segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PROJETOS DE ENGENHARIA

PROJETOS DE ENGENHARIA

Na decada de 70, todas as obras de engenharia no ambito do saneamento básico, eram precedidos de  projetos que deviam passar pelo crivo dos técnicos do BNH (Banco nacional de habitação) orgão responsável pelo financiamento das obras. As exigencias na qualidade dos projetos não alterou, sendo hoje analisadas pelos técnicos da CEF, FUNASA, Ministério da Cidade e Integração, aliás são regras definidas na lei 8.666 (Lei das licitações), que define um PROJETO BÁSICO como "um conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução".

Na realidade o projeto básico deve conter todos os elementos, necessários para a execução da obra, o que implica quando tratar-se de saneamento, dizer apenas PROJETO DO EMPREENDIMENTO, pois não há mais espaço para destinação de recursos financeiros para projetos que não atendam integralmente as exigencias legais.
Assim teremos, projeto de rede de distribuição, projeto da estação de tratamento de esgotos......etc. pois para a sua consecução deve ser vencido as etapas de estudos preliminares, e estudos de concepção, e viabilidade, que irão definir o projeto a ser implantado, que obviamente estará em nivel apropriado para a sua execução, com avaliação do impacto ambiental, do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.

Como exemplo um projeto de um sistema de abastecimento de água, somente  estará completo, quando contemplar:
1 - OUTORGA

A outorga é um dos instrumentos da política de recursos hídricos, de acordo com a lei estadual nº. 6.945/1997, que controla o uso quantitativo e qualitativo da água.

2 - LICENÇA PRÉVIA

É concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental, devendo ser observados os planos municipais, estaduais e federais de uso dos recursos naturais e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação.

3 – PROJETOS DE ENGENHARIA

Os projetos de engenharia devem ser completos, onde se inclui:

Topografia

Sondagens

Estudo de Viabilidade Técnica e econômico financeira

Impacto Ambiental

Memoriais

Projetos Hidráulicos

Projetos de Drenagem

Projetos Hidrosanitários

Projetos Estruturais

Projetos Elétricos (AT e BT)

Macromedição

Automação

Acessibilidade

Projetos Arquitetônicos e Paisagismo

Métodos construtivos

Quantificação, Orçamento e cronogramas de prazo..................

Nesta condição estará sendo atendido a legislação, e garantido todas as condições necessária para a implantação da obra.

De todos os quesitos iremos abordar a questão do IMPACTO AMBIENTAL

DEFINIÇÃO

(*) – Fonte: educar

IMPACTO AMBIENTAL é a alteração no meio ou em algum de seus componentes por determinada ação ou atividade. Estas alterações precisam ser quantificadas, pois apresentam variações relativas, podendo ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas.

O objetivo de se estudar os impactos ambientais é, principalmente, o de avaliar as conseqüências de algumas ações, para que possa haver a prevenção da qualidade de determinado ambiente que poderá sofrer a execução de certos projetos ou ações, ou logo após a implementação dos mesmos.

Antes de se colocar em prática o projeto, seja ele público ou privado, é preciso antes saber mais a respeito do local onde tal projeto será implementado, conhecer melhor o que cada área possui de ambiente natural (atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera) e ambiente social (infraestrutura material constituída pelo homem e sistemas sociais criados).

O estudo para a avaliação de impacto permite que certa questão seja compreendida: proteção e preservação do ambiente e o crescimento e desenvolvimento econômico.

Muitas vezes podemos encontrar grandes áreas impactadas, ou até mesmo países e estados, devido ao rápido desenvolvimento econômico, sem o controle e manutenção dos recursos naturais. A conseqüência pode ser poluição, uso incontrolado de recursos como água e energia etc.

E também podemos encontrar áreas impactadas por causa do subdesenvolvimento, que traz como conseqüência a ocupação urbana indevida em áreas protegidas e falta de saneamento básico.

Avaliar para planejar permite que desenvolvimento econômico e qualidade de vida possam estar caminhando juntas. Depois do ambiente, pode-se realizar um planejamento melhor do uso e manutenção dos recursos utilizados.

