terça-feira, 10 de junho de 2014

CARBONIZAÇÃO – TRANSFORMANDO O LIXO EM DINHEIRO

CARBONIZAÇÃO – TRANSFORMANDO O LIXO EM DINHEIRO


Carbonização é um processo químico de combustão incompleta de determinados sólidos quando submetidos ao calor elevado. O produto desta reação química é chamado de carvão.

Pela ação do calor, a carbonização remove hidrogénio e oxigênio do sólido, de modo que a matéria restante é composta principalmente de carbono.



CARVÃO

Carvão é um material sólido, poroso, de fácil combustão e capaz de gerar grandes quantidades de calor. Pode ser produzido por processo artificial, pela queima de madeira, como o carvão vegetal; ou originar-se de um longo processo natural, denominado carbonização, pelo quais substâncias orgânicas, principalmente vegetais, são submetidas à ação da temperatura terrestre durante cerca de 300 milhões de anos e transformam-se em carvão mineral. Em função da natureza desses processos, o carvão vegetal é também chamado de artificial, e o carvão mineral, de natural (BARSA,1998).



A carbonização é um processo conhecido há pelo menos 10.000 anos, porém este processo evoluiu muito pouco durante todo este tempo.

A carbonização pode ser definida como o processo cujo objetivo é aumentar o teor de carbono fixo na madeira por meio de tratamento térmico. Para que isso aconteça, é necessária a ocorrência de vários processos, tanto físicos como químicos.

De acordo com o Balanço Energético Nacional (2000) o carvão vegetal vinha tendo um decréscimo contínuo no seu consumo (8,6 milhões de tonelada em 1994 para 6,7 milhões de tonelada em 1998). A partir de 1999 o setor parece estar se revitalizando com um suave aumento de 0,2 milhões de toneladas, porém parece que essa condição de aumento tenderá a continuar. A explicação mais provável para isso é a desvalorização da moeda, tornando o preço do carvão vegetal mais interessante do que o do coque mineral, produto concorrente como fonte energética e redutor químico do minério de ferro durante a sua produção nos altos fornos do setor siderúrgico.

A siderurgia é responsável pelo consumo de 85% do carvão vegetal, enquanto que os outros 15% são consumidos nas residências. Considerando o grande consumo siderúrgico, a qualidade do carvão se torna importante para agregar valor ao produto final (ferro-gusa). O que torna o setor siderúrgico grande consumidor de carvão, movimentando este setor da economia. Balanço Energético Nacional (2000)

Ambientalmente o carvão vegetal leva grande vantagem em relação ao carvão mineral uma vez que é proveniente de uma fonte renovável.

CARBONIZAÇÃO

A carbonização pode ser definida como o processo cujo objetivo é aumentar o teor de carbono fixo na madeira por meio de tratamento térmico. Para que isso aconteça, é necessária a ocorrência de vários processos, tanto físicos como químicos. Alguns autores relatam que o processo de carbonização pode ser entendido ao se estudar o comportamento dos três principais componentes da madeira: a celulose, as hemiceluloses e a lignina. Compreendendo o comportamento desses componentes, é possível compreender como se realiza a carbonização.

Durante o processo de carbonização da madeira, o carvão é apenas uma fração dos produtos que podem ser obtidos. Caso sejam utilizados sistemas apropriados para a coleta, também podem ser aproveitados os condensados pirolenhosos (líquido pirolenhoso) e os gases não condensáveis. A prática mais completa e eficiente, quando, além do carvão vegetal (resíduo) são aproveitados os condensados e os gases não condensáveis da madeira denominam-se “denomina-se destilação seca”, podendo ser implantada a partir da utilização de retortas ao invés dos fornos convencionais.

A carbonização pode ser representada de maneira simples como:

MADEIRA + CALOR = CARVÃO VEGETAL + VAPORES CONDENSÁVEIS + GASES INCONDENSÁVEIS

Conforme ALMEIDA (1982) o processo de carbonização pode ser dividido em quatro fases distintas:

1 – SECAGEM: Que consiste na evaporação da água contida na madeira sob as formas:

• Higroscópica, no interior das fibras: até 110oC.

