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quarta-feira, 1 de abril de 2009

RASCUNHO DE BRASIL: COMO ERA O PAÍS EM 1.808

RASCUNHO DE BRASIL: COMO ERA O PAÍS EM 1808

Até 1808, os brasileiros comiam com as mãos..............

Por Reinaldo José Lopes: Fonte: Editora Abril

Tigres e bandoleiros

Os que estudam a situação brasileira em 1808 são quase unânimes: chamar a América portuguesa de “Brasil” seria quase força de expressão. A unidade estava longe de ser clara. “Os habitantes do Brasil se auto-identificavam como portugueses, sentimento que convivia com identidades particularistas, como ‘ser das minas’ ou ‘ser bahiense’”. Estima-se que o Brasil da época tivesse 3 milhões de habitantes – incluindo 1 milhão de escravos e 800 mil índios.
Cerca de 60 mil pessoas viviam no Rio de Janeiro, contra 46 mil em Salvador e 20 mil em São Paulo. Embora os paulistas já tivessem parado de falar tupi – que, durante séculos, chegou a ser mais usado que o português em São Paulo –, eles ainda tinham muito de índio, dormindo em redes, vestindo imensos ponchos que hoje nos lembrariam os gaúchos e usando, para cortar a carne no almoço, a mesma faca que manejavam em duelos.
Os paulistas com jeitão de bandoleiros eram só uma faceta da vida urbana caótica que dom João encontraria no Brasil. As ruas das principais cidades só poderiam ser definidas como uma zorra total. Estreitas e mal iluminadas, eram lotadas de vendedores ambulantes cuja gritaria não deixava ninguém em paz, bichos (principalmente porcos e galinhas) e lixo. Sem falar nos urubus, que se esbaldavam com tanta fartura.
No entanto, em termos de, digamos, saneamento básico, nada superava o sistema dos “tigres”, os escravos que desempenhavam o papel de carregadores de esgoto e lixo em cidades como o Rio, Recife e Salvador. Eles colocavam barris cheios de dejetos nas costas e os levavam para o mar. Com o passar do tempo, as substâncias que caíam em seus ombros deixavam listras brancas na pele negra – daí o apelido felino. As praias mais glamurosas do Rio moderno provavelmente eram um fedor completo no começo do século 19.
Os “tigres” eram só mais um lembrete de que, no dia 8 de março, dom João e sua corte tinham desembarcado no maior mercado de escravos das Américas, o Rio de Janeiro, cidade onde um terço da população de 60 mil pessoas correspondia aos cativos.

No olho da rua (habitação)

O primeiro problema que o príncipe precisou resolver na chegada foi onde enfiar 11.500 membros sem-teto da elite portuguesa. Simples: dom João mandava pintar as iniciais P.R. (oficialmente “Príncipe Regente”, mas interpretadas como “Ponha-se na Rua”) nas casas desejadas para sua nobre trupe. Os donos originais tinham que deixá-las livres para os novos moradores e, supostamente, deveriam ter sido recompensados com uma espécie de aluguel, mas isso acabou acontecendo com freqüência bem inferior à necessária.
Dom João trouxe para o centro do Rio um novo tipo de música: a dos explosivos, pondo abaixo morros e rochedos que, segundo os urbanistas portugueses, atrapalhavam a circulação do ar e das águas e tornavam a cidade propensa a enchentes. Na base da pólvora, a região foi ficando mais plana e ampla. Era preciso expandir a cidade: em 1808, o Rio tinha apenas 46 ruas e um punhado de becos e travessas. Segundo cálculos do viajante inglês John Luccock, cada residência carioca espremia, em média, 15 pessoas.

Quase medieval

Em vários aspectos do cotidiano, até mesmo os brasileiros mais ricos levavam uma vida quase medieval em 1808 (com a exceção do costume de tomar banhos regulares, impensável para os portugueses). Quem vivia por aqui em geral não sabia o que era usar talheres à mesa. Enquanto os homens utilizavam facas de cabo prateado para cortar carne – num almoço formal, cada convidado tinha de trazer a sua de casa –, mulheres e crianças mergulhavam as mãos na papa de comida.
O menu não era muito variado, incluindo em geral carne-seca, toucinho, feijão-preto, farinha de milho e, para beber, água. Vez por outra, as famílias comiam à mesa, embora o mais comum fosse fazer as refeições no chão, sentados em esteiras, com o prato no colo; enquanto ratazanas passavam correndo pelo aposento – se você queria saber se duas pessoas sentadas lado a lado eram íntimas, era só prestar atenção se uma delas enfiava a mão no prato da outra e pegava um pedaço do rango.

