MICRORESERVATÓRIOS
DE DETENÇÃO
reservatórios
para controle de cheias ou piscinões
O estudo da chuva,
ciência conhecida como Pluviologia, leva em consideração 4 parâmetros
associados à chuva:
I
- Intensidade - É quantidade de chuva por unidade
de tempo.
A quantidade de água
que cai em uma chuva é medida por aparelhos especiais denominados Pluviômetros
e Pluviografos. O pluviômetro apenas mede a quantidade de chuva. Podemos montar
um pluviômetro caseiro com uma garrafa pets. O pluviógrafo são parecidos mas
possuem uma fita de papel onde uma caneta
registra as informações de níveis.
A unidade de tempo
por ser dia, semana, mês ou outra unidade qualquer, desde que se indique a
unidade. Por exemplo I = 78 mm/h, isto é, 78 milímetros por hora. Isto
significa que em uma hora em que o pluviômetro ficou exposto à chuva ele captou
78 milímetros de chuva.
D - Duração. É a duração
da chuva, isto é, o tempo em que a chuva se mantém com aquela intensidade. Costuma-se
classificar a duração das chuvas em intervalos de 5 minutos, 10, 15 e até 24
horas.
F
- Frequência - A quantidade em que a chuva ocorre
em determinado período de tempo. Uma determinada chuva, por exemplo a chuva de
I = 80 mm/h, pode acontecer todo ano em determinada região e a mesma chuva de I
= 80 mm/h vai acontecer somente a cada 10 anos em outra região.
Curvas de Intensidade-Duração-Freqüência:
A quantidade de água
que cai varia muito de região para região, dependendo de fatores como
existência de mata, proximidade de grandes fontes de umidade como lagos e mares
e outros. Assim, sabemos que na Amazônia cai muita água e no Nordeste muito
pouca.
A intensidade
horária, não importa onde estamos. Podemos estar no Nordeste onde costuma
chover pouco ou estar na Amazônia, onde costuma chover muito. Uma determinada
chuva de grande intensidade pode tanto chover na Amazônia como no Nordeste.
As chuvas de verão
costumam ter uma duração curta, mesmo que seja de grande intensidade.
A vazão de água é
dada pela fórmula Q = I x S, isto é,
a vazão (litros por segundo) de água que corre em uma rua é o resultado da
multiplicação da intensidade pluviométrica (mm/hora) pela Área de Contribuição.
Assim uma intensidade
de chuva de I = 180 mm/h, gera uma vazão no final de uma rua de 100 m de
comprimento por 17 m de largura de:
Q = I x S = 180 x 100
X 17 / 3.600 = 85 litros por segundo.
Galeria
de Drenagem é um sistema de tubos subterrâneos, voltado
para a coleta e condução dos líquidos e sólidos da drenagem urbana.
Drenagem Urbana Moderna
O espaço urbano
recebe toda sorte de materiais que são lançados nos telhados, calçados e vias.
Pó, areia, terra, papel de bala, embalagem de papel, casca de banana, sacos
plásticos, palito de sorvete, goma de mascar, cuspe, resto de sanduiche, latas
de refrigerante, garrafas vazias, xixi de cachorro, coco de passarinho, pomba,
lixo, chuva, etc.
Todo esse material,
acumulado nas calçadas e sarjetas propicia a proliferação de ratos, baratas e
outros parasitas que trazem muitas doenças.
A Prefeitura tem a
obrigação de lavar as ruas semanalmente para evitar a propagação de doenças
como a leptospirose, toxoplasmose, samonelose, ornitose, caddidiase, etc.
A chuva é outro
elemento que faz a limpeza das ruas.
Para permitir a
lavagem das ruas, pela Prefeitura ou pela Chuva, as ruas precisam ser dotadas
de componentes de drenagem como as Bocas
de Lobo.
As bocas de lobo
possuem aberturas que permitem a passagem de objetos como latas de
refrigerante, garrafas de cerveja, e outros objetos pequenos. Uma boa Boca de
Lobo possui abertura entre 8,5 centímetros e 15 centímetros.
Boca de Lobo “Engolindo” detritos
Ao reunirmos a vazão
de todas as ruas teremos um grande impacto, produzindo uma vazão excessiva que
são lançados nos córregos e rios ao mesmo tempo em que ocorre a chuva de grande
intensidade, podendo em alguns casos provocar inundações.
Microrreservatórios
Os reservatórios para
controle de cheias - popularmente conhecidos como "piscinões" - são
estruturas que funcionam para detenção ou retenção de água e t ê m finalidade
de reduzir o efeito das enchentes em áreas urbanas. Sua atuação na bacia hidrológica
de uma região, redistribuindo os escoamentos no tempo e no espaço, permite
recuperar, em parte, as características de armazenagem dessa bacia.
