O CHUPA CABRA – PARTE 2
Como dizia o médico renascentista Paracelso (1493-1541), a diferença
entre veneno e remédio é apenas a dose. O termo médico usado hoje para designar
isso é “dose letal” – normalmente considerada a dose necessária para matar 50%
das pessoas submetidas a ela.
“SÓ A DOSE FAZ O VENENO “
Quando as Empresas são instadas a lidar com flúor, o argumento sempre
foi a dificuldade na sua aplicação, e os perigos resultantes da sua ingestão em
altas doses, e assim procuram sempre evitar o fornecimento de água fluoretada a
população.
“O FLÚOR AJUDA A PREVENIR AS CÁRIES”
O flúor é um mineral natural encontrado em toda a crosta
terrestre e largamente distribuído pela natureza. Alguns alimentos contêm flúor, assim como a água
fornecida por algumas empresas de serviço público. O flúor é geralmente
adicionado à água potável para ajudar a reduzir a incidência de cáries nos
dentes.
Ora, se pelo temor pelo flúor, conduz as empresas a não o aplicar,
porque não proceder da mesma forma com o cloro?
Como enfatizamos na Parte 1, desta publicação, pelo excesso
de cloro na água, nosso corpo é
afetado em diversos pontos, um deles é o colesterol LDL que pode unir-se as
suas paredes, levando a aterosclerose, câncer no rim, problemas urinários e
outras doenças cardíacas que já são comuns nos dias atuais.
E mesmo assim, nossas águas são distribuídas em bombeamento do poço
direto nas redes, com excesso de cloro, e impurezas, na maioria das vezes, e o
controle é nulo pelas autoridades sanitárias.
Um dos grandes vilões, quando é utilizado o “chupa cabra”, é a falta de
controle de dosagem, e neste contexto se espelharmos pela Sabesp, veremos que o
seu uso é terminantemente proibido, sendo a cloração exclusiva em centros de reservação,
que permite controle e consequente segurança sanitária.
“ENTÃO ESTÁ PASSANDO DO TEMPO DA EXTINÇÃO DOS CHUPA
CABRA”
Entre todos os sistemas disponíveis de dosagem, o pior é o descalibrado.
Assim como é tão ineficaz o diagnóstico do melhor cardiologista, se o seu esfigmomanômetro
estiver descalibrado, e apresentar valores diferentes da realidade do paciente.
Então não basta substituir o chupa cabra, devemos ao mesmo tempo ter
instrumentos que permitam calibração de dosagem, e dentre os mais comuns a
sugestão é as bombas dosadoras de diafragma, ou Hidroejetores, sendo este
último de menor custo e fácil ajuste.
Vamos adotar como exemplo a aplicação de cloro com o uso do Hidroejetor,
para o qual elaboramos a planilha a seguir.
MONTAGEM DO SISTEMA DE
DOSAGEM DE CLORO
O sistema de dosagem de cloro deverá a semelhança do coagulante e
Alcalinizante ser feito por meio de Hidroejetor Venturi.
O recalque deverá ser feito com aplicação da solução de hipoclorito, no
interior do tanque de equalização, de contato, ou reservatório de distribuição.
A dosagem da solução deverá ser feita com a utilização da tabela a
seguir: