terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

MEDIDOR DE VAZÃO ELETROMAGNÉTICO PARA LIQUIDOS

MEDIDOR DE VAZÃO ELETROMAGNÉTICO PARA LIQUIDOS

Vazão e controle de líquidos

Um dos grandes desafios de quem opera um sistema de abastecimento de água, é saber o quanto de liquido flui em uma tubulação, e aí impera o achismo quando não se tem um medidor confiável. Durante muitos anos se projetou sem que houvesse uma visão operacional, e hoje quase 100% dos sistemas não tem dispositivo de medição de vazão; conclusão opera-se no escuro.

É importante ressaltar que para canais imperou e impera a calha Parshall, hoje dotada de ultrasom que possibilita o registro de todos os eventos do sistema, como falha no equipamento, quebra de adutora, falta de energia etc. porém quando o assunto era tubulação sob pressão, apena uma equipe com equipamentos especiais poderia saber a vazão instantânea ou registrada na tubulação, o método é conhecido como Pitometria, por utilizar o Tubo Pitot.

Os equipamentos de medição permanente eram muito caro, e de difícil instalação tendo em vista que havia necessidade de corte na tubulação como os medidores tipo woltman. Hoje porém vivemos uma nova era dos medidores de inserção, com destaque para os da linha seametrics, dotado de certificação internacional o que garante a funcionabilidade do medidor.
A completa ausência de partes móveis neste sensor de vazão é a fonte de sua confiabilidade. Não há rotor para parar de girar com água suja e não há rolamento para sofrer desgaste. Os modelos em latão e aço inox suportam uma grande variedade de condições de temperatura, pressão e condições químicas. Fluxo reverso e versão imersível são opcionais.
Um pequeno campo magnético é produzido na face do sensor. Quando o fluído passa através deste campo uma tensão é gerada, então ela é medida e transformada em um sinal de freqüência proporcional à vazão. Este sinal de onda quadrada pode ser transmitido diretamente a um CLP ou outro controlador.

O sensor possui rosca padrão NPT e pode ser diretamente instalada em selas (Saddles) ou em Weldolets. O EX115 e 215 possuem uma válvula de isolação, permitindo instalação e remoção do sensor sob pressão. O padrão é uma válvula de esfera de bronze, ou em aço inoxidável 316 opcional se necessário. A leitura pode ser em um CLP ou diretamente, no equipamento, ou via Notebook, ou palm quando este é dotado de um data logger opcional.








sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

MEDIDOR ULTRA SONICO US 11 – PARA CALHAS, VERTEDOUROS E CANAIS

                                                          Medidor Ultra Som US 11 – Montado em Calha Parshall

Princípio de medição

A distância entre o transdutor e a superfície monitorada (lâmina de água no canal, ou do tanque, por exemplo) é diretamente proporcional ao tempo transcorrido entre a emissão e recepção do pulso de ultrassom pelo transdutor.

Sabendo-se que a velocidade de propagação do som no ar é de 344 m/s a 20ºC, o cálculo é baseado na seguinte equação:

Distância= (Velocidade do Som x Tempo) / 2

Uma vez que o tempo inclui o retorno do pulso de ultrassom refletido ao transdutor, a unidade controladora considera somente a metade desse valor para que o cálculo de distância seja correto.

Influência da temperatura

A velocidade de propagação do som no ar é afetada por variações na temperatura ambiente na proporção de 0,17% para cada 1º C. Para compensar tais flutuações, os transdutores possuem integrado um sensor de temperatura cujo sinal é processado e utilizado para corrigir a velocidade do ultrassom no cálculo de distância.

Algumas versões de medidores ultrassônicos permitem o uso de sensores de temperatura remotos (separados do transdutor) em aplicações onde uma maior precisão seja necessária. A vantagem desta configuração é o menor tempo de resposta às mudanças de temperatura ambiente.

Instalação do transdutor

O transdutor deve ser instalado na estrutura de montagem perpendicularmente à superfície monitorada para um melhor desempenho. A água absorve somente 15% da energia acústica e 85% são refletidos. Um mau alinhamento prejudicará a medição devido ao incorreto direcionamento dos sinais emitidos e refletidos.

No momento da fixação do transdutor deve-se atentar para que não ocorra um aperto excessivo em sua conexão ao processo, pois haverá prejuízo no desempenho do instrumento (devido ao excesso de vibração no momento da emissão dos pulsos ultrassônicos).

Um ponto que quase sempre passa despercebido em muitas instalações em canais e em locais abertos com medidores de nível por ultrassom é a ausência de uma cobertura de proteção sobre os transdutores. A incidência da luz solar aquece artificialmente o transdutor (ou o sensor de temperatura) e cria uma falsa condição de alta temperatura do ar ambiente.


Uma ventilação adequada deve ser prevista para que o calor não fique aprisionado sob a cobertura. Uma vez que a temperatura afeta a velocidade de propagação do som, a representação precisa da temperatura ambiente local é necessária para que o melhor desempenho seja obtido.

Vento: Em locais de incidência de ventos de forte intensidade, o uso de tubos de calma deve ser considerado visando evitar variações artificiais na temperatura do ar ao redor do transdutor que possam provocar medições imprecisas.

Espuma: O intenso movimento de ar (gás) nas proximidades do cone formado pelo feixe de ultrassom deve ser evitado, pois pode provocar o enfraquecimento do sinal.

Um local deve ser encontrado onde a formação de espuma seja a menor possível (o sensor deve ser instalado o mais distante possível do ponto de entrada do tanque) ou onde um tubo de calma possa ser adotado.

Vapor: Tanques fechados contendo líquidos (como produtos químicos) que formam vapor sobre sua superfície (especialmente aqueles expostos ao sol) provocam forte redução da faixa nominal de medição do sensor. Este fato deve ser observado na instalação.



Leituras:


As leituras de vazão podem ser diretas no medidor, transmitida a um secundário por meio de um sinal de 4 a 20 Ma, ou obtida via notebook, plugado no fim de cada período de análise.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

PROCESSOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

PROCESSOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Assim como a água, os efluentes gerados no dia-a-dia ganham destaque devido à crescente consciência ambiental de todos nós. Os processos de tratamento de efluente visam à remoção de poluentes da água, possibilitando assim que haja a preservação da fauna e da flora. Além do apelo ecológico, o alto custo para obtenção da água tratada, tem sido fator decisivo para que os efluentes sejam tratados visando o reuso da água. Para isso são empregadas muitas técnicas, sendo as principais físico-químicas e biológicas.

Processo de tratamento físico-químico

Tratamento que emprega o uso de produtos químicos, para correção de pH (potencial hidrogênio-iônico), aceleração do processo de precipitação, coagulação e sedimentação de sólidos dissolvidos ou suspensos em meio aquoso. Este tipo de processo é recomendável quando a quantidade de matéria orgânica contida no efluente é muito baixa, inviabilizando o uso de tratamento biológico. Tratamentos físico-químicos são comumente empregados em galvanoplastia, por exemplo.

