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segunda-feira, 4 de julho de 2011

SANEAMENTO NO TEMPO DO JECA TATÚ

SANEAMENTO NO TEMPO DO JECA TATÚ
Ano – 1.920

Cenário: Esgoto a céu aberto, escorrendo nas ruas


Sanitários: Privada – Latrina – Pé de Bananeira


Apesar de um crescimento exponencial, nas regiões de garimpo, já havia por parte dos desbravadores, uma visão urbanística e as cidades eram projetadas no estilo nordestino, em razão da maioria dos desbravadores de mato grosso serem oriundos, da Bahia, Maranhão, nordeste de Minas..... as ruas eram estreitas, as casas geminadas “de parede e meia” e os terrenos geralmente estreitos e compridos, em média de 8 a 10 m de largura por 30 a 40 m de comprimento, e neste espaço eram edificados a residência, a privada, a cisterna, e outras instalações para lavagem de roupas e louças.



As cisternas possuíam profundidades de até 15,00 e eram revestidas com tijolos, na sua parte mais inconsistente de solo, porém como eram construídas em proximidades inferiores a 10,0m das fossa estas acabavam contaminando de forma imperceptível a fonte de água da residência.

Neste cenário surgiram varias doenças, porém a que mais chamou atenção dos sanitaristas foi o amarelão, decorrente de duas espécies de vermes, o Ancylostoma duodenale e o Necator americanus, e que ainda parasitam cerca de 900 milhões de pessoas no mundo e matam 60 mil anualmente. O Ancylostoma duodenale adulto possui de 8 a 18 mm de comprimento e de 400 a 600 mm de largura. O Necator americanus pode medir de 5 a 11 mm de comprimento e de 300 a 350 mm de largura.

Após a cópula, as fêmeas desses nematelmintos liberam ovos no intestino delgado humano, que são eliminados junto com as fezes. No solo e em condições adequadas, como boa oxigenação, alta umidade e temperatura elevada, dos ovos sairão larvas que, após várias transformações, alcançarão um estágio infectante. Nessa forma, poderão penetrar pela pele, conjuntiva, mucosas ou por via oral, quando houver a ingestão de alimentos ou água contaminados. A penetração da larva na pele causa uma sensação de “picada”, com aparecimento de vermelhidão, prurido e inchaço (edema) na região. Desse local ela vai para a corrente sanguínea e leva alguns dias sofrendo várias transformações, até alcançar o intestino delgado. Nessa região atingirá o estágio adulto tornando-se capaz de copular e liberar ovos. A infecção provoca dor abdominal, perda do apetite, náuseas, vômitos e diarréia, que pode ser ou não acompanhada de sangue. Também pode causar anemia, visto que, no intestino delgado, os adultos dessa espécie também aderem à mucosa intestinal e alimentam-se intensamente do sangue do hospedeiro. A ancilostomose ocorre preferencialmente em crianças com mais de seis anos, adolescentes e em indivíduos mais velhos.



Neste cenário dois fatos merecem destaques:

• O primeiro protagonizado por Monteiro Lobato, que tendo que enfrentar a vida no campo, em decorrência de uma herança recebida, conviveu com uma população, anêmica, e preguiçosa, que foi motivo de muitas criticas de sua parte, até perceber que as pessoas não eram assim, estavam assim, por conta de uma grave doença causada pela ausência do saneamento básico; iniciava neste instante uma grande campanha cujo personagem principal era o Jeca Tatú, e o objetivo era a prevenção contra o Ancylostoma duodenale e o Necator americanus que são espécies aparentadas de vermes parasitas nematelmintos, com corpos filiformes e fêmeas (com até um centímetro) maiores que machos. As suas extremidades anteriores têm a forma de um gancho, especialmente nos Necator, e possuem boca armada com placas ou espinhos duros e bastante resistentes.


                                                            Necator Americanus




  • O segundo fato, é protagonizado pela FSESP Fundação de saude Publica, que hoje evoluiu para a atual Funasa, que tinha como foco a prevenção, que constituia em:

PREVENÇÃO

• Utilização de calçados (sapato ou sandália), evitando o contato direto com o solo contaminado;

• Fornecimento de infra-estrutura básica para a população, proporcionando saneamento básico e condições adequadas de higienização;

• Ter o máximo de cuidado quanto ao local destinado ao lazer das crianças, pois acabam brincando com terra;

• Educação da comunidade, bem como o tratamento das pessoas doentes

Nesta epoca, (Década de 50), a FSESP utilizava de uma grande estratégia, para resolver o problema de falta de recursos para o Saneamento Básico, e consistia em atuar junto a população buscando motivar a mão de obra gratuita, em regime de mutirão, o que era conseguido com a seguinte estratégia:

1. Convocação e reunião dos moradores para em praça publica, assisterim uma palestra, e alguns filminhos do Jeca Tatú.

2. Entrega de recipiente para coleta de fezes do mais idoso, e das crianças de cada residencia.

3. Marcavam uma próxima reunião pra uma data previamente agendada

4. Na data da segunda reunião, era mostrado a estatistica das análises de feses, e demonstrado aos pais que o destinoi das crianças estavam em suas mãos, devendo apoiar com a sua mão de obra, para realizar a implantação de projetos que invariavelmente, era a de captações em minas, e distribuição no centro mais populoso.

