sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

LODO – O VILÃO DOS PROCESSOS DE TRATAMENTO



LODO – O VILÃO DOS PROCESSOS DE TRATAMENTO

Em um sistema de tratamento quer seja de água bruta para a sua potabilização, ou de esgotos para um lançamento nos corpos receptores, sem agressão ao meio ambiente, temos sempre um subproduto que é o lodo, e este deve ter um tratamento especifico em ambos os casos, pois sem esta fase do processo as consequências ao sistema e ao meio ambiente são previsíveis.
Lodo lançado direto no meio ambiente, sem tratamento

 
1 – Lodo resultante do Tratamento de Esgoto


Após a digestão, quer seja anaeróbica ou aeróbica, irá sempre resultar um resíduo inerte que é o lodo. O termo inerte que utilizamos foi para caracterizar a ausência de matéria orgânica, que no lançamento iria “roubar” o oxigênio do corpo receptor, porém este lodo constitui uma massa que se for resultante de um tratamento por lagoas, irá acelerar o processo de assoreamento, e consequentemente reduzir o volume inicialmente projetado, comprometendo assim o processo de tratamento. E neste ponto o que se observa em 100% das lagoas que forma projetadas, operaram com eficiência inicial, e se degradaram em consequência do acumulo do lodo, e perderam a sua capacidade de tratamento, são unidades de passagem do esgoto, sem resultado efetivo no tratamento.
Remoção de Lodo de lagoas de Estabilização


Quando o tratamento é em estações aeróbicas, do tipo lodo ativado, haverá um instante em que será necessário o descarte do excesso, e consequentemente o seu tratamento; Porém infelizmente nada disto ocorre na totalidade de estações que temos conhecimento da aplicação do processo, e assim o meio ambiente recebe uma descarga com uma concentração elevada de lodo.

Portanto o lodo gerado nas estações deve fazer parte do fluxo de tratamento, e dependendo do tratamento utilizado, deve passar por algumas das seguintes fases.

Adensamento: Remoção de umidade (Redução de volume)

Estabilização: Remoção de matéria orgânica remanescente (Redução de sólidos voláteis)

Condicionamento: Preparação para a desidratação

Desaguamento: Remoção da umidade (redução de volume)

Higienização: Remoção de organismos patogênicos

Disposição final: Destinação final dos subprodutos
Fase do tratamento de lodo
 
 

Lodo aproveitado na adubação

2 – Lodo resultante do Tratamento de Água

As estações de tratamento de Água geram um descarte resultante das descargas rotineira de Floculadores, decantadores, e filtros; sendo que consequência da qualidade da água bruta, este lodo está com elevada concentração de argilas, matéria orgânica, e resíduo de produtos químicos utilizados no processo de tratamento. Deve-se salientar ainda que este lodo necessita de um grande volume de água para o seu descarte, o que implica no desperdício de um volume com características que facilitam o seu reaproveitamento com baixo custo. Em proporções inferiores porém com as mesmas características de agressão ao meio ambiente, este lodo deve ser evitado o seu descarte, porém conforme relatos das ETEs, são muito poucas as unidades de tratamento que possuem um eficiente sistema de reuso, e tratamento adequado do lodo remanescente.
                                                              Lodo em um Decantador
 
Lodo em um Decantador descartado sem tratamento


Um comentário:

  1. Olá.
    Gostaria de deixa eu comentário ou melhor minha dúvida.
    O processo de separação líquido sólido com pequeno volume utilizamos o equipamento filtro prensa,
    mas quando o processo e com grande volume o que poderia sem utilizado.
    Centrifuga ?
    http://www.fanequipamentos.com.br/filtroprensa.html
    Trabalho com fabricação de filtro prensa.
    grato.

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