas execuções não podem ser dependentes do ciclo normal de programa, algumas devem ser executados a certos intervalos de tempo, as vezes muito curto, na ordem de 10 ms.
Este tipo de processamento também pode ser encarado como um tipo de interrupção, porém ocorre a intervalos regulares de tempo dentro do ciclo normal de programa.


Processamento por evento

Este é processado em eventos específicos, tais como no retorno de energia, falha na bateria e estouro do tempo de supervisão do ciclo da UCP.
Neste último, temos o chamado Watch Dog Time (WD), que normalmente ocorre como procedimento ao se detectar uma condição de estouro de tempo de ciclo da UCP, parando o processamento numa condição de falha e indicando ao operador através de sinal visual e as vezes sonoro.

Memória

O sistema de memória é uma parte de vital importância no processador de um controlador programável, pois armazena todas as instruções assim como o os dados necessários para executá-las.
Existem diferentes tipos de sistemas de memória. A escolha de um determinado tipo depende:

do tipo de informação armazenada;
da forma como a informação será processada pela UCP.

As informações armazenadas num sistema de memória são chamadas palavras de memória, que são formadas sempre com o mesmo número de bits.
A capacidade de memória de um CP é definida em função do número de palavras de memória previstas para o sistema.

Mapa de memória

A capacidade de memória de um CP pode ser representada por um mapa chamado mapa de memória.

Arquitetura de memória de um CP

A arquitetura de memória de um controlador programável pode ser constituída por diferentes tipos de memória.
A memória do computador é onde se armazenam os dados que devem ser manipulados pelo computador (chamada memória de dados) e também onde esta armazenado o programa do computador ( memória de programa).
Aparentemente não existe uma diferença física entre as memórias de programa, apenas utilizam-se memórias fixas para armazenar dados fixos ou programas e memórias que podem ser alteradas pelo sistema para armazenar dados que podem variar de acordo com o programa. Existem diversos tipos de memórias que podem ser utilizadas pelo computador: fita magnética, disco magnético e até memória de semicondutor em forma de circuito integrado.
As memórias a semicondutores podem ser divididas em dois grupos diferentes:

- Memória ROM ( read only memory ) memória apenas de leitura.
- Memória RAM ( random acess memory ) memória de acesso aleatório.

As memórias ROM são designadas como memória de programa por serem memórias que não podem ser alteradas em estado normal de funcionamento, porém têm a vantagem de não perderem as suas informações mesmo quando é desligada sua alimentação.


Estrutura

Independente dos tipos de memórias utilizadas, o mapa de memória de um controlador programável pode ser dividido em cinco áreas principais:

Memória executiva
Memória do sistema
Memória de status dos cartões de E/S ou Imagem
Memória de dados
Memória do usuário

Memória Executiva

É formada por memórias do tipo ROM ou PROM e em seu conteúdo está armazenado o sistema operacional responsável por todas as operações que são realizadas no CLP.
O usuário não tem acesso a esta área de memória.


Memória do Sistema

Esta área é formada por memórias tipo RAM, pois terá o seu conteúdo constantemente alterado pelo sistema operacional.
Armazena resultados e/ou operações intermediárias, geradas pelo sistema, quando necessário. Pode ser considerada como um tipo de rascunho.
Não pode ser acessada nem alterada pelo usuário.


Memória de Status de E/S ou Memória Imagem

A memória de status dos módulos de E/S são do tipo RAM. A UCP, após ter efetuado a leitura dos estados de todas as entradas, armazena essas informações na área denominada status das entradas ou imagem das entradas. Após o processamento dessas informações, os resultados serão armazenados na área denominada status das saídas ou imagem das saídas.


Memória de Dados

As memórias de dados são do tipo RAM, e armazenam valores do processamento das instruções utilizadas pelo programa do usuário.
Funções de temporização, contagem, artiméticas e especiais, necessitam de uma área de memória para armazenamento de dados, como:

Valores pré-selecioandos ou acumulados de contagem e temporização;
Resultados ou variáveis de operações aritméticas;
Resultados ou dados diversificados a serem utilizados por funções de manipulação de dados.

Memória do Usuário

A UCP efetuará a leitura das instruções contidas nesta área a fim de executar o programa do usuário, de acordo com os procedimentos predeterminados pelo sistema operacional.
As memórias destinadas ao usuário podem ser do tipo:


RAM
RAM/EPROM
RAM/EEPROM


Tipo de Memória
Descrição

RAM
A maioria do CLPs utiliza memórias RAM para armazenar o programa do usuário assim como os dados internos do sistema. Geralmente associada a baterias internas que evitarão a perda das informações em caso de queda da alimentação.

RAM/EPROM

O usuário desenvolve o programa e efetua testes em RAM. Uma vez checado o programa, este é transferido para EPROM.


RAM/EEPROM

Esta configuração de memória do usuário permite que, uma vez definido o programa, este seja copiado em EEPROM. Uma vez efetuada a cópia, o CLP poderá operar tanto em RAM como em EEPROM. Para qualquer modificação bastará um comando via software, e este tipo de memória será apagada e gravada eletricamente.