5. E obviamente, o objetivo era conseguido pois nenhum pai gostaria de saber que pela sua atitude em não colaborar e lacrar as cisternas, o seu filho poderi morrer ou ficar comprometido com a sua inteligencia.

Dai pra frente era uma manutenção com um potente lombrigueiro....



SANEAMENTO ATUAL


Ano – 2.011

Cenário: Esgoto a céu aberto, escorrendo nas ruas

Sanitários: Privada – Latrina (Foram para dentro das residências, e ganharam status com “tronos” bem elaborados) – Pé de Bananeira, ainda continuam em algumas comunidades.



Na maioria das cidades, a solução com “agua encanada” já é uma realidade, mas o esgoto continua fluindo a ceu aberto pelas ruas, ou contaminando o lençol freatico que agora não mais é captadso pelos poços caseiros, mas sim pelos ribeirinhos localizados a jusante das cidades, somente afastamos o problema de nossos quintais e transferimos para o quintal de nossos vizinhos, não temos mais nenhum defensor do saneamento como o Monteiro Lobato, e continuamos sem recursos para o saneamento, e pior sem a mão de obra gratuita que assentava as tubulações;


Nos grandes centros temos ainda a figura dos “cidadões”, que se negam a ligar, a sua fossa na rede coletora, assim como se negam a pagar um custo necessário para o afastamento do esgoto e consequente tratamento, afinal o problema já passou para o quintal do vizinho, e seus filhos não terão nenhum contato com o esgoto.

Resultado: Vamos vivendo um Jeca melhorado


sábado, 18 de junho de 2011

TRATAMENTO DE ESGOTO DE TEMPO SECO


Nesta foto do final da década de 40, a Prainha tinha suas próprias estações. No inverno (31º), apenas um filete. No verão (43º), rugia junto com as chuvas dentro dessas casas. Nota-se acima do telhado do luxuoso cabaré “Bar Colorido” a torre da Igreja do Rosário ou de São Benedito. (Blog do Zaviasky)

“O córrego Prainha permitia a entrada de pequenas embarcações até a Praça do Aracaty, atual Ipiranga, ladeada pelo córrego Cruz das Almas, soterrado nas proximidades da Avenida Generoso Ponce, onde às suas margens os homens vendiam os seus pescados à população: (...) o ribeirão Prainha, caudaloso na época, até o mercado abicavam as canoas que subiam o caudal e ali chegavam transportando peixes e o produto das hortaliças cultivadas nas chácaras vicinais do rio Cuiabá para o abastecimento da cidade.

Canal aberto da Prainha na década de 70

“Esse pequeno córrego que nasce nas proximidades, hoje, do bairro Consil e corre rumo ao rio Cuiabá continua deslizando eternamente, no entanto, soterrado e contaminado, murmurando por entre os esgotos da cidade, perfazendo a sua caminhada na qualidade de mísero contribuinte do rio Cuiabá” (Prof. Neila Barreto - Comunicação/Sanecap)
 
  Cena da década de 70, cavalo pastando dentro do córrego, em baixo da ponte da confusão, ......A cidade cresceu e junto veio a urbanização da area central, com a canalização do córrego da prainha.
 
 

Diante da dificuldade de fazer um sistema completo de rede coletora e ligações, e diante de um grande problema que era o lançamento dos córregos da prainha e do Mané pinto no Rio Cuiabá, foi concebido na década de 90, um sistema que foi denominado de esgoto de tempo Seco, por só funcionar em dias sem chuva.

Como a prainha e o Mané Pinto, drena uma grande bacia, foi projetado um coletor tronco para conduzir o córrego Manel Pinto até uma elevatória que foi projetada para coletar a prainha, e conduzir todos os esgotos para a estação de tratamento Zanildo costa Macedo no parque de exposição.

A tecnologia possibilitou uma melhora na qualidade da água do rio Cuiabá, pois durante o período de estiagem quando a sua vazão atinge um valor mínimo, foi retirada toda carga poluidora dos esgotos da zona central da cidade e adjacências do córrego manel Pinto.



A expansão do saneamento de "tempo seco" é tido como uma saída para cidades complexas, ausência de recursos financeiros para contemplar a coleta, e que obviamente será aproveitado quando da instalação de um sistema definitivo.

