quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

VAZÃO DE PROJETO DO SISTEMA TIJUCAL






Vazão de Projeto

A vazão de Projeto corresponde a totalidade das vazões a serem processadas nas ETAs existentes e projetada, tendo em vista que toda vazão será captada em um único local com desativação dos equipamentos atuais, conforme quadro à seguir:

ETA

SITUAÇÃO

Vazão de Projeto (l/s)

Vazão Atual (l/s)

I

Existente

330

511

II

Existente

242

250

III

Projetada

605

0

Total

1.177,00

761,00

Acréscimo

416,00

Vazão Mínima Rio Coxipó

4.700,00

Referencias:

Foram utilizadas duas fontes de dados, sendo que a primeira foi avalizada como uma condição que em uma pequena série histórica, o Rio Cuiabá nas datas mencionadas no estudo que abrange diversos períodos de seca e chuva, não apresenta vazão inferior a 5 (cinco) m³/s.

Fonte 1: ESTUDOS HIDROLÓGICOS PARA INFORMAÇÃO DO MEIO FÍSICO NA REGIÃO DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO.

Denise Christina de Rezende Melo1 & Marcos Antônio Correntino da Cunha2

Engenheira hidróloga da CPRM – Serviço Geológico do Brasil; Rua 148 n.485 Marista, fone: (62) 2811522 FAX: (62) 2811709 74170-110 Goiânia – GO. E-mail: denise@go.cprm.gov.br

2 Engenheiro hidrólogo da CPRM – Serviço Geológico do Brasil; Rua 148 n.485 Marista, fone: (62) 2811522, FAX: (62) 2811709, 74170-110 Goiânia – GO. E-mail: marcoscorrentino@terra.com.br

Estudos de vazão

........... de setembro de 2004 a março de 2005 foram realizadas três campanhas de medições de vazão, sendo previstas mais duas até setembro/2005.

O objetivo das medições será fazer um estudo de correlação com as curvas de permanência de estações nas mesmas bacias ou nas proximidades, com a finalidade de obter séries mensais de vazões estimadas médias e mínimas.

Com os dados de estações fluviométricas dentro da área do projeto, são calculados e apresentados:

· Valores das vazões características mensais (média, mínima, máxima);

· Vazões específicas mensais;

· Curva de permanência de vazões;

· Vazão mínima de sete dias consecutivos com período de retorno de 10 anos (Q7,10);

· Curva e parâmetros da equação de recessão.

Posteriormente, será possível calcular a disponibilidade hídrica das microbacias em função da estimativa da vazão média específica ou da curva de permanência, e calcular a demanda atual em função dos usos múltiplos.

A Tabela 2 mostra um resumo com os resultados das medições realizadas nos meses de setembro/04, dezembro/04 e março/05.


Neste estudo observa-se sempre uma vazão superior a 5.000 l/s no período de mínima.

Fonte 2: UFMT Departamento de Hidráulica

Vazão Mínima Estação Horto Florestal: 4.700 l/s (Com o Sistema Tijucal em Operação)


Rio Coxipó na Captação

Adotamos o Valor Mínimo: Q = 4,70 m³/s, e projetamos as seguintes vazões:

ETA

SITUAÇÃO

Vazão de Operação Projetada (l/s)

Vazão Atual (l/s)

I

Existente

330

II

Existente

242

III

Projetada

605

Total

1.177,00

761,00

Acréscimo

416,00

Vazão Mínima Rio Coxipó

4.700,00

Vazão Acrescida no Projeto

8,85 %

Percentual Total da Vazão Mínima

25,04 %

ASSOREAMENTO X VAZÃO

ASSOREAMENTO: processos erosivos, causados pelas águas, ventos e processos químicos, antrópicos e físicos, desagregam os solos e rochas formando sedimentos que serão transportados. O depósito destes sedimentos constitui o fenômeno do assoreamento.

