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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

SELEÇÃO DE TÉCNICAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA

SELEÇÃO DE TÉCNICAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Natureza física

A rejeição de água com padrão organoléptico alterado é um comportamento de defesa intuitivo ao homem, o que muitas vezes pode significar realmente uma alteração na qualidade da água. Contudo, em alguns casos os consumidores podem rejeitar fontes esteticamente inaceitáveis, mas seguras, em favor de fontes mais agradáveis, mas potencialmente inseguras. Em vista disso, a água para consumo humano não deve apresentar cor, sabor ou odor objetáveis, por razões de aceitação pela percepção humana. As principais características físicas da água utilizadas para avaliar sua qualidade são comentadas tomando-se como referência os textos contidos em publicação da OMS.

Sabor e odor

Os sabores e odores mais comuns podem ter origem biológica: uma vez que vários organismos influem na produção de sabor e odor, tais como actinomicetos e cianobactérias; origem química: dados sobre os limites dos contaminantes químicos na água responsáveis por sabores e odores são incertos, mas pode-se exemplificar sabores e odores ocasionados pela presença de amônia, cloretos, cobre, dureza, sólidos totais dissolvidos e sulfeto de hidrogênio; origem de desinfetantes e subprodutos de desinfecção: a um residual de cloro livre entre 0,6 e 1,0 mg/L há crescente risco de problemas com a aceitabilidade da água, deve-se prevenir principalmente a formação de dicloroamina e tricloroamina, resultantes da reação do cloro com amônia, pois estes compostos têm mais baixos limites para odor do que a monocloramina.

O sabor e o odor também podem desenvolver-se durante a estocagem e distribuição da água devido à atividade microbiológica ou à corrosão de tubulações. Sabor e odor constam no padrão de potabilidade brasileiro (padrão de aceitação) apenas como critérios de referência, não constituindo análises obrigatórias. Apesar disso, sabores e odores não usuais podem servir como alerta de contaminação e da necessidade de investigação de suas origens. Além de antiestéticos, eles indicam que o tratamento ou a manutenção e reparo do sistema de distribuição podem estar sendo insuficientes. Sempre que possível deve-se procurar implementar rotinas e técnica de detecção de sabor e odor. Um fator importante que deve ser considerado com relação a estes parâmetros é que há variação significativa entre as pessoas na sua habilidade em detectar sabores e odores na água.


Cor

A cor na água para abastecimento é usualmente devida à presença de matéria orgânica colorida (basicamente ácidos fúlvicos e húmicos) associada com a fração húmica do solo. A cor também é altamente influenciada pela presença de ferro e outros metais, como constituintes naturais nos mananciais ou como produtos da corrosão. Ela também pode resultar da contaminação da água por efluentes industriais e pode ser o primeiro indício de uma situação perigosa. A fonte da cor no suprimento de água deve ser investigada, particularmente se for constatada mudança significativa.

Geralmente são aceitáveis pelos consumidores níveis abaixo de 15 UC (unidades de cor). A cor varia com o pH da água, sendo mais facilmente removida a valores de pH mais baixos. Define-se como cor verdadeira aquela que não sofre interferência de partículas suspensas na água, sendo obtida após a centrifugação ou filtração da amostra. A cor aparente é aquela medida sem a remoção de partículas suspensas da água.

Turbidez

A turbidez água deve-se à presença de matéria particulada em suspensão na água, tais como matéria orgânica e inorgânica finamente dividida, fitoplâncton e outros organismos microscópicos planctônicos ou não. A turbidez expressa, de forma simplificada, a transparência da água. A turbidez da água bruta tem grande importância, na medida em que é um dos principais parâmetros para seleção de tecnologia de tratamento e controle operacional dos processos de tratamento. Em geral, a turbidez da água bruta de mananciais superficiais não represados apresenta variações sazonais significativas entre períodos de chuva e estiagem, o que exige atenção na operação da ETA.