Estas instalações são automatizadas, e quando o córrego atinge um patamar de diluição, em decorrência da intensidade da chuva, as comportas são automaticamente fechadas, até o cessar das chuvas.





sexta-feira, 10 de junho de 2011

LIXO & ESGOTO A VACUO

Recebi um email com um anexo, onde em comentários com os amigos pude verificar o grau de admiração por um sistema em funcionamento em cidades ditas de primeiro mundo, lembrei de quando era universitário em 1973, e quando estudávamos aplicações de asfalto, e tinha-mos noticias de que na França, este assunto era ultrapassado, simplesmente por falta de espaço a asfaltar, e o negócio deles naquela época já era a tecnologia de conservação e manutenção; já se passaram quase 40 anos e não estamos nem perto de chegar neste nível. Falar em lixo a vácuo e esgoto a vácuo, será apenas para despertar soluções, que estão muito próximas, mas que precisam ser quebrados alguns paradigmas. Afinal já estamos vislumbrando o VLT, que é um super salto na qualidade do transporte coletivo, e ausencia do medo as novas tecnologias.

Veja o vídeo:

No esgoto convencional tudo ocorre por gravidade, e assim quando a topografia não é favorável temos escavações muito profundas, e ou dezenas de elevatórias, que são fundamentais no processo de transporte dos esgotos das residências.

No esgoto a vácuo, o processo de transporte do esgoto, é feito mediante uma canalização de menor diâmetro acoplada a uma estação de vácuo, com ejetores ou bombas de vácuo em baixa profundidade, sem poços de visita, e reduzindo drasticamente em alguns casos o número de estações de bombeamento.


                                                                                                                     Croquis sistema a vácuo

Na maioria das situações, o estudo de viabilidade técnica e financeira, que deve ditar a situação mais adequada para o projeto, sendo que em alguns casos a impossibilidade de coleta por gravidade, condiciona ao lançamento direto sem tratamento, ou inevitavelmente a uma solução via vácuo; Um exemplo de utilização são as toaletes a vácuo, que equipam aviões, trailes, ônibus, etc.

                                    Toalete a vácuo em um  Boing

Nesta toalete a vácuo, quando você dá a descarga, uma válvula é aberta no cano coletor e o sistema a vácuo suga o conteúdo do vaso para dentro de um tanque. O dispositivo de sucção é eficaz e, por isto, requer pouca água para limpar o vaso. A maioria dos sistemas de sucção aciona a descarga com apenas 2 litros de água (ou menos) se comparado aos 6 litros usados em um vaso sanitário econômico e até 19 litros em um modelo mais antigo, pois o sanitário caseiro comum usa um vaso com água. Quando se dá a descarga, um sifão drena o vaso. A gravidade conduz a água para dentro de um tanque séptico ou um cano de esgoto.

As vantagens destas toaletes são:

• utilizam pouca água;

• Usam canos coletores com diâmetro muito menor;

• são limpas em todas as direções, inclusive a parte de cima

• Não é preciso quebrar o piso para instalar novos vasos sanitários, pois o cano coletor não precisa ficar sob o chã;

• podem ser instalados em qualquer lugar, principalmente em um local paradisíaco como o da foto a seguir, onde o grau de dificuldade é elevadíssimo em um sistema convencional de coleta de esgoto:


   
 
Outras vantagens adicionais são

• Sistema fechado e controlado pneumaticamente com uma estação de aspiração central. A energia elétrica só é necessária nesta estação central

• Não ocorre a sedimentação devido à auto-limpeza e altas velocidades

• A substituição e manutenção de rede de esgoto não é necessária, assim como não são os bueiros

• Normalmente, apenas uma estação única bomba de vácuo é necessária, o que libera terra, reduz os custos de energia e reduz os custos operacionais.

• Custos de investimento podem ser reduzidos até 50% devido à abertura de valas simples em profundidades rasas, perto da superfície.

• Flexibilidade de tubulações, com os obstáculos sendo facilmente ultrapassados.

• Menor tempo de instalação

• Pequeno diâmetro das tubulações de esgoto de PEAD, material PVC, economia de custos de material

• Aeração do esgoto, menor desenvolvimento de H 2 S, com seus perigos para os trabalhadores, moradores, bem como a corrosão das tubulações podem ser evitados; O esgoto é mantido fresco

• Não ocorre nenhum odor ao longo dos esgotos por vácuo

• Não ocorre Nenhuma infiltração

• Menor custo para manutenção no longo prazo devido à identificação de valas rasas e fácil acesso.

• Cria fluxos de resíduos concentrado, o que torna viável a utilização de diferentes técnicas de tratamento de águas residuais, como o tratamento anaeróbio

Como não se pode chegar a perfeição, algumas desvantagens devem ser relacionadas tais como:

• Os sistemas de vácuo não são capazes de transportar água de esgoto através de longas distâncias, as linhas só podem chegar até 4 km.