Processo de tratamento biológico

Descobertos como alternativa eficaz para o tratamento de efluente no século XIX, os microorganismos como bactérias, protozoários, rotíferos, etc vêm sendo largamente empregados em estações tratamento de efluentes como agentes de degradação dos poluentes orgânicos contidos nesta corrente. Existem basicamente duas alternativas de tratamento biológico: o anaeróbio e aeróbio. O primeiro utiliza microrganismos anaeróbios, ou seja, que vivem na ausência de oxigênio e no aeróbio são utilizados microorganismos que necessitam de oxigênio. Em alguns casos onde a carga de poluentes é muito elevada, podem-se utilizar estes dois processos em série.

Processo de tratamento Anaeróbio

Tratamento de caráter biológico em regime anaeróbio, ou seja, ocorre a degradação da carga poluidora, na ausência de Oxigênio. Este tipo de processo tem capacidade operar sob elevadas cargas poluidoras e alto teor de sólidos, remove de 50 a 80% de DBO (Demanda Bioquímica por Oxigênio), exige pouca manutenção e consumo de energia, deve-se também destacar a produção do Biogás, alternativa importante, limpa e renovável de energia.

Processo de tratamento Aeróbio (lodo ativado)

Tratamento aeróbio, utilizando sistema de lodo ativado e aeração prolongada, se dá na presença de Oxigênio, são sistemas com elevada eficiência na degradação (digestão) de cargas orgânicas poluidoras dos efluentes, podendo chegar a remover 95% da DBO (Demanda Bioquímica por Oxigênio). A principal característica desse processo é a alta estabilidade do lodo gerado, que necessitando apenas de desidratação para descarte em aterros sanitários. Atualmente existem pesquisas para utilizado-lo como insumo agrícola em áreas de reflorestamento.

Processo Aeróbio com uso de Bio-membranas (Sistema MBR)

Os tratamentos biológicos são sistemas convencionais que possibilitam uma grande redução da poluição das águas. Com a evolução desses sistemas, foram desenvolvidas as membranas MBR (do inglês Membrane Bioreactor), que consistem em um sistema de filtração direta substituindo os decantadores dos sistemas convencionais. Com o uso de MBR há um grande ganho de espaço e um efluente com qualidade muito superior aos produzidos por sistemas tradicionais. O DBO (Demanda Bioquímica por Oxigênio) do efluente tratado poderá ter valores menores que 5 mg/L, a remoção de microorganismos é superior a 99,9% (principalmente coliformes fecais), o que garante maior segurança para o reúso do efluente. Uma vez que a membrana atua como barreira mecânica, não há sólidos suspensos no efluente tratado. Existem dois tipos de membranas para uso em MBR, o externo e submerso. No externo as membranas trabalham sob pressão com membranas fora do reator biológico e no submerso as membranas ficam imergidas no reator e operar sob vácuo de uma bomba. Ambos garantem a mesma qualidade de efluente tratado, sendo que a escolha por membrana externa ou submersa será em função do tamanho do projeto x viabilidade econômica.

Unidade de Ultrafiltração
                                                                Skid de MBR submersa



Sistema de Ultrafitlração
 
Filtração via membranas especiais, ocorre principalmente de maneira tangencial, ou seja, o fluido líquido a ser tratado escoa paralelamente a superfície da membrana, com velocidade e pressão constantes, permitindo assim a passagem de parte do líquido (permeado) e retendo grande quantidade de partículas e sais.

Exemplos de filtração tangencial: Osmose Inversa, Nanofiltração, Ultrafiltração e Microfiltração.

Osmose Inversa ou osmose reversa consiste em um processo de separação via membrana seletiva. A separação do soluto e do solvente ocorre quando se aplica uma pressão mecânica superior à pressão osmótica. Esta pressão é aplicada sobre o lado mais concentrado, promovendo assim a remoção de sólidos solúveis, produzindo água de alta pureza. Sistemas de Osmose inversa são empregados para dessalinizações de água, com ou sem intuito de torná-la potável.


Nanofiltração é uma alternativa para a Osmose Inversa e Ultrafiltração. Este processo é empregado para remoção de coloração, dessalinização, remoção de alguns tipos de íons monovalente, concentração de solutos orgânicos, exemplo Lactose e etc. O permeado da nanofiltração contém alguns tipos de íons bivalentes e soluções orgânicas de baixo peso molecular, tais como álcool, cetonas e etc.

Ultrafiltração, processo empregado para segregar e fracionar seletivamente sólidos suspensos e solúveis de alto peso molecular - moléculas com peso superior a 1000 Daltons. O permeado possui solutos orgânicos como açúcares e sais de baixo peso molecular. Atualmente a ultrafiltração é muito utilizada como pré-filtração de sistemas de Osmose Inversa tendo em vista a garantia de remoção de sólidos suspensos. Mais recetemente a Ultrafiltração foi introduzida no uso em sistemas de tratamento de efluente do tipo MBR. Ultrafiltração – tubular

Microfiltração, consiste em separação por membranas utilizando baixas pressão ou filtração convencional de partículas coloidais e em suspensão na faixa entre 0.05 – 5 micra. A Micro-filtração é utilizada para clarificação de caldos e recuperação de biomassa.











segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

WETLAND CONSTRUIDA

PÓS TRATAMENTO DE ESGOTO EM REATORES ANAERÓBICOS

Apesar do empate no quesito eficiência de remoção de Coliformes e DBO, entre os principais sistemas de tratamento de efluentes domésticos, qual seja: lagoas, Lodos ativados e Reatores UASB, ainda observamos entre alguns projetistas, uma elevada preferência pelo sistema de lagoas, talvez pela cultura, talvez pela falta de observação dos sistemas implantados. O certo é que o sistema de lagoas na comparação sugerida tem os seguintes desempenhos;


SISTEMAS DE TRATAMENTO





Apesar da necessidade de pós tratamento, o UASB é de longe o sistema menos impactante na região, além de poder ser incluído no elemento paisagístico, e ter médio custo de construção.

Dentre os sistemas de pós tratamento, o filtro biológico é o que melhor associa-se ao processo, elevando assim a remoção de Coliformes e DBO, para valores próximos de 100%,

Para o reuso do efluente onde há disponibilidade de área, o processo de remoção em Wetland, apresenta-se como uma alternativa barata e que pode ser fonte de renda com o cultivo principalmente de plantas decorativas. No Wetland os mecanismos associados de: Sedimentação, Filtração, Adsorção, Precipitação, Decomposição, Metabolismo Microbiano, Metabolismo de Plantas, e Decaimento Bacteriano, tem demonstrado uma boa capacidade de redução de DBO, Sólidos em Suspensão, Nitrogênio, Fósforo, Traços de metais e Organismos Patogênicos.

Este processo consiste em passar o efluente a ser tratado em meio filtrante (brita, areia, silte, cascalho etc.) podendo ser com fluxo submerso horizontal, fluxo vertical, ou de fluxo combinado, cujos componentes fundamentais encontram-se macrófitas aquáticas, o substrato e bactérias responsáveis direta e indiretamente pela ocorrência de remoção dos poluentes.

