terça-feira, 25 de outubro de 2011

SELO HIDRICO

SELO HIDRICO
 Um dos mais graves problemas do setor se saneamento é a ausência da manutenção preventiva, nas unidades operativas, quer seja de água ou esgoto.
 Em uma Residência a manutenção preventiva deve ser praticada assim como se faz com o carro de uso diário, pois da mesma forma o sistema hidráulico e sanitário de sua residência necessita de manutenção. Pias e ralos devem possuir uma pequena articulação simples e barata, o "sifão", que elimina o retorno dos gases provenientes das águas servidas, "esgotos". Resultado da degradação biológica que ocorre com o passar das horas nestas águas.

Esta articulação mantém uma pequena lâmina d´água em seu interior, impedindo o retorno dos gases. Denominado de selo hídrico, é o mesmo sistema utilizado em ralos sifonados de chuveiros, áreas de serviço e vasos sanitários.

Percebendo odores em sua residência, verifique se a pia da cozinha possui sifão e os ralos estão em bom estado.
Com o passar dos anos o material que os compõe sofre alterações e rachaduras que eliminam o selo hídrico e permitem o retorno dos gases.

Outras partes do sistema sanitário como fossas também merecem atenção, devendo ser limpas anualmente. Caixas de gordura acumulam óleos, gorduras e sobras descartadas na cozinha, e devem ser limpas trimestralmente.

Tenha o ambiente sempre agradável em sua casa fazendo a manutenção preventiva do sistema hidráulico e sanitário de sua residência. Não esquecendo que edifícios devem ter os mesmos cuidados.
Em alguns cômodos da residência, principalmente quartos, quando o uso é muito esparso, ocorre o fenômeno da evaporação, e neste instante o ralo é seco, quebrando o selo hídrico, e permitindo a passagem de cheiro e insetos para a residência, portanto devemos abrir com freqüência e por alguns segundos as torneiras das pias assim como dar descargas pequenas para garantir o selo hídrico dos vasos sanitários.

Nos projetos de coletores de esgoto de tempo seco, os PVs são dotados de selo hídrico para evitar a saída de gases, devendo de a mesma forma ser garantido a sua manutenção, principalmente quanto a função de drenagem nos períodos de chuva.
                                                                                                                                                PV de Tempo Seco
 Na ausência de manutenção pode ocorrer o fechamento do selo hídrico devido ao assoreamento, tendo como conseqüência o refluxo pelos coletores de água pluvial, tendo em vista que o PV destina-se a separar o esgoto de tempo seco, das águas de drenagem.






sábado, 15 de outubro de 2011

CUSTO OPERACIONAL

CUSTO OPERACIONAL
Nos sistemas de Abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos, temos algumas fases importantes no processo:
1.    O primeiro passo é o estudo de concepção e análise de viabilidade econômica financeiro do empreendimento: Esta é uma fase decisória, e deve ser montada uma estratégia que contemple o projeto a execução e a operação e manutenção, pois conceber uma solução de projeto onde não se consegue operar ou ter uma manutenção constante e carea, é causar prejuízo ao contratante.

2.    Estando com a concepção pronta inicia-se a fase de projeto, que deve atentar-se para os aspectos operacionais e de manutenção, com o menor custo possível. Se temos uma captação em um local distante da unidade de tratamento, é fundamental que seja contemplada com todos os itens de automação para permitir que quando faltar energia na captação, este evento seja informado na unidade de tratamento, para evitar deslocamentos desnecessários, e perda de tempo e dinheiro. Neste caso quando retornar a energia deve ser possível ligar e desligar remotamente o sistema.


3.    Projeto pronto inicia-se a fase de execução, que constitui um dos principais itens de garantia de sucesso do que foi projetado. Assim quando em uma rede coletora de esgoto prevemos uma taxa de infiltração limitada a norma técnica, esperamos que a construção garanta que este limite não seja ultrapassado sob pena de inviabilizar-mos o projeto.


