quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A TARIFA DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Poucos serviços têm entrega a domicilio, como a água tratada para o consumo humano, e poucos são os humanos que conhecem o valor real deste serviço; desconhecem o valor financeiro da água tratada, e repetem sempre: A ÁGUA É DÁDIVA DE DEUS, sem dúvida nenhuma estão corretissimos, desde que acrescentem a frase:, EM SEU ESTADO NATURAL, ou seja, nos rios, lagos, minas, no subsolo etc. aí sim é dádiva divina.

Na década de 70 quando administrava o serviço de abastecimento de água e esgoto de Cuiabá, um cidadão reclamou do preço da água, e pediu para que viabiliza-se a sua redução, esclareci todas as fases do processo, e disse que não era minha atribuição, porém fiz-lhe uma proposta, a água tratada para o seu consumo diário, ser-lhe-ia servida de graça, desde que ele se propusesse a busca-la na estação de tratamento da Av. Presidente Marques, pois para entrega-la a domicilio os nossos custos eram muito elevados, e deveria-mos ter receita para continuar com a atividade; Resultado: ele preferiu o conforto de receber a água em seu domicílio, e entendeu a necessidade da contrapartida do pagamento; o que falta em nosso entendimento, é um linguajar simplista e objetivo, visando o entendimento da diferença entre a água que é dádiva divina, e a água industrializada pelas empresas de saneamento;

Na natureza a água dos Rio e Lagos, são impróprios para consumo em seu estado natural, faz-se necessário então que a empresa responsável pelo serviço a industrialize, retirando as suas impurezas e promovendo a sua desinfecção; tornando-a “água potável de mesa *” Portanto a água que é entregue a domicilio passa por um processo industrial, que envolve:

1. Retirada da Água do Manancial, onde se encontra no seu estado natural, e transporte por meio de tubos até a Estação de Tratamento. (Esta fase envolve altos custos com energia elétrica, e manutenção dos equipamentos e tubulações)

2. Potabilização da água bruta, com adição de produtos químicos, controles laboratoriais, Armazenamento, e Distribuição com entrega em domicilio. (Nesta Fase os custos envolvidos são: Produtos Químicos, reagentes, Pessoal, Manutenção de equipamentos, e tubulações)

Como unidades de apoio, as empresas necessitam de uma infra-estrutura que envolve:

1. Leituristas para averiguação de consumos

2. Softwares específicos para emissão de contas

3. Material de consumo para impressões

4. Técnicos especializados em comercialização

5. Equipe de atendimento público

6. Equipes de manutenção de equipamentos

7. Energia elétrica

8. Suporte de empresas de comunicação, correio, e telefonia.

9. etc.

Conclui-se, portanto que para o conforto de receber a água tratada no domicilio, deve haver uma contrapartida de pagamento para que a empresa possa manter a indústria em operação. E quanto é este custo? Quanto deve ser cobrado pelo serviço de entrega, e pelo produto água tratada? A resposta depende de cada empresa, pois cada uma tem um custo diferenciado de produção, porém como não há um agente regulador para o setor, cada município com gestão pública pratica o preço histórico da Sanemat; com raras exceções de aumento, e quando a gestão é privada, foi elaborado um estudo que antecedeu a licitação e definiu-se a tarifa inicial, e as regras para os reajustes futuros, assim temos em Mato Grosso diferentes valores de tarifa, em decorrência da administração de cada sistema público ou privado.

Na maioria das situações o aumento da tarifa está condicionado a uma cesta de insumos que envolvem a variação do custo de: Pessoal, Energia Elétrica, Produtos Químicos, e variação de preços de demais insumos aferido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), assim pratica-se um aumento em conformidade com a expansão do custo da Empresa para que esta possa continuar prestando serviços adequados, que deve contemplar, a regularidade, e qualidade no abastecimento de água, entre outros.

E O ESGOTO?

O esgoto é um produto resultante do consumo de água; assim em uma residência o esgoto gerado é calculado com um volume de cerca de 80% de toda água medida na entrada do imóvel, e que deve ser descartado de forma ecologicamente correta, necessitando, portanto de tubulações para a sua coleta, e estação de tratamento para promover o polimento necessário para o retorno da água ao Rio. E neste processo de coleta de esgoto, e tratamento, também são necessários recursos financeiros para manutenção das redes, pagamento da energia das elevatórias, pessoal operativo, produtos químicos, reajentes entre muitos custos envolvidos. A contrapartida financeira por parte dos beneficiados pelo serviço é geralmente calculada como uma fração do valor da fatura de consumo de água, estando em cerca de 30 a 100% do valor da mesma.

