terça-feira, 12 de abril de 2011

VAZÃO EM RIOS

VAZÃO DE RIOS

A medida de vazão em uma seção transversal de um Rio é efetuada, normalmente, com o auxílio de “molinete”, com o qual se obtém a medida da velocidade da corrente em pontos preestabelecidos.

Medidor de vazão mecânico



O molinete é um equipamento destinado a medir a velocidade da água em qualquer profundidade do curso d’água. Este equipamento assemelha-se a um cata-vento, cujas hélices giram com maior ou menor velocidade, dependendo da velocidade do vento. O molinete hidráulico faz o mesmo e suas hélices giram mais rapidamente conforme a velocidade do fluxo de água que passa pelas mesmas. Existem molinetes que são utilizados para ambientes com baixa velocidade de fluxo de vazão e outros para ambientes de alto fluxo de vazão, os resultados obtidos podem ser digitais ou analógicos.



                                                               



                                              Medidor de vazão acústico Doppler Portátil

Os molinetes podem ser montados em suportes ou serem suspensos por cabos. Para efetuar-se a tomada das medidas, coloca-se o molinete em uma determinada seção do curso d’água, variando as posições, não só ao longo da seção, mas também ao longo da profundidade. Antes da utilização do molinete, para a tomada de dados, o mesmo deve ser aferido em um laboratório de hidráulica, para que se tenha uma perfeita relação entre o número de voltas dadas pela hélice do molinete com a velocidade da água, em um intervalo de tempo considerado. Para isso o molinete deve ser aplicado em velocidades de correntes conhecidas, contando-se assim, o número de voltas que o mesmo dá em 60 segundos. Destes testes resultam tabelas ou gráficos que serão aplicados nas medições efetuadas em campo

A velocidade da corrente de um fluxo é, normalmente, maior na parte central de um rio do que em suas margens. Em função dessa variação da velocidade

da corrente em diferentes pontos da seção transversal, devem-se obter medidas em diversos pontos tanto na superfície da seção transversal como em diversos níveis.

 

Quando a medição da vazão não exigir elevada precisão pode-se utilizar o método do flutuador, aplicando-se a seguinte equação.

Vazão = (AxLxC)/T (m³/s)

Onde:
A= média da área do rio (distância entre as margens multiplicada pela profundidade do rio).

L= comprimento da área de medição

C= coeficiente ou fator de correção (0,8 para rios com fundo pedregoso ou 0,9 para rios com fundo barrento). O coeficiente permite a correção devido ao fato de a água se deslocar mais rápido na superfície do que na porção do fundo do rio.

T= tempo, em segundos, que o flutuador leva para deslocar-se no comprimento L.

Noticias - A vazão dos maiores rios do planeta caiu nos últimos 50 anos, com mudanças significativas afetando cerca de 30% dos principais cursos d'água.
Uma análise dos 925 maiores rios, de 1948 a 2004, mostra um declínio no fluxo total. Só a redução do volume de água despejado no Oceano Pacífico equivale ao desaparecimento do Rio Mississipi,.

A única região do mundo onde o fluxo de água aumentou foi o Ártico, onde o aquecimento do clima aumenta o derretimento de neve e gelo, dizem pesquisadores liderados por Aiguo Dai, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica.
 
Entre os rios que apresentam vazão declinante, vários servem a grandes populações. Entre eles, o Rio Amarelo, o Ganges, o Níger e o Colorado.
 
Houve considerável variação anual na vazão de muitos rios, mas a tendência geral foi de queda: a descarga de água doce anual no Oceano Pacífico caiu cerca de 6%, ou 526 quilômetros cúbicos. No Índico, a queda foi de 3%, ou 140 quilômetros cúbicos. Em contraste, a descarga anual no Oceano Ártico aumentou 10%, ou 460 quilômetros cúbicos.

Fonte: Site Tratamento de Água

Em mato Grosso o Rio Cuiabá, apresenta uma máxima entre 1.500 e 2.000 m³/s, tendo uma mínima superior a 100 m³/s devido ao controle do Manso.


O rio amazonas, na cidade de óbidus 700 Km da foz, apresenta uma vazão mínima de 85.500 m³/s, elevando-se na foz, para 205.000 m³/s no período de cheias. (A cidade de Óbidus está localizada na parte mais estreita e profunda do Rio Amazonas Óbidos, está localizado na chamada Garganta do Rio Amazonas, local onde o Rio se estreita (1.500m) e se aprofunda (93m).)


                                                       




O Rio madeira em sua foz apresenta uma vazão mínima de 8.500 m³/s, nele serão construidas as usinas de Jirau, e Santo Antonio.
                                                                  Medição da secção do Rio

terça-feira, 5 de abril de 2011

CLP SEM SEGREDOS

CLP SEM SEGREDOS

O CLP nasceu dentro da industria automobilística, especificamente na General Motors, em 1968, seguindo uma especificação que refletia as necessidades de muitas indústrias manufatureiras.

A idéia inicial do CLP foi de um equipamento com as seguintes características resumidas:

1. Facilidade de programação;

2. Facilidade de manutenção com conceito plug-in;

3. Alta confiabilidade;

4. Dimensões menores que painéis de Relês, para redução de custos;

5. Envio de dados para processamento centralizado;

6. Preço competitivo;

7. Expansão em módulos;

8. Mínimo de 4000 palavras na memória.

A roda viva da atualização, da qual fazemos parte, movimenta e impulsiona o mercado mundial atualmente. Os profissionais buscam conhecimentos para se tornarem mais versáteis, adequando-se às necessidades das empresas, que por sua vez, buscam maior variedade e rapidez de produção para atender ao cliente, que se torna cada vez mais exigente.