Valores de turbidez em torno de 8 UNT (unidades nefelométricas de turbidez) ou menos geralmente são imperceptíveis visualmente. A menos que 5 UNT de turbidez, a água é usualmente aceitável pelos consumidores. Entretanto, por causa da possível presença de microrganismos, é recomendado que a turbidez seja tão baixa quanto possível, preferentemente menor que 1 UNT. Valores elevados de turbidez de origem orgânica podem proteger microrganismos dos efeitos da desinfecção e estimular o crescimento bacteriano no sistema de distribuição. Em todos os casos, a turbidez precisa ser baixa para que a desinfecção seja eficiente, requerendo valores menores que 1 UNT; o ideal é que a turbidez média esteja abaixo de 0,1 UNT. Dados de um estudo realizado na Filadélfia sugeriram relação entre admissões em um hospital por doenças gastrintestinais e incrementos na turbidez da água tratada. Os níveis de turbidez examinados estiveram entre 0,14 e 0,22 UNT – abaixo dos padrões de potabilidade do país – sugerindo que estes padrões deveriam ser reavaliados. Apesar desta pesquisa ter sido duramente criticada, outros grupos têm sugerido que a turbidez é um potencial indicador para doenças de veiculação hídrica.

A PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, em seu anexo III, apresenta o valor máximo permitido deve ser menor que 0,5 UT, para água potabilizada por Etas convencionais e filtração direta.


Sólidos

Todas as impurezas presentes na água, à exceção dos gases dissolvidos, contribuem para a carga de sólidos. Os sólidos podem ser classificados de acordo com seu tamanho e características químicas. Quanto ao tamanho, podem ser classificados em sedimentáveis, em suspensão, colóides e dissolvidos. Na prática, a classificação é feita separando-se os sólidos apenas em dois grupos: em suspensão e dissolvidos. Os sólidos em suspensão dividem-se em sedimentáveis e não sedimentáveis. Os sólidos dissolvidos incluem os colóides e os efetivamente dissolvidos. A separação entre sólidos em suspensão e sólidos dissolvidos é feita utilizando-se uma membrana filtrante com poro igual a 1,2 µ m (valor arbitrário). Qualquer partícula não-retida é considerada dissolvida, e as que ficam retidas são consideradas em suspensão. Quanto à caracterização química, os sólidos podem ser classificados em voláteis e fixos. Sólidos voláteis são aqueles que se volatilizam a 550º C. Contudo, é impreciso caracterizar esses sólidos voláteis como orgânicos, pois existem alguns sais minerais que se volatilizam a essas temperaturas. A salinidade também está incluída como sólidos totais dissolvidos. Usualmente, é a parte fixa dos sólidos dissolvidos que é considerado como salinidade. Excesso de sólidos dissolvidos na água pode causar alterações de sabor e problemas de corrosão. Como padrão de aceitação para consumo humano, a Portaria MS 2.914/2.011 estabelece em seu anexo V o valor máximo permitido de 1.000 mg/L para sólidos totais dissolvidos na água potável. A OMS não estabeleceu um limite máximo aceitável, mas salienta que, a níveis maiores que 1.200 mg/L, os sólidos tornam a água de beber significantemente impalatável.


Temperatura

A água fresca é geralmente mais palatável que a água quente. Além disso, temperaturas elevadas da água aumentam o potencial de crescimento de microrganismos no sistema de distribuição (Legionella – doença do legionário, por exemplo, prolifera a temperaturas entre 25º e 50º C) e pode aumentar a sensação de sabor e odor, além da cor e da corrosão.

Condutividade elétrica

A condutividade elétrica da água depende da quantidade de sais dissolvidos, sendo aproximadamente proporcional à sua quantidade. A determinação da condutividade elétrica permite estimar de modo rápido a quantidade de sólidos totais dissolvidos (STD) presentes na água. Para valores elevados de STD, aumenta a solubilidade dos precipitados de alumínio e de ferro, o que influi na cinética da coagulação. Também são afetadas a formação e precipitação do carbonato de cálcio, favorecendo a corrosão

Natureza radiológica

A radiação ambiental origina-se de fontes naturais e daquelas produzidas pelo homem. Materiais radioativos ocorrem naturalmente em toda parte do ambiente, como o urânio, por exemplo, e vários componentes radioativos podem originar-se no ambiente a partir de atividades humanas, tal como o uso médico ou industrial. Segundo a OMS, a maior proporção da exposição humana à radiação vem de fontes naturais – fontes de radiação externa, incluindo radiação cósmica e terrestre, e a partir da inalação ou ingestão de materiais radioativos. Há evidências, a partir de estudos em humanos e animais, de que a exposição a doses baixas e moderadas de radiação pode incrementar a incidência de câncer em longo prazo. Também há evidências, a partir de estudos com animais, de que a taxa de malformações genéticas pode aumentar pela exposição à radiação. Efeitos agudos da radiação sobre a saúde ocorrem a altas doses de exposição, apresentando sintomas como: náuseas, vômitos, diarréia, fraqueza, dor de cabeça, anorexia levando a reduzida contagem de células sangüíneas e em casos severos a morte (WHO, 2003e).