Cultura de fachada

As boas maneiras precárias na hora do jantar eram apenas sintomas da completa falta de refinamento no Brasil pré-1808. Dom João deu os primeiros passos para mudar isso já em 1808, ao fundar uma escola de Medicina em Salvador e outra no Rio de Janeiro.
Essa revolução no ensino foi também o começo do fim da única vantagem da medicina brasileira: a praticidade. Quem queria resolver problemas de saúde podia aproveitar para fazer barba, cabelo e bigode. Isso porque, sem médicos formados, quem ocupava seu lugar eram os barbeiros. Munidos de instrumentos como serrotes e de remédios como óleos e cascas de árvore, cabia a eles desafiar as moléstias comuns na colônia, como sarna, bicho-de-pé, verminose, hemorróida e hepatite. Os tratamentos, rudimentares, quase sempre incluíam a sangria: eram feitos cortes na pele do paciente para que o sangue escorresse por algum tempo, na esperança de que a doença “saísse” desse jeito. Com o mesmo objetivo, era comum o uso de sanguessugas para chupar fluidos corporais.

Nosso comentário:

Nos dias atuais, o saneamento ainda não ocupa lugar de destaque em nosso país, a convivência da população com a proximidade de esgotos e dejetos, lixos e outros ainda é muito comum principalmente nos grandes centros urbanos; a solução para o lixo ainda é uma incógnita em muitas cidades, e o esgoto, talvez demore mais um século....felizmente o aprendizado com os talheres ainda não é com a etiqueta francesa, mais já ajudou muito no quesito higiene.......... O motivo: Receita para Investimentos, e a idéia jurássica dos governantes municipais, de que a iniciativa privada ainda não é o parceiro ideal para as soluções de saneamento, não querem enxergar o que acontece em todas as cidades operadas em regime de concessão, com planos de metas transparentes, e fiscalizadas pela sociedade; esperamos ver no futuro RASCUNHO DE BRASIL: COMO ERA O PAÍS EM 2.009, e ter-mos avançado em tecnologias e universalização do saneamento.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

 

O SANEAMENTO X CONHECIMENTO X TREINAMENTOS

Aprovação do Marco Legal do Saneamento pelo Congresso Nacional


A história do saneamento básico no brasil, inicia um novo ciclo, com a aprovação do novo marco legal do saneamento que imprime novas regras no relacionamento com os prestadores de serviços, com a população, e com os órgãos de fiscalização, e governo federal, são novos tempos que se anunciam.


No começo os escravos, coletavam as fezes das casas e carregavam até o Rio ou Mar, onde eram lançados. Eram denominados de Tigres (https://www.jorcyaguiar.com/search?q=tigres).

O abastecimento de água só era possível por meio de gravidade.

Tivemos a oportunidade de estarmos presente neste histórico a quase meio século, faltam apenas quatro aninhos.

Tudo começou na estatal do saneamento mato-grossense, quando iniciamos a trabalhar com a multiplicação do conhecimento operacional nos serviços de abastecimento de água, pois naquela época pouco ou quase nada se falava em esgotamento sanitário. 

ETA São Sebastião em Cuiabá

O estado de Mato Grosso era único, englobando o Mato Grosso do Sul, e tínhamos menos de dez cidades com infraestrutura de abastecimento de água tratada na parte norte do estado.

O tempo era de investimentos em sistemas de abastecimento de água, e treinamento de pessoal, pois a meta era atingir 60.000 profissionais treinados em todo o Brasil.

E na época fazíamos parte de um grupo de técnicos que recebia treinamentos no eixo Rio – São Paulo, e tínhamos o dever de retransmitir o conhecimento ao pessoal de cada cidade onde era implantado um novo sistema.

Treinamento de Pessoal, nos Sistemas recém construídos

O Brasil, e junto com ele, o Mato Grosso crescia a passos largos, estávamos vivendo o fenômeno do êxodo rural, pois em 1940 a população do campo correspondia a 80 % da população total do brasil, e na década de 70 já estávamos com apenas 20%, o que exigia dos governantes muito investimento em implantação de infraestrutura de abastecimento de água, e consequentemente necessidade de treinamento das pessoas que iriam assumir a operação local, desde o gerente local, até os auxiliares de serviços, passando por equipes administrativas, comercial e operacional.

