sábado, 26 de dezembro de 2020

PRESENTE DE NATAL AOS NOVOS PREFEITOS

Em 24 de dezembro, véspera do natal de 2.020, o presidente da República ASSINA O DECRETO QUE REGULAMENTA O NOVO MARCO DO SANEAMENTO BÁSICO, e dispôs exclusivamente com a cerne da questão que é o APORTE FINANCEIRO DA UNIÃO, para o Saneamento Básico, ou seja ÁGUA ESGOTO RESIDUOS SÓLIDOS (Lixo) e DRENAGEM

 Portanto com a assinatura do DECRETO Nº 10.588, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2020, que Dispõe sobre o apoio técnico e financeiro de que trata o art. 13 da Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020, sobre a alocação de recursos públicos federais e os financiamentos com recursos da União ou geridos ou operados por órgãos ou entidades da União de que trata o art. 50 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, a união só irá recursos quando os municípios comprovarem EFICIENCIA NOS SERVIÇOS PRESTADOS.

 Assim, o Governo Federal, aspira com o novo modelo estabelecer um novo significado de SERVIÇO PÚBLICO DE SANEAMENTO, trazendo mais EFICIÊNCIA na busca de melhores resultados sempre com a EFICÁCIA dos meios. 

 A eficiência transmite sentido relacionado ao modo pelo qual se processa o DESEMPENHO DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA. portanto diz respeito, à conduta dos PREFEITOS. 

 Já a EFICÁCIA tem relação com os meios e instrumentos empregados pelos PREFEITOS, no exercício de seus misteres na administração. Ou seja, a eficiência do modelo de gerência pública é uma forma de estabelecer no serviço público a economicidade, propiciando uma qualidade no serviço prestado pelos meios mais eficazes, em contraposição aos modos mais simples, eficiente, célere e sem desperdícios, colocando-se uma relação de custo/benefício para apresentar resultados satisfatórios pela administração pública, muitas vezes colocando-a como uma gerência empresarial.

 Acabou, portanto, o vou “empurrando com a barriga”. 

 Pois, se o serviço não é eficiente, e o modelo de gestão não traz resultados satisfatórios, então adeus recurso públicos do governo Federal. 

  RECURSOS FEDERAIS 

De acordo com o decreto, a distribuição dos recursos e o financiamento de projetos com dinheiro da União FICARÃO CONDICIONADOS, entre outros critérios, a:

 • Desempenho do prestador na gestão técnica, econômica e financeira, que terá de ser comprovado por meio de declaração da entidade reguladora; 

 • Eficiência e eficácia na prestação dos serviços públicos de saneamento básico, comprovadas por meio de declaração da entidade reguladora;

 • Operação adequada e à manutenção dos empreendimentos anteriormente financiados com os recursos. 

 O objetivo final do Decreto é, UNIVERSALIZAR O SANEAMENTO (prevendo coleta de esgoto para 90% da população) e o fornecimento de água potável para 99% da população até o fim de 2033.

 Atualmente, 16% da população, não têm água tratada e 47% não têm acesso à rede de esgoto.

 Em setembro de 2.019, levantamentos revelaram que área de saneamento tem cerca de R$ 13,5 BILHÕES em contratos de obras que estão paralisadas pelo País, sendo R$ 12,6 bilhões relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado em 2007. 

 São quase mil contratos de empreendimentos planejados com recursos públicos que NÃO ATENDEM A POPULAÇÃO, sendo a maior fatia localizada no Nordeste. 

  Este modelo de gestão portanto não pode continuar

EM MATO GROSSO SÃO 11 OBRAS DE SANEAMENTO COM RECURSOS FEDERAIS PARADAS Das obras paradas no estado, 7 são do PAC, 5 pela Funasa e uma pela Caixa. Enquanto o destino dessas obras não é decidido, em Mato Grosso, segundo o IBGE, 71,6% da população não possui ACESSO ADEQUADO aos serviços de água, lixo e esgoto. (Fonte: Portal Saneamento Básico). 

 O presente está aí, é hora de rever o saneamento básico nas cidades e tratar o assunto de forma Empresarial, buscado equilíbrio econômico financeiro do serviço, com procedimentos operacionais modernos, e eficazes, e garantir um serviço adequado a população usuária do mesmo. 

 Integra do presente: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10588.htm

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Um sistema de abastecimento de água é constituído das seguintes partes principais: • Captação; • Adução; • Tratamento; • Reservatórios e • Redes de Distribuição. Em todas as partes faz-se necessário a presença de profissionais habilitados, para desenvolvimento de procedimentos operacionais vitais para garantir o funcionamento continuo do abastecimento de água. A vida útil dos equipamentos, a eficiência energética, a redução de custos, a implementação de receitas, dependem essencialmente destes profissionais que devem estar atualizados no conhecimento em todas as fases operacionais.
No gerenciamento do sistema, muitas melhorias não são implementadas, algumas pela ausência do conhecimento, impedindo assim que o consumidor final se beneficie com redução de custos e tenha sempre UM SERVIÇO ADEQUADO, conforme preconiza a legislação brasileira. (Lei 8987- cap. II).
Em nossa vida profissional observamos uma grande precariedade de conhecimento dos profissionais da área operacional, e que a disseminação do conhecimento é lenta e muito restrita. E com Foco neste problema formatamos um manual de treinamento, que denominamos: MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS DOS OPERADORES DE SERVIÇOS DE PESSOAL DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA.
O seu conteúdo, inicia na fonte da matéria prima a água bruta, passando por todas as partes do sistema (Captação – Adução- Tratamento – Reservação – Distribuição e Comercialização), em cada conteúdo buscamos utilizar um linguajar acessível a todos os níveis de conhecimento, e aplicamos exercícios com situações que ocorrem nas cidades todos os dias.
E em consequência da evolução tecnológica, e das restrições impostas pela pandemia de Corona Vírus que assola o mundo, decidimos oportunizar a disseminação deste conhecimento por meio de ENSINO A DISTANCIA, que sem prejuízo das aulas presenciais, permitiu a redução de custo e acessibilidade de todos. O curso foi formatado em Cinco Partes, sendo: PARTE 1 – CONHECIMENTOS GERAIS Aqui utilizamos uma metodologia ímpar, pois em função de todas as unidades de medidas com que o profissional deve lidar em seu dia a dia, criamos situações reais de aplicabilidade por meio de exercícios de pressão, vazão, Volumes, tempos etc. PARTE 2 – CONHECIMENTOS TÉCNICOS Nesta parte do curso, fazemos uma varredura de todas as informações técnicas, desde a captação até a distribuição de água tratada, são conceitos com exercícios práticos. PARTE 3 – ELEMENTOS DO TRATAMENTO DE ÁGUA Aqui como nos demais temas somos concisos no que realmente interessa, e daí focamos nos parâmetros Físico Químicos e Bacteriológicos, com exemplos reais. PARTE 4 – DOSAGENS Por tratar-se de parte fundamental da operação de um sistema, criamos uma metodologia automatizada para Determinação do PH ótimo de Floculação, e orientamos a Dosagem em conformidade com os ensaios laboratoriais. PARTE 5 – MACROMEDIÇÃO – MICROMEDIÇÃO E PERDAS Finalizamos o curso com uma abordagem, de três temas relevantes, com aplicação de exercícios reais e recomendações técnicas importantes na modernização do setor.
Todas as cinco partes são seguidas de Provas de avaliação, totalizando assim cinco provas, que se forem concluídas pelo aluno em treinamento, irá ser-lhe conferido um CERTIFICADO de conclusão do curso, com a chancela da EADBOX, que já está consolidada, como uma Plataforma de EAD (Ensino a Distância) utilizada por 2.160 Empresas em 150 Países e 24 Idiomas. CONHEÇA ESTE CURSO ACESSANDO: https://jorcy-aguiar.eadbox.com/

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

 

ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

PARTE 1 – A ORIGEM




Carlos Estevão, famoso cartunista, publicava na Revista “O Cruzeiro”, do fim da década de 40 até sua morte, em 1972, ilustrações e páginas   com o título:

As aparências enganam

Pois é, essas histórias me vieram à cabeça quando planejei escrever esta matéria para o Blog, pois para o leigo, água limpa e transparente, significa água boa para se beber, porém as aparências enganam, e muito, quando se trata de água.

E por desconhecimento, vemos ainda muita gente por aí, buscando água de minas, e poços caseiros, para consumo humano, com a crença de ser a mais “saborosa” e “segura”.