CADA CASO É UM CASO


Sabemos que Ambiente tem vários significados para pessoas e realidades diferentes. Não seria então estranho compreendermos que muitos projetos são propostos para ambientes diversos. Então, fazer uma análise ambiental é, antes de tudo, estudar as possíveis mudanças de características sócio-econômicas e biogeofísicas de um determinado local (resultado do plano proposto).

Devemos levar em consideração que nosso planeta é composto por muitos ecossistemas e ambientes com características próprias, não podendo haver um padrão único para o estudo.

O EIA - Estudo de Impacto Ambiental - propõe que quatro pontos básicos sejam primeiramente entendidos, para que depois se faça um estudo e uma avaliação mais específica. São eles:

1 - Desenvolver uma compreensão daquilo que está sendo proposto, o que será feito e o tipo de material usado.

2 - Compreensão total do ambiente afetado. Que ambiente (biogeofísisco e/ou sócio-econômico) será modificado pela ação.

3 - Prever possíveis impactos no ambiente e quantificar as mudanças, projetando a proposta para o futuro.

4 - Divulgar os resultados do estudo para que possam ser utilizados no processo de tomada de decisão.

O EIA também deve atender à legislação expressa na lei de Política Nacional do Meio Ambiente. São elas:

1 - Observar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, levando em conta a hipótese da não execução do projeto.

2 - Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação das atividades.

3 - Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos impactos ( área de influência do projeto), considerando principalmente a "bacia hidrográfica" na qual se localiza;

4 - Levar em conta planos e programas do governo, propostos ou em implantação na área de influência do projeto e se há a possibilidade de serem compatíveis.

É imprescindível que o EIA seja feito por vários profissionais, de diferentes áreas, trabalhando em conjunto. Esta visão multidisciplinar é rica, para que o estudo seja feito de forma completa e de maneira competente, de modo a sanar todas as dúvidas e problemas.

RIMA

O RIMA - Relatório de Impacto Ambiental - é o relatório que reflete todas as conclusões apresentadas no EIA. Deve ser elaborado de forma objetiva e possível de se compreender, ilustrado por mapas, quadros, gráficos, enfim, por todos os recursos de comunicação visual.

Deve também respeitar o sigilo industrial (se este for solicitado) e pode ser acessível ao público. Para isso, deve constar no relatório:

1 - Objetivos e justificativas do projeto e sua relação com políticas setoriais e planos governamentais.

2 - Descrição e alternativas tecnológicas do projeto ( matéria prima, fontes de energia, resíduos etc.).

3 - Síntese dos diagnósticos ambientais da área de influência do projeto.

4 - Descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação da atividade e dos métodos, técnicas e critérios usados para sua identificação.

5 - Caracterizar a futura qualidade ambiental da área, comparando as diferentes situações da implementação do projeto, bem como a possibilidade da não realização do mesmo.

6 - Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras em relação aos impactos negativos e o grau de alteração esperado.

7 - Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.

8 - Conclusão e comentários gerais.

A obrigação da elaboração de um estudo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), na forma de um EIA/RIMA, é imposta apenas para algumas atividades com potencial altamente poluidor, pelos órgãos licenciadores competentes (estadual, municipal e o IBAMA) e pela legislação pertinente como a Resolução CONAMA no 001 de 1986, no âmbito do processo de licenciamento ambiental.

O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente são um conjunto, a diferença entre estes dois documentos é que apenas o RIMA é de acesso público, pois o EIA contém maior número de informações sigilosas a respeito da atividade. Assim, o texto do RIMA deve ser mais acessível ao público, e instruído por mapas, quadros, gráficos e tantas outras técnicas quantas forem necessárias ao entendimento claro das conseqüências ambientais do projeto.

O EIA/RIMA é feito por uma equipe multidisciplinar, pois deve considerar o impacto da atividade sobre os diversos meios ambientais: natureza, patrimônio cultural e histórico, o meio ambiente do trabalho e o antrópico.