Caracterização da água

A caracterização da água corresponde à quantificação das impurezas de natureza física, química, biológica e radiológica presentes na água. É a partir do conhecimento das impurezas presentes na água que se pode definir com segurança a técnica mais adequada para seu tratamento e é também por meio da caracterização da água que se pode avaliar se o tratamento foi satisfatório e se a água distribuída à população é segura do ponto de vista sanitário. A caracterização da água não se restringe às atividades de laboratório, previamente deve-se definir um programa que inclua os parâmetros a serem monitorados; os planos de amostragem; a forma como os dados serão armazenados, interpretados e divulgados; além de se fazer o controle de qualidade dos laboratórios responsáveis pelas análises.

Periodicidade da amostragem: Em geral, as informações sobre qualidade de água referem-se a um período (horário, diário, semanal, mensal, etc.) durante o qual esta qualidade pode variar. Por isso, a periodicidade da amostragem deve ser estabelecida de forma que as análises mostrem as variações, de natureza aleatória ou sistemática, que ocorrem na qualidade da água. A freqüência com que são coletadas as amostras deve ser estabelecida com o objetivo de se obter as informações necessárias com o menor número possível de amostras, levando em conta o aspecto custo-benefício.

TRATAMENTO DE ÁGUA

No Brasil, a prática consagrada para o tratamento de águas superficiais, na maioria das situações, inclui as seguintes etapas:

• Clarificação destinada a remover sólidos presentes na água, esta etapa ocorre nos decantadores, flotadores e filtros;

• Desinfecção destinada a inativar microrganismos patogênicos;

• Fluoretação para prevenção da cárie dentária infantil;

• Estabilização química para controle da corrosão e da incrustação da água nas tubulações, concreto, etc, trata-se de uma preocupação econômica com a integridade das instalações domiciliares e do sistema de distribuição.

Existem diversas técnicas de tratamento de água para abastecimento público, destacando-se no Brasil aquelas denominadas tratamento convencional (ou de ciclo completo) e a filtração direta, embora outras como a filtração lenta, a flotação e a filtração em membrana também sejam empregadas, mas em um número ainda relativamente pequeno de ETAs.

Técnicas mais usuais de tratamento de água

Nota: A unidade composta por dupla filtração, foi denominada de Superfiltro em projeto do Prof. Azevedo Neto em 1.975


Seleção de Técnicas de Tratamento

Basicamente, o tratamento visa remover da água os organismos patogênicos e as substâncias químicas orgânicas ou inorgânicas que podem ser prejudiciais à saúde humana. Mas além da preocupação sanitária, é exigido que a água seja esteticamente agradável, sendo necessário reduzir sua cor, turbidez, odor e sabor para que atenda aos requisitos mínimos exigidos pela Portaria 2.914/2.011 do Ministério da Saúde. Adicionalmente, a água tratada deve ser quimicamente estável, para que não provoque incrustação ou corrosão excessiva na tubulação de distribuição.

Na tabela a seguir apresenta-se uma comparação de diversas técnicas de tratamento de água, onde se pode observar vantagens e desvantagens de cada uma delas.

Características de algumas técnicas de tratamento de água

     Adaptado de Barros et al. (1995)

A qualidade da água bruta é um dos principais fatores que devem ser considerados na definição da técnica de tratamento, sendo que o afluente às ETAs com filtração lenta ou filtração direta devem apresentar valores de parâmetros tais como turbidez, cor verdadeira e coliformes totais significativamente inferiores aos de águas brutas que podem ser tratadas em ETAs de ciclo completo.

Contudo, quando ficar demonstrado que determinada água pode ser tratada por mais de uma técnica, outros fatores tais como complexidade operacional, custo de implantação e de operação e tamanho da instalação devem ser considerados. É conveniente ressaltar que o projeto das ETAs não restringe-se ao dimensionamento das unidades de tratamento. É imprescindível a existência de laboratório bem equipado e de áreas convenientemente projetadas para armazenamento e preparo de produtos químicos, que sejam garantidas condições adequadas de trabalho para os funcionários e que eles sejam treinados para exercer as funções que lhes são designadas, prevendo-se cursos periódicos de capacitação e Apostila para atualização profissional. Muitos problemas observados nas ETAs brasileiras, que levam à produção de água que não atende ao padrão de potabilidade e ao aumento dos custos operacionais, estão relacionados com o baixo nível de qualificação de parte dos operadores.