Garrafões em fase de enchimento com água da mina

Imaginem a cena: Em uma trilha, largado e pelado encontramos um Igarapé no meio da selva, obviamente imaginamos tratar-se da fonte mais preservada do planeta, e bebemos de sua água, e por curiosidade colhemos uma amostra e a levamos para o laboratório.

Resultado: Presença de Coliforme Fecal do gênero E.Coli, que tem seu habitat no trato gastrintestinal sendo indicadora de contaminação fecal, que é originado  por vertebrados de sangue quente.

Como é possível? Sim, antes de nós também estiveram no igarapé os animais que buscam saciar a sede e possivelmente defecam em suas margens.

Concluímos então que uma água originária de uma fonte isolada na floresta, pode estar tão contaminada com coliforme de origem fecal, como a de uma água originada em um Rio Urbano, ou uma mina aflorante, a diferencia é quanto a patogenicidade, em outras palavras, o excremento da onça, da paca, da capivara....tem possibilidade zerada de provocar doenças de origem hídrica.

Igarapé com presença de coliforme Fecal

E na água do poço profundo, ou uma cisterna caseira bem protegida, o que pode ocorrer?

Pra saber, vamos interpretar o laudo de um exame de uma amostra de um poço profundo, que foi enviado a um laboratório especializado.

PARAMETROS ANALISADOS:

1 - PH – Indica se a água é acida ou alcalina, sendo 7 um valor neutro.

Abaixo de sete, é água acida e acima de 7 alcalina, o bom para consumo é sempre acima de 6, porém poucas águas, dita minerais, apresentam esta condição.

Se o único parâmetro fosse o PH esta seria uma excelente água.

 PH de algumas águas minerais vendidas no Brasil (Fonte: Cura pela natureza)

·         São Lourenço – pH 5,45 (ácido)

·         Indaiá – pH 4,64 (ácido)

·         Bonafont – pH 5,44 (ácido)

·         Petrópolis – pH 5,38 (ácido)

·         Perrier – pH 5,5 (ácido)

·         Santa Joana – pH 5,25 (ácido)

 

·         Puris – ph 6,98 (neutro)

·         Lindoya – pH 6,74 (neutro)

·         Schin – pH 6,79 (neutro)

·         Água prata – pH 7,01 (neutro)

 

·         Pureza Vital Nestlé – pH 7,44 (alcalino)

·         Minalba – pH 8,04 (alcalino)

·         Sarandi – pH 9,35 (alcalino)

·         Ibirá – pH 10,15 (alcalino)

·         Levity – pH 8,84 (alcalino)

·         Crystal – pH 7,28 (alcalino)


No Art. 39 § 1º da Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, que dispõe sobre o padrão de potabilidade das águas, recomenda que o pH (potencial hidrogeniônico) da água própria para consumo seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5.

Portanto das 16 amostras do exemplo, 37,5%, estão fora da recomendação do Ministério da Saúde.

O Risco de consumo de água ácida, só é perceptível depois de dez, ou mais anos, pois pode causar problemas gástricos, como gastrites, úlceras e câncer de estômago”

 

2 - COLIFORME TOTAL:

São bactérias que fermentam a lactose, ou o açúcar do leite.

Os resultados dos exames deram positivo, ou seja, presença de coliformes totais.

Ora, se meu poço está protegido, como apareceu este coliforme?

A origem desta bactéria na água de poço, leva a crer que a água teve contato com matéria orgânica em decomposição, esta é uma matéria orgânica do solo da perfuração, portanto se tem matéria orgânica, elas vão vai estar sempre lá.

3 - ESCHERIA COLI:

Escherichia coli (E. coli) é um tipo de bactéria que habita no sistema digestivo do ser humano e de todos os animais de sangue quente. (portanto presente nas fezes)

Os resultados deram negativos, o que significa que não existe contato com fossa séptica, e nenhum animal de sangue quente defecou na água. Este é um excelente resultado.

Então lá no igarapé encontramos a E.Coli, e no nosso poço, estamos livre dela, a razão é a proteção tanto externo quanto interno do poço, para evitar a contaminação pelo lençol freático, que pode carrear fezes de fossas urbanas. E não esqueçamos que lá deve ter algumas oncinhas....

 

4 - BACTERIAS HETEROTROFICAS:

As bactérias heterotróficas são abundantes no meio ambiente, em especial da água - incluindo a água de torneira e água tratada, É A BACTERIA QUE NÃO FAZ MAL AO SER HUMANO, porém devem estar limitadas a 500 Unidades Formadoras de Colônia por mililitro (UFC/ ml).