As empresas estão se reorganizando para atender as necessidades atuais de aumento de produtividade, flexibilidade e redução de custos. Destas necessidades surgiram as necessidades de os equipamentos se adequarem rapidamente às alterações de configurações necessárias para produzirem diversos modelos de produtos, com pequenas alterações entre si.

Em princípio, qualquer grandeza física pode ser controlada, isto é, pode ter seu valor intencionalmente alterado. Obviamente, há limitações práticas; uma das inevitáveis é a restrição da energia de que dispomos para afetar os fenômenos: por exemplo, a maioria das variáveis climatológicas poder ser medida mas não controlada, por causa da ordem de grandeza da energia envolvida.

O controle manual implica em se ter um operador presente ao processo criador de uma variável física e que, de acordo com alguma regra de seu conhecimento, opera um aparelho qualquer (válvula, alavanca, chave, ...), que por sua vez produz alterações naquela variável.

No início da industrialização, os processos industriais utilizavam o máximo da força da mão-de-obra. A produção era composta por etapas ou estágios, nos quais as pessoas desenvolviam sempre as mesmas funções, especializando-se em certa tarefa ou etapa da produção. Assim temos o princípio da produção seriada.

O mesmo ocorria com as máquinas de produção, que eram específicas para uma aplicação, o que impedia seu uso em outras etapas da produção, mesmo que tivesse características muito parecidas.

Com o passar do tempo e a valorização do trabalhador, foi preciso fazer algumas alterações nas máquinas e equipamentos, de forma a resguardar a mão-de-obra de algumas funções inadequadas à estrutura física do homem. A máquina passou a fazer o trabalho mais pesado e o homem, a supervisioná-la.

Com a finalidade de garantir o controle do sistema de produção, foram colocados sensores nas máquinas para monitorar e indicar as condições do processo. O controle só é garantido com o acionamento de atuadores a partir do processamento das informações coletadas pelos sensores.

O controle diz-se automático quando uma parte, ou a totalidade, das funções do operador é realizada por um equipamento, freqüente mas não necessariamente eletrônico.

Controle automático por realimentação é o equipamento automático que age sobre o elemento de controle, baseando-se em informações de medida da variável controlada. Como exemplo: o controle de temperatura de um refrigerador.

O controle automático por programa envolve a existência de um programa de ações, que se cumpre com base no decurso do tempo ou a partir de modificações eventuais em variáveis externas ao sistema. No primeiro caso temos um programa temporal e no segundo um programa lógico.

Automatizar um sistema, tornou-se muito mais viável à medida que a Eletrônica avançou e passou a dispor de circuitos capazes de realizar funções lógicas e aritméticas com os sinais de entrada e gerar respectivos sinais de saída. Com este avanço, o controlador, os sensores e os atuadores passaram a funcionar em conjunto, transformando processo em um sistema automatizado, onde o próprio controlador toma decisões em função da situação dos sensores e aciona os atuadores.

Os primeiros sistemas de automação operavam por meio de sistemas eletromecânicos, com relés e contatores. Neste caso, os sinais acoplados à máquina ou equipamento a ser automatizado acionam circuitos lógicos a relés que disparam as cargas e atuadores.

As máquinas de tear são bons exemplos da transição de um sistema de automação rígida para automação flexível. As primeiras máquinas de tear eram acionadas manualmente. Depois passaram a ser acionadas por comandos automáticos, entretanto, estes comandos só produziam um modelo de tecido, de padronagem, de desenho ou estampa.

A introdução de um sistema automático flexível no mecanismo de uma máquina de tear, tornou possível produzir diversos padrões de tecido em um mesmo equipamento. Com o avanço da eletrônica, as unidades de memória ganharam maior capacidade e com isso armazenam todas as informações necessárias para controlar diversas etapas do processo. Os circuitos lógicos tornaram-se mais rápidos, compactos e capazes de receber mais informações de entrada, atuando sobre um número maior de dispositivos de saída.

Chegamos assim, aos microcontroladores responsáveis por receber informações das entradas, associá-las às informações contidas na memória e a partir destas desenvolver um a lógica para acionar as saídas.

Toda esta evolução nos levou a sistemas compactos, com alta capacidade de controle, que permitem acionar diversas saídas em função de vários sinais de entradas combinados logicamente.

Um outra etapa importante desta evolução é que toda a lógica de acionamento pode ser desenvolvida através de software, que determina ao controlador a seqüência de acionamento a ser desenvolvida. Este tipo de alteração da lógica de controle caracteriza um sistema flexível. Os CLPs são equipamentos eletrônicos de controle que atuam a partir desta filosofia.



PROGRAMAÇÃO

A evolução tem exigido dos fabricantes uma interface cada vez mais amigavel, assim a programação ladder utiliza lógica de relé, com contatos e bobinas, e por isso é a linguagem de programação de CLP mais simples de ser assimilada para quem já tenha conhecimento de circuitos de comando elétrico.

Compõe-se de vários circuitos dispostos horizontalmente, com a bobina na extremidade direita, alimentada por duas barras verticais laterais. Por esse formato é que recebe o nome de ladder que significa escada em inglês.

Cada uma das linhas horizontais é uma sentença lógica onde os contatos são as entradas das sentenças, as bobinas são as saídas e a associação dos contatos é a lógica.