4.    Obra pronta inicia-se a fase operacional, é uma fase que deve ser monitorada em todas as suas fases, principalmente os equipamentos eletromecânicos, e é agora que se confirma o que foi planejado, projetado e construído. Porém o que se observa, é que na maioria dos sistemas a vazão é um item apenas conhecido pelas plaquetas das bombas, e se tem calha parshall, esta não é dotada de medidores permanentes.


5.    Um sistema em operação deve obviamente ter um plano de manutenção constante. Porém sempre prevalece a condição de construir, operar, e abandonar a manutenção preventiva e somente atuar quando ocorrem panes e onde a manutenção corretiva faz-se necessário.


As fases de concepção, projeto e construção tem prazos definidos de inicio e fim, porém a operação é infinita e tem seu custo atrelado ao modo como foi finalizado cada uma destas etapas: A seguir citamos alguns exemplos de como estas fases influenciam no custo operacional do empreendimento.


a)   Quando não se agrega a automação a um projeto, temos a necessidade de contratação de mão de obra para operar uma captação com elevado custo e serviços de rotinas insignificantes. Pior ainda quando os reservatórios não são dotados de controladores de niveis, e o extravasamento torna-se uma rotina. 

b)   Na fase de projeto quando não se dimensiona uma adutora, sub adutora, emissário utilizando critérios hidráulicos e econômicos, temos em algumas situações potencias desnecessárias, elevando significativamente o custo da energia elétrica, pois sempre existiu a cultura de reduzir diãmetros ao máximo, buscando minimizar o custo de implantação.

c)    Projetos que contemplam apenas uma unidade de bombeamento para etapas de projetos muito longas conduzem a potencia de elevatórias que devem funcionar com registros estrangulados, inserindo cargas adicionais, e elevando o custo operacional.

d)   Redes de distribuição com material de baixa qualidade, e de péssima execução conduzem a perdas que oneram a operação necessitando de constantes reparos, e ou maior volume de água para atendimento do abastecimento.

e)   Redes coletoras com material de baixa qualidade e execução sem critérios conduzem a infiltrações que inviabilizam o processo de tratamento, com elevada diluição do efluente.

f)     O projeto deve prever que a operação em 24 h, somente deve ocorrer no fim da vida útil do mesmo, caso contrário já “nasce morto”; É óbvio porém que este projeto deve ser dotado de 100% de micromedição, pois caso contrário o que se concebe na prancheta (ainda existe?) não ocorre no campo.

g)    Um sistema de cloração com tina, cloro granulado, bomba dosadora, sempre será mais barato do que um sistema gerador de cloro, porém o custo operacional do segundo irá diluir este custo visto que na operação a exigência é de apenas sal, que é de baixo custo.

h)   Uma ETA simplificada e de baixo custo como o Filtro duplo, ou superfiltração, é sempre muito mais vantajoso operacionalmente que um ETA convencional, de operação complexa e elevado custo operacional.

i)     As ventosas e descargas são imprescindíveis em qualquer unidade de bombeamento, e devem ser mantidas rotineiramente.

j)    Um projeto sem definições de zonas de pressão e sem medidores, é um projeto sem condições de operação conforme concebido.

k)    As válvulas de controle são fundamentais em tosos os projetos visto que reduzem os custos operacionais.


Curiosidades:


Já assistimos adutoras terem o desempenho abaixo do esperado, simplesmente porque o construtor não liberou o lacre de fabrica, que protege os furos das ventosas.


   Capacete na Tubulação:

 A fase de assentamento de redes de distribuição, e coletoras devem ser supervisionadas, e “policiadas”, pois existem relatos de funcionários insatisfeitos, que simplesmente “abandonam” o capacete e ou outros objetos dentro da tubulação na fase de assentamento, tais como pedras, tocos de madeira, plásticos etc.


Filtros:

Ao se projetar um filtro a principal condição é garantir que o mesmo tenha condições de ser lavado, como ocorre nas ETAs onde as unidades em operação lavam em contracorrente.