O RETRATO DOS MUNICIPIOS DE MATO GROSSO

Com a herança dos ativos da Sanemat, os municípios após cerca de 10 anos de assunção dos serviços com uma gestão pública municipal, em sua maioria dependem do subsidio da receita da Prefeitura para garantir o sistema em operação; e de emendas parlamentares e outros recursos para realizarem investimentos; esta condição é resultante de um elevadíssimo índice de inadimplencia, e em alguns casos da incompatibilidade da tarifa com os custos do serviço, e aí o resultado não é dos melhores, com o serviço adequado longe de atingir um índice de satisfação dos usuários do serviço. Este quadro fica ainda mais critico com o crescimento das cidades, e com o envelhecimento do sistema exigindo constantes trocas de equipamentos, e de redes, além de que o esgoto é um sonho longínquo e inalcançável. Muitos Municípios, principalmente os de pequeno porte pedem Socorro...........Li que a Sanecap, estava ajustando o seu perfil empresarial para atender também esta fatia de mercado, é uma boa iniciativa, ajuda, mas não altera os problemas decorrentes das necessidades de investimentos, pois os municípios, em sua grande maioria necessitam é de investimentos para melhorar a qualidade dos seus serviços. E aí a solução é a parceria com a iniciativa privada por meio dos processos de Concessão, que provou ser uma ótima solução, em uma grande maioria dos municípios mato-grossenses.

(*) Água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde


História

O NASCIMENTO DO SNOOKER

A história do snooker teve início em 1875, durante período de intensas chuvas na cidade de Jubbulpore, Índia, quando oficiais Ingleses do Regimento Devonshire passavam muitas horas em volta de uma mesa de bilhar. Diversão era a ordem do dia, para entreter e manter elevada a moral dos militares. Buscando novas motivações e usando as modalidades já praticadas, o oficial inglês Sir Neville Francis Fitsgerald Chamberlain iniciou experiências com variações no uso das 15 bolas vermelhas e uma branca do jogo “pyramids”, mesclando-as com as bolas coloridas do “life pool”, e outras depois acrescentadas, agradando os praticantes. Assim nasceu o novo jogo, batizado de snooker.

A divulgação das novas regras chegou à outros continentes principalmente por meio de John Roberts, então grande jogador de bilhar, que em 1885 viajou à Índia e foi apresentado a Chamberlain, conhecendo e adotando o novo jogo.

Em 1907 o campeão inglês de bilhar, Charles Dawson, venceu o primeiro campeonato profissional de snooker. Em 1927 o inglês Joe Davis venceu na Inglaterra o primeiro campeonato mundial de snooker, tendo como recompensa o valor de £ 6,10, iniciando a era dos grandes prêmios nesse esporte. O mesmo Joe Davis venceu os primeiros 15 campeonatos mundiais do snooker. Em 1986 Joe Johnson atingiu £ 70.000,00 de prêmios em um único campeonato. Hoje os prêmios em campeonatos mundiais chegam a £ 3.000.000,00.

Em 1990, com apenas 21 anos de idade o escocês Sthefen Hendry estabeleceu novo recorde reconhecido pelo "Guiness Book", como o mais jovem campeão mundial do snooker. Em 1999 ele atingiu mais um recorde na história recente do snooker, vencendo o seu 7º campeonato mundial.

O snooker evoluiu, praticado pela elite em alguns países e se popularizando
em outros. Engana-se quem acredita que a popular sinuca brasileira é "coisa de plebeu". Na Inglaterra, onde o snooker empolga a população, dividindo a preferência com o futebol e outros esportes de destaque, publicações especializadas em esportes divulgaram que a "dama de ferro" Margareth Tatcher e o Príncipe Charles são praticantes do snooker, que originou a nossa sinuca".

Personagens históricos jogaram ou citaram os jogos do bilhar em suas obras, a exemplo de Shakespeare, Mozart, Heitor Villa-Lobos e muitos outros. A história detalhada do esporte é encontrada no livro “Snooker: tudo sobre a sinuca”, edição de 2005, de Sergio Faraco e Paulo Dirceu Dias

RESUMO HISTÓRICO DOS JOGOS DO BILHAR

589 a.C. - O filósofo Anacarsis descreve jogo parecido, que teria visto em Atenas.