No processo de seleção da técnica de tratamento, deve-se considerar a variação sazonal das características da água bruta e não apenas valores pontuais, restritos a uma determinada época do ano.

Não há consenso em relação aos limites de aplicação de cada técnica, havendo valores distintos apresentados por autores diferentes. Na Tabela a seguir tem-se a classificação que consta na norma da ABNT relativa ao projeto de ETAs.


Dentre as técnicas mais utilizadas no tratamento de água para abastecimento público, a filtração direta é a que apresenta menor custo de implantação. Por outro lado, em geral a filtração lenta é mais vantajosa do ponto de vista de operação e de manutenção, tanto no que se refere aos menores custos quanto à maior simplicidade destas atividades. Contudo, deve-se levar em consideração que a filtração direta possibilita o tratamento de águas brutas com maior quantidade de matéria em suspensão e substâncias dissolvidas do que a recomendada para o emprego da filtração lenta. Entretanto, se devido às características físico-químicas e bacteriológicas da água bruta não for possível assegurar sua potabilização por meio daquelas tecnologias, faz-se necessário avaliar o emprego do tratamento em ciclo completo, que caracteriza as ETAs que possuem unidades de mistura rápida, floculação, decantação (ou flotação) e filtração.

É importante lembrar que as diversas técnicas de tratamento de água apresentam vantagens e desvantagens e que elas possuem limites de aplicação. O desconhecimento destes limites pode induzir a erros que custam caro, pois se a técnica de tratamento de água escolhida não for a correta, o investimento pode ser em vão pois a construção de uma ETA não é garantia de produção de água potável. A técnica de tratamento deve ser apropriada à água do manancial, além disso, a ETA precisa ser projetada, construída e operada corretamente.

Sempre que possível, a escolha da tecnologia de tratamento de água e a determinação dos parâmetros de projeto e de operação das ETAs devem basear-se em investigações em laboratório e em instalações-piloto. Contudo, as investigações também devem ser rotineiras após a inauguração da ETA para que, quando necessário, possam ser feitas alterações nos parâmetros operacionais em decorrência da alteração da qualidade da água bruta ao longo do tempo. Em geral, as ETAs de ciclo completo podem ser convertidas sem dificuldades para tratamento por filtração direta nos períodos em que a água bruta do manancial apresentar qualidade compatível com esta tecnologia, o que possibilita a redução do consumo de produtos químicos e menor geração de lodo.

Os profissionais que se dedicam a pesquisas relacionadas ao tratamento de água para abastecimento público estão sempre almejando o aperfeiçoamento ou o desenvolvimento das técnicas de tratamento de água. O objetivo primordial é assegurar a potabilidade da água distribuída à população. Contudo, é importante buscar alternativas de baixo custo que atendam a esse objetivo para viabilizar a universalização do acesso a água em quantidade e com qualidade necessárias para satisfazer os fins a que se destina.

Créditos: Plansab, UFMG,  autor

terça-feira, 29 de março de 2011

ÁGUA X INTELIGENCIA

Um pesquisador da Universidade do México, Christopher Eppig, concluiu:

“Crianças que enfrentam doenças, principalmente ligadas a diarréia e desidratação, podem ser afetadas em seu desenvolvimento intelectual. Segundo ele, a explicação é simples. Alguns parasitas alimentam-se de partes do corpo humano e a reposição desse dano tem alto custo energético. “Em um recém-nascido, 87% das calorias absorvidas na alimentação vão para o cérebro, porcentagem que cai para 23% na fase adulta. Daí a preocupação em se saber se doenças que “roubam” energia das crianças podem afetar seu desenvolvimento intelectual.”

A diarréia, por exemplo, é apontada como maior causa de morte em crianças com menos de cinco anos. No Brasil, a doença mata sete crianças por dia. As que sobrevivem provavelmente são prejudicadas em sua atividade cerebral. Isso porque, enquanto o cérebro é a parte do corpo que mais gasta energia, o sistema imunológico é o segundo. Aos cinco anos de idade, metade da energia consumida vai para o cérebro. Quando a criança adoece, a ativação do sistema imunológico passa a exigir mais de 30% das calorias que ela ingere.