Terminal de Programação

O terminal de programação é um dispositivo (periférico) que conectado temporariamente ao CLP, permite introduzir o programa do usuário e configuração do sistema. Pode ser um equipamento dedicado, ou seja, um terminal que só tem utilidade como programador de um determinado fabricante de CLP, ou um software que transforma um computador pessoal em um programador.
Neste periférico, através de uma linguagem, na maioria das vezes, de fácil entendimento e utilização, será feita a codificação das informações vindas do usuário numa linguagem que possa ser entendida pelo processador de um CLP. Dependendo do tipo de Terminal de Programação (TP), poderão ser realizadas funções como:

Þ Elaboração do programa do usuário;
Þ Análise do conteúdo dos endereços de memória;
Þ Introdução de novas instruções;
Þ Modificação de instruções já existentes;
Þ Monitoração do programa do usuário;
Þ Cópia do programa do usuário em disco ou impressora.

Os terminais de programação podem ser classificados em três tipos:

Þ Terminal Dedicado Portátil;
Þ Terminal Dedicado TRC;
Þ Terminal não Dedicado;

Terminal Portátil Dedicado

Os terminais de programação portáteis, geralmente são compostos por teclas que são utilizadas para introduzir o programa do usuário. Os dados e instruções são apresentados num display que fornece sua indicação, assim como a posição da memória endereçada.
A maioria dos programadores portáteis são conectados diretamente ao CP através de uma interface de comunicação (serial). Pode-se utilizar da fonte interna do CP ou possuir alimentação própria através de bateria.
Com o advento dos computadores pessoais portáteis (Lap-Top), estes terminais estão perdendo sua função, já que pode-se executar todas as funções de programação em ambiente mais amigável, com todas as vantagens de equipamento portátil.


Terminal Dedicado TRC

No caso do Terminal de programação dedicado tem-se como grandes desvantagens seu custo elevado e sua baixa taxa de utilização, já que sua maior utilização se dá na fase de projeto e implantação da lógica de controle.
Estes terminais são compostos por um teclado, para introdução de dados/instruções e um monitor (TRC - tubos de raios catódicos) que tem a função de apresentar as informações e condições do processo a ser controlado.
Como no caso dos terminais portáteis, com o advento da utilização de computadores pessoais, este tipo de terminal está caindo em desuso.


Terminal não Dedicado - PC

A utilização de um computador pessoal (PC) como terminal de programação é possível através da utilização de um software aplicativo dedicado a esta função.
Neste tipo de terminal, tem-se a vantagem da utilização de um micro de uso geral realizando o papel do programador do CLP. O custo deste hardware (PC) e software são bem menores do que um terminal dedicado além da grande vantagem de ter, após o período de implantação e eventuais manutenções, o PC disponível para outras aplicações comuns a um computador pessoal.
Outra grande vantagem é a utilização de softwares cada vez mais interativos com o usuário, utilizando todo o potencial e recursos de software e hardware disponíveis neste tipo de computador.


Princípio de Funcionamento de um CLP

Um controlador lógico programável, tem seu funcionamento baseado num sistema de microcomputador onde se tem uma estrutura de software que realiza continuamente ciclos de varredura.

Estados de Operação

Basicamente a UCP de um controlador programável possui dois estados de operação:

Programação
Execução

A UCP pode assumir também o estado de erro, que aponta falhas de operação e execução do programa.


Programação

Neste estado o CP não executa programa, isto é, não assume nenhuma lógica de controle, ficando preparado para ser configurado ou receber novos programas ou até modificações de programas já instalados. Este tipo de programação é chamada off-line (fora de linha).


Execução

Estado em que o CP assume a função de execução do programa do usuário. Neste estado, alguns controladores, podem sofrer modificações modificações de programa. Este tipo de programação é chamada on-line (em linha).


Funcionamento

Ao ser energizado, estando o CP no estado de execução, o mesmo cumpre uma rotina de inicialização gravada em seu sistema operacional. Esta rotina realiza as seguintes tarefas :

Limpeza da memória imagem, para operandos não retentivos;
Teste de memória RAM;
Teste de executabilidade do programa.

Após a execução desta rotina, a UCP passa a fazer uma varredura (ciclo) constante, isto é, uma leitura seqüencial das instruções em loop.
Entrando no loop, o primeiro passo a ser executado é a leitura dos pontos de entrada. Com a leitura do último ponto, irá ocorrer, a transferência de todos os valores para a chamada memória ou tabela imagem das entradas.
Após a gravação dos valores na tabela imagem, o processador inicia a execução do programa do usuário de acordo com as instruções armazenadas na memória.
Terminando o processamento do programa, os valores obtidos neste processamento, serão transferidos para a chamada memória ou tabela imagem das saídas, como também a transferência de valores de outros operandos, como resultados aritméticos, contagens, etc.


Ao término da atualização da tabela imagem, será feita a transferência dos valores da tabela imagem das saídas, para os cartões de saída, fechando o loop. Neste momento é iniciado um novo loop.
Para a verificação do funcionamento da UCP, é estipulado um tempo de processamento, cabendo a um circuito chamado de Watch Dog Time supervisioná-lo. Ocorrendo a ultrapassagem deste tempo máximo, o funcionamento da UCP será interrompido, sendo assumido um estado de erro.
O termo varredura ou scan, são usados para um dar nome a um ciclo completo de operação (loop).
O tempo gasto para a execução do ciclo completo é chamado Tempo de Varredura, e depende do tamanho do programa do usuário, e a quantidade de pontos de entrada e saída.
Fonte: Consultor Prof. Jeyson Berlanda

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...