Quanto ao balanço hídrico, destacam duas parcelas: a infiltração e a evapotranspiração, provocando a redução da vazão efluente do Wetland, ou seja funciona como sumidouro e evaporador, esperando-se que nos meses mais ensolarados, o efluente final seja nulo e nos meses mais frios e chuvosos haja uma parcela do efluente, onde pode ser aproveitado em um reservatório, que pode ser utilizado na fertirrigação de jardins, culturas agrícolas, ou reuso como descargas de vaso, em áreas adjacentes ou no próprio empreendimento.

É justamente nos períodos de estiagem que os corpos receptores encontram com suas vazões bastante reduzidas, com menor capacidade de autodepuração, daí a grande vantagem da utilização do Wetland, que reduzem ou anulam neste período o lançamento de efluentes líquidos. A qualidade do efluente sai bastante límpido e pode ser reusado após um processo de desinfecção.


sábado, 25 de dezembro de 2010

TRATAMENTO DE ÁGUA - OSMOSE REVERSA

TRATAMENTO DE ÁGUA - OSMOSE REVERSA


Qualquer processo de tratamento de água, tem como objetivo a separação de um solvente de um soluto. Um processo de separação é um processo que permite separar componentes de uma mistura, tanto em pequena escala, como nos laboratórios, quanto em grande, como nas estações de tratamento, e diversas outras. Existem diversos processos, destinados a fins diferentes sendo que dentre os processos de separação de um soluto destacam-se:

• Destilação

• Decantação

• Evaporação

• Filtração

• Flotação

• Processos de separação por membranas

Vamos nos concentrar no processo de separação por membranas, também denominada osmose inversa, onde as membranas retêm partículas cujo diâmetro varia entre 1 e 10 Å, sendo 1 angstrom = 1.0 × 10-10 metros

As partículas retidas são solutos de baixa massa molecular como sais ou moléculas orgânicas simples, e sendo a água um solvente inorgânico, polar, chamado frequentemente de "solvente universal" tem facilmente dissolvidas muitas substâncias.

Para que seja possivel ocorrer ocorrer a separação por membranas, deve-se aplicar uma grande pressão sobre o meio aquoso, o que contraria o fluxo natural da osmose. Por essa razão o processo é denominado osmose reversa.

Os usos da osmose reversa são diversos, sempre relacionados à separação de ions. Dentre os quais destaca-se:

Dessalinização de água do mar: Tanto para consumo humano quanto para outros processos, onde a membrana de Osmose Reversa pode reduzir a concentração de cloreto de sódio de 35.000 mg/L para 350 mg/L.

Irrigação: Um dos problemas da agricultura é a acumulação de sais no solo em função da irrigação com água de rios ou poços. A partir de certo patamar os sais tornam-se nocivos às plantações. A Osmose Reversa é capaz de remover este excesso de sais de forma economicamente viável.

Alimentação de caldeiras: Caldeiras exigem água puríssima, pois a evaporação da água causa a incrustração da superfície dos tubos pelos sólidos presentes na mesma, reduzindo a transferência de calor, aumentando o consumo de combustível e o risco de explosões. A osmose reversa, têm sido o tratamento mais utilizado nestes casos.

Produção de produtos químicos: Hospitais, conglomerados farmacêuticos e laboratórios utilizam o processo de Osmose Reversa para garantira máxima pureza em seus produtos. Processos de hemodiálise são alimentados com água desmineralizada ou destilada.

Recuperação de águas residuais na indústria: Concentração de sucos, proteínas e vinho na indústria alimentícia.

A osmose Reversa

Osmose pode ser descrita como um movimento físico de um solvente através de uma membrana semipermeável, baseada na diferença do potencial químico entre duas soluções separadas por essa membrana.

O exemplo a seguir serve como demonstração e esclarecimento desta matéria. Um recipiente de boca larga com água, conforme fig. 1 é dividido no meio por uma membrana semipermeável. A linha tracejada representa a membrana semipermeável. Iremos definir a membrana semipermeável como falta de capacidade para difundir qualquer outra substância, além do solvente, neste caso moléculas de água.

                                                                        Figura 1

Agora adicionaremos um pouco de sal de cozinha (NaCl) à solução de um lado da membrana (Fig. 2). A solução de água salgada tem um maior potencial químico, do que a solução de água do outro lado da membrana. Num esforço para equilibrar a diferença no potencial químico, a água começa a difundir pela membrana, de uma lado através da água, e de outro lado para a água salgada. Este movimento é a Osmose. A pressão exercida por esta transferência de massa é conhecida pela pressão osmótica.

                                                           Figura 2

A difusão da água irá continuar até que uma das duas reservas seja conhecida. Uma reserva pode ser a solução essencialmente de equilíbrio, pelo menos até que ao ponto em que a diferença restante no potencial químico é compensado pela resistência ou perda de pressão de difusão pela membrana. A outra reserva é que a coluna em elevação de água salgada exerce pressão hidrostática suficiente para limitar outras difusões. Observando-as, podemos mensurar a pressão osmótica da solução, observando o ponto em que a pressão principal impede outras difusões.

Exercendo uma pressão hidráulica maior do que a soma da diferença de pressão osmótica e a perda de pressão da difusão pela membrana, podemos utilizar a água para difundir na posição contrária (Fig. 3), na solução de maior concentração. Isto é a osmose reversa. Quanto maior for a pressão aplicada, mais rápida é a difusão. Utilizando a osmose reversa, estamos aptos a concentrar diversos solutos, tanto dissolvidos como dispersos em uma solução.

                                                                           Figura 3

Tipos de Membranas

Existem vários tipos de membranas, podendo ser citadas as do tipo:

1. - Acetato de Celulose

2. - Poliamidas Aromáticas-Aramidas

3. - Poliamidas Hidrazidas: por serem fibras finas e ocas, possuem uma estrutura, mas fechada, possibilitando trabalhar com água do mar com salinidade de 45.000 ppm.

4. - Poliamida de composição avançada

5. - Polisulfonas – polisulfonadas:

Desempenho das Membranas

As causas abaixo podem alterar o desempenho e o tempo de vida das membranas utilizadas como osmose reversa.

1. - pH da água: a variação de pH nas faixas fortemente ácidas ou fortemente alcalinas afeta as diferentes membranas utilizadas.

2. - Temperatura: As membranas de acetato de celulose se hidrolizam, quando a temperatura da água excede 30º.

3. - Compactação ou Deformação Física: estes problemas podem acontecer nas membranas, quando as pressões de bombeamento da água bruta excedem de 90 kgf/cm2.

4. - Cloro livre: sendo o cloro livre um agente oxidante energético, ele pode afetar a maioria das membranas, sendo nestes casos, necessária a decloração da água bruta.

5. - Fouling: É produzido no interior da membrana, pela associação de sólidos suspensos e material biológico.

6. - Incrustações: na malha de membrana, a água bruta precipita dureza temporária, carbonato de cálcio e hidróxido de magnésio e dureza permanente, sulfato de cálcio. A dureza temporária é impedida de precipitar, trabalhando-se com valores de pH da água bruta, entre 4,5 – 5,0. A dureza permanente é impedida de precipitar, dosando-se continuamente, um antiincrustante específico para sulfato de cálcio.