O EIA/RIMA cumpre o princípio da publicidade, pois permite a participação pública na aprovação de um processo de licenciamento ambiental que contenha este tipo de estudo, através de audiências públicas com a comunidade que será afetada pela instalação do projeto.”

DILEMA

Os executivos municipais em sua grande maioria estão centrados no resultado final, ou seja, a execução da obra, e vão sempre postergando os projetos, ou criando meios para mitigar custos de elaboração dos mesmos. Assim é limitado os órgãos públicos, e Prefeituras que possuem estoques de projetos, e a razão são sempre justificadas pela ausência de recursos financeiros.

Conclusão: Sem projetos não há obras, e com “Projetos feito nas cochas”, existe um custo dobrado, ou obras inacabadas.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO, TELEMETRIA, TELECOMANDO E TELESUPERVISÃO NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO.


No inicio tudo era escuro, (e em muitos projetos ainda continuam) e o controle "às cegas" das elevatórias de esgoto, reservatórios, captações não existiam e somente eram corrigidos os defeitos quando este já tinha causado muito estrago ao meio ambiente (esgoto), e na população usuária (água). Naquela época a única disponibilidade de controle era os relés, e muita coisa derivou deste magnífico componente, onde uma cadeia de comandos ligado/desligado possibilitou inúmeros arranjos de automação.

                                                                    Funcionamento de um relé


O computador, ah só muito tempo depois foi possível ter no Brasil, afinal existia uma lei na época do governo militar de proteção aos produtos nacionais, e a nossa tecnologia ficou muito tempo envolvida com  programas em linguagens ultrapassadas, e hardware pré históricos,  o que me fez lembrar do meu PC AS 1.000, tendo como monitor  a própria TV, que era concorrida com os desenhos animados da Disney.

                                                                                                                            Meu primeiro PC - 1980

                                                                                                                            Teclado em Destaque


A programação era feita em fitas cassete, e lida em um gravador acoplado a TV, a produtividade era de algo em torno de 20%, pois se perdia muito tempo com montagens, ajustes... etc.,  e montar um programinha era algo que exigia muita paciência, e dedicação. Falar em automação com um trambolho deste nem pensar.

 Hodiernamente, temos linguagens apropriadas, equipamentos, e uma diversidade de soluções de baixo custo que não podem estar ausentes nos projetos de engenharia envolvendo bombeamentos, e reservação, pois o custo – beneficio é muito expressivo.

 Imaginem uma captação distante 15 Km da unidade de tratamento. Temos a solução de colocar um homem para “morrer” de tédio “espiando” uma bomba em operação para avisar quando ocorrer alguma anormalidade, ou deixar em operação e deslocar um operador todos os dias para acionar um botão de ligar, e retornar para desligar. Esta tarefa com uma bicicleta é impossível, de moto dificílimo, tem os dias de chuva, que vai complicar esta ação, ou então automatizar.



O sistema mais comun de automatização em longas distancias, é baseado em rádios modem, utilizando a tecnologia de espalhamento espectral de freqüências (spread spectrum). As unidades remotas são equipadas com painéis elétricos dotados de CLPs. O software supervisório é configurado em ambiente Elipse.

 O sistema de automação funciona em protocolo mestre-escravo. A centralização de todas as comunicações se dá no microcomputador do CCO

(Centro de Controle e Operação da ETA). O CCO Espelho será instalado em local onde a visualização e controle do sistema também são desejados, e

estará interligado ao servidor de dados do CCO principal pela intranet da empresa. A água tratada nas ETAs é bombeada para os reservatórios por

estações elevatórias. Os níveis e parâmetros remotos necessários para o funcionamento de cada estação são lidos e repassados pelo computador

do CCO a cada UR (Unidade Remota), ou seja, a informação de nível do reservatório para o qual uma determinada elevatória recalca água é lida do

reservatório e enviada para a elevatória.

Todas as comunicações partem do CCO e são repetidas pelas estações repetidoras.