Piscinão
da Vila Pauliceia, em São Bernardo (SP), com capacidade para absorver 380
milhões de litros de água
Além de auxiliar no
controle de cheias, os reservatórios urbanos, em alguns casos, podem ser usados
para tratar a poluição carregada pela água nas cidades. E, ainda, podem
adquirir funções paisagísticas para se integrar mais harmoniosamente ao
ambiente urbano. No Brasil, os reservatórios para contenção de enchentes
passaram a ser implantados na década de 1990. O "piscinão" do
Pacaembu, na zona Oeste da cidade de São Paulo, foi o primeiro a ser construído
e opera desde 1994.
Assim microrreservatórios
são construídos para abater as enxurradas produzidas em lotes urbanos
residenciais e comerciais com área de até algumas centenas de m2. Em geral, são estruturas simples na forma de
caixas de concreto, alvenaria ou outro material. Podem também ser semelhantes
aos poços de infiltração preenchidos com brita, e isolados do solo por tecido
geotêxtil.
Os
microrreservatórios podem ser de detenção, tendo neste caso um orifício de saída,
que restringe a vazão efluente, ou de infiltração.
Microrreservatório
em são Paulo
Para ambos os tipos é
recomendável prever dispositivos de emergência para evacuação das vazões que
excedam a capacidade do reservatório. Os microrreservatórios são medidas de
controle normalmente implantadas por exigência da legislação de alguns
municípios que impõem vazões de restrição aos novos empreendimentos.
Correspondem
essencialmente a armazenamento por curtos períodos, com a finalidade de
controle de inundação, e de retenção, ou armazenamento por longos períodos para
fins de redução de cargas de poluição difusa e recarga do lençol freático, os
microrreservatórios, são utilizadas para amortecimento de cheias como forma de
controle de inundações, eventual redução de volumes de escoamento superficial,
nos casos de bacias de infiltração e, redução da poluição difusa de origem
pluvial. Sua composição básica inclui um volume deixado livre para
armazenamento de águas de escoamento e/ou eventual infiltração, usualmente
denominado volume de espera, uma estrutura hidráulica de controle de saída,
usualmente uma estrutura de descarga de fundo, controlada ou não por comportas
ou válvulas, e um vertedor de emergência.
Os poços de
infiltração são dispositivos pontuais com pequena ocupação de área superficial,
concebidos para evacuar as águas pluviais diretamente no subsolo, por infiltração.
As águas precipitadas são introduzidas na obra por escoamento superficial
direto ou através de uma malha de drenagem. A evacuação das águas armazenadas
pode efetuar-se por infiltração no solo ou a injeção no lençol subterrâneo.
Esses dispositivos devem ser implantados nos pontos baixos, distante dos
espaços susceptíveis de assoreamento eventualmente provenientes de construções,
como também de maneira a não perturbar as suas fundações. Para a determinação
da capacidade de absorção, é recomendado efetuar pelo menos três testes no
mesmo dia ou durante três dias consecutivos, sendo a capacidade de absorção
adotada como sendo o menor valor.
As valas, valetas e
planos de infiltração e detenção são técnicas compensatórias constituídas por
simples depressões escavadas no solo com o objetivo de recolher as águas
pluviais e efetuar o seu armazenamento temporário e, eventualmente, favorecer
sua infiltração. Quando estas depressões possuem dimensões longitudinais
significativamente maiores que suas dimensões transversais, definem-se as valas
ou valetas, sedo as últimas associadas a estruturas com pequena seção
transversal. No caso em que as dimensões longitudinais não são muito maiores do
que as transversais e as profundidades são reduzidas, definem-se os planos. Caso
incorporem também a função de promover a infiltração, estas estruturas são
classificadas como valas, valetas e planos de infiltração. A introdução das
águas é feita de forma direta, por escoamento superficial até a estrutura,
podendo, eventualmente, ocorrer à afluência via tubulação. O armazenamento é
efetuado em superfície livre, no interior da estrutura. A evacuação das águas
pode ocorrer por infiltração no solo local, no caso de estruturas de
infiltração, ou por deságue superficial, diretamente no corpo receptor, com ou
sem dispositivos de controle.
Os
micro-reservatórios domiciliares que permitem utilizar as águas pluviais para
usos domésticos não potáveis, respeitados concepção e critérios adequados de
projeto para a dupla função de amortecimento de cheias e reserva de águas de
abastecimento. Essas pequenas estruturas de amortecimento são tanques,
geralmente pré-fabricados, ou estruturas em alvenaria, concreto, instalados ao
ar livre ou, ainda, dentro de uma edificação, conectados ou não ao sistema de
drenagem. A evacuação dos reservatórios faz-se por infiltração ou descarga na
rede pluvial, além da alimentação de sistemas de utilização, quando for o caso.
Manutenção
As instalações de
águas pluviais de propriedade privada são muito eficazes no controle de inundações
e remoção de poluentes na água, mas eles precisam ser mantidos. A instalação de
águas pluviais deve ter uma manutenção adequada para evitar reparações dispendiosas. Uma
compreensão de como o sistema funciona e como mantê-la minimiza os custos e
protege a qualidade da água."
Limpeza
de reservatório faz parte da manutenção necessária à operação de um piscinão.
Serviço demanda cerca de 10% do custo do reservatório, por ano, segundo
especialista