O resultado deu 184 (portanto dentro do limite).

 

5 – FERRO:

O ferro é encontrado em praticamente todas as águas, porém, quando ocorre teores superiores a 0,5 ppm, a água tem sua cor, odor e sabor alterados. 

Teores de ferro dessa ordem tendem a reduzir a aceitação da água pela população, pelo fato de causarem manchas em roupas e pisos, entre outros inconvenientes, veja na ilustração um sanitário que usa água com elevado teor de ferro.

Em nossa análise, resultou menor que 0,10, portanto está dentro dos limites permitidos (o seu excesso não faz mal à saúde, porém amarela tudo na cozinha e banheiro)

 

6 – COR:

A cor é um dado que indica a presença de substâncias dissolvidas na água. Assim como a turbidez, a cor é um parâmetro de aspecto estético de aceitação ou rejeição do produto.

O resultado deu 145, sendo o valor máximo permissível de cor na água distribuída para consumo humano é de 15,0 U.C. (unidade de cor)


7 – TURBIDEZ: A turbidez é causada pela presença de materiais sólidos em suspensão como: silte, argila, sílica ou coloides, matérias orgânicas e inorgânicas finamente divididas, organismos microscópicos e algas.

O Resultado foi de 0,83 sendo adotado o valor máximo de 5 Unidades de turbidez para as águas de consumo humano. Portanto dentro dos limites

                                                       Fonte: usgs.gov

CONCLUSÃO:

É raríssimo a situação em que a água é encontrada na natureza, em condições de potabilidade em conformidade com os parâmetros do Ministério da Saúde.

Esta água é denominada, ÁGUA BRUTA, pois ainda não passou por um processo de Potabilização, para ser adequada ao consumo humano.

daí a necessidade de TRATAMENTO TORNA-SE IMPRESCINDIVEL, e o mais simples dele é o de ferver antes do consumo....

 

Próxima Postagem......ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

PARTE 2O TRATAMENTO

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

 

O AR NAS TUBULAÇÕES – PARTE 2


DISPOSITIVOS DE ELIMINAÇÃO E INTRODUÇÃO DE AR NA TUBULAÇÃO

 Os principais dispositivos de eliminação e introdução do ar nas tubulações são:

1 – Ventosas

2 – Tubo Piezométrico

3 – Purgadores (manual / automático)


1 – Ventosas

 As ventosas são um dos principais dispositivos para a expulsão e admissão de ar nas tubulações.


Porém terão que ser bem dimensionadas, para fazer a expulsão do ar nas condições de pressões positivas, e admissão do ar nas condições de pressões negativas quando ocorre as depressões excessivas.

 

                  Achatamento de uma tubulação de aço, em decorrência de depressão excessiva 

A aplicação das ventosas de grande orifício para ser utilizadas nas operações de enchimento e esvaziamento dos sistemas de abastecimento de água, devem ser criteriosamente dimensionadas.

 


                Imagem de Software de dimensionamento de ventosas, desenvolvido pelo autor


MANUTENÇÃO

Como qualquer outro equipamento os dispositivos de eliminação do ar, devem sofrer manutenção preventiva, e com testes rotineiros de sua operação.

 Quando entregue pelo fabricante as ventosas tem os furos protegidos com fita adesiva, e já tivemos oportunidade de observar instalações com estas fitas preservadas por algum tempo de operação, o que significa que as mesmas estavam inoperantes.


2     – Tubo Piezométrico



Nos pontos onde a Linha Piezométrica Efetiva, cortam a linha de adução, cria-se uma condição desfavorável, com formação de bolsas de ar, e reduzindo a vazão.

 Torna-se imprescindível a instalação de uma tubulação que deve ficar em contato com a atmosfera, e que seja superior ao plano de carga Efetivo. Assim este ponto altera a configuração das linhas de Pressão, elimina o Ar, e aumenta a vazão na linha.

 Em Cuiabá, para resolver o problema de abastecimento do Reservatório Morro da Colina, foi instalado um TP nas imediações do Colégio Coração de Jesus, na Avenida Dom Bosco.


3    – Purgadores


O Purgador pode ser manual ou automático, quando manual um simples tubo com registro é suficiente. Já os automáticos tem função similar as ventosas na função de eliminação.