Tres são os componentes fundamentais do processo:

1 – Rádio Modem
O Rádio modem RMSS-900V2 projetado para utilização em sistemas de telecomando e telemetria ou para transmissão de dados utilizando um canal serial RS-232 ou RS-485. Faz uso da comprovada tecnologia FHSS, que dispensa licença de operação junto a Anatel, o transceptor estabelece comunicação serial entre computadores, CLP’s e instrumentos diversos.

 O FHSS (Frequency Hopping Spread Spectrum) ou Espalhamento Espectral por

Saltos em Freqüência foi inventado pela atriz Hedy Lamarr e pelo compositor George Antheil em 1941 e desenvolvido pelas forças armadas americanas a partir da Segunda Guerra Mundial, com a intenção de criar um sistema de comunicação por rádio mais protegido contra interceptações. As primeiras idéias sobre essa tecnologia, entretanto, datam das décadas de 20 e 30. A técnica de spread spectrum consiste em espalhar a transmissão no espectro de freqüências ocupando uma banda maior, mas com densidade de potência pequena. Os rádios spread spectrum utilizam as faixas de freqüências livres

adotadas por vários países, inclusive o Brasil, denominadas como bandas ISM

(Instrumentation, Scientific & Medical)

 Frequency hopping – O sinal transmitido é comutado rapidamente entre diferentes freqüências dentro de uma faixa do espectro de forma pseudo-aleatória e o receptor “sabe” onde encontrar o sinal a cada novo salto.


2 – CONTROLADOR PROGRAMÁVEL



Controlador Lógico Programável é um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais. É um aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar funções específicas, tais como lógica, seqüenciamento, temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos.

 Um CLP é o controlador indicado para lidar com sistemas caracterizados por eventos discretos (SEDs), ou seja, com processos em que as variáveis assumem valores zero ou um (ou variáveis ditas digitais, ou seja, que só assumem valores dentro de um conjunto finito). Podem ainda lidar com variáveis analógicas definidas por intervalos de valores de corrente ou tensão elétrica. As entradas e/ou saídas digitais são os elementos discretos, as entradas e/ou saídas analógicas são os elementos variáveis entre valores conhecidos de tensão ou corrente.

3 – SISTEMA DE SUPERVISÃO



O principal sistema de supervisão disponível no mercado é o SCADA (proveniente do seu nome em inglês Supervisory Control and Data Aquisition) são sistemas que utilizam software para monitorar e supervisionar as variáveis e os dispositivos de sistemas de controle conectados através de drivers específicos. Estes sistemas podem assumir topologia mono-posto, cliente-servidor ou múltiplos servidores-clientes. Atualmente tendem a libertar-se de protocolos de comunicação proprietários, como os dispositivos PACs (Controladores Programáveis para Automação), módulos de entradas/saídas remotas, controladores programáveis (CLPs), registradores , etc, para arquiteturas cliente-servidor OPC (OLE for Process Control).

 Conclusão:


O cenário mudou, e temos a disdposição um expressivo volume de informações, e equipamentos disponiveis, assim não se justifica, um projeto não tendo a automação decomo item presente, pois torn-se fator de redução de custo operacional


 FELIZ NATAL 2.011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ROUBO DE ÁGUA


Roubo é o ato de subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. No Brasil, a pena prevista para este crime é de reclusão, de quatro a dez anos, e multa (art. 157, caput, do Código Penal).



Furto é uma figura de crime prevista nos artigos 155 do Código Penal Brasileiro, e 203º do Código Penal Português, que consiste na subtração de coisa alheia móvel para si ou para outrem, com fim de assenhoramento definitivo. Difere do roubo por ser praticado sem emprego de violência contra a pessoa ou grave ameaça.