• Os sistemas de esgoto a vácuo só são viáveis em um sistema separador absoluto.

• A Integridade das junções de tubulação é fundamental

HUMOR: Veja o vídeo  The Airplane Toilet Paper Experiment

http://www.youtube.com/watch?v=-xADMns5wDU&feature=player_embedded



segunda-feira, 2 de maio de 2011

ESPUMA X ESCUMA

ESCUMA X ESPUMA

O que é escuma?

Diversas são as definições para a escuma em processos de tratamento de águas residuárias, de uma maneira geral, trata-se de uma camada de materiais que flutuam superficialmente nos reatores.

Uma grossa camada de escuma pode ser constituída por compostos de difícil degradação, as gorduras, além de outras matérias flutuantes. Assim, essas referências motivam a idéia inicial de que escuma seja essencialmente uma camada de óleos, graxas e gorduras provindos do afluente que por serem de difícil degradação, pouco densos e insolúveis em água, se acumulam numa camada de topo na unidade de tratamento.

Talvez uma das definições mais extensas, mas nem por isso a mais completa, é, resumidamente, a de que a escuma pode conter gordura, óleos, ceras, sabões, restos de comida, cascas de frutas e vegetais, cabelos, papel e algodão, pontas de cigarros, plásticos, partículas de areia e materiais similares, apresentando massa específica menor que 1,0.

Ou, escuma é uma mistura de cabelos de animais, partículas de pele, palhas de leitos de animais, penas, fibras e qualquer coisa que flutue.

Ou ainda, é uma camada gelatinosa espessa, extremamente pegajosa e oleosa, coberta com uma fina crosta, contendo ainda pedaços de partículas grosseiras, lodo granular morto e outras partículas mais finas.

Portanto, a constituição da escuma parece depender fundamentalmente do tipo de água residuária a ser tratada e do tipo de reator de tratamento.

Resumindo: escuma, no contexto de reatores de tratamento de águas residuárias, é um subproduto de processo que se acumula na superfície dos tanques em geral. Potencialmente se constitui de materiais diversos, sendo, conseqüentemente, bastante heterogênea.



Escuma x Espuma

Recorrendo-se ao conceito vernáculo, é encontrado que espuma é sinônimo para escuma. Seja pela questão lingüística, ou mesmo em virtude da semelhante característica de ser flutuante, ou menos densa do que a água, o termo escuma e espuma são freqüentemente usados indistintamente. De fato, há relações, mas também diferenciações entre escuma e espuma que precisam ser desanuviadas para que os dois fenômenos tenham gestões adequadas.

Muito embora ambas, escuma e espuma, se constituam em possíveis problemas para a operação de reatores anaeróbios, a incidência e solução desses distintos problemas são também diferenciadas. Moen (2003) afirma que aos compostos de óleos e graxas, os quais segundo ele próprio são precursores da escuma, podem aderir bolhas de gás causando a formação de uma camada densa de espuma. Por outro lado, Gerard (2003) relata que a escuma pode conter bolhas de gás aderidas. Para Cook e Boening (1987), uma diferenciação entre espuma e escuma é que a primeira sempre tem bolhas de gás aderidas, porém a escuma pode não ter gases associados com sua formação. Nesse sentido, óleos e graxas, bolhas de gás e microrganismos não parecem ser elementos distintivos para as ocorrências de escuma e espuma. Assim sendo, a elucidação da diferença entre escuma e espuma deve passar, inicialmente, por uma compreensão dos fenômenos envolvidos na formação e acumulação de cada uma.

Espumação

São considerados pré-requisitos para formação de espuma em reatores: presença de bolhas de gás e material hidrofóbico combinados com substâncias surfactantes, isto é, aquelas que têm a propriedade de diminuir a tensão superficial da água (FOOT e ROBINSON, 2003, BARBER 2005).

Depreende-se, portanto, que a espuma, biológica e estável, forma-se quando há o encontro de bolhas de gás e células hidrofóbicas na superfície de um líquido com tensão superficial diminuída pela ação de surfactantes ou biosurfactantes, os quais são surfactantes produzidos pelos microrganismos.

São eventos que causam as ocorrências evidenciadas de espuma em digestores anaeróbios:

• Instabilidade metabólica em situações de partida do reator ou mesmo em condições de má mistura, aumento da alcalinidade dentro do digestor, fatores que intensificam o efeito surfactante;

• Lodo de alimentação do digestor com elevada proporção de bactérias filamentosas, promovendo acúmulo de hidrofóbicos;

• Mistura do digestor com recirculação de gás em lugar da mistura mecânica, gerando acréscimo das bolhas de gás.