Êxodo Rural, entre 1.940 e 1970

Maciço investimento coordenado pelo Planasa – BNH, na década de 70

O foco no conhecimento durou até próximo dos anos 90, quando em todo o Brasil exauriu os investimentos e iniciou o desmonte das estatais do saneamento, e com isso a redução da qualidade dos serviços.

O resultado é que hoje em dia é possível termos serviços sem pessoal com conhecimento suficiente para operar um sistema em conformidade com as exigências legais, principalmente no aspecto sanitário e operacional.

Envelhecimento e deterioração dos Sistemas

O conhecimento passou a ser transmitido entre aqueles remanescentes do serviço, e que sobreviveram ao rodizio imposto pelas demissões políticas, e assim tudo passou a ser na base do improviso, e hoje, são poucas as cidades que possuem laboratórios equipados com teste de jarros para determinação de dosagem com base em ph ótimo de floculação.

Teste de Jarros para determinar o PH Ótimo de Floculação

Os laboratórios possuem Phmetros, teste de cor, de turbidez, e onde se fazem anotações que não são auditadas, e que se repetem pois não tem nenhum valor prático.

As instalações envelheceram e os métodos estagnaram, pouco se evoluiu além daqueles onde existe o interesse comercial de novos produtos.

O pessoal deixou de ser importante, e o conhecimento reduzido ao fazer com base em tentativas de dosagens, e históricos pela qualidade do manancial.

Pessoal sem Conhecimento pela ausência de treinamentos

As perdas se multiplicaram, e a falta d´agua tornou-se uma rotina constante.

Achar um manômetro e alguém com conhecimento para utiliza-lo em uma investigação de rede, não é uma tarefa fácil, e se o assunto for técnicas pitométricas aí vira xingamento, pois para muitos trata-se de um mistério.

A simples utilização da calha parshall como instrumento de medição de vazão, e a utilização dos valores para gerenciamento já são coisas do passado, e o que falar de uma simples automação para registro de macro volumes, e para impedimento de extravasamento de reservatórios?

Nem se cogitam apesar de simples e barato.

Quando o assunto envolve válvulas de controle operacional, principalmente as de controle de pressão no abastecimento, as mentes são zeradas.


Perdas de Água no Brasil, é superior a 50%, Produzimos, gastando com Energia, Pessoal, Produtos Químicos....e jogamos fora

A economia gerada pela aplicação de técnicas de uso de inversores de frequência, associada a uma micromedição planejada e eficiente, leva a possibilidade da utilização da operação com desligamento nos horários de picos de consumo de energia, sem prejuízo do abastecimento.

São raros os sistemas que ainda aplicam flúor, e garantem uma neutralidade no ph da água de consumo. Um benefício que faz parte do escopo do serviço adequado.

Podíamos aqui ampliar a nossa lista de ações que foram abandonadas pelo tempo, ou então não foram incorporadas unicamente pela falta de conhecimento, tendo como consequência elevado prejuízo ao prestador de serviço, e ao desavisado consumidor.

Entendemos que é hora de mudar este panorama, e o caminho deve ser o do conhecimento, e assim, no momento em que o saneamento básico no brasil se transforma, é de fundamental importância que os investimentos em infraestrutura estejam aliados ao do treinamento de pessoal, como garantia de uma prestação de serviço adequada a população usuária do serviço.

Perdas Provocam Ineficiência dos Serviços, aumentam os custos, e Provocam Falta D´agua





sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

HOUVE UM TEMPO

 

Os Tigres – Escravos que coletavam as fezes nas residências e lançavam nos Rios e Córregos

Houve um tempo em que por falta de Saneamento Básico no Brasil, provocou muitas vítimas de doenças de origem hídrica.

Naquele tempo as soluções eram individuais, e cada cidadão buscava uma solução para prover-se de água para consumo, e afastamento das fezes e águas residuárias.

Houve neste tempo, muito desconhecimento da transmissibilidade das doenças, e assim os poços caseiros eram construídos, muito próximos das fossas, multiplicando assim as doenças pela ingestão de água contaminada.

Houve um tempo em que o Governo Federal, entendeu que era sua responsabilidade, cuidar da saúde dos brasileiros e criou um plano nacional de saneamento, e neste tempo todos os Vereadores e Prefeitos, buscavam mecanismos para empurrar o problema para as companhias estaduais recém criadas (Sanemat, Sabesp, Copasa, Embasa, Cosanpa.....)