Baixe um manual completo em:
http://www.infiniumautomacao.com.br/arquivos/manual-controlador-programavel-conn-flex.pdf

Baixe o programador ladder em:

http://www.infiniumautomacao.com.br/arquivos/sion.rar



terça-feira, 29 de março de 2011

ÁGUA X INTELIGENCIA

Um pesquisador da Universidade do México, Christopher Eppig, concluiu:

“Crianças que enfrentam doenças, principalmente ligadas a diarréia e desidratação, podem ser afetadas em seu desenvolvimento intelectual. Segundo ele, a explicação é simples. Alguns parasitas alimentam-se de partes do corpo humano e a reposição desse dano tem alto custo energético. “Em um recém-nascido, 87% das calorias absorvidas na alimentação vão para o cérebro, porcentagem que cai para 23% na fase adulta. Daí a preocupação em se saber se doenças que “roubam” energia das crianças podem afetar seu desenvolvimento intelectual.”

A diarréia, por exemplo, é apontada como maior causa de morte em crianças com menos de cinco anos. No Brasil, a doença mata sete crianças por dia. As que sobrevivem provavelmente são prejudicadas em sua atividade cerebral. Isso porque, enquanto o cérebro é a parte do corpo que mais gasta energia, o sistema imunológico é o segundo. Aos cinco anos de idade, metade da energia consumida vai para o cérebro. Quando a criança adoece, a ativação do sistema imunológico passa a exigir mais de 30% das calorias que ela ingere.

Comentário:

Nos adultos a água causa ainda maiores problemas em seus cérebros, e provocam em alguns casos uma enxaqueca, que pode durar ao longo de toda a sua vida, e a questão não está ligada a sua ingestão, mas sim a sua GESTÃO. E ao longo de décadas, foi possível identificar as principais causas provocadoras destas enxaquecas e que nesta crônica iremos apontar as principais que são:

1 – Desconhecimento do Negócio e

2 – Vícios associados ao negócio

Desconhecimento do negócio

A gestão dos serviços de abastecimento de água no Brasil, sempre foi uma atribuição do poder público, quer seja por uma estatal, uma empresa municipal, DAE, ou SAAE, tendo assim economias mistas, autarquias, e departamentos. Neste serviço existe um linguajar próprio de poucos técnicos que militam no setor, sendo que muitas técnicas, operacionais não se aprendem nas universidades, e não são de domínio público; Os problemas do setor são também conhecidos, porém nunca são resolvidos, e um dos principais vilões são sempre a ausência de recursos financeiros. Sempre procuramos comparar as empresas de saneamento a uma indústria, onde qualquer leigo do setor tem a informação que na cadeia produtiva, faz-se necessário a aquisição da matéria prima, e sua industrialização, para posterior comercialização.

Na indústria da água qualquer pratica diferente da indústria de transformação pode levar a ruína, e aquela tradicional enxaqueca. Vamos citar o exemplo da multinacional EMPRESA DE SANEAMENTO ÁGUAS DO AMAZONAS, do Grupo Ondeo, multinacional francesa, que assumiu a gestão do abastecimento de água de Manaus; O abastecimento não deveria, ser problema para um município que tem quase 10% da água doce do planeta a escorrer à sua porta pelos rios Negro, Solimões e Amazonas.

Para os franceses, parecia fácil. Havia muita água disponível e uma população de quase 2 milhões de habitantes que deveria pagar por ela. Tradicionalmente, o serviço público de água da cidade era muito ruim, portanto, “bastaria oferecer um bom serviço” para a conta fechar. Ledo engano. Como o serviço público nunca funcionou, a elite urbana da cidade nunca dependeu dele. A maior parte das casas e condomínios abastados tem seu abastecimento garantido por poços artesianos, um serviço que, depois de implementado, é de graça, sem conta mensal. A empresa francesa ficou apenas com a gestão do consumo da população pobre e com a obrigação de recolher o esgoto da cidade, pelo qual também não se pagava, uma vez que a taxa de esgoto está embutida na conta de água. Hoje, decorridos mais de uma década a população de Manaus ainda convive com problemas de distribuição de água e esgotamento sanitário, e assim temos um exemplo de que não basta somente o aporte de recursos, pois se o gestor não tiver pleno conhecimento do sistema restar-lhe-á uma grande enxaqueca.

Para mudar este quadro, não precisa ser inteligente, basta que, se cumpra a lei, onde toda concessão deve ser precedida de um PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico), que deverá contemplar todos os aspectos técnicos, sociais, e econômicos financeiros. Ou seja, é conhecer intimamente o sistema, pois em cada cidade tem-se um enfoque diferente para a gestão. Ao empreendedor é importante conhecer a atratividade do negócio tendo um contrato com regras definidas de investimentos, em um cronograma factível de execução. A sociedade é importante estar envolvida no negócio, com o compromisso de fiscalizar, e ter um serviço adequado, que envolve tarifa módica, continuidade, regularidade, universalização, entre outros.

Vícios associados ao negócio

Como é muito comum nas empresas públicas, os vícios são de difícil gestão, e estão sempre associados a perda de privilégios, isto ocorre devido as bolhas ou ilhas que se formam nos diversos setores das empresas; existindo as ilhas de conhecimentos, de políticos, de “embromadores”, de......

Na outra ponta, quem depende do serviço, conta com as benesses da água farta devido a ausência de controle, não pagam porque argumentam precariedade no serviço, e a empresa afrouxa quando das proximidades das eleições, e como tem eleição todo ano, não é difícil imaginar o que ocorre com o faturamento das empresas.

Os poços relatados na cidade de Manaus estão presentes também em diversas cidades, além de que existe uma grande confusão entre drenagem e esgotamento sanitário. Assim quando se pesquisa se o cidadão irá aderir ao sistema de esgotamento sanitário, comprometendo-se a pagar os custos decorrentes do serviço, muitos vêm na obra à solução para a água que “empoça” em seu quintal. Quando pagar pelo consumo da água nunca foi um hábito, imagine o que acontece quando o hidrômetro chega, sem nenhum preparativo, do cidadão e de suas instalações. E o pagamento do esgoto?

Conclusão:

No Brasil, onde há mais redes de telefonia do que de esgoto, faleceram no hospital 2.409 vítimas de infecções gastrointestinais em 2.009. Delas, 1.277 poderiam ser salvas pelo acesso universal ao saneamento básico. Hoje não se sabe se é possível reverter os danos causados ao cérebro pelas doenças infecciosas, mas é possível prevenir as enxaquecas se as parcerias via concessão seguirem os tramites legais.

Crédito: Revista DAE





quarta-feira, 23 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

No dia 22/03/2.011, data de comemoração Mundial da Água, a ANA - Agencia Nacional de Águas, publica a seguinte matéria:

SOBRE A ÁGUA

“ Levantamento inédito em todo o País coordenado pela Agência Nacional de Águas, o Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água reúne informações detalhadas sobre a situação dos 5.565 municípios brasileiros com relação às demandas urbanas, à disponibilidade hídrica dos mananciais, à capacidade dos sistemas de produção de água e dos serviços de coleta e tratamento de esgotos.

O Atlas revela que 3.059, ou 55% dos municípios, que respondem por 73% da demanda por água do País, precisam de investimentos prioritários que totalizam R$ 22,2 bilhões. As obras nos mananciais e nos sistemas de produção são fundamentais para evitar déficit no fornecimento de água nas localidades indicadas, que em 2025 vão concentrar 139 milhões de habitantes, ou seja, 72% da população. Concluídas até 2015, as obras podem garantir o abastecimento até 2025.”



SOBRE O ESGOTO



A universalização dos serviços de saneamento é a meta básica de longo prazo a ser alcançada pelo País. O Atlas, porém, propõe a implantação de redes coletoras e Estações de Tratamento de Esgotos – ETE em municípios onde o lançamento de efluentes (esgotos sanitários) tem potencial para poluir mananciais de captação. Para isso, seriam necessários investimento adicionais de R$ 47,8 bilhões, sendo R$ 40,8 bilhões em sistemas de coleta e R$ 7 bilhões em tratamento de esgotos. Portanto, os investimentos necessários no longo prazo somariam R$ 70 bilhões, considerados os gastos de R$ 22, 2 bilhões para evitar déficit de abastecimento até 2015, e os R$ 47,8 bilhões necessários para manter a qualidade dos mananciais no futuro.

Os problemas associados à poluição hídrica são mais evidentes nos grandes aglomerados de municípios, devido à pressão das ocupações urbanas sobre os mananciais de abastecimento público. Os lançamentos de esgotos sem tratamento dos municípios localizados rio acima influenciam diretamente na qualidade das águas das captações rio abaixo.

SOBRE MATO GROSSO

O total de investimentos previstos para garantia da oferta de água em Mato Grosso, soma mais de R$ 203 milhões, beneficiando 56 municípios (40% do total) e uma população de quase 2,2 milhões de pessoas em 2025. Desse total, são previstos R$ 130 milhões (64%) para ampliação e adequação de sistemas produtores, onde estão incluídos os investimentos na RM do Vale do Rio Cuiabá, que abrange 27% da população do Estado. O restante, correspondente a R$ 74 milhões (36%), deverá ser investido no aproveitamento de novos mananciais superficiais ou subterrâneos.

PS – Não há avaliação do Montante de recursos para o Esgotamento Sanitário.

Saiba mais sobre o Centro Oeste em:


Nosso Comentário:

Parece noticia nova, mas é de conhecimento Público o eterno estado caótico dos sistemas de saneamento básico dos nosssos municipios, e que não é possivel ter um sistema que consiga gerar receitas para investimentos, limitando-se apenas a sustentabilidade dos custos operacionais. É de dominio público ainda que se não houver a benesse das emendas parlamentares, não haverá recursos do Municipio para garantir um serviço adequado a sociedade.

Existe uma saida, para este deficit de investimestimentos?

Sim, existe, mais é preciso muito exercício de esclarecimento aos legisladores, lideres comunitários, e “agitadores”, entre outros; e um dos itens em que a ignorancia se acentua, é o modelo de gestão, onde todos procuram sempre o termo PRIVATIZAR, e vendem a imagem de que o sistema de saneamento sairá do controle estatal para o controle privado, com aumento de tarifas. É OBVIO QUE ESTA É UMA VISÃO EXCLUSIVA DOS “AGITADORES”, pois é de amplo conhecimento dos legisladores, que o modelo de gestão do tipo PRIVATIZAÇÃO, não se aplica ao saneamento, ficando a este reservado apenas o modelo de CONCESSÃO.

Privatização ou desestatização é o processo de venda de uma empresa ou instituição do setor público - que integra o patrimônio do Estado - para o setor privado, geralmente por meio de leilões públicos.