1461/1483 - Afirma a história que Luís XI era jogador.
1480 - Gravuras mostram o jogo croquet, com “martelos” ou “massas” impulsionando bolas contra arcos sobre campo gramado, que alguns apontam como origem do jogo.
1587 - Maria Stuart teria feito referência à “sua mesa de bilhar”.
1646/1715 - Conta-se que Luís XIV praticava o bilhar “após as refeições”.
1694 - A Duquesa de Borgonha é retratada jogando.
1789 - Na França a nobreza praticava o bilhar e ninguém podia instalar um "bilhar público" sem autorização especial "da Coroa".
1807 - O francês Mingaud cria o taco afilado, com “sola” na ponteira.
1825 - Acontece na Inglaterra o primeiro campeonato da modalidade bilhar.
1835 - Em livro, com fórmulas matemáticas e aplicações científicas, o matemático francês Gaspard Gustave Coriólis descreve as tacadas e efeitos do jogo de bilhar.
1835 - As tabelas das mesas recebem a borracha natural, com tubos de água quente circulante.
1836 - O tampo de madeira é substituído pela pedra ardósia.
1840 - A Casa Escardibul, na Espanha, já se especializava em equipamentos para o jogo.
1844 - A borracha vulcanizada é usada nas tabelas, eliminando a água quente.
1845 - Nasce nos EUA a fábrica de mesas Brunswick.
1859 - Acontece em Detroit, EUA, o primeiro torneio americano de bilhar.
1874 - O Francês Maurice Vignaux vai aos EUA e derrota todos os profissionais da época.
1875 - Na Índia, o oficial inglês Sir Neville Francis Fitsgerald Chamberlain cria o snooker.
1907 - Na Inglaterra acontece o primeiro campeonato profissional de Snooker.
1927 - O inglês Joe Davis vence o primeiro campeonato mundial de snooker, na Inglaterra.
1930 - Instala-se no Brasil - RJ - a fábrica de mesas Brunswick.
1931 - A Brunswick publica no Brasil a coletânea “Brunswick o ABC do Bilhar

2.009 - Camelo Snooker Bar - Av. Fernando Correa - Cuiabá - Mt.


Evolução das Mesas de Sinuca

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009



RIO CUIABÁ - 1.964
O ano era 1.964, o Rio Cuiabá não ameaçava a garotada que acostumada com os banhos de Rio, o atravessava a nado, e com facilidade em um ponto entre a foz do córrego da Prainha e a Ponte Julio Muller, o Rio estava muito "Raso", e historicamente não tínhamos um volume tão grande de assoreamento. Neste ano o Rio Cuiabá apresentou uma vazão de 50,80 m³/seg. e quando parecia que o Rio ia "Secar", ele reservou uma nova surpresa em 1.969 quando a vazão foi menor ainda, registrando 44,90 m³/seg. Para fins comparativos, hodiernamente a vazão mínima do Rio, com a função reguladora de Manso, deve ser superior a 100 m³/seg.
Com o crescimento da Cidade de Cuiabá e V. Grande, aumentou o assoreamento, contudo a vazão do Rio nunca havia ultrapassado os treis dígitos em sua vazão, e assim com a grande enchente de 1.974 (113m³/seg.) e 1.979 (139 m³/seg.) a cidade teve que ser replanejada, e a população de alguns bairros tiveram que ser remanejados.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

VAZÃO DE PROJETO DO SISTEMA TIJUCAL






Vazão de Projeto

A vazão de Projeto corresponde a totalidade das vazões a serem processadas nas ETAs existentes e projetada, tendo em vista que toda vazão será captada em um único local com desativação dos equipamentos atuais, conforme quadro à seguir:

ETA

SITUAÇÃO

Vazão de Projeto (l/s)

Vazão Atual (l/s)

I

Existente

330

511

II

Existente

242

250

III

Projetada

605

0

Total

1.177,00

761,00

Acréscimo

416,00

Vazão Mínima Rio Coxipó

4.700,00

Referencias:

Foram utilizadas duas fontes de dados, sendo que a primeira foi avalizada como uma condição que em uma pequena série histórica, o Rio Cuiabá nas datas mencionadas no estudo que abrange diversos períodos de seca e chuva, não apresenta vazão inferior a 5 (cinco) m³/s.

Fonte 1: ESTUDOS HIDROLÓGICOS PARA INFORMAÇÃO DO MEIO FÍSICO NA REGIÃO DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO.

Denise Christina de Rezende Melo1 & Marcos Antônio Correntino da Cunha2

Engenheira hidróloga da CPRM – Serviço Geológico do Brasil; Rua 148 n.485 Marista, fone: (62) 2811522 FAX: (62) 2811709 74170-110 Goiânia – GO. E-mail: denise@go.cprm.gov.br

2 Engenheiro hidrólogo da CPRM – Serviço Geológico do Brasil; Rua 148 n.485 Marista, fone: (62) 2811522, FAX: (62) 2811709, 74170-110 Goiânia – GO. E-mail: marcoscorrentino@terra.com.br

Estudos de vazão

........... de setembro de 2004 a março de 2005 foram realizadas três campanhas de medições de vazão, sendo previstas mais duas até setembro/2005.