Vídeo:

Um ovo é colocado no xarope de milho durante 60 minutos para mostrar osmose. O óvulo é então colocado em água doce para mostrar o efeito inverso.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA

A captação de água da chuva é uma prática muito difundida em países como a Austrália e a Alemanha, onde novos sistemas vêm sendo desenvolvidos, permitindo a captação de água de boa qualidade de maneira simples e bastante efetiva em termos de custo-benefício. A utilização de água de chuva traz várias vantagens:

• Redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento da mesma,

• Evita a utilização de água potável onde esta não é necessária, como por exemplo, na descarga de vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagem de pisos, etc.;

• Os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a captação de água pluvial na grande maioria dos telhados, e o retorno do investimento é sempre positivo;

• Faz sentido ecológica e financeiramente não desperdiçar um recurso natural escasso em toda a cidade, e disponível em abundância no nosso telhado;

• Ajuda a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios.

• Encoraja a conservação de água, a auto-suficiência e uma postura ativa perante os problemas ambientais da cidade.

O armazenamento e o reaproveitamento da água de chuva costumava ser um tema relativamente "esquecido" pelos nossos legisladores, mas nos últimos anos, sugiram em algumas cidades brasileiras leis para tratar do assunto.

A prefeitura da cidade de Curitiba, tem uma legislação exemplar. Primeiro, instituiu em 2003 o Programa de uso Racional de Água e Esgotos (Lei PURAE 10.785/03). No ano de 2006, houve a regulamentação da lei através do Decreto Municipal 293/06 onde ficou estipulado, entre outras coisas, que as novas edificações na cidade não obterão o alvará de construção, caso não prevejam e instalem um sistema de reaproveitamento de água de chuva.
Outro exemplo ocorreu à cidade de São Paulo com o objetivo de minimizar as enchentes. Desde a 1999, é obrigatório para as novas construções com mais de 500m2, "Lei das "piscininhas", a retenção da água da chuva em reservatório específico pelo período de uma hora e a sua posterior liberação nas galerias públicas, após o pico de chuva.

Na cidade de Matão-SP, o Projeto de Lei 042/06, é dedicado exclusivamente ao reuso de água de chuva. Mais ainda, prevê expressamente a possibilidade do município conceder incentivos fiscais àqueles que construírem em seus imóveis sistemas de captação.

Por enquanto ainda não temos conhecimento de nenhuma lei do governo criando um imposto sobre a chuva, porém....

Para se obter continuamente água de boa qualidade, com segurança, pouca manutenção e baixo custo operacional, além de um sistema com equipamentos adequados são necessários alguns cuidados:

• Contar com o suporte de um profissional responsável pelo projeto:

• Atentar às normas de segurança sanitária, como separar o sistema estritamente do de água potável (de acordo com regulamentos locais) e identificar todos os componentes (reservatórios, torneiras, bacias,etc.) dentro do sistema como para finalidades ÁGUA DE CHUVA/NÃO-POTÁVEL.

• O projeto do sistema de água de chuva deve estar em acordo com os padrões/normas de construção (que garantem a drenagem do edifício, mesmo com rompimentos no sistema, nenhuma limitação na área seccional e ventilação do sistema de drenagem).

• Captar água de chuva somente de superfícies apropriadas como telhados, evitando-se áreas inadequadas, sujeitas a poluição ou contaminação.

• Realizar a filtragem fina da água antes desta entrar no tanque de armazenamento e assegurar que a sedimentação nos tanques de armazenamento funcione sempre, usando dispositivos para reduzir a velocidade de entrada e saída de água no reservatório.

• Proteger os reservatórios contra a entrada de material externo e vazamento de água, não o expondo tampouco à luz e ao calor.

As últimas chuvas mostraram mais uma vez que a cidade precisa adotar outras técnicas para impedir alagamentos e enchentes. Uma solução a ser utilizada é o aproveitamento de águas pluviais que também traz retorno para um planeta sustentável.

A vantagem da instalação do projeto de aproveitamento de água de chuva, em uma casa, comércio, prédios, fábricas ou um empreendimento traz economia de água potável, retorno financeiro em torno de 2 anos e contribuição para o meio ambiente e redução de enchentes. “A água de chuva que cai sobre os telhados ou pisos é encaminhada para a sarjeta na calçada ou para a rede de águas pluviais, sendo desperdiçada pela rede pública”.

Em nosso planeta, 97% da água é salgada e 3% é doce. Desses 3%, 75% são geleiras e lençóis de gelo, 13% são as chamadas águas profundas localizadas entre 2500 e 12.500m e 11% são de águas subterrâneas. Então, o que temos disponível para consumo da população é de apenas 1% dos 3% de água doce, ou seja, 0,03% de toda a água da Terra. É ou não um forte argumento para buscar economia de todas as formas?

Quanto ao custo da obra, cada caso é um caso e depende muito das condições físicas da obra. A manutenção é feita periodicamente a cada 6 meses. As etapas de implementação correspondem a projeto, obra e montagem. “Após isto é necessário apenas acompanhamento técnico no início de operação, pois depois o sistema entra na rotina normal de funcionamento”.

Os equipamentos são fáceis de serem instalados, desde que a infra-estrutura seja bem preparada. Utiliza Filtro Vortex, freio d’água, filtro flutuante, multi-sifão, kit de interligação e bomba de recalque.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

PER CAPTA - CONTINUAÇÃO



As perdas de água em um sistema de abastecimento ocorrem de forma continua e podem ser classificadas de diversas formas, entendo como sendo a mais letal a inconsciente, e ocorre nas ligações desprovidas de medidores; nestas ligações o cidadão ignora “um pequeno vazamento” na torneira, no vaso sanitário, e o ladrão da caixa d´agua está constantemente jogando água fora.

 A idéia é que isto significa muito pouco e não irá fazer diferença no abastecimento. E para ilustrar o que representa um “inocente” vazamento, improvisamos um recipiente e o calibramos com o volume de 1(um) litro, e medimos o tempo gasto para encher este volume com uma mangueira que drenava água proveniente do resfriamento de uma gaxeta de bomba de eixo horizontal.



Resultado:

Volume Utilizado: 1,0 litro

Tempo médio para enchimento: 7 segundos

Vazão: Volume/tempo = 1/7 = 0,14 litros / segundo ou 514 l/hora ou 12.342 l/dia ou 37.000 l/mês...

Ou seja, um volume suficiente para abastecer 16 residências medidas

É evidente que a “olho nu” vai sempre parecer insignificante um pequeno vazamento, e não estando afetando o bolso, vai-se postergando o conserto, e o resultado final em um bairro é uma perda superior a 50%. Ou seja, para suprir o abastecimento de forma normal, têm-se que disponibilizar um volume 50% superior, acarretando elevação de custos com energia, pessoal, produtos químicos etc.

As fugas de água se apresentam ainda de forma “não visível”, são fugas que ocorrem sob o asfalto e drenam nas galerias, ou em vazamentos nos ramais de residências e drenam sob o piso, e que somente com pesquisas acuradas é possível detectá-las.

Nas residências, é possível zerar as perdas, e mesmo assim por algum descuido, é possível que o cidadão pague por um volume que foi desperdiçado. Porém nos sistemas de abastecimento de água, o custo é muito elevado para zerar as perdas, daí um marco convencional de 20%, é o nível de tolerância que se deve buscar, e que somente é conseguido se houver 100% das ligações controladas com hidrômetro.