Comentário:

Nos adultos a água causa ainda maiores problemas em seus cérebros, e provocam em alguns casos uma enxaqueca, que pode durar ao longo de toda a sua vida, e a questão não está ligada a sua ingestão, mas sim a sua GESTÃO. E ao longo de décadas, foi possível identificar as principais causas provocadoras destas enxaquecas e que nesta crônica iremos apontar as principais que são:

1 – Desconhecimento do Negócio e

2 – Vícios associados ao negócio

Desconhecimento do negócio

A gestão dos serviços de abastecimento de água no Brasil, sempre foi uma atribuição do poder público, quer seja por uma estatal, uma empresa municipal, DAE, ou SAAE, tendo assim economias mistas, autarquias, e departamentos. Neste serviço existe um linguajar próprio de poucos técnicos que militam no setor, sendo que muitas técnicas, operacionais não se aprendem nas universidades, e não são de domínio público; Os problemas do setor são também conhecidos, porém nunca são resolvidos, e um dos principais vilões são sempre a ausência de recursos financeiros. Sempre procuramos comparar as empresas de saneamento a uma indústria, onde qualquer leigo do setor tem a informação que na cadeia produtiva, faz-se necessário a aquisição da matéria prima, e sua industrialização, para posterior comercialização.

Na indústria da água qualquer pratica diferente da indústria de transformação pode levar a ruína, e aquela tradicional enxaqueca. Vamos citar o exemplo da multinacional EMPRESA DE SANEAMENTO ÁGUAS DO AMAZONAS, do Grupo Ondeo, multinacional francesa, que assumiu a gestão do abastecimento de água de Manaus; O abastecimento não deveria, ser problema para um município que tem quase 10% da água doce do planeta a escorrer à sua porta pelos rios Negro, Solimões e Amazonas.

Para os franceses, parecia fácil. Havia muita água disponível e uma população de quase 2 milhões de habitantes que deveria pagar por ela. Tradicionalmente, o serviço público de água da cidade era muito ruim, portanto, “bastaria oferecer um bom serviço” para a conta fechar. Ledo engano. Como o serviço público nunca funcionou, a elite urbana da cidade nunca dependeu dele. A maior parte das casas e condomínios abastados tem seu abastecimento garantido por poços artesianos, um serviço que, depois de implementado, é de graça, sem conta mensal. A empresa francesa ficou apenas com a gestão do consumo da população pobre e com a obrigação de recolher o esgoto da cidade, pelo qual também não se pagava, uma vez que a taxa de esgoto está embutida na conta de água. Hoje, decorridos mais de uma década a população de Manaus ainda convive com problemas de distribuição de água e esgotamento sanitário, e assim temos um exemplo de que não basta somente o aporte de recursos, pois se o gestor não tiver pleno conhecimento do sistema restar-lhe-á uma grande enxaqueca.

Para mudar este quadro, não precisa ser inteligente, basta que, se cumpra a lei, onde toda concessão deve ser precedida de um PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico), que deverá contemplar todos os aspectos técnicos, sociais, e econômicos financeiros. Ou seja, é conhecer intimamente o sistema, pois em cada cidade tem-se um enfoque diferente para a gestão. Ao empreendedor é importante conhecer a atratividade do negócio tendo um contrato com regras definidas de investimentos, em um cronograma factível de execução. A sociedade é importante estar envolvida no negócio, com o compromisso de fiscalizar, e ter um serviço adequado, que envolve tarifa módica, continuidade, regularidade, universalização, entre outros.

Vícios associados ao negócio

Como é muito comum nas empresas públicas, os vícios são de difícil gestão, e estão sempre associados a perda de privilégios, isto ocorre devido as bolhas ou ilhas que se formam nos diversos setores das empresas; existindo as ilhas de conhecimentos, de políticos, de “embromadores”, de......

Na outra ponta, quem depende do serviço, conta com as benesses da água farta devido a ausência de controle, não pagam porque argumentam precariedade no serviço, e a empresa afrouxa quando das proximidades das eleições, e como tem eleição todo ano, não é difícil imaginar o que ocorre com o faturamento das empresas.

Os poços relatados na cidade de Manaus estão presentes também em diversas cidades, além de que existe uma grande confusão entre drenagem e esgotamento sanitário. Assim quando se pesquisa se o cidadão irá aderir ao sistema de esgotamento sanitário, comprometendo-se a pagar os custos decorrentes do serviço, muitos vêm na obra à solução para a água que “empoça” em seu quintal. Quando pagar pelo consumo da água nunca foi um hábito, imagine o que acontece quando o hidrômetro chega, sem nenhum preparativo, do cidadão e de suas instalações. E o pagamento do esgoto?