Problemas relacionados com acumulação de espuma em reatores anaeróbios,

• Perda de capacidade volumétrica,

• Entupimento das tubulações de coleta de gás devido à aderência de sólidos da espuma,

• Perda de geração de energia elétrica a partir de menos biogás conseguido,

• Extravasamento de espuma no reator gerando maus odores, bloqueio de dispositivos de mistura a gás,

• Inversão do perfil de sólidos, cobrimento de bomba de recirculação de lodo, entre outros

Produção de escuma

A escuma, em seu processo de formação, prescinde de surfactantes, pois, o aprisionamento de bolhas de gás, em excesso motivado pelos agentes superfície ativa, pode ocorrer em um menor grau ou mesmo não se verificar sem que isto seja determinante na produção da camada de materiais flutuantes. No entanto, se houver quantidade significativa de surfactantes na massa líquida, materiais que formariam a escuma, por surgir flutuando na superfície, passam a agir estabilizando a espuma se estiverem enevoados de gases.

Nesse sentido, em situação de concentração reduzida de surfactantes, os materiais de massa específica menor que a da água (óleos, graxas, gorduras, materiais vegetais particulados, cabelos, borrachas, entre outros), apresentando uma tendência natural de flutuar e sendo de biodegradação mais demorada, podem se desvencilhar da massa biológica em digestão e subir no reator em direção à superfície, formando escuma.


A espuma que se forma na superfície dos reatores exige manutenção e vigilância constante da equipe de manutenção, sob pena de redução da área útil do reator, devendo ter uma remoção sistemática, pelas equipes de manutenção. Externamente as unidades de tratamento, dependendo do volume de surfactantes, pode criar uma falsa imagem da ineficiência do reator.







terça-feira, 29 de março de 2011

ÁGUA X INTELIGENCIA

Um pesquisador da Universidade do México, Christopher Eppig, concluiu:

“Crianças que enfrentam doenças, principalmente ligadas a diarréia e desidratação, podem ser afetadas em seu desenvolvimento intelectual. Segundo ele, a explicação é simples. Alguns parasitas alimentam-se de partes do corpo humano e a reposição desse dano tem alto custo energético. “Em um recém-nascido, 87% das calorias absorvidas na alimentação vão para o cérebro, porcentagem que cai para 23% na fase adulta. Daí a preocupação em se saber se doenças que “roubam” energia das crianças podem afetar seu desenvolvimento intelectual.”

A diarréia, por exemplo, é apontada como maior causa de morte em crianças com menos de cinco anos. No Brasil, a doença mata sete crianças por dia. As que sobrevivem provavelmente são prejudicadas em sua atividade cerebral. Isso porque, enquanto o cérebro é a parte do corpo que mais gasta energia, o sistema imunológico é o segundo. Aos cinco anos de idade, metade da energia consumida vai para o cérebro. Quando a criança adoece, a ativação do sistema imunológico passa a exigir mais de 30% das calorias que ela ingere.

Comentário:

Nos adultos a água causa ainda maiores problemas em seus cérebros, e provocam em alguns casos uma enxaqueca, que pode durar ao longo de toda a sua vida, e a questão não está ligada a sua ingestão, mas sim a sua GESTÃO. E ao longo de décadas, foi possível identificar as principais causas provocadoras destas enxaquecas e que nesta crônica iremos apontar as principais que são:

1 – Desconhecimento do Negócio e

2 – Vícios associados ao negócio

Desconhecimento do negócio

A gestão dos serviços de abastecimento de água no Brasil, sempre foi uma atribuição do poder público, quer seja por uma estatal, uma empresa municipal, DAE, ou SAAE, tendo assim economias mistas, autarquias, e departamentos. Neste serviço existe um linguajar próprio de poucos técnicos que militam no setor, sendo que muitas técnicas, operacionais não se aprendem nas universidades, e não são de domínio público; Os problemas do setor são também conhecidos, porém nunca são resolvidos, e um dos principais vilões são sempre a ausência de recursos financeiros. Sempre procuramos comparar as empresas de saneamento a uma indústria, onde qualquer leigo do setor tem a informação que na cadeia produtiva, faz-se necessário a aquisição da matéria prima, e sua industrialização, para posterior comercialização.

Na indústria da água qualquer pratica diferente da indústria de transformação pode levar a ruína, e aquela tradicional enxaqueca. Vamos citar o exemplo da multinacional EMPRESA DE SANEAMENTO ÁGUAS DO AMAZONAS, do Grupo Ondeo, multinacional francesa, que assumiu a gestão do abastecimento de água de Manaus; O abastecimento não deveria, ser problema para um município que tem quase 10% da água doce do planeta a escorrer à sua porta pelos rios Negro, Solimões e Amazonas.