Finalizando: A continha do per capta, é muito bonita no projeto, vai funcionar se o sistema for implantado com medição total, e fora deste contexto, é sonhar, ter prejuízos, contabilizar reclamações, e buscar recursos para encher o tonel furado.



















PER CAPTA -  A CONTA QUE NÃO “FECHA”

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PER CAPTA - A CONTA QUE NÃO “FECHA”

PER CAPTA - A CONTA QUE NÃO “FECHA”

Quantidade de água necessária, para o abastecimento público, com um serviço adequado, ou seja, com quantidade suficiente, qualidade, continuidade com fornecimento de água 24h, universalidade etc.

Fase 1 – Na mesa do Projetista

A escolha do manancial que irá servir de fonte de abastecimento de uma cidade está condicionada à sua capacidade ou não de atender às necessidades da comunidade, no que diz respeito ao consumo atual requerido, bem como a previsão do aumento do consumo da comunidade no futuro, em função do seu próprio crescimento. Todo e qualquer sistema é projetado para servir uma comunidade, por um certo espaço de tempo, denominado de período do projeto, e para fazer o cálculo do consumo provável, é necessário conhecer:

• População a ser servida;

• Consumo "per capita", ou seja, a quantidade média diária gasta por cada um dos consumidores.

• Variação horária e variação diária do consumo.

Nos projetos, costuma-se fazer uma estimativa da população, a qual se baseia em:

• População atual;

• Número de anos durante os quais vai servir o projeto (período de projeto);

• Taxa de crescimento da população.

O homem não só precisa de água de qualidade satisfatória, mas também em quantidade suficiente para satisfazer suas necessidades de alimentação, higiene e lazer, entre outras. Hoje se considera a água do ponto de vista sanitário, de grande importância no controle e na prevenção de doenças. Normalmente a água é gasta das seguintes maneiras:

a) Água para fins domésticos

É a que serve à bebida, ao banho, à lavagem de roupa e de utensílios, à limpeza de casa e aguação do jardim, às abluções e a descarga da privada.

b) Água para fins comerciais

É a água gasta em restaurantes, bares, escritórios e demais estabelecimentos comerciais.

c) Água para fins industriais

É a água utilizada na transformação de matéria prima ou a água que entra na composição do produto beneficiado e também a água para irrigação.

d) Água para fins públicos

É a água utilizada nos edifícios públicos, nas fontes dos jardins públicos e para a limpeza pública.

e) Água para fins de recreação

É a água utilizada nas piscinas de recreio e de esportes.

f) Água para fins de segurança

É a água utilizada para combate a incêndios.

O consumo médio de água por pessoa por dia, conhecido por "consumo per capita" de uma comunidade é obtido, dividindo-se o total de seu consumo de água por dia pelo número de pessoas servidas. O consumo de água depende de vários fatores, sendo complicada a determinação do gasto mais provável por consumidor.

No Brasil, costuma-se adotar quotas médias "per capita" diárias de 120 a 200 litros por pessoa.

Na zona urbana, a variação é motivada pelos hábitos de higiene da população, do clima, do tipo de instalação hidráulico-sanitária dos domicílios e, notadamente, pelo tamanho e desenvolvimento da cidade.

Na zona rural, o consumo "per capita" é influenciado também pelo clima, pelos hábitos de higiene e pela distância da fonte ao local de consumo.

Segundo a literatura técnica, o consumo mínimo de água/pessoa por dia para fins domésticos é de:

- Água para a bebida ......................... 02 litros

- Alimentos e cozinha ........................ 06 litros

- Lavagens de utensílios ......................09 litros

- Lavagens de roupas .........................15 litros

- Abluções diárias ............................ 05 litros

- Banho de chuveiro ..........................30 litros

- Aparelhos sanitários ........................10 litros

T O T A L ....................................... 77 litros


Nos projetos de abastecimento público de água, o "per capita" adotado varia de acordo com a natureza da cidade e o tamanho da população. A maioria dos órgãos oficiais adota 200 litros/habitante/dia para as grandes cidades, 150 litros/habitante/dia para médias e pequenas. A Fundação Nacional de Saúde acha suficiente 100 litros/habitante/dia para vilas e pequenas comunidades. Em caso de abastecimento de pequenas comunidades, com carência de água e de recursos é admissível até 60 litros/habitante/dia.

Cada município do estado possui uma densidade habitacional, levantada pelo IBGE, e varia de 3 a 5 hab./residência, assim adotando o valor máximo de 5 (cinco), e um per capita de 200 l, teremos um volume por residência de 1.000 l/ligação. Ou 30.000 l/mês.

Muito simples, agora inclui-se os coeficientes K1 e K2, e dimensiona-se a produção, adutoras, reservatórios, redes e ligações.....Constroi-se ......Não instala medidores.......e, começa as manobras de registros, “pois não temos água suficiente”



Fase 2 – A Realidade:

Como o sistema de oferta de água foi construído sem limitação de consumo pelo bolso do cliente, aparece um vilão denominado PERDAS, que no Brasil é em média 50% e tem empresas com valores acima de 70%.

Se o uso não for metódico, a tabela inicial de avaliação do per capita, não se realiza, e ele pode não tomar 02 litros de água por dia, mais vai jogar fora de forma consciente e de forma inconsciente um grande volume de água que irá fazer a diferença no fechamento da conta entre a quantidade disponível de água, e a necessidade de consumo..........(Continua na próxima postagem)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

PERDAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PERDAS X EMPRESAS DE SANEAMENTO

Empresas Públicas

Na década de 70/80 as Empresas de Saneamento viviam o boom dos investimentos em infraestrutura, de um lado o BNH como agente financeiro, e do outro as Empresas assumindo as concessões dos municípios como condição de investimentos. Nos estados eram visíveis os canteiros de obras, financiados com uma regra simples:

1. A Empresa Projetava; Licitava e Fiscalizava em parceria com o Agente Financeiro.

2. As Empresas Consultoras, Construtoras e ou Montadoras executavam os serviços e recebiam diretamente do agente Financeiro, e

3. Em contrapartida a Empresa de Saneamento recebia uma comissão de 10% a titulo de taxa de administração, de todo montante investido.

Resultado desta Política:

No instante inicial, na fase de investimentos fartos, as Empresas iniciaram uma maléfica cultura, onde era muito fácil aos gestores administrarem uma Empresa com recursos externos e não aqueles por ela gerados; assim não tinham nenhuma importância se a evasão de receitas oriundas do faturamento com a venda de água fosse elevada, pois não era impedimento para a manutenção da folha de pagamento, e nem para o custeio da empresa. Assim não havia nenhum cuidado com a operação dos sistemas, que envolvia um controle de perdas, pois era sempre muito fácil ampliá-lo quando da falta d água. Foi um erro crucial que hodiernamente ainda não se conseguiu corrigir.