O objetivo das medições será fazer um estudo de correlação com as curvas de permanência de estações nas mesmas bacias ou nas proximidades, com a finalidade de obter séries mensais de vazões estimadas médias e mínimas.

Com os dados de estações fluviométricas dentro da área do projeto, são calculados e apresentados:

· Valores das vazões características mensais (média, mínima, máxima);

· Vazões específicas mensais;

· Curva de permanência de vazões;

· Vazão mínima de sete dias consecutivos com período de retorno de 10 anos (Q7,10);

· Curva e parâmetros da equação de recessão.

Posteriormente, será possível calcular a disponibilidade hídrica das microbacias em função da estimativa da vazão média específica ou da curva de permanência, e calcular a demanda atual em função dos usos múltiplos.

A Tabela 2 mostra um resumo com os resultados das medições realizadas nos meses de setembro/04, dezembro/04 e março/05.


Neste estudo observa-se sempre uma vazão superior a 5.000 l/s no período de mínima.

Fonte 2: UFMT Departamento de Hidráulica

Vazão Mínima Estação Horto Florestal: 4.700 l/s (Com o Sistema Tijucal em Operação)


Rio Coxipó na Captação

Adotamos o Valor Mínimo: Q = 4,70 m³/s, e projetamos as seguintes vazões:

ETA

SITUAÇÃO

Vazão de Operação Projetada (l/s)

Vazão Atual (l/s)

I

Existente

330

II

Existente

242

III

Projetada

605

Total

1.177,00

761,00

Acréscimo

416,00

Vazão Mínima Rio Coxipó

4.700,00

Vazão Acrescida no Projeto

8,85 %

Percentual Total da Vazão Mínima

25,04 %

ASSOREAMENTO X VAZÃO

ASSOREAMENTO: processos erosivos, causados pelas águas, ventos e processos químicos, antrópicos e físicos, desagregam os solos e rochas formando sedimentos que serão transportados. O depósito destes sedimentos constitui o fenômeno do assoreamento.

O processo é tão velho quanto a nossa terra. Nestes bilhões de anos os sedimentos foram transportados nas direções dos mares, assoreando os rios e seus canais, formando extensas planícies aluvionares, deltas e preenchendo o fundo dos oceanos. Incontáveis bilhões de metros cúbicos de sedimentos foram transportados e depositados

Infelizmente o Homem através do desmatamento, contribui para o processo erosional o que acelera o assoreamento como pode ser visto na imagem acima.

Afinal o assoreamento pode estagnar o Rio Coxipó? Não. O assoreamento pode afetar a navegabilidade do rio obrigando a dragagem e outros atos corretivos, mas, enquanto existirem chuvas a água irá continuar, inexoravelmente, correndo.

Não há como dissociar um rio do seu sedimento. Um não existe sem o outro. O assoreamento poderá matar os lagos, mas nunca o rio que, enquanto houver o ciclo hidrológico, continuará na sua incansável jornada em direção ao mar.

“Está cada vez mais comum vermos inúmeros artigos alarmistas sobre assoreamento e os males que ele causa”. Muito do que se escreve sobre o assunto é, realmente, preocupante e deve ser olhado com cuidado por todos. No entanto a indústria de notícias pseudo-científicas é grande e são frequentes os absurdos propalados como dogmas de fé. Um deles se destaca pela freqüência com que é repetido. (Pedro Jacobi).

Ao mudar o perfil do Rio criamos uma ilusão visual, tendo em vista os leigos em associar profundidade com vazão; assim ao longo de um rio que não recebe contribuições, e nem tem retiradas, pode-se perceber diversos aspectos que nos motiva a “estimar” o quanto maior ou menor intenso é seu fluxo, assim se visualizamos sempre o mesmo ponto, como os de cima das pontes do Rio Coxipó, em algumas situações o leigo avalia: “o rio está secando”, “o rio está enchendo”, porém em nenhuma situação é possível avaliar sua vazão se não se utilizar de ferramentas apropriadas, que pode ser até um pedaço de isopor.

Fonte: UFMT / Diário de Cuiabá

CONCLUSÃO DA FONTE 1 (em destaque ênfase nosso)

Considerando que os estudos hidrológicos para o Sistema de Informação Geoambiental de Cuiabá, Várzea Grande e Entorno ainda se encontram em andamento, as conclusões são parciais. Apesar disso, pode-se perceber durante o reconhecimento da bacia hidrográfica em setembro/04, que muitos córregos e rios da região são intermitentes, ocorrendo bruscas interrupções no fluxo, ou mesmo seca total, durante vários dias nessa época de estiagem. Verificaram-se tais características nas nascentes dos rios Coxipó, Bandeira, Esmeril, podendo-se destacar o rio Pari que se encontrava quase na totalidade seco.