O processo é tão velho quanto a nossa terra. Nestes bilhões de anos os sedimentos foram transportados nas direções dos mares, assoreando os rios e seus canais, formando extensas planícies aluvionares, deltas e preenchendo o fundo dos oceanos. Incontáveis bilhões de metros cúbicos de sedimentos foram transportados e depositados

Infelizmente o Homem através do desmatamento, contribui para o processo erosional o que acelera o assoreamento como pode ser visto na imagem acima.

Afinal o assoreamento pode estagnar o Rio Coxipó? Não. O assoreamento pode afetar a navegabilidade do rio obrigando a dragagem e outros atos corretivos, mas, enquanto existirem chuvas a água irá continuar, inexoravelmente, correndo.

Não há como dissociar um rio do seu sedimento. Um não existe sem o outro. O assoreamento poderá matar os lagos, mas nunca o rio que, enquanto houver o ciclo hidrológico, continuará na sua incansável jornada em direção ao mar.

“Está cada vez mais comum vermos inúmeros artigos alarmistas sobre assoreamento e os males que ele causa”. Muito do que se escreve sobre o assunto é, realmente, preocupante e deve ser olhado com cuidado por todos. No entanto a indústria de notícias pseudo-científicas é grande e são frequentes os absurdos propalados como dogmas de fé. Um deles se destaca pela freqüência com que é repetido. (Pedro Jacobi).

Ao mudar o perfil do Rio criamos uma ilusão visual, tendo em vista os leigos em associar profundidade com vazão; assim ao longo de um rio que não recebe contribuições, e nem tem retiradas, pode-se perceber diversos aspectos que nos motiva a “estimar” o quanto maior ou menor intenso é seu fluxo, assim se visualizamos sempre o mesmo ponto, como os de cima das pontes do Rio Coxipó, em algumas situações o leigo avalia: “o rio está secando”, “o rio está enchendo”, porém em nenhuma situação é possível avaliar sua vazão se não se utilizar de ferramentas apropriadas, que pode ser até um pedaço de isopor.

Fonte: UFMT / Diário de Cuiabá

CONCLUSÃO DA FONTE 1 (em destaque ênfase nosso)

Considerando que os estudos hidrológicos para o Sistema de Informação Geoambiental de Cuiabá, Várzea Grande e Entorno ainda se encontram em andamento, as conclusões são parciais. Apesar disso, pode-se perceber durante o reconhecimento da bacia hidrográfica em setembro/04, que muitos córregos e rios da região são intermitentes, ocorrendo bruscas interrupções no fluxo, ou mesmo seca total, durante vários dias nessa época de estiagem. Verificaram-se tais características nas nascentes dos rios Coxipó, Bandeira, Esmeril, podendo-se destacar o rio Pari que se encontrava quase na totalidade seco.

Faltam estações fluviométricas e pontos de monitoramento nas bacias dos rios Coxipó, Pari, Aricá-açu, Bandeira, Esmeril e Cocaes, os principais afluentes do Rio Cuiabá localizados dentro da área estudada. As séries históricas de vazão disponíveis nas entidades ambientais locais, quando existem, não possuem quantidade suficiente para os estudos hidrológicos. Os pontos de monitoramento existentes concentram-se ao longo do rio Cuiabá, em detrimento daqueles rios, principalmente das nascentes dos mesmos, consistindo assim uma falha no monitoramento dos recursos hídricos da região.

Portanto, o presente estudo comprovou a necessidade de instalação de novas estações fluviométricas com medição de vazão, possibilitando a geração de vazões diárias em quantidade suficiente para os estudos hidrológicos futuros, justificando a proposta final do mesmo que é a elaboração de um projeto de rede hidrológica visando o monitoramento da bacia.

Logo, após perceber a situação crítica em que se encontram os cursos de água na região em estudo, constatou-se uma carência de estudos específicos dos recursos hídricos, bem como de investimentos para recuperação e monitoramento dos mananciais nessa região. Isto demonstra a importância do presente estudo, que através da verificação da disponibilidade hídrica superficial e da degradação ambiental, contribuirá bastante com subsídios para a gestão e o planejamento da região.

Eng.o Jorcy Francisco de França Aguiar

(65) 3622-0747 / 8118-8088

E-mail: jorcy@terra.com.br


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