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sábado, 15 de outubro de 2011

CUSTO OPERACIONAL

CUSTO OPERACIONAL
Nos sistemas de Abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos, temos algumas fases importantes no processo:
1.    O primeiro passo é o estudo de concepção e análise de viabilidade econômica financeiro do empreendimento: Esta é uma fase decisória, e deve ser montada uma estratégia que contemple o projeto a execução e a operação e manutenção, pois conceber uma solução de projeto onde não se consegue operar ou ter uma manutenção constante e carea, é causar prejuízo ao contratante.

2.    Estando com a concepção pronta inicia-se a fase de projeto, que deve atentar-se para os aspectos operacionais e de manutenção, com o menor custo possível. Se temos uma captação em um local distante da unidade de tratamento, é fundamental que seja contemplada com todos os itens de automação para permitir que quando faltar energia na captação, este evento seja informado na unidade de tratamento, para evitar deslocamentos desnecessários, e perda de tempo e dinheiro. Neste caso quando retornar a energia deve ser possível ligar e desligar remotamente o sistema.


3.    Projeto pronto inicia-se a fase de execução, que constitui um dos principais itens de garantia de sucesso do que foi projetado. Assim quando em uma rede coletora de esgoto prevemos uma taxa de infiltração limitada a norma técnica, esperamos que a construção garanta que este limite não seja ultrapassado sob pena de inviabilizar-mos o projeto.


4.    Obra pronta inicia-se a fase operacional, é uma fase que deve ser monitorada em todas as suas fases, principalmente os equipamentos eletromecânicos, e é agora que se confirma o que foi planejado, projetado e construído. Porém o que se observa, é que na maioria dos sistemas a vazão é um item apenas conhecido pelas plaquetas das bombas, e se tem calha parshall, esta não é dotada de medidores permanentes.


5.    Um sistema em operação deve obviamente ter um plano de manutenção constante. Porém sempre prevalece a condição de construir, operar, e abandonar a manutenção preventiva e somente atuar quando ocorrem panes e onde a manutenção corretiva faz-se necessário.


As fases de concepção, projeto e construção tem prazos definidos de inicio e fim, porém a operação é infinita e tem seu custo atrelado ao modo como foi finalizado cada uma destas etapas: A seguir citamos alguns exemplos de como estas fases influenciam no custo operacional do empreendimento.


a)   Quando não se agrega a automação a um projeto, temos a necessidade de contratação de mão de obra para operar uma captação com elevado custo e serviços de rotinas insignificantes. Pior ainda quando os reservatórios não são dotados de controladores de niveis, e o extravasamento torna-se uma rotina. 

b)   Na fase de projeto quando não se dimensiona uma adutora, sub adutora, emissário utilizando critérios hidráulicos e econômicos, temos em algumas situações potencias desnecessárias, elevando significativamente o custo da energia elétrica, pois sempre existiu a cultura de reduzir diãmetros ao máximo, buscando minimizar o custo de implantação.

c)    Projetos que contemplam apenas uma unidade de bombeamento para etapas de projetos muito longas conduzem a potencia de elevatórias que devem funcionar com registros estrangulados, inserindo cargas adicionais, e elevando o custo operacional.

d)   Redes de distribuição com material de baixa qualidade, e de péssima execução conduzem a perdas que oneram a operação necessitando de constantes reparos, e ou maior volume de água para atendimento do abastecimento.

e)   Redes coletoras com material de baixa qualidade e execução sem critérios conduzem a infiltrações que inviabilizam o processo de tratamento, com elevada diluição do efluente.

f)     O projeto deve prever que a operação em 24 h, somente deve ocorrer no fim da vida útil do mesmo, caso contrário já “nasce morto”; É óbvio porém que este projeto deve ser dotado de 100% de micromedição, pois caso contrário o que se concebe na prancheta (ainda existe?) não ocorre no campo.

g)    Um sistema de cloração com tina, cloro granulado, bomba dosadora, sempre será mais barato do que um sistema gerador de cloro, porém o custo operacional do segundo irá diluir este custo visto que na operação a exigência é de apenas sal, que é de baixo custo.

h)   Uma ETA simplificada e de baixo custo como o Filtro duplo, ou superfiltração, é sempre muito mais vantajoso operacionalmente que um ETA convencional, de operação complexa e elevado custo operacional.

i)     As ventosas e descargas são imprescindíveis em qualquer unidade de bombeamento, e devem ser mantidas rotineiramente.

j)    Um projeto sem definições de zonas de pressão e sem medidores, é um projeto sem condições de operação conforme concebido.

k)    As válvulas de controle são fundamentais em tosos os projetos visto que reduzem os custos operacionais.


Curiosidades:


Já assistimos adutoras terem o desempenho abaixo do esperado, simplesmente porque o construtor não liberou o lacre de fabrica, que protege os furos das ventosas.


   Capacete na Tubulação:

 A fase de assentamento de redes de distribuição, e coletoras devem ser supervisionadas, e “policiadas”, pois existem relatos de funcionários insatisfeitos, que simplesmente “abandonam” o capacete e ou outros objetos dentro da tubulação na fase de assentamento, tais como pedras, tocos de madeira, plásticos etc.


Filtros:

Ao se projetar um filtro a principal condição é garantir que o mesmo tenha condições de ser lavado, como ocorre nas ETAs onde as unidades em operação lavam em contracorrente.