Furto qualificado - O crime de furto, quando cometido com destruição ou quebra de obstáculo, com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza, com o emprego de chave falsa ou mediante concurso de duas ou mais pessoas. Em tais casos, o agente revela caráter corrompido e maior temibilidade, fatos que propiciam o aumento da penalidade.
Pratica o crime de furto mediante fraude, o agente que, ardilosamente, efetua ligação clandestina e passa a subtrair água, sem qualquer pagamento à companhia que efetua a captação, o tratamento e a distribuição, obtendo vantagem pecuniária, em detrimento do fornecedor. Porém "não obstante tratar-se o furto no caso concreto de um crime material, isto é, que deixa vestígios, deve ser realizada, nos termos do art. 158 do Código de Processo Penal, uma perícia para constatação da materialidade delitiva, in casu. O “GATO”, como é apelidado o roubo com desvio da tubulação, com ligações clandestinas, deve ser punido com severidade, em razão do elevado custo de produção de água tratada, nas fotos a seguir um documentário de furto, por meio de fraude no medidor.
 
 Clip inserido no meio do visor, este foi pego em flagrante pois foi dormir, e esqueceu o grampo no medidor
  Prego na lateral do Hidrometro

   Prego na lateral do Hidrometro
Furo na relojoaria para voltar o registro - Foi muito "burro" quase zerou o medidor


Grampinho de novo -

Nas ligações medidas os gatos são descobertos com muita facilidade pelo setor de faturamento, que mantem um serviço de crítica de consumo em todas as ligações.

Atualmente as empresas estão sendo muito parcimoniosas com os fraudadores, apesar de que em alguns serviços a policia já foi acionada, e muitos fraudadores já sentaram no banco dos réus.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE C DE HAZEN - WILLIANS



Com o passar dos anos as redes e adutoras têm sua condição de escoamento diminuída devido a incrustações, principalmente as linhas de ferro fundido, amianto ou aço. O grau de resistência ao escoamento é determinado pelo coeficiente “C” de Hazen - Willians.
Quanto menor esse coeficiente, maior a perda de carga imposta ao escoamento e, conseqüentemente mais energia é necessária para superar essa resistência. Isso se reflete em vazões abaixo das esperadas, pressões reduzidas nos pontos mais distantes e pressões elevadas nos pontos mais próximos, consumos elevados de energia nos recalques e variações muito grandes de pressão ao longo do dia
Fórmula de Hazen-Williams (1902)
Desenvolvida pelo Engenheiro Civil e Sanitarista Allen Hazen e pelo Professor de Hidráulica Garden Williams, entre 1902 e 1905, é, sem dúvida, a fórmula prática mais empregada pelos calculistas para condutos sob pressão, desde 1920. Com resultados bastante razoáveis para diâmetros de 50 a 3.000 mm, com velocidades de escoamento inferiores a 3,0 m/s, é equacionada da seguinte forma
J = 10,643.C- 1,852. D- 4,87. Q1,852
Onde:

Q = vazão (m3/s)
D = diâmetro interno do tubo (m)
j = perda de carga unitária (m/m)
C = coeficiente que depende da natureza (material e estado) das paredes dos tubos
Esta expressão tem como grande limitação teórica o fato de não considerar a influência da rugosidade relativa no escoamento, podendo gerar resultados inferiores à realidade durante o funcionamento, na perda calculada para pequenos diâmetros e valores muito altos para maiores, caso não haja uma correção no coeficiente C usualmente tabelado.
Valores adotados para o coeficiente C:
Aço galvanizado               125
Aço soldado                     130
Cimento-amianto             130
Ferro fundido revestido    125
Polietileno                       120
PVC ou cobre                   140
Valores elevados do Coeficiente C, comparados com os tabelados indicam anormalidades na tubulação, principalmente por achatamentos, e ou entupimentos por corrosões, ou materiais estranhos na linha.
No campo a determinação do coeficiente C é determinada pela seguinte expressão:
C = Q / (0,2788. D2,63 . (hf/L)0,54
Sendo:
C – Coeficiente da Fórmula de Hazen e Willians
Q – Vazão média no trecho em análise (m³/s)
D – Diâmetro nominal da Linha (m)
hf – perda de carga total em metros (m)
L – Comprimento do trecho analisado (m)
J = hf/L perda de carga unitária (m/m)
METODOLOGIA
1 – instalação de recalque

