PER
CAPITA – ÚLTIMO CAPITULO (Acho....)
O consumo “per capita” é um parâmetro extremamente variável
entre diferentes localidades, dependendo de diversos fatores dentre os quais
destacam-se:
·
Os hábitos higiênicos e culturais da
comunidade;
·
A quantidade de micro medição do sistema de abastecimento de
água;
·
As instalações e equipamentos
hidráulico-sanitários dos imóveis;
·
Os controles exercidos sobre o consumo;
·
O valor da tarifa
e a existência ou não de subsídios sociais ou políticos;
·
A abundância ou escassez de mananciais;
·
A intermitência ou regularidade de
abastecimento;
·
A temperatura média da região; a renda
familiar;
·
A disponibilidade de equipamentos
domésticos que utilizam água em quantidade apreciável;
·
Os índices de industrialização;
·
A intensidade e tipo de atividade
comercial, entre outros.
(1) “O consumo médio
efetivo per capita (qm), isto é, o consumo sem perdas, numa
cidade com sistema de água em funcionamento regularmente pode ser obtido
dividindo-se o volume total de água distribuída (micro medido), durante um mês,
pelo número de dias desse mês e pelo número de habitantes beneficiados.
“Com os
dados de 12 meses faz-se a média anual desse consumo efetivo “per capita”,
sendo expresso geralmente em litros por habitantes e por dia (l/hab.dia).”
Até o ano de 1.999, todas as cidades do estado de Mato
Grosso, eram administradas pela Sanemat, que tinha como política, a implantação
do sistema de abastecimento de água, e não exercia nenhum controle sobre o
consumo, a quantidade de residências com
efetivo controle por meio de hidrômetros era nulo, pois não se investia além da
rede e ligações. As tarifas eram muito inferiores ao custo operacional, e não
representava ônus ao consumidor, que consumia a mais que sua necessidade, pois
o valor da conta sempre era igual no final de cada mês.
Porte da Comunidade
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Faixa da população
(habitantes)
|
Consumo per capita
(l/hab.dia)
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Povoado rural
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< 5.000
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90 – 140
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Vila
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5.000 – 10.000
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100 – 160
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Pequena localidade
|
10.000 – 50.000
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110 – 180
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Cidade média
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50.000 – 250.000
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120 – 220
|
Cidade grande
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> 250.000
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150 – 300
|
Faixa da população
(habitantes)
|
Consumo per capita
(l/hab.dia)
|
< 2.000
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130
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2.000 – 10.000
|
125
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10.000 – 50.000
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133
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>50.000
|
128
|
Valor Médio: 129 l/hab.dia
Amostragem 2 qm = 126,19 l/hab.dia
Média: 130,90
l/hab.dia
Analisando especificamente bairros implantados por meio de
programas sociais do Governo Federal, obtivemos os valores a seguir, que
demonstram claramente a restrição do consumo em núcleos de baixa renda.
Nesta
amostra a restrição é característica da população, que consome um pouco mais
nos meses mais quente do ano, mas mantém uma regularidade de consumo.
“Segundo o IBGE, a queda na densidade domiciliar
em dez anos foi mais acentuada do que os 9,6% observados entre os Censos de
1991 e 2000. Em 2000, a média de moradores em domicílios particulares ocupados
era de 3,8. Em 2010, o índice passou para 3,3. A tendência persiste, segundo o
Instituto, tanto na área urbana quanto na área rural.
A Região Norte, de acordo com o que aponta a
Sinopse, tem a maior densidade domiciliar (4), enquanto a Sul apresenta a menor
(3,1). “A tendência de declínio é uma característica geral e está diretamente
relacionada à redução da fecundidade.”
Alguns exemplos:
Nortelândia: 3,64 hab./dom
Campo Verde: 3,54 hab./dom
Chapada dos Guimarães: 3,70 hab./dom
Juara: 3,76 hab./dom
Nobres: 3,81 hab./dom
Barra do Bugres: 3,65 hab./dom
Perdas
Conclusão:
Diante destas observações estatísticas, recomendamos a
adoção de Per Capita, menos acadêmicos pois esta condição onera os
investimentos e não traz nenhum resultado positivo adicional sob a ótica
operacional, ressaltando que é condição fundamental que o sistema implantado tenha
um rígido controle de consumo, e uma cobrança com punições de cortes, para
usuários inadimplentes, e desonestos com o uso do tradicional “gato”, além de
que as perdas devam ser controladas e corrigidas.
Agradecemos a colaboração especial do Eng.
Lindberg Rodrigues dos Santos, Cláudio Sidnei Christófoli e outros anônimos.