A concessão é uma das principais prerrogativas do Estado moderno, e tem raiz histórica da época dos imperadores, de concederem a exploração de recursos naturais, comércio ou serviços públicos a entes privados mediante condições pré-definidas. Assim, o Estado tem a prerrogativa legal de retirar uma concessão quando julgar necessário ou quando o concessionário não cumprir com algumas das condições definidas pelo Estado.

Um dos exemplos de concessão do Estado para indivíduos é a Carteira de Motorista, que, diferentemente do que alguns pensam, é uma concessão e não um direito. Por isto, o Estado pode pré-definir as regras válidas para receber esta concessão (obtenção da Carteira de Motorista), para utilizá-la (no caso seguir as Leis de Trânsito) e as condições em que um sujeito pode perdê-la (aos descumprir as Leis de Trânsito).

Outro exemplo de concessão do Estado a indivíduos é o Passaporte, para viagens ao exterior. Neste caso, o cidadão também pode perder este documento e ficar impedido de viajar ao exterior sob certas circunstâncias, que variam conforme a legislação de cada país.

Assim quando se contrata uma empresa privada, para a exploração de um serviço de abastecimento de água, este contrato é precedido de um plano de saneamento, onde estão definidos os investimentos necessários, a qualidade do serviço esperado, o tempo e valor dos investimentos, e as regras de equilibrio economico financeiro, e de tarifas que pode ser praticada, sendo a primeira tarifa do contrato inicial, definida pelo poder concedente.

Feito esta parceria com a iniciativa privada, inicia-se um processo de gestão empresarial, com um volume de pessoal estritamente necessário aos serviços e previamente definida pelo contratante, redução dos desperdícios, investimentos coerentes com projetos bem elaborados, e um rígido controle operacional, onde as falhas são penalizadas com multas que podem levar a “perda” do contrato. Porem os “agitadores” não gostam deste modelo de gestão, pois não há oportunidades de .............













quarta-feira, 16 de março de 2011

CAPTAÇÃO SUPERFICIAL EM RIOS – Aspectos Físicos

CAPTAÇÃO SUPERFICIAL EM RIOS – Aspectos Físicos

Um dos grandes desafios da engenharia de projetos é a que envolve as captações superficiais em rios, tendo em vista as condições de variações decorrentes do comportamento do ciclo de chuvas, da topografia, da condição do leito e margens, e do material flutuante e submerso transportado. Um exemplo destas complexidades é reunido pelos rios Vermelho em Rondonópolis, Cuiabá e Coxipó, em Cuiabá e Várzea Grande.



Quanto ao material transportado a areia tem destaque especial, tendo em vista o elevado nível de assoreamento sofrido pelos rios referenciados, exigindo em todas as captações um sistema permanente de retirada de areia quer seja com unidades móveis de dragagem e ou com instalações fixas de desarenadores. Nas instalações dotadas de tubulões, o assoreamento provoca uma redução de nível entre o leito e a entrada do tubulão facilitando a entrada de detritos que deveriam ser carreados no fundo. Já os materiais flutuantes os de maior impacto são decorrentes do transporte de grandes troncos, e galhos que devem ser suportados pela estrutura tendo em vista ser inviável o seu bloqueio a montante.





No que concerne a topografia, podemos ter uma margem definida no canal do rio, ou uma área espraiada na região convexa, em qualquer situação o projeto deve prever uma variação de nível de aproximadamente 10,0 m o que implica na alteração da curva característica nos períodos de seca e cheia, o que exige mecanismos de controle com o objetivo de manutenção de uma vazão constante em qualquer período e alteração da altura manométrica.



A mobilidade do Rio ainda deve ser considerada, em regiões onde pode ocorrer o aprofundamento do canal, ou formação de bancos de areia, e conseqüentemente a mudança dos níveis operacionais, podendo inclusive inviabilizar a instalação provocando insuficiência de submergencia; Assim tendo avaliado todas estas variáveis a captação pode ser concebida de forma direta ou indireta, sendo a primeira por meio de tubulão inserido no leito do rio, e a segunda por meio de canal ou duto de derivação, sendo que a solução deve derivar de uma análise econômica, tendo em vista que a variação de nível de 10,00m exige volumes de estrutura semelhantes, buscando principalmente a mobilidade dos equipamentos nos procedimentos de manutenção.

Conhecido estes graus de dificuldades, e custos envolvidos, muitas captações foram construídas sobre flutuadores o que imputa uma condição de precariedade, fragilidade, muita gambiarra, e dificuldades de manutenção em períodos de cheias, alem das instalações com apenas uma unidade operando e com reserva no almoxarifado protegido da ação de assaltantes.

























quarta-feira, 2 de março de 2011

O PIOR VENDEDOR DO MUNDO

O PIOR VENDEDOR DO MUNDO

Em 1.968, foi lançado o livro “The Greatest Salesman in the World” de autoria de Og Mandino, “ O Maior vendedor do Mundo” pode ser lido em http://www.meupoder.com.br/og-mandino-o-maior-vendedor-do-mundo.pdf.

O Livro apresenta regras sobre venda, onde um de seus prefaciadores, escreveu: “Acabei de ler ininterruptamente O Maior Vendedor do Mundo. A trama é original e genial. O estilo é interessante e fascinante. A mensagem é comovente e inspiradora.
Cada um de nós é um vendedor, não importa qual sua ocupação ou profissão. Principalmente cada qual deve vender-se a si próprio a fim de encontrar felicidade pessoal e paz de espírito. Este livro, se cuidadosamente lido, absorvido e meditado, pode ajudar cada um de nós a ser seu melhor vendedor.”

Quando propus a escrever esta crônica, lembrei de quando li o Livro, no inicio do modernismo dos textos de auto-ajuda, e o enfoque é: Se o objetivo é vender, não existem atalhos, o empreendedor tem que esforçar-se para cumprir o seu objetivo, produzindo com qualidade, e vendendo com seriedade, para conquistar novos clientes, e conseqüentemente expandir os negócios. Um macro exemplo da busca do sucesso de vendas é o do ramo de bebidas, e automóveis, onde a criatividade no marketing busca conquistar o máximo de compradores.

Na relação compra e venda é fundamental ainda que:

a) Nas vendas o resultado financeiro deve ser maior ou igual a zero, ou seja; custo de produção – faturamento => 0. Pois se a venda do produto tiver um custo inferior ao custo de produção, estará havendo prejuízos. Portanto a Empresa deve ter sempre atualizado o seu custo operacional.

b) Na relação de vendas é importantíssimo que se saiba a unidade de medida do produto, e o seu valor unitário, podendo os clientes aferirem na hora da compra por meio de um instrumento de medida disponível, e a sua satisfação estará em saber que estará comprando um produto conforme anunciado, no que tange a quantidade e preço.

Assim quando vamos adquirir um tecido, o escolhemos pela sua característica física, conhecemos o seu preço na etiqueta, e acompanhamos a medida do tecido pelo vendedor. É uma relação bilateral onde as duas partes devem estar satisfeitas com o negócio. O mesmo deve ocorrer com qualquer outro produto disponibilizado para venda. E com a análise da demanda do produto o empreendedor é incentivado a aumentar a sua unidade de produção, para que todos os clientes que desejarem tenha o seu produto sempre a disposição. Assim funciona o mercado.

Álguns produtos, são oriundos de monopólio ou seja, há somente um vendedor no mercado para um bem precioso, como exemplo a Água Tratada. E sendo o Monopólio um privilégio legal ou de fato, que possui um indivíduo, uma companhia ou um governo de fabricar ou de vender certas coisas, de explorar certos serviços, de ocupar certos cargos, este deve ser regulamentado para que não ocorra, o comércio abusivo que consiste em um indivíduo ou um grupo tornar-se único possuidor de determinado gênero de mercadorias para, na falta de competidores, poder vendê-lo por preço exorbitante.

Em Mato Grosso as empresas produtoras de água tratada, dividem-se entre Concessionárias, Autarquias, DAEs, e Empresas Públicas, dentre este grupo o único regulamentado é o concessionário, que somente pode mudar o valor do produto após um rito processual regulamentado em contrato de concessão, o que garante que a sociedade consumidora do produto nunca terá preços abusivos. No que tange as condições de venda todos os clientes dispõem de hidrômetros, e o pagamento do consumo é decorrente do comportamento de cada cliente, que tem sempre o produto em disponibilidade para consumo durante 24h/dia. Ou seja, enquanto houver demanda haverá o produto a disposição para consumo.

As concessionárias, Autarquias, DAEs, e Empresas Públicas são assemelhadas a um fabricante que agrega valor a uma determinada matéria prima, neste caso a água bruta, que se encontra em seu estado natural nos rios, lagos, e outras fontes, devendo ser transportada para uma estação de tratamento, e transformada em água tratada com qualidade para consumo humano, envolvendo custos com investimentos em infraestrutura de captação, adutoras, Etas....energia, produtos químicos, pessoal, etc. sendo portanto a água tratada um produto industrializado, pois é processado basicamente em termos de limpeza, filtração, desinfecção, reservação, e distribuída a domicilio.

Após estas considerações, perguntamos: E onde se pode encontrar “O pior vendedor do Mundo”???? “Pois Intão” imagine uma empresa que detém o monopólio de um produto, e todo dia vincula na mídia: Não consuma meu produto, não tenho como atende-lo, economize ao máximo, não desperdice, e por aí afora...É portanto o retrato da incompetência de venda causado principalmente por dois fatores;

- A Empresa não controla quanto vende do seu produto, tanto faz o cliente consumir pouco ou desperdiçar que o valor da fatura é o mesmo.
- A Empresa não tem controle de sua unidade de produção, gerando perdas em toda sua cadeia produtiva e de distribuição, além de seu custo operacional estar dissociado da venda

Assim é, quase a totalidade das Autarquias, DAEs, e Empresas Públicas de mato grosso, argumentando sempre falta de recursos, e postergando ações essenciais a prestação de serviço público adequado; pois as cidades não dispõem de hidrômetros, e convivem com perdas inadmissíveis em uma unidade industrial, a reversão deste quadro pelas empresas concessionárias foi sempre fruto de políticas conhecidas de gerenciamento, onde as tarifas continuaram sendo módicas, e os reajustes fruto de regulamentação, e o exemplo está nas cidades de juara, Primavera do leste, Campo Verde, Colider, entre outras que dispõe de serviço adequado, em um nível diferenciado das demais cidades de mato grosso.







domingo, 27 de fevereiro de 2011

CLORAÇÃO

CLORAÇÃO

A etapa que consolida o tratamento de água para consumo humano, assim como o lançamento final no corpo receptor é sem dúvida a cloração. O poder bactericida do cloro é amplamente conhecido, e seu uso deve ser ininterrupto, em qualquer das fases citadas, podendo ser aplicado nas formas de liquido ou gás; sendo que em ambos os casos a sua aplicação tanto em abastecimento público como em piscinas, deve ser seguida de um criterioso controle de dosagens. O cloro é apresentado em diversas concentrações, porém a sua composição e origem mais comum é a da decomposição do sal (NaCl) O cloro é encontrado na natureza combinado com outros elementos, principalmente na forma de cloreto de sódio, NaCl , e também em outros minerais como a silvina, KCl, ou na carnallita, KMgCl3•6H2O. É o halogênio mais abundante na água do mar com uma concentração de aproximadamente 18000 ppm. Na crosta terrestre está presente em menor quantidade, uns 130 ppm. É praticamente impossível encontra-lo sem estar combinado com outros elementos, devido a sua alta reatividade.