Para os franceses, parecia fácil. Havia muita água disponível e uma população de quase 2 milhões de habitantes que deveria pagar por ela. Tradicionalmente, o serviço público de água da cidade era muito ruim, portanto, “bastaria oferecer um bom serviço” para a conta fechar. Ledo engano. Como o serviço público nunca funcionou, a elite urbana da cidade nunca dependeu dele. A maior parte das casas e condomínios abastados tem seu abastecimento garantido por poços artesianos, um serviço que, depois de implementado, é de graça, sem conta mensal. A empresa francesa ficou apenas com a gestão do consumo da população pobre e com a obrigação de recolher o esgoto da cidade, pelo qual também não se pagava, uma vez que a taxa de esgoto está embutida na conta de água. Hoje, decorridos mais de uma década a população de Manaus ainda convive com problemas de distribuição de água e esgotamento sanitário, e assim temos um exemplo de que não basta somente o aporte de recursos, pois se o gestor não tiver pleno conhecimento do sistema restar-lhe-á uma grande enxaqueca.

Para mudar este quadro, não precisa ser inteligente, basta que, se cumpra a lei, onde toda concessão deve ser precedida de um PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico), que deverá contemplar todos os aspectos técnicos, sociais, e econômicos financeiros. Ou seja, é conhecer intimamente o sistema, pois em cada cidade tem-se um enfoque diferente para a gestão. Ao empreendedor é importante conhecer a atratividade do negócio tendo um contrato com regras definidas de investimentos, em um cronograma factível de execução. A sociedade é importante estar envolvida no negócio, com o compromisso de fiscalizar, e ter um serviço adequado, que envolve tarifa módica, continuidade, regularidade, universalização, entre outros.

Vícios associados ao negócio

Como é muito comum nas empresas públicas, os vícios são de difícil gestão, e estão sempre associados a perda de privilégios, isto ocorre devido as bolhas ou ilhas que se formam nos diversos setores das empresas; existindo as ilhas de conhecimentos, de políticos, de “embromadores”, de......

Na outra ponta, quem depende do serviço, conta com as benesses da água farta devido a ausência de controle, não pagam porque argumentam precariedade no serviço, e a empresa afrouxa quando das proximidades das eleições, e como tem eleição todo ano, não é difícil imaginar o que ocorre com o faturamento das empresas.

Os poços relatados na cidade de Manaus estão presentes também em diversas cidades, além de que existe uma grande confusão entre drenagem e esgotamento sanitário. Assim quando se pesquisa se o cidadão irá aderir ao sistema de esgotamento sanitário, comprometendo-se a pagar os custos decorrentes do serviço, muitos vêm na obra à solução para a água que “empoça” em seu quintal. Quando pagar pelo consumo da água nunca foi um hábito, imagine o que acontece quando o hidrômetro chega, sem nenhum preparativo, do cidadão e de suas instalações. E o pagamento do esgoto?

Conclusão:

No Brasil, onde há mais redes de telefonia do que de esgoto, faleceram no hospital 2.409 vítimas de infecções gastrointestinais em 2.009. Delas, 1.277 poderiam ser salvas pelo acesso universal ao saneamento básico. Hoje não se sabe se é possível reverter os danos causados ao cérebro pelas doenças infecciosas, mas é possível prevenir as enxaquecas se as parcerias via concessão seguirem os tramites legais.

Crédito: Revista DAE





quarta-feira, 23 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

No dia 22/03/2.011, data de comemoração Mundial da Água, a ANA - Agencia Nacional de Águas, publica a seguinte matéria:

SOBRE A ÁGUA

“ Levantamento inédito em todo o País coordenado pela Agência Nacional de Águas, o Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água reúne informações detalhadas sobre a situação dos 5.565 municípios brasileiros com relação às demandas urbanas, à disponibilidade hídrica dos mananciais, à capacidade dos sistemas de produção de água e dos serviços de coleta e tratamento de esgotos.

O Atlas revela que 3.059, ou 55% dos municípios, que respondem por 73% da demanda por água do País, precisam de investimentos prioritários que totalizam R$ 22,2 bilhões. As obras nos mananciais e nos sistemas de produção são fundamentais para evitar déficit no fornecimento de água nas localidades indicadas, que em 2025 vão concentrar 139 milhões de habitantes, ou seja, 72% da população. Concluídas até 2015, as obras podem garantir o abastecimento até 2025.”



SOBRE O ESGOTO



A universalização dos serviços de saneamento é a meta básica de longo prazo a ser alcançada pelo País. O Atlas, porém, propõe a implantação de redes coletoras e Estações de Tratamento de Esgotos – ETE em municípios onde o lançamento de efluentes (esgotos sanitários) tem potencial para poluir mananciais de captação. Para isso, seriam necessários investimento adicionais de R$ 47,8 bilhões, sendo R$ 40,8 bilhões em sistemas de coleta e R$ 7 bilhões em tratamento de esgotos. Portanto, os investimentos necessários no longo prazo somariam R$ 70 bilhões, considerados os gastos de R$ 22, 2 bilhões para evitar déficit de abastecimento até 2015, e os R$ 47,8 bilhões necessários para manter a qualidade dos mananciais no futuro.