Faltam estações fluviométricas e pontos de monitoramento nas bacias dos rios Coxipó, Pari, Aricá-açu, Bandeira, Esmeril e Cocaes, os principais afluentes do Rio Cuiabá localizados dentro da área estudada. As séries históricas de vazão disponíveis nas entidades ambientais locais, quando existem, não possuem quantidade suficiente para os estudos hidrológicos. Os pontos de monitoramento existentes concentram-se ao longo do rio Cuiabá, em detrimento daqueles rios, principalmente das nascentes dos mesmos, consistindo assim uma falha no monitoramento dos recursos hídricos da região.

Portanto, o presente estudo comprovou a necessidade de instalação de novas estações fluviométricas com medição de vazão, possibilitando a geração de vazões diárias em quantidade suficiente para os estudos hidrológicos futuros, justificando a proposta final do mesmo que é a elaboração de um projeto de rede hidrológica visando o monitoramento da bacia.

Logo, após perceber a situação crítica em que se encontram os cursos de água na região em estudo, constatou-se uma carência de estudos específicos dos recursos hídricos, bem como de investimentos para recuperação e monitoramento dos mananciais nessa região. Isto demonstra a importância do presente estudo, que através da verificação da disponibilidade hídrica superficial e da degradação ambiental, contribuirá bastante com subsídios para a gestão e o planejamento da região.

Eng.o Jorcy Francisco de França Aguiar

(65) 3622-0747 / 8118-8088

E-mail: jorcy@terra.com.br


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

OPERAÇÃO DA ETA TIJUCAL.

A Eta Tijucal será auto operada, podendo os atuais operadores assumir funções mais relevantes de monitoramento; pois a partir do CCO (Centro de Controle Operacional) o operador de plantão passará a monitorar os níveis dos reservatórios de distribuição, bem como as pressões em pontos estratégicos da rede, e os estados de funcionamento de todas as elevatórias; podendo tomar decisões antes restritas ao pessoal de campo que munidos de viaturas deslocavam até as elevatórias para o processo de liga desliga, ou de bloqueio de válvulas para evitar extravasamentos de reservatórios. Este processo irá melhorar os procedimentos de controle, irá gerar uma grande economia para a Sanecap, com a racionalização de energia, combustível, e pessoal, alem de que irá possibilitar que a empresa inicie um procedimento de manutenção de rede, antes que o usuário reclame de falta d’água, pois com o monitoramento das redes será possível antecipar todas as ações decorrentes de anormalidades.

Esta é a única Eta do estado de Mato Grosso dotada de telemetria, devendo os atuais operadores receber um treinamento específico para que possam garantir a maior eficiência dos equipamentos que estão sendo instalados.

Aos gerentes da Sanecap o sistema irá proporcionar um registro histórico de todas as ocorrências, tanto nos parâmetros de tratamento, como nos reservatórios, elevatórias e redes, indicando a hora do evento, quem estava operando, e a ocorrência; o sistema ainda propiciará a oportunidade para que a qualquer instante e a qualquer lugar do planeta, os interessados possam visualizar como está funcionado a Eta, qual o nível dos reservatórios, que bomba está em operação, qual a condição da água bruta e tratada, qual o nível e vazão do Rio Coxipó, entre outras informações relevantes, ou seja a internet vai oportunizar para que qualquer cidadão fiscalize o estado de funcionamento do sistema tijucal, que abrange 03 Etas, 24 Reservatórios, 25 estações elevatórias, e trinta setores de abastecimento monitorados.






DOCUMENTÁRIO FOTOGRÁFICO ETA TIJUCAL

TECNOLOGIA X ETA TIJUCAL

HISTÓRIA

A primeira tentativa de se ter um controle automatizado dos processos no ambiente de Saneamento no Estado de Mato Grosso, ocorreu na década de 80/90 quando um grupo de técnicos projetou e implantou um sistema de monitoramento de níveis dos reservatórios do Morro da Colina, Bosque da Saúde, e da Eta; e utilizando a transmissão de corrente continua, por meio de cabos telefônicos (LP), e tendo no reservatório resistências em série, e na Eta São Sebastião galvanômetros que indicava a corrente transmitida, que era calibrado em altura do nível dos reservatórios. Foi a idade da Pedra, que na época, contribuiu com a racionalização de pessoal, gerou economia, e melhorou a administração do sistema de distribuição.