• Absorvida pelas paredes das células: de 110 o C a 150 o C

• Quimicamente ligada – de 150º C a 200oC

2 – PRÉCARBONIZAÇÃO: Fase endotérmica do processo no qual uma fração do licor pirolenhoso e pequenas quantidades de gases não condensáveis são produzidas – de 180oC a 200oC até 250oC a 300oC.

3 – CARBONIZAÇÃO: Período caracterizado por uma reação exotérmica e violenta. A maior parte do alcatrão e ácido pirolenhoso são produzidos durante esta fase. De 250oC a 300oC.

4 – FASE FINAL: Período caracterizado por um aumento do teor de carbono no carvão e consequentemente um decréscimo no teor de materiais voláteis, com grande produção de alcatrão.

Os parâmetros que influenciam este processo são apresentados a seguir.

Temperatura Máxima Média

A temperatura de carbonização afeta de maneira diferenciada cada elemento químico da madeira.

Taxa de Aquecimento

A taxa de aquecimento pode ser definida como a velocidade que a temperatura se eleva num dado intervalo de tempo, enquanto a madeira é carbonizada. Pressão do Forno Durante o Processo

A pressão é um parâmetro de pouca influência para produzir carvão uma vez que praticamente todos os sistemas de carbonização trabalham com a pressão atmosférica.

FORNOS DE CARBONIZAÇÃO

Os fornos utilizados para a carbonização da madeira podem ser classificados das seguintes formas:

• Pelo Aquecimento:

o Fornos com aquecimento externo ou alotérmicos

o Fornos com aquecimento interno ou autotérmicos

• Pelo Mobilidade:

o Fornos fixos

o Fornos portáteis

• Pelo Continuidade:

o Fornos contínuos

o Fornos por carga ou batelada.

CARBONIZAÇÃO DO LIXO

Uma perene fonte de MATÉRIA PRIMA, para o processo de carbonização é o lixo urbano das Cidades, que em sua composição, dispensa a pré seleção e pode ser carbonizado, integralmente. E como resultado temos o seguinte FLUXOGRAMA DO PROCESSO.

Este é um processo simples, que ocupa pequenas áreas e agrega valor a destinação final do lixo, diferente dos aterros sanitários, que eternizam o problema, não constituindo um destino realmente final. Como se verifica no fluxograma, tudo vira produto comercial, e consequentemente fonte de 70% de toda renda obtida com o processo de carbonização, sendo que apenas 30% é resultado do processo de destinação final, como prestação de serviço ao poder publico.


Assista no vídeo a seguir um exemplo deste processo, relatado pelo Sr. Railton Faz.

https://www.youtube.com/watch?v=RCCQ43P3DHE#t=69

Processo de construção de um forno em uma indústria genuinamente mato-grossense.





sábado, 3 de maio de 2014

PLANO OBRIGATÓRIO DE SANEAMENTO BÁSICO

O Instituto Trata Brasil em conjunto da consultoria Pezco Microanalysis lançou na manhã de ontem, 29, o estudo “Diagnóstico da situação dos Planos Municipais de Saneamento Básico e da Regulação dos Serviços nas 100 maiores cidades brasileiras”, que teve como objetivo analisar o desenvolvimento dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) nos 100 maiores municípios do país, que se tornou obrigatório em 2007.



A Lei n. 11.445 trouxe novas diretrizes nacionais e definiu o planejamento dos serviços básicos como instrumento fundamental para se alcançar o acesso universal do saneamento básico. Todas as cidades devem formular as suas políticas públicas visando a universalização, sendo o PMSB o instrumento de estratégia e diretrizes. Os componentes do saneamento básico são o abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.