O cloro é obtido principalmente (mais de 95% da produção) a partir da eletrólise do cloreto de sódio, NaCl, em solução aquosa, denominado processo de cloro-álcali. São usados três métodos:

• Eletrólise com célula de amálgama de mercúrio.

• Eletrólise com célula de diafragma

• Eletrólise com célula de membrana.


Hipocloritos

Hipocloritos são sais provenientes do ácido hipocloroso (HClO) e são mais importantes que o próprio ácido correspondente, devido à dificuldade de se obter o ácido ao contrário de seus sais.

Os hipocloritos, devido à sua ação oxidante e desinfectante (e baixo preço), têm largo uso tanto domiciliar quanto industrial. O cloro que se compra em mercados é uma solução de hipoclorito de sódio. Quando o percentual de cloro livre nesta mistura é de cerca de 2%, então temos a chamada água sanitária, também chamada de água de lavadeira, a popular Qboa.

Obtém-se hipoclorito de sódio através de eletrólise de cloreto de sódio (NaCl). Ao se produzir hidróxido de sódio e gás cloro, faz-se os dois reagirem entre si, conforme as reações abaixo:

Durante a eletrólise

2 NaCl 2 Na+ + Cl2

2 H2O H2 + 2 OH–

2 NaOH + H2 + Cl2

Ou seja, da eletrolise do sal de cozinha obten-se o cloro.

PVC

O PVC é o único material plástico que não é totalmente originário do petróleo. Ele contém, em peso, 57% de cloro, um derivado do cloreto de sódio (sal de cozinha), e 43% de eteno, derivado do petróleo. Portanto, a principal matéria-prima do PVC é o sal marinho, um recurso natural renovável e disponível em abundância na natureza.

Uma das principais características do PVC é o longo ciclo de vida de suas aplicações, que varia de 15 a 100 anos, sendo a média superior a 60 anos. Por ser reciclável, contribui diretamente para o melhor desempenho das empresas, ao reduzir custos e economizar insumos, além de contribuir nos resultados ambientais decorrentes da diminuição de resíduos

CUSTO

O uso mais comum em processo de desinfecção é a a dosagem em forma de gás por meio de cloradores especiais, e Venturi e bombas dosadoras para aplicação de soluções. O gás é utilizado principalmente em instalações de grandes vazões, reservando as soluções para as instalações de médio e pequeno porte.

Para a desinfecção de águas de abastecimento pode-se empregar cloro puro, como gás e compostos de cloro que na água libere o elemento desinfetante. Os compostos são utilizados nos casos de pequenas vazões, menos de 4,0 litros/s, e em serviços provisórios.

O emprego do cloro puro requer aparelhos especiais e pessoais habilitado. Ele é fornecido na forma liquefeita em cilindros de aço, com tamanhos que variam de 40 kg a 900 kg de cloro. Os compostos de cloro mais comumente usados em desinfecção são:

• Água sanitária líquida (solução) 2 a 3%;

• Cal clorada pó 25 a 30%;

• Hipoclorito de sódio líquido 10 a 15 %;

• Hipoclorito de cálcio pó, grãos, tabletes, pastilhas, 65 a 75%.

Para avaliação de Custo vamos simular a necessidade de cada produto para tratar uma vazão de 200 m³/h (55,55l/s), operando 24h/dia, aplicando uma solução concentrada a 4%, e com uma concentração de cloro livre final de 2,0% teremos:

a) Utilizando o Hypocal com concentração de 65%

Quantidade Necessária: 14,2 Kg/dia

b) Utilizando o Hipoclorito de sódio com concentração de 10 %

Quantidade Necessária: 600,0 Kg/dia

c) Utilizando a Cal Clorada com concentração de 25 %

Quantidade Necessária: 96,0 Kg/dia

d) Utilizando o cloro gás com concentração de 99,99 %

Quantidade Necessária: 6,0 Kg/dia

É obvio que a alternativa a ser utilizada deva ser a do Hypocal com um custo mensal de R$ 14,2*30*15 = R$ 6.390,00

Uma alternativa eficiente em substituição a utilização de Cloro com manuseio diário, é a sua geração no local de aplicação, observando que o custo médio de um reator para esta capacidade é da ordem de R$ 50.000,00, o que será amortizado em menos de 01 ano, o que viabiliza o investimento, pois a partir desta data o custo de insumo resume-se ao sal de cozinha.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

MEDIDOR DE VAZÃO ELETROMAGNÉTICO PARA LIQUIDOS

MEDIDOR DE VAZÃO ELETROMAGNÉTICO PARA LIQUIDOS

Vazão e controle de líquidos

Um dos grandes desafios de quem opera um sistema de abastecimento de água, é saber o quanto de liquido flui em uma tubulação, e aí impera o achismo quando não se tem um medidor confiável. Durante muitos anos se projetou sem que houvesse uma visão operacional, e hoje quase 100% dos sistemas não tem dispositivo de medição de vazão; conclusão opera-se no escuro.

É importante ressaltar que para canais imperou e impera a calha Parshall, hoje dotada de ultrasom que possibilita o registro de todos os eventos do sistema, como falha no equipamento, quebra de adutora, falta de energia etc. porém quando o assunto era tubulação sob pressão, apena uma equipe com equipamentos especiais poderia saber a vazão instantânea ou registrada na tubulação, o método é conhecido como Pitometria, por utilizar o Tubo Pitot.

Os equipamentos de medição permanente eram muito caro, e de difícil instalação tendo em vista que havia necessidade de corte na tubulação como os medidores tipo woltman. Hoje porém vivemos uma nova era dos medidores de inserção, com destaque para os da linha seametrics, dotado de certificação internacional o que garante a funcionabilidade do medidor.
A completa ausência de partes móveis neste sensor de vazão é a fonte de sua confiabilidade. Não há rotor para parar de girar com água suja e não há rolamento para sofrer desgaste. Os modelos em latão e aço inox suportam uma grande variedade de condições de temperatura, pressão e condições químicas. Fluxo reverso e versão imersível são opcionais.
Um pequeno campo magnético é produzido na face do sensor. Quando o fluído passa através deste campo uma tensão é gerada, então ela é medida e transformada em um sinal de freqüência proporcional à vazão. Este sinal de onda quadrada pode ser transmitido diretamente a um CLP ou outro controlador.

O sensor possui rosca padrão NPT e pode ser diretamente instalada em selas (Saddles) ou em Weldolets. O EX115 e 215 possuem uma válvula de isolação, permitindo instalação e remoção do sensor sob pressão. O padrão é uma válvula de esfera de bronze, ou em aço inoxidável 316 opcional se necessário. A leitura pode ser em um CLP ou diretamente, no equipamento, ou via Notebook, ou palm quando este é dotado de um data logger opcional.








sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

MEDIDOR ULTRA SONICO US 11 – PARA CALHAS, VERTEDOUROS E CANAIS

                                                          Medidor Ultra Som US 11 – Montado em Calha Parshall

Princípio de medição

A distância entre o transdutor e a superfície monitorada (lâmina de água no canal, ou do tanque, por exemplo) é diretamente proporcional ao tempo transcorrido entre a emissão e recepção do pulso de ultrassom pelo transdutor.

Sabendo-se que a velocidade de propagação do som no ar é de 344 m/s a 20ºC, o cálculo é baseado na seguinte equação:

Distância= (Velocidade do Som x Tempo) / 2

Uma vez que o tempo inclui o retorno do pulso de ultrassom refletido ao transdutor, a unidade controladora considera somente a metade desse valor para que o cálculo de distância seja correto.

Influência da temperatura

A velocidade de propagação do som no ar é afetada por variações na temperatura ambiente na proporção de 0,17% para cada 1º C. Para compensar tais flutuações, os transdutores possuem integrado um sensor de temperatura cujo sinal é processado e utilizado para corrigir a velocidade do ultrassom no cálculo de distância.

Algumas versões de medidores ultrassônicos permitem o uso de sensores de temperatura remotos (separados do transdutor) em aplicações onde uma maior precisão seja necessária. A vantagem desta configuração é o menor tempo de resposta às mudanças de temperatura ambiente.

Instalação do transdutor

O transdutor deve ser instalado na estrutura de montagem perpendicularmente à superfície monitorada para um melhor desempenho. A água absorve somente 15% da energia acústica e 85% são refletidos. Um mau alinhamento prejudicará a medição devido ao incorreto direcionamento dos sinais emitidos e refletidos.

No momento da fixação do transdutor deve-se atentar para que não ocorra um aperto excessivo em sua conexão ao processo, pois haverá prejuízo no desempenho do instrumento (devido ao excesso de vibração no momento da emissão dos pulsos ultrassônicos).

Um ponto que quase sempre passa despercebido em muitas instalações em canais e em locais abertos com medidores de nível por ultrassom é a ausência de uma cobertura de proteção sobre os transdutores. A incidência da luz solar aquece artificialmente o transdutor (ou o sensor de temperatura) e cria uma falsa condição de alta temperatura do ar ambiente.


Uma ventilação adequada deve ser prevista para que o calor não fique aprisionado sob a cobertura. Uma vez que a temperatura afeta a velocidade de propagação do som, a representação precisa da temperatura ambiente local é necessária para que o melhor desempenho seja obtido.

Vento: Em locais de incidência de ventos de forte intensidade, o uso de tubos de calma deve ser considerado visando evitar variações artificiais na temperatura do ar ao redor do transdutor que possam provocar medições imprecisas.

Espuma: O intenso movimento de ar (gás) nas proximidades do cone formado pelo feixe de ultrassom deve ser evitado, pois pode provocar o enfraquecimento do sinal.

Um local deve ser encontrado onde a formação de espuma seja a menor possível (o sensor deve ser instalado o mais distante possível do ponto de entrada do tanque) ou onde um tubo de calma possa ser adotado.

Vapor: Tanques fechados contendo líquidos (como produtos químicos) que formam vapor sobre sua superfície (especialmente aqueles expostos ao sol) provocam forte redução da faixa nominal de medição do sensor. Este fato deve ser observado na instalação.



Leituras:


As leituras de vazão podem ser diretas no medidor, transmitida a um secundário por meio de um sinal de 4 a 20 Ma, ou obtida via notebook, plugado no fim de cada período de análise.

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...