MINHA
ÁGUA – MEU VOTO
Fonte da Imagem: ASA
Antes da divisão do estado de Mato Grosso, apenas 5 Cidades possuíam “ÁGUA ENCANADA”, na parte onde hoje é Mato Grosso, pois os investimentos eram concentrados na parte onde hoje é o Mato Grosso do Sul.
A população convivia com os POÇOS CASEIROS, que geralmente eram fontes de DOENÇAS de Vinculação hídrica.
Como um programa do
GOVERNO MILITAR, foi criado o PLANASA, Plano nacional do Saneamento, e em cada
estado da federação foi criado as Empresas de Economia Mista, denominadas
ESTATAIS DO SANEAMENTO, e tinham como objetivo fazer uma GESTÃO EMPRESARIAL, na
implantação, operação e manutenção dos sistemas de Água e Esgoto, nos
municípios que decidissem efetuar um CONTRATO DE CONCESSÃO com prazo de 30
anos, com estas estatais.
Em Mato Grosso esta
incumbência ficou a cargo da SANEMAT (Companhia de Saneamento do Estado de Mato
Grosso), e assim praticamente todos os Municípios criados antes da CONSTITUIÇÃO
DE 1986, eram operados pela mesma.
O tempo passou e estas
Empresas, não conseguiram promover uma GESTÃO EMPRESARIAL, para o saneamento, e
como consequência todas encontram-se em ESTADO FALIMENTAR, e dependente de
subsídios do Governo Estadual.
Em Mato Grosso porém o
GOVERNADOR DANTE DE OLIVEIRA diante do quadro de sucateamento, e incapacidade
de gestão, resolveu extinguir a SANEMAT, e transferir todo o patrimônio para os
municípios.
Ora, se a estatal com todo o seu aparato técnico não deu conta de cumprir a sua missão de promover UM SERVIÇO ADEQUADO, dá para prever o que ocorreu nos municípios que receberam este espólio sucateado.
ETA - Estação de Tratamento de Água em Reserva do Cabaçal MT
ETE - Estação de Tratamento de Esgoto em Barra do Bugres MT
ETE - Primavera do leste
E quem não buscou este
caminho, em sua grande maioria, convive com um péssimo
serviço de Abastecimento de Água, e sem nenhuma perspectiva de implantação do
serviço de tratamento de esgoto.
Hoje encontramos todos
os tipos de problema, desde o relacionado com qualidade da água distribuída,
sem controle e sem potabilidade, rodízios no abastecimento, com falta d’água
rotineira, ausência de investimentos para ampliação do sistema, cobrança irrisória
pelo serviço, não cobrança, com renúncia de receita, Estações de Tratamento
deterioradas, entre outros........
O CAOS ESTA INSTAURADO MAS O SISTEMA DE ÁGUA É MEU,
É público e eu que nomeio os funcionários,
Eu, subsidio o serviço,
Eu, anistio as cobranças,
Mas eu, não aumento um centavo na conta de água…já imaginou, a impopularidade que isto iria provocar?
Água distribuída - Presidente Dutra - MA
Água distribuída - Santa Isabel - PA
O Brasil inteiro, com ou
sem Estatal, convive com um péssimo serviço de Saneamento, onde as empresas
cuidam exclusivamente de arrecadar para pagar salários, e assim, PROMOVENDO A
DESINFORMAÇÃO, buscam ENDEMONIZAR O CAPITAL PRIVADO com o argumento do
desemprego, e de cobranças indevidas e elevadas, o que já está provado ser
inverdade para quem busca promover um SERVIÇO ADEQUADO para CLIENTES, e não
para ELEITORES.
O fim deste cenário irá
acontecer com a introdução do novo MARCO DO SANEAMENTO, que irá impor severas
regras, obrigando a todos os setores envolvidos, a praticarem uma GESTÃO
EMPRESARIAL para o saneamento, impondo METAS, e FISCALIZANDO RESULTADOS. Sancionado
em 15/07/2020 O principal objetivo da legislação é universalizar e qualificar a
prestação dos serviços no setor.
A meta do Governo
Federal é alcançar a universalização até 2033, garantindo que 99% da população
brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e a coleta de esgoto.
Porque Sem Gestão
Empresarial não dá mais para continuar investindo no Brasil, pois das 718 OBRAS
DE INFRAESTRUTURA PARALISADAS NO PAÍS, 429 são da área de saneamento básico, o
que equivale a 60% do total, apontou um estudo da CNI (Confederação Nacional da
Indústria).
As obras de
distribuição de água, coleta ou tratamento de esgoto paradas representam R$ 10
bilhões.... É muito dinheiro desperdiçado....