Entretanto, em 2010, o Decreto n. 7.217/2010 regulamentou a Lei n. 11.445/2007 e prorrogou o prazo de entrega dos PMSB´s de 2010 para dezembro de 2013 ao estabelecer que a partir do exercício financeiro de 2014 a existência do plano seria condição para o acesso a recursos orçamentários da União (§2º, art. 26). Este prazo, porém, foi novamente prorrogado para o exercício financeiro de 2016 (Decreto Federal n. 8.211 de 21/03/14), passando valer a data final de entrega dos planos para 31 de dezembro de 2015. O Decreto vinculou ainda o acesso a recursos da União à existência de organismos de controle social até dezembro de 2014.



De acordo com o presidente executivo do Trata Brasil, Édison Carlos, a prorrogação da Lei é um desincentivo para os municípios que se empenharam para cumprir o prazo anterior. “Os planos não entregues prejudicam ainda mais a agilidade e o planejamento do saneamento básico nas cidades, que precisam atrelar os avanços às regras de ocupação do solo, expansão imobiliária e a proteção das áreas preservadas”. Os resultados presentes no estudo são preocupantes, pois pelas respostas adquiridas 34% das cidades não conseguiram fazer seus Planos no prazo de 2013 e somente 12% desses 100 municípios cumpriram todos os requisitos da Lei. Dos 66 planos informados, somente 34 contemplaram os quatro serviços do saneamento.



O estudo revelou que de 58 municípios que possuem planos elaborados com pelo menos esgotamento sanitário, apenas 26 responderam acerca da estrutura que dispõem para administrar o plano. 22 das 26 cidades terão estrutura exclusiva para a administração dos planos. Alceu Galvão, coordenador da pesquisa, afirmou que “É grave o fato de 32 dos 58 municípios com planos ao menos para esgotos não terem respondido se possuem ou não estrutura para administrá-los. Sem estrutura específica os planos podem virar “instrumentos de prateleira”, além disso, a maioria destes planos está sendo aprovada por leis municipais e o não cumprimento das metas pode ser contestado pelos Tribunais de Contas e Ministério Público”.



É possível identificar que a Lei sancionada em 2007 promoveu avanços importantes no setor, assim como mostrou que mesmo tratando-se das 100 maiores cidades brasileiras os resultados são insatisfatórios.



Vale ressaltar que a função de Planejamento é o único papel indelegável do Prefeito, que é o titular dos serviços públicos de saneamento; diferente das responsabilidades sobre a prestação, a fiscalização e a regulação dos serviços, que podem ser delegadas (Lei 11.445/2007, art. 8º). A transparência é um dos princípios da Lei n. 11.445/2007, assim como a disponibilização dos planos na internet para que a sociedade possa acompanhar o atendimento das metas de universalização. Dos 58 planos elaborados contemplando ao menos os esgotos, apenas 39 tinham endereços eletrônicos onde os planos podem ser consultados.



Para acessar o material completo do estudo acesse: http://bit.ly/1mZPFkX


terça-feira, 1 de abril de 2014

DRENAGEM
 
 
 

 





























                                              Fonte:
 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO


Como era previsivel, foi anunciado pelo secretário nacional de saneamento, Osvaldo Garcia, a prorrogação para o dia 31 de dezembro de 2015 do prazo final para a entrega dos planos municipais de saneamento básico. A decisão foi tomada porque a maioria dos municípios não conseguiu cumprir o prazo para a elaboração dos planos, imprescindíveis para a garantia de qualidade na prestação dos serviços à população. 

- É uma importante conquista dos municípios, pois agora eles terão mais tempo para a elaboração adequada de seus planos. Eles ganharam tempo para construir o plano de saneamento de uma forma mais qualificada e esperamos que os municípios se organizem para isso - destaca o presidente da ABES-RS, Darci Campani. 

A entidade gaúcha também espera que Governo Federal, estados e municípios comprometam-se em abrir um diálogo efetivo para um realinhamento de perspectivas, tanto nos casos de ausência de planos, como dos que precisam de revisão. Cerca de 70% dos 5.570 municípios brasileiros não apresentaram seus planos até o prazo, que era no último dia de 2013. Com o alargamento do prazo, os municípios voltam a ter acesso a recursos do Governo Federal para projetos de saneamento. 
Esse é o nosso brasil

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...