MINHA ÁGUA - MEU VOTO
Fonte: ASA
Antes da divisão do
estado de Mato Grosso, apenas 5 Cidades possuíam “ÁGUA ENCANADA”, na parte onde
hoje é Mato Grosso, pois os investimentos eram concentrados na parte onde hoje
é o Mato Grosso do Sul. A população convivia com os POÇOS CASEIROS, que
geralmente eram fontes de DOENÇAS de Vinculação hídrica.
Como um programa do
GOVERNO MILITAR, foi criado o PLANASA, Plano nacional do Saneamento, e em cada
estado da federação foi criado as Empresas de Economia Mista, denominadas
ESTATAIS DO SANEAMENTO, e tinham como objetivo fazer uma GESTÃO EMPRESARIAL, na
implantação, operação e manutenção dos sistemas de Água e Esgoto, nos municípios
que decidissem efetuar um CONTRATO DE CONCESSÃO com prazo de 30 anos, com estas
estatais.
Em Mato Grosso esta incumbência
ficou a cargo da SANEMAT (Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso), e
assim praticamente todos os Municípios criados antes da CONSTITUIÇÃO DE 1986,
eram operados pela mesma.
O tempo passou e
estas Empresas, não conseguiram promover uma GESTÃO EMPRESARIAL, para o
saneamento, e como consequência todas encontram-se em ESTADO FALIMENTAR, e
dependente de subsídios do Governo Estadual.
Em Mato Grosso porém
o GOVERNADOR DANTE DE OLIVEIRA diante do quadro de sucateamento, e incapacidade
de gestão, resolveu extinguir a SANEMAT, e transferir todo o patrimônio para os
municípios.
Ora, se a estatal com
todo o seu aparato técnico não deu conta de cumprir a sua missão de promover UM
SERVIÇO ADEQUADO, dá para prever o que ocorreu nos municípios que receberam este
espólio sucateado.
E nesta condição,
alguns prefeitos buscaram no capital privado a solução para os problemas de
investimentos, sendo o primeiro o MUNICÍPIO DE NOBRES em 1.999, seguido de JUARA
e PRIMAVERA DO LESTE em 2.000, e neste processo já temos cerca de ¼ dos municípios
de MT, em REGIME DE CONCESSÃO, sendo o último o de PORTO DOS GAÚCHOS concedido
em 2.018.
E quem não buscou
este caminho, em sua grande maioria, convive com um péssimo serviço de
Abastecimento de Água, e sem nenhuma perspectiva de implantação do serviço de tratamento
de esgoto.
Hoje encontramos todos
os tipos de problema, desde o relacionado com qualidade da água distribuída,
sem controle e sem potabilidade, rodízios no abastecimento, com falta d’água
rotineira, ausência de investimentos para ampliação do sistema, cobrança
irrisória pelo serviço, não cobrança, com renúncia de receita, Estações de
Tratamento deterioradas, entre outros........
O CAOS ESTA INSTAURADO
MAS O SISTEMA DE ÁGUA É MEU, é público e eu que nomeio os funcionários, subsidio
o serviço, anistio cobranças, mas não aumento um centavo na conta de água…já
imaginou, a impopularidade que isto iria provocar?
O Brasil inteiro, com
ou sem Estatal, convive com um péssimo serviço de Saneamento, onde as empresas
cuidam exclusivamente de arrecadar para pagar salários, e assim, PROMOVENDO A
DESINFORMAÇÃO, buscam ENDEMONIZAR O CAPITAL PRIVADO com o argumento do
desemprego, e de cobranças indevidas e elevadas, o que já está provado ser
inverdade para quem busca promover um SERVIÇO ADEQUADO para CLIENTES, e não
para ELEITORES.
O fim deste cenário
só poderá acontecer com a introdução do novo MARCO DO SANEAMENTO, que irá impor
severas regras, obrigando a todos os setores envolvidos, a praticarem uma
GESTÃO EMPRESARIAL para o saneamento, impondo METAS, e FISCALIZANDO RESULTADOS, como é hoje nos municípios sob regime de Concessão.
Sem Gestão
Empresarial, não dá mais para continuar investindo no Brasil, pois das 718
OBRAS DE INFRAESTRUTURA PARALISADAS NO PAÍS, 429 são da área de saneamento
básico, o que equivale a 60% do total, apontou um estudo da CNI (Confederação
Nacional da Indústria).
As obras de
distribuição de água, coleta ou tratamento de esgoto paradas representam R$ 10
bilhões.... É muito dinheiro desperdiçado....
Gostaria muito de saber mais sobre Poço artesiano o que é, fica a sugestão, muito obrigada pessoal :)
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