Houve neste tempo, grandes investimentos em obras estruturantes, e um relaxamento com a operação e a comercialização dos serviços.

Era muito importante para os políticos terem água a custo insignificante, para angariar votos, pois o pagamento de pessoal estava garantido com o subsídio do governo federal, por meio da taxa de administração das obras.

Neste tempo, não se cobrava água, e nem cortava em períodos eleitorais.

Houve um tempo em que o ensino profissionalizante, só era possível por meio dos correios, e de empresas como O INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO.



Neste tempo a comunicação era muito precária, e os controles de contas de água eram manuais, e em época de eleições as dívidas dos inadimplentes sumiam como passe de mágica.

Na divulgação de conhecimentos técnicos na área de saneamento, foi de fundamental importância os cursos promovidos pelo CETESB, com a denominação inicial de Centro Tecnológico de Saneamento Básico, do Estado de São Paulo, e com a tradicional morosidade dos Correios.


Neste tempo a avidez pelo conhecimento, era limitada pela escassez de informações, e daí o improviso, achismos, e arranjos técnicos (gambiarras), foram-se multiplicando, e os efeitos são mantidos até os dias atuais.

E assim sucederam-se muitas experiências mal sucedidas em abastecimento de água e esgotamento sanitário, que por falta de divulgação do conhecimentos, éramos dominados pelos "especialistas".

Houve um tempo, em que havia apenas um profissional que sabia fazer manutenção nos tubos de Fibras de Vidro, PRFV (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro), e se o mesmo estivesse em uma de suas pescarias, o vazamento demorava até a sua chegada.

Neste tempo, toda memória do sistema de abastecimento de água, estava na “cabeça”, de um único funcionário, que decidia quais as válvulas deveriam ser abertas ou fechadas, para possibilitar abastecer por meio de rodizio, um determinado bairro da cidade.

Imaginem a importância deste Conhecimento.


Passaram-se o tempo, e o conhecimento estagnou-se no tempo, e assim são muito pouco os profissionais que detém o conhecimento fora de seu espaço de trabalho. Veio a Internet, as modernizações de comunicações, mas a inércia da busca do conhecimento ainda permanece, e as modernidades devem ser impulsionadas, pois

 Ainda estamos no tempo em que, a telemetria, evoluiu, barateou custo, mas pouco se vê nos sistemas públicos.

Ainda estamos no tempo em que, a redução de custos, com eficiência operacional está disponível com diversas ferramentas, mas pouco se vê nos sistemas públicos.

Ainda estamos no tempo em que, ainda temos os especialistas em manutenção de tubos e os que tem o sistema na memória.

Portanto, devemos INVESTIR EM CONHECIMENTOS





sábado, 11 de fevereiro de 2012

DRENAGEM URBANA E ESGOTO SANITÁRIO

DRENAGEM URBANA E ESGOTO SANITÁRIO

Para o leigo tanto faz se o “cano” que passa em frente a sua calçada, se foi projetado para receber o esgoto doméstico, ou águas de chuva, o seu objetivo é descartar todo resíduo liquido da sua planta imobiliária; e aí começa um grande problema para o operador do sistema, e para os moradores que estão localizados a jusante, pois quando se liga o esgoto na tubulação destinada a águas pluviais, o cheiro que se forma obriga os moradores a bloquearem as “bocas de lobos”, e forçar o escoamento das águas de chuva apenas pela superfície das ruas e calçadas.
Quando ao contrário se liga as tubulações de águas pluviais e limpezas de calçadas  e quintais dos imóveis, na rede de esgoto, provoca-se um acréscimo de volume incompatível com o sistema de tratamento projetado, prejudicando o tratamento, criando um ambiente impróprio para o crescimento bacteriano. A situação é muito complicada e deve ser motivo de fiscalização rigorosa por parte dos operadores do serviço.
Pesquisa revela que universalização do acesso à rede de esgoto valoriza imóveis,
Além de proporcionar qualidade de vida à população e reduzir o consumo de água e os gastos com saúde, o uso de sistemas de tratamento de esgoto e reúso de água agregam em até 18% o valor às áreas urbanas e ao patrimônio De acordo com uma pesquisa realizada em parceria entre o Instituto Trata Brasil e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a universalização do acesso à rede de esgoto pode oferecer uma valorização de até 18% no valor dos imóveis e, com isso, das regiões onde se encontram esses imóveis. Esta valorização ocorre, principalmente, entre a população de baixa renda.