AR NAS LIGAÇÕES


Este é um assunto muito discutido entre os usuário do serviço, porem com testes seguros, realizados pela Sabesp demonstraram que a quantidade de ar que chega ao hidrômetro é tão pequena que não representa diferença na conta mensal.

 Em condições normais de abastecimento, a maioria absoluta das redes de distribuição e das ligações de água operadas pela Sabesp não está sujeita a entrada de ar nas tubulações.

 Além de que é importante ressaltar, ainda, que a Sabesp não reconhece a eficácia de equipamentos para eliminar o ar nas redes de distribuição.

 Os dispositivos, além de ilegais, trazem riscos de contaminação. 

 Segundo o Inmetro, esses eliminadores de ar não são atestados e aprovados, e quem adquire e utiliza dispositivos como este pode ser punido, pois sua instalação é considerada crime ao patrimônio público.

 A qualidade da água também pode ser comprometida, pois os equipamentos acabam funcionando como pontos abertos na rede e, portanto, são possíveis focos de contaminação por enchentes, insetos ou animais, o que afeta todo o setor de abastecimento. (Fonte: Sabesp)

 




quinta-feira, 19 de novembro de 2020

 

O AR NAS TUBULAÇÕES – PARTE 1


A ORIGEM

 

A origem do ar na tubulação, pode ocorrer de diversas formas, conforme descrito a seguir:

 

1-       ar atmosférico que se encontrava no interior do tubo antes do enchimento e que não foi expulso.

 

Este é um dos casos predominantes, pois sempre que uma tubulação é esvaziada, o seu interior é preenchido pelo ar, que deve ser expulso de forma adequada, e com técnicas especificas para cada caso, sob risco de colapso na estrutura da tubulação.

 

2-      ar decorrente da libertação do ar dissolvidos na própria água por alteração de condições de pressão e/ou temperatura.


A água transportada pelas tubulações, na verdade é uma mistura de água e ar dissolvido em quantidades variáveis, que depende da pressão e da temperatura, conforme quadro a seguir:

 

Quantidade máxima de ar dissolvido na água a 20ºC

PRESSÃO NO TUBO

AR (grama/m³)

5

58,6

10

117,1

20

2343

25

292,8

30

351,4

 

Este volume de ar, costuma ficar aprisionado em pontos altos da tubulação



1-       e ar que entra através de equipamentos e acessórios ou pequenas onde as pressões no interior do tubo são menores que a pressão atmosférica

 Outras origens do ar na tubulação, são decorrentes, da própria operação do sistema, tais como:

          3.1 Reservatórios esvaziando,

3.2 Vórtice em Poço de Sucção, e

3.3 ligações domiciliares em pontos altos)

   

3.1 RESERVATÓRIO ESVAZIANDO


3.2 VÓRTICE EM POÇO DE SUCÇÃO



Em decorrência de erros de projeto de dimensionamento de bomba, entre outros, torna-se frequente a formação de vórtice nos poço de sucção negativo, o que irá influenciar no desgaste do rotor, redução de vazão e pressão, e inserção de ar na rede de distribuição.

 

3.3 LIGAÇÕES DOMICILIARES EM PONTOS ALTOS

 

Em função da topografia e da posição da ligação, esta funciona como ventosas de esvaziamento.

 

 

PROBLEMAS CAUSADOS PELO AR NA TUBULAÇÃO

 

Os principais problemas causados pela presença do ar são:

 

1         Consumo excessivo de energia das moto bombas

2         Redução de vazão,

3         Desgaste por cavitação destrutiva dos materiais do rotor e válvulas

4         Bloqueio do escoamento, e

5         Rompimento da tubulação,

 

Todos este eventos provocam elevados prejuízos financeiros, o que motiva a tomada de providencias, para eliminação de sua ocorrência.

 

LOCALIZAÇÃO

 

Normalmente o ar se localiza nos pontos altos das tubulações, e no interior das unidades de bombeamento, quando ocorre a cavitação.

 

PREVENÇÃO

 

1 – No enchimento, a principal medida preventiva, de redução da presença do ar é o enchimento lento das tubulações em qualquer fase operacional.

 2 – No esvaziamento a principal medida preventiva é a introdução do ar, para evitar o colapso da adutora.

 

 

Continua na próxima Postagem......

 



ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...