Agora imaginem um filtro em um canal que alimenta uma captação. Pois até isto já existiu,....... e o sistema teve que ser abandonado, pois quando ocorreu a colmatação do filtro, este não tinha como ser lavado.
E muitos erros de concepção, de projetos e de execução ainda virão. E também de operação pois atualmente é muito grande a rotatividade de operados não adequadamente treinados.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PRESSÃO


Definimos Pressão, como o resultado  da aplicação de uma força a que um objeto está sujeito dividida pela área da superfície sobre a qual a força age, ou seja:

Pressão = Força  / Area

E Força? O que é?

Definimos força, como a causa de qualquer modificação no estado de um corpo, podendo causar sua deformação ou alteração do estado de movimento, tirando o corpo do repouso ou do movimento retilíneo uniforme. A força também pode causar deformação e movimento de uma só vez.


Um tipo de força com a qual todos estão familiarizados é o peso. É a quantidade de força que a Terra exerce sobre você.

Há dois pontos interessantes sobre essa força:

Ela o puxa para baixo, ou, mais precisamente, em direção ao centro da Terra;

Ela é proporcional à sua massa. Se você tem mais massa, a Terra exerce uma força maior sobre você.

Quando você sobe em uma balança, você exerce força sobre ela. A força que você aplica comprime uma mola que move uma agulha. Quando você atira uma bola de vôlei, aplica uma força sobre ela, que a faz acelerar. Um motor de aeroplano cria uma força que empurra o avião pelo ar.

Força provoca aceleração. Se você aplicar força em um carrinho de brinquedo (empurrando-o com a mão), ele se movimentará, quanto maior a força que você aplicar a um objeto, maior o grau de aceleração e quanto mais massa tiver o objeto, menor o grau de aceleração. A Segunda Lei de Newton é normalmente resumida em uma equação:

 a = F/m, ou F = ma (Força = Massa x Aceleração)



Para homenagear o feito de Newton, a unidade padrão de força no sistema SI (Sistema Internacional), recebeu o nome de Newton.

Um Newton (N) de força é suficiente para acelerar 1 quilograma (kg) de massa na taxa de 1 metro por segundo ao quadrado (m/s2).

De fato, é assim que força e massa são definidas. Um quilograma é a quantidade de massa que 1 N de força acelera a uma taxa de 1 m/s2.

 A Terra exerce uma força para acelerar objetos que caem à taxa de 9,8 m/s2,. Nas equações, esta taxa é referida como g. Se você soltar algo da beira de um penhasco, em cada segundo de queda o objeto vai ser acelerado em 9,8 m/s. Assim, se cair durante cinco segundos, vai atingir a velocidade de 49 m/s. É um grau de aceleração bastante rápido.

Se um carro acelerar dessa forma, atingirá cerca de 100 km/h em menos de três segundos.

Peso

O peso é a força gravitacional sofrida por um corpo na vizinhança de um planeta ou de outro corpo celeste de massa significativa. Enquanto força, o peso é uma grandeza vetorial. Portanto, apresenta intensidade, direção e sentido.

Para corpos próximos da Terra, a direção é a linha que passa pelo objeto e pelo centro da Terra. O sentido é aquele que aponta para o centro da Terra.

Matematicamente, ele pode ser descrito como o produto entre massa e a aceleração da gravidade local:
 

Unidades

A força (o peso) é medida comumente em quilograma-força (kgf),

Pronto, estamos Nivelados, agora vamos atentar para alguns itens do nosso cotidiano.


1 – FUNDAÇÃO DE EDIFICIOS

 
Os pilares de edifícios são terminados por uma fundação denominada “Sapata”, a função como vimos é distribuir em uma maior área o peso concentrado no pilar, assim a reação do terreno, é reduzida, o que garante que o solo possa manter o edifício estável. Assim uma carga de 10 Toneladas, ou 10.000 Kg, quando aplicada no solo pelo pilar de 30x30 (900 cm²), irá exigir um solo com uma resistência de: 10.000 Kg/900 cm² = 11 Kg/cm²; Para minimizar este valor utiliza-se uma sapata convenientemente dimensionada. Assim com uma área de sapata por exemplo de 1,44 m² (1,20 x 1,20), teremos necessidade de reação do solo de apenas: 10.000 Kg / 14400 cm² = 0,69 Kg/cm²