A NOVA GERAÇÃO DE CONTROLES

Com o advento da Eta Tijucal, devido a sua importância e ambiente operacional onde em um único espaço será operado treis estações, tornou-se fundamental que se incorporasse uma tecnologia de controle para que se pudesse operar com segurança e baixo custo, treis Etas simultâneas; assim foi projetado e está em fase de montagem as seguintes inovações tecnológicas.

1 – Captação de água Bruta no Rio Coxipó

Na Captação de Água Bruta, será utilizada apenas uma captação, com duas bombas com capacidade de 1.170 l/s, e potencia instalada de 550 Cv. Nesta unidade um painel de controle irá monitorar o nível e vazão do Rio Coxipó com informações registradas em tempo integral, além de monitorar todos os parâmetros elétricos, tais como: Amperagem, Voltagem, Fator de Potencia, entre outros, possibilitando que as manutenções preventivas possam ser efetuadas com base em informações de monitoramento. A partida do equipamento poderá ser local no modo manual, e também remota na sala de controle operacional localizada na Eta 3; A regulagem de vazão será feito no modo remoto, por meio de um bloqueio de válvula de controle auto operada, onde o operador tem na tela do computador, uma visão instantânea do percentual de abertura da válvula e a correspondente vazão.

2 – Casa de Química

Na casa de química toda vazão captada no Rio Coxipó, será medida em uma calha parshall por meio de um medidor ultrasonico; na calha parshall será adicionado o coagulante sulfato de alumínio ferroso, em estado liquido, cuja dosagem será monitorada por meio de um monitor de coagulante, que opera em conjunto com a bomba dosadora regulando a dosagem em conformidade com a turbidez de água bruta. No processo bombas de coleta de amostras irão permitir a coleta e monitoramento na Central de Controle Operacional, (CCO) dos seguintes parâmetros.

PH de Água Bruta

Turbidez de Água Bruta

PH da Água Coagulada

Turbidez da Água Filtrada

Turbidez da Água Tratada

PH da Água Tratada

Teor de Cloro Residual da Água Distribuída.

3 – Estação de Tratamento 1 e 2

As Etas 1 e 2 são respectivamente a Eta de concreto e Metálica existente, cujo abastecimento será a partir da Eta 3; Estas Etas irão receber água coagulada cuja vazão individual será monitorada por medidores eletromagnéticos do tipo inserção, que serão instalados nas linhas de 600 mm e 400 mm que interligam estas Etas com a calha parshal da Eta 3 (nova). A mudança de vazão, parada da Eta, e qualquer outra regulagem envolvendo a vazão afluente as Etas 1 e 2, será feito remotamente a partir da central de controle operacional (CCO); onde o operador por meio do mouse irá decidir qual o percentual de abertura será efetivado na válvula de controle para garantir a vazão desejada conforme necessidade do abastecimento do setor atendido pela eta.

4 – Estação de Tratamento 3 (nova)

A operação de uma Eta envolve alem da dosagem de produtos químicos, e sua análise resultante, a ações de:

Lavagem dos Filtros

Descargas Periódicas dos decantadores

Lavagem dos Decantadores

Em uma Eta do Porte da Eta 3, do Tijucal estas ações se fossem executadas manualmente demandariam uma elevação de custo com a necessidade de implementação de mão de obra, erros resultantes de controle de processo, elevação de custos com descargas desnecessárias, em excesso ou fora de uma programação pré definida, além de outros transtornos operacionais inerentes de uma planta sem controle. Portanto para garantir uma eficiente operação, isenta de riscos, econômica e de elevada performance foi projetado e estão em fase de instalação, os seguintes controles:

Decantador: A Eta é dotada de 12 câmaras de decantação em série, sendo que cada câmara foi dotada de uma válvula de descarga, controlada por CLPs, e sensores que irão propiciar descargas automáticas, conforme um plano operacional definido pelo operador, e em tempo de duração em conformidade com a quantidade de lodo gerado no período.

Filtros: A operação dos filtros será monitorada por um sensor de nível que controla o “empachamento”, e aciona o alarme da necessidade de lavagem, que pode ser no modo manual ou automatizado; e em qualquer dos modos haverá uma seqüência operacional com a ação de sopradores e compressores no gerenciamento de aberturas de válvulas, em uma seqüência que garanta que o efluente de 07 (sete) filtros lave 01 (um).

5 – Reservatórios na Eta

Todos os reservatórios da área da Eta, em um total de 04 (quatro) unidades terão os níveis monitorados por células capacitivas, que permitem ao operador gerenciar os níveis com precisão milimétrica.

6 – Elevatórias de Água Tratada

As Etas do Tijucal serão dotadas de 02 (duas) grandes elevatórias, sendo a existente denominada Elevatória 01, e a em execução a Elevatória 02; Na elevatória 01 estarão instaladas as bombas que irão abastecer os centros de reservação dos Bairros Nova Esperança, Manduri, Distrito Industrial e Pedra 90; e aquelas que irão abastecer o centro de reservação do Tijucal.

Na elevatória 02 estarão montadas as bombas que alimentarão os centros de reservação do Santa Cruz, Belvedere, Cpa, Altos da Serra e Sanecap; Todas estas moto bombas serão monitoradas remotamente, tendo o operador no Centro de Controle Operacional, as informações inerentes a vazão, e todos os parâmetros elétricos tais como Amperagem, Voltagem, Fator de Potencia entre outros. Serão disponibilizados ainda aos operadores e supervisores o registro diário de todas as informações e alarmes gerados na operação da eta, e que poderão ser manipulados em planilhas do Excel, ou texto do Word, alem de que para qualquer cidadão que tiver curiosidade sobre a operação da eta; poderá acessar via internet todas às informações disponibilizadas aos operadores, sendo-lhes cerceada apenas o direito de intervir remotamente, exceto criticas ou sugestões via email ou telefone.

7 – Reservatórios, Elevatórias e Redes de Distribuição.

O Centro de Controle Operacional da Eta foi dimensionado para gerenciar todos os níveis dos reservatórios externos a Eta, e localizados nos bairros; Nova esperança, Manduri, Del Rey, Pedra 90, Distrito Industrial, Santa Cruz, Belvedere, Altos da Serra, Cpa, e Sanecap, alem das elevatórias de cada um dos centros de reservação referenciados, sendo possível ao operador ter controle sobre todos os parâmetros hidráulicos e elétricos de todos os centros de reservação, ligar e desligar as moto bombas, e decidir sobre a operação das elevatórias.

Na rede de distribuição sensores de pressão estrategicamente instalados, fornecerão informações vitais a operação da distribuição de água, permitindo que as ações de manutenção preventiva e ou corretiva possa anteceder a reclamações de falta dágua, e ou rompimento de tubulações nas áreas monitoradas.

Documentário Fotográfico

Monitores de parâmetros Químicos da ETA Monitor de Coagulante Centro de Controle Operacional na Eta

Uma das Telas do Centro de Controle Válvula Auto Operada Valmicro Vista Interna de Um dos Seis Painéis

Projetos Hidráulicos, e Controle Operacional: Jorcy Francisco de França Aguiar – Guilherme Julio Muller de Abreu Lima.

Projetos de Supervisão, Parametrização, e Programação de Gerenciamento: Jeyson Berlanda.

Execução do Projeto: Eng. Civil Paulo Vinicius Capistrano

Empresa: Conspavi - Construção e Participação Ltda.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

RASCUNHO DE BRASIL: COMO ERA O PAÍS EM 1.808

RASCUNHO DE BRASIL: COMO ERA O PAÍS EM 1808

Até 1808, os brasileiros comiam com as mãos..............

Por Reinaldo José Lopes: Fonte: Editora Abril

Tigres e bandoleiros

Os que estudam a situação brasileira em 1808 são quase unânimes: chamar a América portuguesa de “Brasil” seria quase força de expressão. A unidade estava longe de ser clara. “Os habitantes do Brasil se auto-identificavam como portugueses, sentimento que convivia com identidades particularistas, como ‘ser das minas’ ou ‘ser bahiense’”. Estima-se que o Brasil da época tivesse 3 milhões de habitantes – incluindo 1 milhão de escravos e 800 mil índios.
Cerca de 60 mil pessoas viviam no Rio de Janeiro, contra 46 mil em Salvador e 20 mil em São Paulo. Embora os paulistas já tivessem parado de falar tupi – que, durante séculos, chegou a ser mais usado que o português em São Paulo –, eles ainda tinham muito de índio, dormindo em redes, vestindo imensos ponchos que hoje nos lembrariam os gaúchos e usando, para cortar a carne no almoço, a mesma faca que manejavam em duelos.
Os paulistas com jeitão de bandoleiros eram só uma faceta da vida urbana caótica que dom João encontraria no Brasil. As ruas das principais cidades só poderiam ser definidas como uma zorra total. Estreitas e mal iluminadas, eram lotadas de vendedores ambulantes cuja gritaria não deixava ninguém em paz, bichos (principalmente porcos e galinhas) e lixo. Sem falar nos urubus, que se esbaldavam com tanta fartura.
No entanto, em termos de, digamos, saneamento básico, nada superava o sistema dos “tigres”, os escravos que desempenhavam o papel de carregadores de esgoto e lixo em cidades como o Rio, Recife e Salvador. Eles colocavam barris cheios de dejetos nas costas e os levavam para o mar. Com o passar do tempo, as substâncias que caíam em seus ombros deixavam listras brancas na pele negra – daí o apelido felino. As praias mais glamurosas do Rio moderno provavelmente eram um fedor completo no começo do século 19.
Os “tigres” eram só mais um lembrete de que, no dia 8 de março, dom João e sua corte tinham desembarcado no maior mercado de escravos das Américas, o Rio de Janeiro, cidade onde um terço da população de 60 mil pessoas correspondia aos cativos.