As melhorias das condições e do acesso ao saneamento básico trazem inúmeros benefícios ao local, desde à saúde da população até a racionalização da aplicação de recursos e a valorização imobiliária das regiões que são atendidas por estes serviços. Os benefícios relacionados ao tratamento de esgoto favorecem um ciclo virtuoso: melhora do ambiente em que vivemos, redução dos gastos na área médica, melhoria da qualidade de vida das pessoas, aumento da produtividade e da renda, valorização imobiliária e patrimonial, aquecimento dos mercados, entre outros.
(Revista Infra / Online – ACONTECE)
Em tempos remotos isto já foi pior, pois carentes de conhecimentos e de infraestrutura, as casas do Brasil em 1850 (162 anos atrás), recolhiam as fezes em urinóis, que eram depositados em tonéis em um determinado local da residência, para serem carregados pelos escravos e lançados em um Rio Próximo, ou lago. Estes carregadores de Fezes eram denominados de “Tigres”, uns dizem que era devido o aspecto rajado em decorrência das fezes que escorriam pelo corpo, outros porque os transeuntes fugiam como se foge de um Tigre de verdade, para não cruzar o caminho destes transportadores, e há também a versão de que só tendo a coragem de um Tigre seria possível realizar esta tarefa.

        Urinol para uso individual


Quando um “tigre” passava, as pessoas tapavam o nariz com lenços, viravam o rosto, se encolhiam. De longe, os “tigreiros” vinham alertando os moradores com seu bordão “Abra o olho! Abra o olho!” Os passantes se esquivavam, com medo de que um simples esbarrão acarretasse um banho asqueroso.

O tratamento dado aos dejetos líquidos gerava freqüentes queixas dos moradores, porque outro hábito comum na cidade era o despejo dos penicos cheios do alto dos sobrados, sem perdoar o caminhante que passava distraído pela rua, a qualquer hora do dia ou da noite. Os algozes ficavam à espreita por trás das janelas dos sobrados, esperando algum desafeto passar para “honrá-lo” com excrementos atirados pela janela. A situação era tão séria que em 1831 a Câmara Municipal editou um regulamento determinando que o arremesso de “águas servidas” para a rua só poderia ser feito à noite, e, mesmo assim, após ser dado um aviso prévio por três vezes seguidas: “Água vai!... Água vai!... Água vai!...”.

Quanto a drenagem hoje o vilão é a sacola do supermercado, que lançado na rua, acaba sendo levado para os Rios, e........

Bem e os copos plásticos, as garrafas, as.........???

A verdade é que na boca de lobo é mais um espaço disponível para a lixeira, e enquanto não for resolvida a questão educacional, vamos convivendo com as inundações das ruas.

Boca de Lobo/Lixeira
    Boca de Lobo com restrição de vazão, bonito, fácil execução, mas não funciona

    Boca de Lobo parcialmente obstruída, e lixo
Afinal com um histórico desfavorável para as bocas de lobo, fica muito difícil evitar as grandes inundações das vias urbanas,
Analisemos a noticia a seguir:
FÁTIMA LESSA - Agencia Estado (Estadao.com.br)
“Cerca de 60% do município de Cáceres (a 215 quilômetros de Cuiabá) está alagado. Depois de mais de 15 horas de chuvas ininterruptas, mais de 20 mil famílias foram atingidas. Segundo a assessoria da prefeitura, em cerca de 15 horas choveu em torno de 60 milímetros, o dobro do previsto para o mês inteiro”.
60 mm de chuva em 15 horas significa que cada metro quadrado de área da cidade recebeu 60 litros de água neste tempo.
Uma bacia de drenagem que tem um único ponto de destino das águas para o rio, tendo uma área de 1.630 Há, irá receber um volume de 978.000 m³, que dividido pelas 15 horas, irá resultar em uma vazão média de 65.200  m³/h ou 18,11 m³ /seg. Se a cidade é muito íngreme, a zona baixa irá inundar rapidamente, pois temos muito volume para as galerias convencionais; e no caso relatado por ser uma cidade plana irá virar uma piscina em pouco tempo se os canais não tiverem dimensões de promover o escoamento.

SEMELHANÇA????  "O volume de chuva que caiu em Rio Claro (SP) na última terça-feira está bem acima da média esperada para o período. Segundo o técnico da Estação Meteorológica o município registrou 62,2 mm de chuva em 24 horas."
"DRENAGEM É COISA MUITO SÉRIA"

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...