 2 – RESERVATÓRIOS APOIADOS

Um reservatório circular de 100 m³ (100.000 l) com diâmetro de 6,70 m, e altura de 3,30 m, possui um peso próprio de 6,5 Ton. (6.500 Kg), quando construído em chapa metálica. Ao acrescentarmos um volume de 100.000 l de água estamos com uma unidade de 106.500 Kg, distribuídos em uma área de 35,25 m², portanto o solo deverá reagir com uma resistência superior a: 106.500 Kg/352.500 cm² = 0,30 Kg/cm² ou seja baixa resistência para os solos mais comuns em Mato Grosso.
 A técnica construtiva recomendada é a de retirada do material superficial, compactação com rachão, e cascalho, regularização com concreto magro, e assentamento.

Quando em alguns projetos agrega-se uma estrutura de concreto como base, acrescenta-se ao peso do conjunto, reservatório + água, uma carga decorrente desta peça, que irá exigir uma maior resistência do solo, assim esta peça estrutural é desnecessária em construção de reservatórios apoiados.
3 – COMPORTAS DE FUNDO DE BARRAGEM E DECANTADORES
Uma comporta projetada para ser instalada no fundo de um decantador e de barragens, está sujeita a uma força proporcional a profundidade de sua instalação. Assim em um montante de barragem com altura da lamina dágua de 20,00 m, uma comporta de secção quadrada igual a 1,0 m² (1,0 x 1,0), estará sob o efeito de uma pressão correspondente a:
Pressão = carga liquida sobre a comporta = 20 mca (metros de coluna d’água) = 2 Kg/cm²
Logo: Pressão = Força / Área.....A força que irá atuar empurrando a comporta contra a sua sede, é de:
Força = Pressão x superfície
Força = 2 Kg / cm² x 1,0 m²
Força = 2 Kg/cm² x 10.000 cm²
Força = 20.000 Kg =  20 Toneladas
 Portanto deve ser projetado um sistema de abertura e fechamento compatível com esta força......
 Esta é uma situação semelhante ao carro que cai em um lago:
A situação é simples:
 Um carro afunda no rio;
A altura da água sobre o carro é de 1,0 m (super raso)
A porta do carro tem uma area de 1,0 m²
 Qual a força que a vitima deve fazer para abrir o carro?
 Simples: A pressão exercida pela água sobre a porta é de 1,0 mca ou 0,1 Kg/cm².
 Força da Água comprimindo a porta sobre a sua sede = Pressão x superfície
Força = 0,1 Kg/cm² x 1,0 m²
Força = 0,1 Kg/cm² x 10.000 cm²
Força = 1.000 Kg = 1 Tonelada
 Ou seja, nenhum ser humano abre esta porta.

 4 – FORÇA DE ARRANQUE DE CURVAS, e CAPs, EM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS


Em uma tubulação  de 400 mm, conduzindo água sob uma pressão de 100 mca (10Kg/cm²), exerce que força de expulsão de curvas e Caps?
Força da Água comprimindo a parede do Cap = Pressão x superfície
Um Cap de 400 mm possui uma área de: 1.600 cm²
Logo a força a que o bloco de ancoragem de opor é de:
Força = 100 Kg/cm² x 1.600 cm²
Força = 160.000 Kg = 160 Ton
 Não é qualquer bloquinho.......................


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

EMPUXO

Cena 1 – A DESCOBERTA no Século III a.C - A Coroa de ouro de Hierão

Quando Hierão reinava em Siracusa, decidiu oferecer uma coroa de ouro aos deuses imortais. Contratou um artesão que, mediante uma boa soma em dinheiro e a entrega da quantidade de ouro necessária, se encarregou da sua confecção. O artesão entregou a coroa na data combinada com o Rei. Porém, apesar de a considerar executada com perfeição, este duvidou que contivesse todo o ouro que tinha entregue e suspeitou que o artesão tivesse substituído uma parte desse ouro por prata.

