quarta-feira, 16 de março de 2011

CAPTAÇÃO SUPERFICIAL EM RIOS – Aspectos Físicos

CAPTAÇÃO SUPERFICIAL EM RIOS – Aspectos Físicos

Um dos grandes desafios da engenharia de projetos é a que envolve as captações superficiais em rios, tendo em vista as condições de variações decorrentes do comportamento do ciclo de chuvas, da topografia, da condição do leito e margens, e do material flutuante e submerso transportado. Um exemplo destas complexidades é reunido pelos rios Vermelho em Rondonópolis, Cuiabá e Coxipó, em Cuiabá e Várzea Grande.



Quanto ao material transportado a areia tem destaque especial, tendo em vista o elevado nível de assoreamento sofrido pelos rios referenciados, exigindo em todas as captações um sistema permanente de retirada de areia quer seja com unidades móveis de dragagem e ou com instalações fixas de desarenadores. Nas instalações dotadas de tubulões, o assoreamento provoca uma redução de nível entre o leito e a entrada do tubulão facilitando a entrada de detritos que deveriam ser carreados no fundo. Já os materiais flutuantes os de maior impacto são decorrentes do transporte de grandes troncos, e galhos que devem ser suportados pela estrutura tendo em vista ser inviável o seu bloqueio a montante.





No que concerne a topografia, podemos ter uma margem definida no canal do rio, ou uma área espraiada na região convexa, em qualquer situação o projeto deve prever uma variação de nível de aproximadamente 10,0 m o que implica na alteração da curva característica nos períodos de seca e cheia, o que exige mecanismos de controle com o objetivo de manutenção de uma vazão constante em qualquer período e alteração da altura manométrica.



A mobilidade do Rio ainda deve ser considerada, em regiões onde pode ocorrer o aprofundamento do canal, ou formação de bancos de areia, e conseqüentemente a mudança dos níveis operacionais, podendo inclusive inviabilizar a instalação provocando insuficiência de submergencia; Assim tendo avaliado todas estas variáveis a captação pode ser concebida de forma direta ou indireta, sendo a primeira por meio de tubulão inserido no leito do rio, e a segunda por meio de canal ou duto de derivação, sendo que a solução deve derivar de uma análise econômica, tendo em vista que a variação de nível de 10,00m exige volumes de estrutura semelhantes, buscando principalmente a mobilidade dos equipamentos nos procedimentos de manutenção.

Conhecido estes graus de dificuldades, e custos envolvidos, muitas captações foram construídas sobre flutuadores o que imputa uma condição de precariedade, fragilidade, muita gambiarra, e dificuldades de manutenção em períodos de cheias, alem das instalações com apenas uma unidade operando e com reserva no almoxarifado protegido da ação de assaltantes.

























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