ÁGUA DE BEBER
Em milhares de
estabelecimentos por aí a cena se repete:
- Bom dia: E pra beber?
Pergunta o garçom
- Água por favor
- Mineral ou da Casa?
Responde o garçom
Pronto, está
caracterizado que toda agua engarrafada é mineral, e que toda água oriunda do
poço caseiro, ou que é recebida encanada, é a água da casa ou “água da rua”.
Se o cliente preferir a
água da casa, esta é gratuita, e vem servida em uma jarra, que se ele der
sorte, virá com generosos cubos de gelo.
Se preferir a água
mineral, é seguido da clássica pergunta:
- Com ou sem gás?
A ÁGUA DA CASA
A água da casa em muitas
cidades deste imenso Brasil, com investimentos públicos reduzidos aos extremos,
com má aplicação dos recursos, e com descasos com a população, geralmente é
caracterizada pela quantidade e preço. Em muitos lares, e estabelecimentos
comerciais, é comum a prática de água abundante e sem nenhum custo, e quando há
cobrança, esta deve ser o mais insignificante possível. Nesta condição a
qualidade é precária, com ausência de desinfecção e controle de qualidade.
O cidadão, e algumas
autoridades, por ignorância quando questionado, tem a clássica resposta de:
- A minha água é cristalina
- A minha água é de poço
“artesiano”
Não sabem que não basta
que no visual seja limpa, quando vem de um poço, que não recebe posterior
tratamento, pois o lençol freático da cidade, geralmente é um “mar de merda”.
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Poço Caseiro em uso, e habitado por ratos e baratas
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Poço “artesiano” em uso desprovido de proteção, e com acesso a
baratas, ratos, e todo tipo de animal atraído pela água.
Essa é portanto a água
da casa servido por muitas Prefeituras, e por estabelecimentos comerciais e
residenciais.
O resultado é uma
população contaminada por giárdias, amebas, e muitas doenças de origem hídricas.
Leia mais em: http://jorcyaguiar.blogspot.com.br/2011/09/principais-doencas-de-veiculacao.html
A população geralmente
não conhece de onde vem a sua agua, quando é recebida do sistema público, e em
muitos lugares se fossem esclarecidas e soubessem dos riscos a que se expõe,
certamente não a usaria e exigiria do poder público mas segurança sanitária do
produto que se propõe a distribuir para a população. Pois o que vemos é a total
irresponsabilidade com a população que habita as cidades.
A “ÁGUA MINERAL”
Quando o cidadão tem consciência
dos riscos a que se expõe ingerindo uma água de péssima qualidade, ele opta por
outra fonte que é a chamada água mineral.
Nesta condição ele
mantem o poço caseiro, ou utiliza a “água da rua” ou a “água encanada” para
outros fins domésticos, e até servir em ambientes comerciais como os restaurantes,
do nosso comentário inicial.
Segundo o Código de Águas Minerais (Decreto-Lei Nº 7.841, de 08/08/1945), águas minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa.
Segundo o mesmo código, são águas potáveis de mesa as águas de composição normal provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que preencham tão-somente as condições de potabilidade para a região.
Portanto, a água mineral tem uma ação medicamentosa;
A água de mesa é uma
simples água potável. Essa é uma informação importante para o consumidor, pois
muitas vezes se toma água de mesa pensando ser água mineral. Ambas são vendidas
em garrafas e ambas podem conter gás. A diferença está apenas no rótulo, que
deve informar se a água é mineral ou apenas água de mesa.
Muitas pessoas acreditam
que a água mineral é mais saudável comparada à água potável proveniente do
sistema de abastecimento local. Porém, deve-se avaliar a composição química,
propriedades físico-químicas e microbiológicas para se estabelecer uma relação
direta com a saúde.
Quem não lê o rótulo e
ingere sistematicamente uma água com elevados teores de elementos químicos, ao
invés de beneficiar-se estará causando sérios prejuízos a sua saúde.
Eu bebo água para saciar a sede, a não por ser medicamentosa,
então.......
Veja a seguir alguns
problemas relacionados ao excesso de alguns elementos químicos.
POTÁSSIO
Em geral, a concentração
elevada de potássio no sangue é mais perigosa do que a baixa. Uma concentração
superior a 5,5 mEq por litro de sangue começa por afetar o sistema de condução
eléctrica do coração. Se o nível no sangue continuar a aumentar, o ritmo
cardíaco torna-se anormal e o coração pode deixar de bater.
A hipercaliemia verifica-se em geral quando os rins não excretam
potássio suficiente. É provável que a causa mais frequente de hipercaliemia
ligeira seja o uso de medicamentos que evitam a sua excreção através dos rins,
como o triamterene, a espironolactona e os inibidores do enzima conversor da
angiotensina.