No olho da rua (habitação)

O primeiro problema que o príncipe precisou resolver na chegada foi onde enfiar 11.500 membros sem-teto da elite portuguesa. Simples: dom João mandava pintar as iniciais P.R. (oficialmente “Príncipe Regente”, mas interpretadas como “Ponha-se na Rua”) nas casas desejadas para sua nobre trupe. Os donos originais tinham que deixá-las livres para os novos moradores e, supostamente, deveriam ter sido recompensados com uma espécie de aluguel, mas isso acabou acontecendo com freqüência bem inferior à necessária.
Dom João trouxe para o centro do Rio um novo tipo de música: a dos explosivos, pondo abaixo morros e rochedos que, segundo os urbanistas portugueses, atrapalhavam a circulação do ar e das águas e tornavam a cidade propensa a enchentes. Na base da pólvora, a região foi ficando mais plana e ampla. Era preciso expandir a cidade: em 1808, o Rio tinha apenas 46 ruas e um punhado de becos e travessas. Segundo cálculos do viajante inglês John Luccock, cada residência carioca espremia, em média, 15 pessoas.

Quase medieval

Em vários aspectos do cotidiano, até mesmo os brasileiros mais ricos levavam uma vida quase medieval em 1808 (com a exceção do costume de tomar banhos regulares, impensável para os portugueses). Quem vivia por aqui em geral não sabia o que era usar talheres à mesa. Enquanto os homens utilizavam facas de cabo prateado para cortar carne – num almoço formal, cada convidado tinha de trazer a sua de casa –, mulheres e crianças mergulhavam as mãos na papa de comida.
O menu não era muito variado, incluindo em geral carne-seca, toucinho, feijão-preto, farinha de milho e, para beber, água. Vez por outra, as famílias comiam à mesa, embora o mais comum fosse fazer as refeições no chão, sentados em esteiras, com o prato no colo; enquanto ratazanas passavam correndo pelo aposento – se você queria saber se duas pessoas sentadas lado a lado eram íntimas, era só prestar atenção se uma delas enfiava a mão no prato da outra e pegava um pedaço do rango.

Cultura de fachada

As boas maneiras precárias na hora do jantar eram apenas sintomas da completa falta de refinamento no Brasil pré-1808. Dom João deu os primeiros passos para mudar isso já em 1808, ao fundar uma escola de Medicina em Salvador e outra no Rio de Janeiro.
Essa revolução no ensino foi também o começo do fim da única vantagem da medicina brasileira: a praticidade. Quem queria resolver problemas de saúde podia aproveitar para fazer barba, cabelo e bigode. Isso porque, sem médicos formados, quem ocupava seu lugar eram os barbeiros. Munidos de instrumentos como serrotes e de remédios como óleos e cascas de árvore, cabia a eles desafiar as moléstias comuns na colônia, como sarna, bicho-de-pé, verminose, hemorróida e hepatite. Os tratamentos, rudimentares, quase sempre incluíam a sangria: eram feitos cortes na pele do paciente para que o sangue escorresse por algum tempo, na esperança de que a doença “saísse” desse jeito. Com o mesmo objetivo, era comum o uso de sanguessugas para chupar fluidos corporais.

Nosso comentário:

Nos dias atuais, o saneamento ainda não ocupa lugar de destaque em nosso país, a convivência da população com a proximidade de esgotos e dejetos, lixos e outros ainda é muito comum principalmente nos grandes centros urbanos; a solução para o lixo ainda é uma incógnita em muitas cidades, e o esgoto, talvez demore mais um século....felizmente o aprendizado com os talheres ainda não é com a etiqueta francesa, mais já ajudou muito no quesito higiene.......... O motivo: Receita para Investimentos, e a idéia jurássica dos governantes municipais, de que a iniciativa privada ainda não é o parceiro ideal para as soluções de saneamento, não querem enxergar o que acontece em todas as cidades operadas em regime de concessão, com planos de metas transparentes, e fiscalizadas pela sociedade; esperamos ver no futuro RASCUNHO DE BRASIL: COMO ERA O PAÍS EM 2.009, e ter-mos avançado em tecnologias e universalização do saneamento.

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...