Para comprovar a sua suspeita, o rei encarregou Arquimedes de, com a sua inteligência, encontrar uma forma de provar a fraude.. Um dia em que Arquimedes, preocupado com este assunto, foi tomar banho, percebeu que à medida que entrava na banheira, a água transbordava. Subitamente, esta observação fez-lhe descobrir o que procurava. Ficou tão contente que saíu do banho e correu para a rua a gritar: Eureka! Eureka! (encontrei! encontrei!)
Com base nesta hipótese explicativa, pegou em duas massas com o mesmo peso que o da coroa, uma de ouro e outra de prata. Mergulhou a massa de prata numa taça cheia de água e mediu a água que transbordou. Retirou então esta massa, voltou a encher a taça, mergulhou a massa de ouro e voltou a medir a água que saíu. Com esta experiência pôde verificar que a massa de ouro não fez transbordar tanta água como a de prata e que a diferença entre as quantidades de águia deslocadas era igual à diferença entre os volumes da massa de ouro e da massa de prata em igual peso.
Finalmente, voltou a encher a taça, mergulhando desta vez a coroa, que transbordou mais água do que a massa de ouro de igual peso mas menos que a massa de prata. Calculou então, de acordo com estas experiências, em quanto a quantidade de água que a coroa desalojara era maior que aquela que deslocara a massa de ouro. Estava pois em condições de saber qual a quantidade de prata que fora misturada ao ouro e mostrar claramente a fraude do artesão.
O rei não deve ter ficado lá muito satisfeito com o ourives...
Teorema de Arquimedes
Todo corpo sólido mergulhado num fluido em equilíbrio recebe uma força de direção vertical e sentido de baixo para cima de intensidade igual ao peso do líquido deslocado.

Cena 2 – ERROS DA ENGENHARIA década de 70 - Um grande reservatório apoiado tem sua construção iniciada, em uma Cidade cujo lençol freático é quase aflorante em determinada época do ano.
Para surpresa geral, um vacilo de projeto (esqueceram de Arquimedes) provocou a flutuação do reservatório de 2.000 m³
                                                                Reservatório Enterrado
 Cena 3 – SUCESSOS DA ENGENHARIA 2.000 DC - Holanda - HOUSEBOATS, as casas flutuantes de Amsterdam
Prédio Flutuante 1

                                                                                                           Prédio Flutuante 2
Não por acaso se trata dos Países Baixos: a Holanda está sempre procurando formas de lutar contra a ameaça das águas. Sua nova arma são as casa anfíbias.

Durante séculos, os holandeses construíram diques para proteger-se do mar. Agora que se prevêem inundações mais freqüentes devido à mudança do clima mundial, resolveram aprender a conviver com o mar ao invés de mantê-lo à distância.

Essa mudança de atitude reflete-se num novo projeto de casas em Maasbommel, a cerca de 100 quilômetros a oeste de Amsterdã. É uma comunidade de casas anfíbias.

Ao contrário das casas flutuantes ancoradas nos canais holandeses, ou das aldeias flutuantes da Ásia, essas casas são construídas em terreno firme. Mas são projetadas para flutuar em caso de inundações. Elas foram fabricadas em madeira leve e com base de granito oca, o que permite a flutuação.

Sem partes fixas de cimento, a estrutura está apenas depositada sobre o solo e ajustada a postes de 5 metros de altura com anéis deslizantes, o que permite que acompanhe a subida da água. Todos os cabos elétricos e os encanamentos de água e saneamento são feitos em tubos flexíveis e vão dentro dos postes de sustentação.
“Elas são como qualquer outra casa”, diz o construtor, Has van de Beek. “A única diferença é que, quando sobe a água, sobe a casa.”

Por isso, durante períodos de subida das marés, os moradores precisarão de um bote para ir do dique, onde estacionam seus carros, até a casa.

Durante mais de mil anos, os holandeses desenvolveram técnicas para conter o mar e ganhar terreno sobre ele. Os vertedouros de terra e as bombas de desaguar, movidas por moinhos, criaram áreas secas roubadas às águas, chamadas polders, onde se ergueram cidades, pastos e campos de cultivo. Se não fosse por seu sistema de diques e canais, hoje metade da Holanda já teria submergido.