Os problemas associados à poluição hídrica são mais evidentes nos grandes aglomerados de municípios, devido à pressão das ocupações urbanas sobre os mananciais de abastecimento público. Os lançamentos de esgotos sem tratamento dos municípios localizados rio acima influenciam diretamente na qualidade das águas das captações rio abaixo.

SOBRE MATO GROSSO

O total de investimentos previstos para garantia da oferta de água em Mato Grosso, soma mais de R$ 203 milhões, beneficiando 56 municípios (40% do total) e uma população de quase 2,2 milhões de pessoas em 2025. Desse total, são previstos R$ 130 milhões (64%) para ampliação e adequação de sistemas produtores, onde estão incluídos os investimentos na RM do Vale do Rio Cuiabá, que abrange 27% da população do Estado. O restante, correspondente a R$ 74 milhões (36%), deverá ser investido no aproveitamento de novos mananciais superficiais ou subterrâneos.

PS – Não há avaliação do Montante de recursos para o Esgotamento Sanitário.

Saiba mais sobre o Centro Oeste em:


Nosso Comentário:

Parece noticia nova, mas é de conhecimento Público o eterno estado caótico dos sistemas de saneamento básico dos nosssos municipios, e que não é possivel ter um sistema que consiga gerar receitas para investimentos, limitando-se apenas a sustentabilidade dos custos operacionais. É de dominio público ainda que se não houver a benesse das emendas parlamentares, não haverá recursos do Municipio para garantir um serviço adequado a sociedade.

Existe uma saida, para este deficit de investimestimentos?

Sim, existe, mais é preciso muito exercício de esclarecimento aos legisladores, lideres comunitários, e “agitadores”, entre outros; e um dos itens em que a ignorancia se acentua, é o modelo de gestão, onde todos procuram sempre o termo PRIVATIZAR, e vendem a imagem de que o sistema de saneamento sairá do controle estatal para o controle privado, com aumento de tarifas. É OBVIO QUE ESTA É UMA VISÃO EXCLUSIVA DOS “AGITADORES”, pois é de amplo conhecimento dos legisladores, que o modelo de gestão do tipo PRIVATIZAÇÃO, não se aplica ao saneamento, ficando a este reservado apenas o modelo de CONCESSÃO.

Privatização ou desestatização é o processo de venda de uma empresa ou instituição do setor público - que integra o patrimônio do Estado - para o setor privado, geralmente por meio de leilões públicos.

A concessão é uma das principais prerrogativas do Estado moderno, e tem raiz histórica da época dos imperadores, de concederem a exploração de recursos naturais, comércio ou serviços públicos a entes privados mediante condições pré-definidas. Assim, o Estado tem a prerrogativa legal de retirar uma concessão quando julgar necessário ou quando o concessionário não cumprir com algumas das condições definidas pelo Estado.

Um dos exemplos de concessão do Estado para indivíduos é a Carteira de Motorista, que, diferentemente do que alguns pensam, é uma concessão e não um direito. Por isto, o Estado pode pré-definir as regras válidas para receber esta concessão (obtenção da Carteira de Motorista), para utilizá-la (no caso seguir as Leis de Trânsito) e as condições em que um sujeito pode perdê-la (aos descumprir as Leis de Trânsito).

Outro exemplo de concessão do Estado a indivíduos é o Passaporte, para viagens ao exterior. Neste caso, o cidadão também pode perder este documento e ficar impedido de viajar ao exterior sob certas circunstâncias, que variam conforme a legislação de cada país.

Assim quando se contrata uma empresa privada, para a exploração de um serviço de abastecimento de água, este contrato é precedido de um plano de saneamento, onde estão definidos os investimentos necessários, a qualidade do serviço esperado, o tempo e valor dos investimentos, e as regras de equilibrio economico financeiro, e de tarifas que pode ser praticada, sendo a primeira tarifa do contrato inicial, definida pelo poder concedente.

Feito esta parceria com a iniciativa privada, inicia-se um processo de gestão empresarial, com um volume de pessoal estritamente necessário aos serviços e previamente definida pelo contratante, redução dos desperdícios, investimentos coerentes com projetos bem elaborados, e um rígido controle operacional, onde as falhas são penalizadas com multas que podem levar a “perda” do contrato. Porem os “agitadores” não gostam deste modelo de gestão, pois não há oportunidades de .............













terça-feira, 8 de junho de 2010

O CRESCIMENTO DAS CIDADES E O TRATAMENTO DE ESGOTO NO ESTADO DE MATO GROSSO.