              Em meados dos anos 90, iniciou-se uma verdadeira cruzada de combate as perdas, e para tal, abriu-se uma linha de financiamento para um programa denominado PECOP – Programa Estadual de Combate as Perdas, e como havia recursos financeiros de sobra, todos embarcaram no bonde de combate as perdas, como se fossem prioritários, houve um leque de subprogramas financiando, o transporte, a informática, a gestão de pessoal, a reabilitação de obras recém construídas, entre outros programas..........e o objetivo final ficou descaracterizado, pois os programas de MACROMEDIÇÃO (saber o que se produz), e a MICROMEDIÇÃO (vender bem) não avançaram, alem de que, as Empresas de saneamento continuaram com a cultura de que basta ampliar mais a produção de água e tentar encher um tonel furado. É sempre a obra na frente da operação e da manutenção da Empresa. A prioridade é construir novas redes e ampliar ligações. Medir? Humm.. isto não é importante......
Empresas Privadas

As concessões assumidas por Empresas privadas em Mato Grosso, receberam sistemas sucateados e com a cultura herdade da antiga operadora a Sanemat, e regra geral a prioridade zero, foi implantar 100% de hidrômetros, cujos resultados foram imediatamente observados, com os seguintes benefícios:

1. Redução do Tempo de Funcionamento das Etas

2. Justiça na cobrança

3. Redução do custo de energia

4. Redução do custo com produtos químicos

5. Eliminação da falta d água

6. Redução das perdas

7. Redução das obras de expansão

8. ..............
Não é mágica, sem Hidrômetro não existe combate a perdas, e nem é possível uma operação satisfatória, o resto é “chover no molhado”.

Em ação conjunta o operador do sistema deve implantar a MACROMEDIÇÃO, que é um conjunto de ações que visando dotar o sistema de um controle macro, onde é possível confrontar o que se produz com o que se fatura, e identificar os vazamentos não visíveis, e que são em grande numero, principalmente em cidades com elevado padrão de urbanização.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

REDE DE DISTRIBUIÇÃO POR QUADRAS

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA POR QUADRAS

Trabalho técnico apresentado no 11º Congresso Brasileiro da ABES em Fortaleza CE Set 1.981

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de documentar as observações do cotidiano da "operação" de Um Sistema de Abastecimento de Água, bem como o seu confronto com o que é teoricamente projetado para ocorrer na prática, no que concerne às redes de distribuição.
Considerando o custo e a importância das redes e das ligações domiciliares, bem como a quantidade destas instalações, esta componente do sistema limita-se as fases de projeto, implantação e eventual manutenção quando ocorre arrebentamento; e em se mantendo estas condições, o Autor estabelece critérios para que não haja distanciamento entre a Teoria & a Prática, e recomenda novas metodologias de cálculos para barateamento das obras, a partir do efetivo controle das ligações e sugere novos materiais. Inclui ainda um software desenvolvido com o aplicativo Excel, que permite a automatização de todo o dimensionamento da rede por quadras.

INTRODUÇÃO

O Estado de Mato Grosso teve o seu primeiro sistema de abastecimento de água implantado na cidade de Cuiabá (Capital), o sistema era composto de uma captação no Rio Cuiabá no Bairro do Porto e recebeu o nome de "hidráulica do Porto". Na época as Adutoras eram de aço e construídas com auxilio de calandras e soldas, (tubos "costurados"), as conexões eram rígidas através de juntas de flange, e as redes de Distribuição seguiam o mesmo padrão para os grandes diâmetros, porém, os pequenos diâmetros eram construídos de Ferro Galvanizado, sendo que as ligações domiciliares eram executadas em tubos de Ferro Galvanizado em diâmetro de 1/4, 3/8 e 1/2 polegada, e conforme registros da época, tudo funcionava muito bem, porém o progresso tecnológico chegou, e novos investimentos foram feitos utilizando o PVC nas redes e ramais, nesta fase o fator corrosão teve maior importância que os redutores de consumo, e as ligações passaram a ter diâmetros únicos de 3/4 de polegadas, incorporando como conseqüência os altos desperdícios das ligações não medidas, devido a uma oferta exagerada. Em nosso Estado o tubo de diâmetro 32 mm foi utilizado em condições tecnicamente incorretas ou em situações onde a falta de controle das ligações induziu à sua condenação, com o rótulo de "ineficiente para as redes de distribuição". Hodiernamente com o advento da necessidade de racionalização de custos e do controle de perdas, buscamos alternativas para o seu uso, motivo deste estudo.

3. RAMAL DOMICILIAR

3.1. VAZÃO DE PROJETO

Cabe ao Projetista estabelecer uma cota individual de consumo (per capta) fundamentado nas características regionais. Em alguns casos, porém, este parâmetro é imposto por normas em função das características dos clientes, do local, do tamanho dos imóveis e do número total de ligações.
É, portanto a partir deste valor que tudo se inicia, isto é, o per capta irá definir:

• O volume de água necessária para atender a demanda do projeto
• O diâmetro das redes
• O custo total da obra etc.

Assim em uma localidade cuja densidade populacional seja de 4,2 hab./domicilio, a variação do per capta terá as seguintes influências no volume final da demanda projetada.

Observe que o per capta tem um efeito multiplicador muito amplo, pois a sua variação é historicamente adotada com uma amplitude mínima de 50 L/hab./dia.

E no conforto da prancheta, o engenheiro limita um consumo Per Capta cujo resultado dependerá essencialmente da ocorrência simultânea de alguns dos seguintes fatores:

a) - Alta conscientização da sociedade e compromisso com a utilização racional;

b) - Existência de redutores de consumo, que consiste em um aparelho que instalado no cavalete, impede a passagem além de um volume pré estabelecido; ou

c) - Medição do consumo através de hidrômetros, seguida de cobrança proporcional ao uso.

d) O que assistimos porém durante décadas é que nenhum destes fatores acompanham a implantação das obras de abastecimento de água, e como conseqüência temos resultados desastrosos com insatisfação das populações beneficiadas com as redes e ligações, seguidas de criticas ao profissional projetista e mais acintosamente à empresa executora. Conseqüentemente para resolver o problema entra em ação as equipes de campo, munidos de ferramentas de Pitometria e produzem novos projetos "desmanchando" integralmente o original, pois geralmente constatam que:

e) - O abastecimento só e possível com a adoção de manobras (rodízio). E para garantir o rodízio são instalados novos registros e o que era para ser um sucesso de projeto vira um desastre. Com o consolo, porém de que com o aumento da produção de água, o bairro ou cidade passará ter água 24 h/dia. E em alguns casos a obra de ampliação chega e o problema não é resolvido, pois o desperdício é diretamente proporcional a oferta.


3.2. O RAMAL DE PROJETO

Nas condições de rede de diâmetro mínimo adotado de 60 mm, assenta-se um colar de tomada no tubo, e faz-se um furo com uma broca de diâmetro igual a 1/2" (meia polegada); ajusta-se um adaptador e conecta-se o ramal em tubo de polietileno de alta densidade (PAD) em diâmetro de 1/2", a seguir conecta-se um adaptador e é instalado um cavalete em ferro galvanizado no diâmetro de 3/4"

Pronto: Um novo usuário é conectado ao sistema de abastecimento, e na prancheta do projetista foi previsto que o mesmo iria ter um consumo de 150 l por cada habitante do imóvel, ou seja, uma média de 600 l/dia considerando uma ocupação de 4 hab. Por imóvel residencial.