O país tem padecido de graves inundações na última década, especialmente em 1993 e 1995, que causaram danos de milhões de dólares. Em 1953, mais de 1.800 pessoas morreram durante uma inundação que é lembrada simplesmente como “o desastre”.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

PRINCIPAIS DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HIDRICA

PRINCIPAIS DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HIDRICA

A água pode afetar a saúde do homem através da ingestão direta, na preparação de alimento, no uso da higiene pessoal, na agricultura, industria ou lazer.

As principais doenças que a água pode veicular são:

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUAS CONTAMINADAS POR MICRORGANISMOS.

FEBRE TIFÓIDE
Sintomas - infecção bacteriana generalizada ,caracterizando-se pôr febre contínua, aparecimento de manchas róseas no abdômem, dor de cabeça, língua seca, constipação intestinal(prisão de ventre), diarréia, etc. Obs : É uma doença intestinal.

Transmissão - o homem infectado elimina pelas fezes e urina as bactérias ,constituindo as fontes de infecção. Os veículos usuais são: água contaminada, moscas, leite, alimentos, etc.

Profilaxia - tratamento da água de abastecimento. Disposição adequada dos dejetos humanos. Fervura ou pasteurização do leite. Saneamento dos alimentos, especialmente os que se consomem crus. Controle de moscas. Vacinação. Educação sanitária do público, etc.


FEBRE PARATIFÓIDE


Sintomas - infecção bacteriana, que com freqüência começa subitamente com febre contínua, manchas róseas no tronco e comumente diarréia.

Transmissão - análoga a febre tifóide.

Profilaxia - são as mesmas recomendadas para a Febre Tifóide.

Obs.: é uma moléstia do sangue e dos tecidos.

HEPATITE INFECCIOSA

Sintomas - infecção aguda que se caracteriza por febre , náusea, mal estar, dores abdominais, seguida de icterícia, perda de apetite, possibilidade de vômitos, fadiga, dor de cabeça, etc. É uma moléstia do sangue e dos tecidos.

Transmissão - o homem que é o reservatório pode eliminar o vírus da hepatite através das fezes e sangue. A transmissão ocorrerá ingerindo água, leite, alimentos, etc., contaminados. Também se transmite pôr sangue, soro ou plasma proveniente de pessoas infectadas que no caso de haver tomado injeção e a seringa não tendo sido bem lavada poderá contaminar uma outra pessoa sadia que pôr ventura venha usar tal seringa com resíduo de sangue do indivíduo infectado.

Profilaxia - saneamento dos alimentos, disposição adequada dos dejetos humanos, higiene pessoal, uso da água tratada, controle de mosca, etc. Prevenção quanto ao uso de seringas e agulhas não convenientemente esterilizadas. No caso de transfusão de sangue tomar cuidado se o doador está infectado.

POLIOMIELITE ( PARALISIA INFANTIL)


Sintomas - doença que se caracteriza pelo aparecimento de febre, mal estar, dor de cabeça, etc. e nos casos mais graves, verifica-se paralisia dos músculos voluntários, predominantemente dos membros inferiores.

Transmissão - a pessoa infectada(reservatório) elimina o vírus pelas fezes(fonte de poluição). A veiculação hídrica não é muito comum. A transmissão mais comum é pelo contágio direto e pelas gotículas do muco e saliva expelidas pelas pessoas infectadas.

Profilaxia - saneamento do meio ambiente. Imunização. Precaução no controle de pacientes, comunicantes e do meio ambiente imediato, etc.

CÓLERA

Sintomas - infecção bacteriana intestinal aguda que se caracteriza pôr inicio súbito de vômito, diarréia aquosa com aspecto de água de arroz, desidratação rápida, cianose(coloração azul da pele ), colapso, coma e morte.

Transmissão - o indivíduo infectado(reservatório) elimina pelas fezes ou vômitos as bactérias” VIBRIÃO COLÉRICO”, são transportados para o elemento sadio através dos veículos comuns : água contaminada, alimentos crus, moscas, etc.

Profilaxia - educação sanitária do público. Vacinação, Disposição adequada dos dejetos humanos. Proteção e tratamento da água de abastecimento. Saneamento dos alimentos. Fervura ou pasteurização do leite, etc.

ESQUISTOSSOMOSE ( via cutâneo - mucosa)


Sintomas - doença causada pôr verme(helmintos) que na sua fase adulta, vivem no sistema venoso do hospedeiro. Ocasiona manifestação intestinal ou do aparelho urinário. Diarréia. Dermatose. Cirrose do fígado. Distúrbios no baço, etc.

Transmissão - o homem é o principal reservatório, podendo ser também o macaco, o cavalo, os ratos silvestres, etc. A fonte de infecção é a água contaminada com larvas(cercarias), procedentes de certos gêneros de caramujos que são hospedeiros intermediários. Os ovos eliminados nas fezes e urina, chegando a água incorporam-se ao caramujo que após vários dias liberam em forma de cercarias as quais penetram através da pele do indivíduo que entrar em contato com a água.

Profilaxia - tratamento da água de abastecimento. Disposição adequada dos dejetos humanos. Controle de animais infectados. Fornecimento de vestuário protetor: botas e luvas para os trabalhadores. Educação sanitária das populações das

No Brasil, a esquistossomose é uma doença endêmica tida como rural até pouco tempo, decorrente da infecção humana por Schistosoma mansoni, um verme trematódeo adquirido nos contatos da população humana com ambientes límnicos contaminados por dejetos e colonizados por espécies suscetíveis de caramujos do gênero Biomphalaria, que a exemplo de outros agravos, apresenta claras tendências de urbanização na atualidade, como acontece nas áreas endêmicas existentes em território paulista.

Na essência, o controle dessa endemia depende do diagnóstico e tratamento dos portadores, do saneamento básico e da realização de obras de engenharia sanitária, tais como, aterro, canalização e limpeza de valas e córregos, por exemplo.

A par da possibilidade da redução dos riscos de desenvolvimento da doença com a aplicação da terapêutica, a eficiência do diagnóstico de laboratório depende da intensidade das infecções, condição que limita a capacidade resolutiva dos programas de controle, sem o incremento de melhorias no saneamento básico e do ambiente.

LEPTOSPIROSE

Agente - Leptospira, bactéria contida na urina de ratos infectados que pode ser transportada pela água contaminada e pelo lixo. É uma doença que ataca o fígado, baço e causa hemorragia.

DOENÇAS CAUSADAS POR TEORES INADEQUADOS DE CERTAS SUBSTÂNCIAS

CÁRIE DENTÁRIA

Agente - teor inadequado de flúor na água (teor abaixo de 0,6 mg/L );



Profilaxia - adicionar flúor em dosagem da ordem de 1,0 mg/L.


FLUOROSE DENTÁRIA
Agente - teor inadequado de flúor acima de 1,5 mg/L que causa escurecimento dos dentes;

Profilaxia - eliminar o flúor em excesso ou trocar de manancial.

Bócio


Agente - carência de iodo nas águas e nos alimentos;

Profilaxia - adição de iodo a água ou a algum alimento ( pôr ingestão do sal).Trocar de manancial. As quotas diárias exigidas pelo organismo humano, para conferir imunidade ao bócio variam de 10 a 300 mg/dia.

SATURNISMO


Agente - teor inadequado de chumbo ( deve ser inferior a 0,1 mg/L ). É causado pelo ataque de água agressiva ( com CO2 ) as canalizações de chumbo;

Sintomas Gerais – alucinações, envenenamento ( efeito cumulativo );

Profilaxia - controlar a agressividade da água. Evitar o uso de tubulação de chumbo ou de plásticos a base de chumbo.


ANCILOSTOMIASE:


DIARRÉIA

Os germes causadores de diarréia costumam chegar ao ser humano através da boca, podendo estar contidos na água ou alimentos contaminados.


Fatores que podem nos tornar vítimas de diarréias agudas:

beber ou ficar exposto à água não tratada

usar encanamentos furados

usar depósitos mal fechados ou sem limpeza regular

tomar banho em rio, açude ou piscina contaminada

não limpar bem as mãos e os utensílios de mesa e fogão

ser negligente na higiene pessoal.




ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...