Agora imaginem um filtro em um canal que alimenta uma captação. Pois até isto já existiu,....... e o sistema teve que ser abandonado, pois quando ocorreu a colmatação do filtro, este não tinha como ser lavado.
E muitos erros de concepção, de projetos e de execução ainda virão. E também de operação pois atualmente é muito grande a rotatividade de operados não adequadamente treinados.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

CLORAÇÃO

CLORAÇÃO

A etapa que consolida o tratamento de água para consumo humano, assim como o lançamento final no corpo receptor é sem dúvida a cloração. O poder bactericida do cloro é amplamente conhecido, e seu uso deve ser ininterrupto, em qualquer das fases citadas, podendo ser aplicado nas formas de liquido ou gás; sendo que em ambos os casos a sua aplicação tanto em abastecimento público como em piscinas, deve ser seguida de um criterioso controle de dosagens. O cloro é apresentado em diversas concentrações, porém a sua composição e origem mais comum é a da decomposição do sal (NaCl) O cloro é encontrado na natureza combinado com outros elementos, principalmente na forma de cloreto de sódio, NaCl , e também em outros minerais como a silvina, KCl, ou na carnallita, KMgCl3•6H2O. É o halogênio mais abundante na água do mar com uma concentração de aproximadamente 18000 ppm. Na crosta terrestre está presente em menor quantidade, uns 130 ppm. É praticamente impossível encontra-lo sem estar combinado com outros elementos, devido a sua alta reatividade.

O cloro é obtido principalmente (mais de 95% da produção) a partir da eletrólise do cloreto de sódio, NaCl, em solução aquosa, denominado processo de cloro-álcali. São usados três métodos:

• Eletrólise com célula de amálgama de mercúrio.

• Eletrólise com célula de diafragma

• Eletrólise com célula de membrana.


Hipocloritos

Hipocloritos são sais provenientes do ácido hipocloroso (HClO) e são mais importantes que o próprio ácido correspondente, devido à dificuldade de se obter o ácido ao contrário de seus sais.

Os hipocloritos, devido à sua ação oxidante e desinfectante (e baixo preço), têm largo uso tanto domiciliar quanto industrial. O cloro que se compra em mercados é uma solução de hipoclorito de sódio. Quando o percentual de cloro livre nesta mistura é de cerca de 2%, então temos a chamada água sanitária, também chamada de água de lavadeira, a popular Qboa.

Obtém-se hipoclorito de sódio através de eletrólise de cloreto de sódio (NaCl). Ao se produzir hidróxido de sódio e gás cloro, faz-se os dois reagirem entre si, conforme as reações abaixo:

Durante a eletrólise

2 NaCl 2 Na+ + Cl2

2 H2O H2 + 2 OH–

2 NaOH + H2 + Cl2

Ou seja, da eletrolise do sal de cozinha obten-se o cloro.

PVC

O PVC é o único material plástico que não é totalmente originário do petróleo. Ele contém, em peso, 57% de cloro, um derivado do cloreto de sódio (sal de cozinha), e 43% de eteno, derivado do petróleo. Portanto, a principal matéria-prima do PVC é o sal marinho, um recurso natural renovável e disponível em abundância na natureza.

Uma das principais características do PVC é o longo ciclo de vida de suas aplicações, que varia de 15 a 100 anos, sendo a média superior a 60 anos. Por ser reciclável, contribui diretamente para o melhor desempenho das empresas, ao reduzir custos e economizar insumos, além de contribuir nos resultados ambientais decorrentes da diminuição de resíduos

CUSTO

O uso mais comum em processo de desinfecção é a a dosagem em forma de gás por meio de cloradores especiais, e Venturi e bombas dosadoras para aplicação de soluções. O gás é utilizado principalmente em instalações de grandes vazões, reservando as soluções para as instalações de médio e pequeno porte.

Para a desinfecção de águas de abastecimento pode-se empregar cloro puro, como gás e compostos de cloro que na água libere o elemento desinfetante. Os compostos são utilizados nos casos de pequenas vazões, menos de 4,0 litros/s, e em serviços provisórios.

O emprego do cloro puro requer aparelhos especiais e pessoais habilitado. Ele é fornecido na forma liquefeita em cilindros de aço, com tamanhos que variam de 40 kg a 900 kg de cloro. Os compostos de cloro mais comumente usados em desinfecção são:

• Água sanitária líquida (solução) 2 a 3%;

• Cal clorada pó 25 a 30%;

• Hipoclorito de sódio líquido 10 a 15 %;

• Hipoclorito de cálcio pó, grãos, tabletes, pastilhas, 65 a 75%.

Para avaliação de Custo vamos simular a necessidade de cada produto para tratar uma vazão de 200 m³/h (55,55l/s), operando 24h/dia, aplicando uma solução concentrada a 4%, e com uma concentração de cloro livre final de 2,0% teremos:

a) Utilizando o Hypocal com concentração de 65%

Quantidade Necessária: 14,2 Kg/dia

b) Utilizando o Hipoclorito de sódio com concentração de 10 %

Quantidade Necessária: 600,0 Kg/dia

c) Utilizando a Cal Clorada com concentração de 25 %

Quantidade Necessária: 96,0 Kg/dia

d) Utilizando o cloro gás com concentração de 99,99 %

Quantidade Necessária: 6,0 Kg/dia

É obvio que a alternativa a ser utilizada deva ser a do Hypocal com um custo mensal de R$ 14,2*30*15 = R$ 6.390,00

Uma alternativa eficiente em substituição a utilização de Cloro com manuseio diário, é a sua geração no local de aplicação, observando que o custo médio de um reator para esta capacidade é da ordem de R$ 50.000,00, o que será amortizado em menos de 01 ano, o que viabiliza o investimento, pois a partir desta data o custo de insumo resume-se ao sal de cozinha.

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...