A Realidade: Quando o engenheiro projetista estabeleceu a vazão de projeto por meio do Per capta Residencial, ele fundamentou-se em alguns parâmetros comportamentais, que somente irão ser concretizados, se a ligação domiciliar for dotada de HIDROMETRO, que vinculará custo a privilégios de se ter uma maior quantidade de água para utilização, em resumo:

“A VAZÃO DE PROJETO SOMENTE SE REALIZARÁ SE HOUVER O CONTROLE DO CONSUMO POR MEIO DO HIDROMETRO”

Todo sistema de abastecimento de água é projetado com a premissa de existência do hidrômetro, porém estes tem a instalação postergada, e o resultado final são sempre desastrosos, e insatisfatório do ponto de vista de um serviço adequado, pois a falta d´agua vai ocorrer, pois em um cavalete desprovido de hidrômetro a oferta é sempre muito elevada, pois um ramal que liga um barraco na favela é o mesmo que conecta as mansões, as escolas, ou até prédios de apartamentos; em um teste que realizamos no laboratório montado no pátio da Gercap, observamos por medidas físicas as seguintes vazões, em um reservatório situado em uma altura de 3,80 metros, com uma ligação de ½”.

Pressão Vazão na Torneira Vazão no Reservatório
Na Rede do Jardim (Litros/hora) (Litros/hora)

10 mca 1.263 698
15 mca 1.599 946
20 mca 1.895 1.043
25 mca 2.117 1.161

 A oferta no cavalete não medido, com uma pressão de 15 mca, representa um volume de 38.376 litros por dia, ou 1.151.280 litros por mês.

 Este Volume corresponde ao consumo de 77 ligações medidas

 Haverá previlégios de zonas baixas em detrimento de zonas altas exigindo assim a adoção de MANOBRAS.

Outros
Conclusão:

EM SISTEMAS NÃO MEDIDOS NADA SE REALIZA DO QUE É PROJETADO, e AUMENTAR A QUANTIDADE DE ÁGUA NO SISTEMA É COMO TENTAR ENCHER UM TONEL FURADO..
Continua com a proposta de redes por quadras, e micromedição.....

terça-feira, 23 de novembro de 2010

AGUA DE JARRA

ÁGUA NA JARRA

Durante algum tempo, resolvi fazer uma pesquisa e iniciei uma coleção de rótulos de garrafas de água, em diferentes locais do país em que visitava, e como é regra geral todas apresentavam em seu rótulo a composição físico química da água, onde estão presente os valores das características físico químicas, e a composição química de cada marca engarrafada. No item CARACTERISTICA FISICO QUIMICA, são evidenciados os valores do PH, a Condutividade elétrica, a temperatura da água na fonte, e resíduos quando evaporada, e a sua classificação.

Comentário:

A PORTARIA N.º 518, DE 25 DE MARÇO DE 2004 do Ministério da Saúde, estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, portanto independente de quem distribuída água para consumo humano, esta portaria deve ser obedecida. Nela é relevante o artigo 16 que transcrevemos:

Art. 16. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de aceitação de consumo expresso na Tabela 5, a seguir:

Tabela 5 - Padrão de aceitação para consumo humano
PARÂMETRO UNIDADE VMP – Valor Máximo Permitido
Alumínio mg/L 0,2
Amônia (como NH3) mg/L 1,5
Cloreto mg/L 250
Cor Aparente uH(2) 15
Dureza mg/L 500
Etilbenzeno mg/L 0,2
Ferro mg/L 0,3
Manganês mg/L 0,1
Monoclorobenzeno mg/L 0,12
Odor - Não objetável(3)
Gosto - Não objetável(3)
Sódio mg/L 200
Sólidos dissolvidos totais mg/L 1.000
Sulfato mg/L 250
Sulfeto de Hidrogênio mg/L 0,05
Surfactantes mg/L 0,5
Tolueno mg/L 0,17
Turbidez UT(4) 5
Zinco mg/L 5
Xileno mg/L 0,3

(2) Unidade Hazen (mg Pt–Co/L).
(3) critério de referência
(4) Unidade de turbidez.

§ 1º Recomenda-se que, no sistema de distribuição, o pH da água seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5.

§ 2º Recomenda-se que o teor máximo de cloro residual livre, em qualquer ponto do sistema de abastecimento, seja de 2,0 mg/L.

Nos rótulos analisados, encontramos as seguintes informações, como características físico químicas das águas.

· PH - é a expressão usada para falar do grau de alcalinidade ou acidez da água. A acidez máxima, ocorre se seu pH é igual a 14. Um líquido neutro é, logicamente, de pH 7. Quando nos referimos a uma água de pH 7,2 estamos falando de uma água ligeiramente alcalina e quando falamos de um pH de 6,8 estamos falando de uma água ligeiramente ácida. Em nossa estatística os valores de todas as águas oscilam entre 4,0 e 5,0
· Condutividade elétrica a 25 graus centígrados 5 a 20 μS/cm
· Temperatura da água na fonte: 24 a 28 graus
· Resíduo de evaporação a 180 graus: 10 mg/l

Informações que não tem nenhum interesse quanto a qualidade da água.

Na composição química são informados os valores de Bicarbonato, cálcio, Nitrato, Potássio, Borato, Cloreto, sódio, Fluoreto, bário, Estrôncio, entre outros, com valores obviamente inferiores ao VMP do ministério da Saúde.

Por exigência legal as empresa de saneamento são obrigadas a publicar em suas contas os seus parâmetros de qualidade, e são objetivas e trazem o que interessa, como:

Turbidez
Cor aparente
Cloro residual
Coliformes Termotolerantes, e Ph

Portanto satisfaz todas as exigências da portaria 518 do Ministério da Saúde, o resultado no quesito qualidade, entre a agua de jarro e as aguas engarrafadas: EMPATE.

Se a água tratada ou engarrafada estiver dentro dos parâmetros de qualidade estabelecidos pela legislação pertinente, ela é segura para o consumo. Desta forma, é importante que se pense não sobre a origem, mas sim sobre como a água chegou até o consumidor. Assim podemos dar preferência àquela alternativa de consumo que causa os menores impactos para chegar até nós.

Muitas pessoas com grande preconceito em relação à água tratada pela concessionária pública. Muitas vezes isso acontece por falta de informação sobre a qualidade da água que nos serve e de que tanto dependemos. Todas as concessionárias públicas que cuidam do abastecimento de água estão obrigadas a seguir os padrões de potabilidade estabelecidos pela Anvisa, de acordo com os mais rígidos controles internacionais. O uso de um bom filtro purificador garante um duplo padrão de qualidade, retirando qualquer contaminação que possa ter acontecido durante o período de armazenamento em caixas d’água (que devem ser limpas periodicamente) e também o gosto do cloro residual que fica na água tratada. Buscar informações sobre o manancial de onde vem a água que chega até sua casa e sobre os cuidados adotados para protegê-lo é um exercício de cidadania e deve ser feito continuamente.