O CRESCIMENTO DAS CIDADES E O TRATAMENTO DE ESGOTO NO ESTADO DE MATO GROSSO.

A consolidação da SANEMAT - Companhia de Saneamento Básico do Estado de Mato Grosso, na década de 70, foi atrelada a implantação e expansão dos Sistemas de Abastecimento de Água, buscando universalizar o atendimento com água tratada no Estado de Mato Grosso; Nesta década apenas Cuiabá dispunha de sistemas isolados de tratamento na UFMT e 160 BC na Av. Lava pés (Antiga 31 de Março) e na Cohab Coophamil com predominância para o uso de “Tanques Imnhoff” que era a tecnologia mais difundida na época.
Com a consolidação do atendimento com água tratada passou-se a investir no esgotamento sanitário em alguns núcleos habitacionais, espalhados pela capital e interior, o “modismo” predominante foi o da implantação de Lagoas, que virou solução para todo tipo de tratamento, independente de porte, pois o grande argumento para este tipo de tratamento era a disponibilidade de áreas, baixo custo das áreas, e localização afastada do núcleo urbano.
Duas décadas depois com o fenômeno do êxodo rural, as lagoas acabaram ficando no interior do núcleo urbano, sendo que a maioria destas implantações em quase 100% ocorria, e ocorre o “abandono”, ou seja, não é feito nenhum sistema de manutenção desde o mais simples que é o da capina, e roçagem; O resultado é que hodiernamente esta solução de tratamento por meio de lagoas, mostrou-se ser um grande transtorno para os moradores adjacentes, não pela sua ineficiência, mas sim pelo descaso do poder público, conduzindo a uma condição de degradação, e geração de odores desagradáveis, além de fontes de geração de mosquitos, e outras pragas. (Relembrando que os tanques Imnhoff, continuam operando).



Salvo algumas exceções, todo o sistema implantado para tratamento de efluentes com a tecnologia de lagoas, requer um programa de reabilitação, em decorrência da ausência de manutenção por um longo período, inclusive sem que ofereça alguma eficiência, pois encontrão na maioria assoreado, e ou com excesso de volume de lodo.


Atualmente como solução para tratamento do esgoto em área urbanizada, prevalece o sistema denominado RALF (Reator Anaeróbico em leito Fluidificado), sendo que este sistema ocupa um espaço destinado ao tratamento do efluente liquido, e do Lodo conforme descrito a seguir:

Tratamento Primário: Propicia a redução de parte da matéria orgânica presente no esgoto, removendo os sólidos em suspensão sedimentáveis e sólidos flutuantes. A remoção é por meio de processo físico de decantação no reator Anaeróbico de Fluxo Ascendente, e o lodo resultante é retirado do fundo do RALF, através de tubulações e encaminhado aos Leitos de Secagem. Sendo que a parte líquida é recirculada para o RALF.

Tratamento Secundário: Remove a matéria orgânica e os sólidos em suspensão, por meio de processos biológicos, utilizando reações bioquímicas, através de microorganismos – bactérias aeróbias, facultativas, protozoários e fungos. No processo anaeróbio os microorganismos presentes nos esgotos se alimentam da matéria orgânica ali também presente, convertendo-a em gás carbônico, água e material celular. Esta decomposição biológica do material orgânico requer a ausência de oxigênio e outras condições ambientais adequadas como temperatura, pH , tempo de contato etc. Para esta fase de tratamento o Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB) – Onde a biomassa cresce dispersa no meio e não aderida como nos filtros. Esta biomassa, ao crescer, forma pequenos grânulos, que por sua vez, tendem a servir de meio suporte para outras bactérias. O fluxo do líquido é ascendente e são formados gases – metano e gás carbônico, resultantes do processo de fermentação anaeróbia.

Tratamento Terciário: Nesta fase é removido poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), além de outros poluentes não retidos nos tratamentos primário e secundário. Resultando em um tratamento de qualidade superior para os esgotos. Neste tratamento removem-se compostos como nitrogênio e fósforo, além da remoção completa da matéria orgânica. O processo de tratamento é por meio de Filtros Anaeróbicos, Cloração, tanque de contato e polimento final com Wetlands construídas (opcional), que conferirá ao efluente final, total ausência de sólidos em suspensão e microorganismos patogênicos.

Tratamento do lodo: Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em subprodutos: o material gradeado, areia, escuma lodo primário e lodo secundário, são tratados para serem lançados no meio ambiente. O processo envolve a desidratação para remover a umidade, com redução do volume, em leitos de secagem.

Controle Sanitário

O controle sanitário é feito mediante analises especificas, em laboratório construído junto a planta de tratamento.

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...