A hipercaliemia também pode ser provocada pela doença de
Addison, na qual as glândulas suprarrenais não produzem quantidades suficientes
das hormonas que estimulam os rins para excretar potássio. (A doença de Addison
é uma causa cada vez mais frequente de hipercaliemia, devido ao aumento de
pessoas com SIDA que apresentam problemas nas suas glândulas suprarrenais.
Uma insuficiência renal, parcial ou completa, pode causar uma
hipercaliemia grave. Por isso, os indivíduos com função renal deficiente devem
evitar os alimentos com alto conteúdo de potássio.
SÓDIO
O organismo que acumula
sódio mais facilmente retém líquido em excesso, e pode levar à hipertensão.
Calcula-se que, para cada 9 gramas de sal ingerido (e o brasileiro ingere cerca
de 12 gramas por dia), o corpo retém em média 1 litro de água. A doença se
manifesta, geralmente, em adultos.
Considera-se que uma pessoa é hipertensa se os níveis da pressão arterial forem iguais ou superiores a 14/9.
Doenças
cardiovasculares
São aquelas que de alguma maneira afetam o coração e os vasos sanguíneos. Herança genética, tabagismo, hipertensão e níveis elevados de gordura no sangue são alguns dos fatores de risco. A hipertensão arterial está ligada à ocorrência dos acidentes vasculares cerebrais e à dissecção da aorta, duas doenças graves que podem acontecer se a pressão for mantida elevada por muito tempo. O sal é vilão neste caso.
Problemas
renais
Os rins são responsáveis por eliminar as toxinas do sangue por um sistema de filtração, além de regular a produção de glóbulos vermelhos e a pressão sanguínea. O consumo excessivo de sal atrapalha o funcionamento desse órgão, podendo a pessoa desenvolver pressão alta e diabetes.
O consumidor, em geral, tem a tendência a achar que água é sempre igual e que tanto faz qual marca comprar! Porém, isso não é verdade. É interessante não se levar pela única marca normalmente existente, ligada à venda casada de outro refrigerante e cerveja.
No caso de águas com pH muito elevado (acima de 7,00) o que caracteriza uma água alcalina a qual é adequada para consumidores com incidências de gastrite e de azia. No entanto, o consumo permanente dessa água pode levar a problemas de pedras nos rins, devido ao oxalato de cálcio.
NITRITOS
E NITRATOS
No Brasil existem
problemas de contaminação da água destinada ao consumo humano com doses
crescentes de nitritos e nitratos, dificilmente ocorrem problemas com nitratos
em humanos adultos, porém deve-se ter muita atenção com crianças menores de
seis meses de idade, visto que como o sistema gastrointestinal ainda não está
plenamente desenvolvido e funcional e a presença de algumas bactérias redutoras
podem resultar na chamada “síndrome do bebê azul”.
A criança apresenta-se
azulada devido ao quadro de anaerobiose provocado pela ineficiência no
transporte de O2. Dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), apontam que o
consumo elevado de alimentos contendo nitrato ou ingestão de água com alta
concentração deste íon está relacionado com a incidência de câncer de estômago.
No Brasil, a
concentração de nitrato para consumo humano não deve exceder os 10 mg/L
PH
“O que define o pH e torna a água ácida ou alcalina é a quantidade de
íons de hidrogênio presentes em sua composição”
Agora A questão é: não basta beber muita água: você tem de beber a certa.
Água Crystal, a campeã em sódio
Água Santa Rita, menor quantidade de sódio das avaliadas
A água Santa Rita, possui apenas
2,188mg de sódio. Centenas de vezes menos do que a água Crystal!!
Veja abaixo mais algumas marcas de
água para podermos ter uma ideia.
Água mineral Nestlé
Água mineral Da Guarda
Água mineral Schin

Viram
como é possível a quantidade de sódio e outros componentes variarem dependendo
da marca da água?!
Devo parar de beber água mineral?
É
claro que não! A água é e continua sendo a bebida mais saudável que possa
existir. Além do nosso corpo precisar dela para se manter hidratado.
Devemos
tomar cuidado com os extremos. Não é porque compartilho que algumas marcas de
água tem quantidade relevante de sódio na sua composição que você deve beber
outra coisa no lugar de água.
Apesar
desses números assustarem, nenhuma marca de água mineral está fora dos limites
aceitáveis pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 600
mg/l.
Além
disso a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda uma ingestão diária de
até 2000 mg de sódio por dia. Se beber um litro de água mineral com 103,06mg de
sódio, estará consumindo cerca de 5% da cota diária.
Fonte:
http://docedieta.com/saude/a-melhor-e-pior-agua-mineral/
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