Selecionar dois pontos da linha onde se deseja investigar o coeficiente C, e montar duas EPs (Estações Pitométricas)
Por meio de recursos topográficos definir as cotas Z1 e Z2 de cada EP
Na ausência da topografia, bloquear o registro no Barrilete de recalque, e medir as pressões P1 e P2
A diferença de pressão irá indicar o desnível entre cada EP, e um plano de carga que passa pela linha d’água na condição estática, onde:
Z1 - Z2 = P1 – P2
Os erros que poderão advir deste processo é a existência de derivações desconhecidas ou mal fechadas na tubulação, válvulas de bloqueio mal fechadas, erros de medição de pressão. Sendo recomendável que o valor de Hf seja superior a 3 m.
Medir a vazão nas estações pitometricas 1 e 2. Esta medição é mais precisa com a utilização de uma maleta lamon.
Extrair a média entre as vazões Q1 e Q2, sendo que estas vazões não podem ser discrepantes, devendo atender a seguinte equação:
((Q1 – Q2) / (Q1 + Q2)) x 100 <= 2 %
O diâmetro é obtido com um calibre aferido.
 
O comprimento L deverá ser obtido por meio de medição topográfica.
Pronto, de posse de todos os elementos da fórmula calculamos o Coeficiente C, e comparamos com o tabelado, tomando assim decisões em função dos resultados, sendo que valores muito pequenos sugerem entupimentos ou incrustações que devem ser investigados.
A mesma metodologia poderá ser aplicada nas linhas por gravidade.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

SELO HIDRICO

SELO HIDRICO
 Um dos mais graves problemas do setor se saneamento é a ausência da manutenção preventiva, nas unidades operativas, quer seja de água ou esgoto.
 Em uma Residência a manutenção preventiva deve ser praticada assim como se faz com o carro de uso diário, pois da mesma forma o sistema hidráulico e sanitário de sua residência necessita de manutenção. Pias e ralos devem possuir uma pequena articulação simples e barata, o "sifão", que elimina o retorno dos gases provenientes das águas servidas, "esgotos". Resultado da degradação biológica que ocorre com o passar das horas nestas águas.

Esta articulação mantém uma pequena lâmina d´água em seu interior, impedindo o retorno dos gases. Denominado de selo hídrico, é o mesmo sistema utilizado em ralos sifonados de chuveiros, áreas de serviço e vasos sanitários.

Percebendo odores em sua residência, verifique se a pia da cozinha possui sifão e os ralos estão em bom estado.
Com o passar dos anos o material que os compõe sofre alterações e rachaduras que eliminam o selo hídrico e permitem o retorno dos gases.

Outras partes do sistema sanitário como fossas também merecem atenção, devendo ser limpas anualmente. Caixas de gordura acumulam óleos, gorduras e sobras descartadas na cozinha, e devem ser limpas trimestralmente.

Tenha o ambiente sempre agradável em sua casa fazendo a manutenção preventiva do sistema hidráulico e sanitário de sua residência. Não esquecendo que edifícios devem ter os mesmos cuidados.
Em alguns cômodos da residência, principalmente quartos, quando o uso é muito esparso, ocorre o fenômeno da evaporação, e neste instante o ralo é seco, quebrando o selo hídrico, e permitindo a passagem de cheiro e insetos para a residência, portanto devemos abrir com freqüência e por alguns segundos as torneiras das pias assim como dar descargas pequenas para garantir o selo hídrico dos vasos sanitários.

Nos projetos de coletores de esgoto de tempo seco, os PVs são dotados de selo hídrico para evitar a saída de gases, devendo de a mesma forma ser garantido a sua manutenção, principalmente quanto a função de drenagem nos períodos de chuva.
                                                                                                                                                PV de Tempo Seco
 Na ausência de manutenção pode ocorrer o fechamento do selo hídrico devido ao assoreamento, tendo como conseqüência o refluxo pelos coletores de água pluvial, tendo em vista que o PV destina-se a separar o esgoto de tempo seco, das águas de drenagem.






ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...