Uma iniciativa de uma Ong denominada água na jarra, realizou um teste cego da água durante o Congresso Mesa Tendências 2010, realizado pelo Senac/SP e revista Prazeres da Mesa, que teve como foco deste ano a sustentabilidade, com o tema: “O que a Gastronomia pode fazer pelo Planeta”. No estande alguns visitantes foram convidados a participar do teste cego da água. Os participantes degustaram dois tipos de água em jarra, uma delas com água tratada e filtrada proveniente de purificadores instalados no local, e a outra com água mineral de garrafa PET. Após a degustação o participante deveria dizer qual a origem de cada uma das águas provadas. Os resultados foram surpreendentes. Os percentuais de erro/acerto ficaram muito próximos e os que erraram ou ficaram em dúvida superaram o número dos que acertaram o teste.


Pela Lei das Probabilidades a chance de erro/acerto em um teste como esse é de 50%. Mas mais do que focar a questão da capacidade ou não de identificar a origem da água, o objetivo é provocar as pessoas a pensar a forma como esta água chega até elas. O consumo consciente é feito pela priorização das alternativas de consumo que causem os menores impactos socioambientais. Qual a escolha que cada um de nós está fazendo?

A Água na Jarra tem boa qualidade e é bem monitorada. Além disso, o uso de um purificador garante a eliminação de que qualquer contaminação que possa acontecer no armazenamento em caixas d’água. A grande questão é: como garantir que a nossa água continue sendo boa para beber? A resposta: isso depende de nós. Valorizar a água que chega até nossa casa significa valorizar os mananciais que abastecem nossa cidade, as áreas com vegetação, valorizar o trabalho das empresas públicas concessionárias e cobrar delas investimentos constantes para garantir a qualidade da água que nos é fornecida.
Algumas engarrafadoras ja consta em seu rotulo o termo: AGUA DE MESA é a mesma ÁGUA DE JARRO, ou como dizia no passado ÁGUA DA MORINGA.
Este texto é um convite a volta ao passado, tão saudável como atualmente

Fonte: www.aguanajarra.com.br

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

REDE DE DISTRIBUIÇÃO E O CRESCIMENTO DAS CIDADES

REDE DE DISTRIBUIÇÃO E O CRESCIMENTO DAS CIDADES

Iremos considerar em nossa análise duas situações bastante distintas, no processo de crescimento da Cidade; a primeira é o crescimento planejado, onde os imóveis possuem uma característica que não será mudada ao longo dos anos e, conseqüentemente a sua condição de consumo é permanente para um bloco edificado, esta é uma situação verificada na construção por exemplo de condomínios fechados, bastante difundido nos tempos atuais.

A segunda é o crescimento verticalizado, em áreas isoladas da cidade, que em um dado momento decorrente de algum fator que agregue valor, inicia-se uma verdadeira explosão de torres, adjacentes a uma determinada área, que em Cuiabá destacamos a região do Bairro Goiabeiras com a proximidade do Shopping de igual nome, e dos bairros Jardim das Américas, Paiaguás, Jardim Cuiabá, Parque Mãe Bonifácia entre outros.

Para o primeiro caso idealizamos um projeto em 1.996, onde as redes seriam construídas em bloco por quadras, e que em um tema especifico, iremos mostrar algumas de suas características; Porém para o segundo caso a situação é bastante complicada em decorrência de alguns fatores importantes. O primeiro é que em razão da não confiabilidade no serviço da empresa de abastecimento de água, os prédios são dotados de reservatórios subterrâneos de grande capacidade, e que em qualquer momento de despressurização da rede e conseqüente retorno, irá ocorrer uma falta d´água generalizada em seu entorno em decorrência de que a linha de pressão torna-se insuficiente para atender reservatórios de estabelecimentos com reservatórios acima da cota de 3,00m; ou seja as redes de distribuição não são substituídas, e ou reforçadas com a entrada de novas unidades de consumo, caracterizada como de grandes consumidores.

Quando o crescimento tende a aproximar-se do limite da área urbana, o agente dificultador é a falta de linhas tronco para atender a demanda, e geralmente a empresa cerceia o crescimento por sua incapacidade de atender a demanda em sua plenitude, recorrendo na maioria dos casos para soluções individualizadas com poços, que irá gerar uma elevada demanda de custos operacionais quando na sua execução não são instalados elementos de gerenciamento a distancia.

A situação do abastecimento de água ainda é agravada quando registramos que o último centro de reservação da área abrangida pelos sistemas que atendem a região central de Cuiabá foram executados na década de 70, e portanto temos uma grande defasagem de reservatórios, que devem operar garantindo o abastecimento nas horas e dias de maior demanda. Conclui-se, portanto que mesmo com um grande esforço da equipe técnica, com elevada dedicação no objetivo de garantir o abastecimento com as características de serviço adequado que contemple a segurança, a continuidade, a regularidade, é praticamente impossível evitar as “prejudiciais manobras”, pois a solução está vinculada a investimentos em diversos setores da Cidade, e assim não há como fazer mágica, em uma cidade com deficiência de reservação, medição, e redes, e com um crescimento verticalizado nas zonas adensadas, e horizontalizado nas zonas periurbana, a Cidade cresce e exige contrapartida de investimentos em infraestrutura.

domingo, 24 de outubro de 2010

BOOSTER

BOOSTER Parte 2


Inovações Tecnológicas


Com o advento do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, a Sanecap elaborou um Plano Diretor de Abastecimento de Água, com vista a universalizar o Abastecimento de Água, em Cuiabá na região de abrangência da ETA Tijucal. Todo plano teve o seu inicio de implementação, porém foi interrompido e aguarda decisões para a retomada das obras, que prevê:


· Um centro de reservação no Distrito Industrial, no Bairro Nova Esperança, e no Pedra 90
· Um centro de reservação no Carumbé
· Um centro de reservação no Santa Cruz
· Um centro de reservação no Altos da Serra
· Um centro de reservação no Belvedere


Estes centros de reservação irão resolver um crucial problema de Cuiabá que é a insuficiência de reservatórios. E em consonância com uma concepção moderna e econômica de abastecimento, as regiões adjacentes a estes reservatórios, por não possuírem cota favorável a distribuição por gravidade, deverão ser atendidas por Boosters instalados junto ao Reservatório Apoiado e deverão ser dotados das seguintes características:


1. Motorização inteligente com a utilização de inversores de freqüência, e CLP’s que irá disponibilizar um volume de abastecimento em consonância com a demanda.


2. Monitoramento da energia elétrica, da pressão na rede, do tempo de funcionamento e do nível do reservatório.


3. Monitoramento de segurança com alarme de invasão na área das instalações.


As informações são transmitidas via rádio ou rede celular, e são controladas em um centro de controle operacional instalado na sede da Sanecap.


Atualmente já se encontra em operação o monitoramento de alguns pontos, devendo a rede ser estendida a todos os novos Boosters a serem instalados nas obras do PAC. Assim será possível identificar em tempo real quando qualquer anomalia causar o desabastecimento de uma área da cidade, promovendo uma atuação rápida das equipes de manutenção, assim como em alguns pontos da rede estão previsto monitoramento da pressão em pontos estratégicos, que irão fiscalizar diuturnamente a condição de cada setor de abastecimento da cidade; é a tecnologia presente em uma área que sempre foi operada no achismo e no escuro.

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...