Conclusão:

No Brasil, onde há mais redes de telefonia do que de esgoto, faleceram no hospital 2.409 vítimas de infecções gastrointestinais em 2.009. Delas, 1.277 poderiam ser salvas pelo acesso universal ao saneamento básico. Hoje não se sabe se é possível reverter os danos causados ao cérebro pelas doenças infecciosas, mas é possível prevenir as enxaquecas se as parcerias via concessão seguirem os tramites legais.

Crédito: Revista DAE





quarta-feira, 23 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

No dia 22/03/2.011, data de comemoração Mundial da Água, a ANA - Agencia Nacional de Águas, publica a seguinte matéria:

SOBRE A ÁGUA

“ Levantamento inédito em todo o País coordenado pela Agência Nacional de Águas, o Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água reúne informações detalhadas sobre a situação dos 5.565 municípios brasileiros com relação às demandas urbanas, à disponibilidade hídrica dos mananciais, à capacidade dos sistemas de produção de água e dos serviços de coleta e tratamento de esgotos.

O Atlas revela que 3.059, ou 55% dos municípios, que respondem por 73% da demanda por água do País, precisam de investimentos prioritários que totalizam R$ 22,2 bilhões. As obras nos mananciais e nos sistemas de produção são fundamentais para evitar déficit no fornecimento de água nas localidades indicadas, que em 2025 vão concentrar 139 milhões de habitantes, ou seja, 72% da população. Concluídas até 2015, as obras podem garantir o abastecimento até 2025.”



SOBRE O ESGOTO



A universalização dos serviços de saneamento é a meta básica de longo prazo a ser alcançada pelo País. O Atlas, porém, propõe a implantação de redes coletoras e Estações de Tratamento de Esgotos – ETE em municípios onde o lançamento de efluentes (esgotos sanitários) tem potencial para poluir mananciais de captação. Para isso, seriam necessários investimento adicionais de R$ 47,8 bilhões, sendo R$ 40,8 bilhões em sistemas de coleta e R$ 7 bilhões em tratamento de esgotos. Portanto, os investimentos necessários no longo prazo somariam R$ 70 bilhões, considerados os gastos de R$ 22, 2 bilhões para evitar déficit de abastecimento até 2015, e os R$ 47,8 bilhões necessários para manter a qualidade dos mananciais no futuro.

Os problemas associados à poluição hídrica são mais evidentes nos grandes aglomerados de municípios, devido à pressão das ocupações urbanas sobre os mananciais de abastecimento público. Os lançamentos de esgotos sem tratamento dos municípios localizados rio acima influenciam diretamente na qualidade das águas das captações rio abaixo.

SOBRE MATO GROSSO

O total de investimentos previstos para garantia da oferta de água em Mato Grosso, soma mais de R$ 203 milhões, beneficiando 56 municípios (40% do total) e uma população de quase 2,2 milhões de pessoas em 2025. Desse total, são previstos R$ 130 milhões (64%) para ampliação e adequação de sistemas produtores, onde estão incluídos os investimentos na RM do Vale do Rio Cuiabá, que abrange 27% da população do Estado. O restante, correspondente a R$ 74 milhões (36%), deverá ser investido no aproveitamento de novos mananciais superficiais ou subterrâneos.

PS – Não há avaliação do Montante de recursos para o Esgotamento Sanitário.

Saiba mais sobre o Centro Oeste em:


Nosso Comentário:

Parece noticia nova, mas é de conhecimento Público o eterno estado caótico dos sistemas de saneamento básico dos nosssos municipios, e que não é possivel ter um sistema que consiga gerar receitas para investimentos, limitando-se apenas a sustentabilidade dos custos operacionais. É de dominio público ainda que se não houver a benesse das emendas parlamentares, não haverá recursos do Municipio para garantir um serviço adequado a sociedade.

Existe uma saida, para este deficit de investimestimentos?

Sim, existe, mais é preciso muito exercício de esclarecimento aos legisladores, lideres comunitários, e “agitadores”, entre outros; e um dos itens em que a ignorancia se acentua, é o modelo de gestão, onde todos procuram sempre o termo PRIVATIZAR, e vendem a imagem de que o sistema de saneamento sairá do controle estatal para o controle privado, com aumento de tarifas. É OBVIO QUE ESTA É UMA VISÃO EXCLUSIVA DOS “AGITADORES”, pois é de amplo conhecimento dos legisladores, que o modelo de gestão do tipo PRIVATIZAÇÃO, não se aplica ao saneamento, ficando a este reservado apenas o modelo de CONCESSÃO.

Privatização ou desestatização é o processo de venda de uma empresa ou instituição do setor público - que integra o patrimônio do Estado - para o setor privado, geralmente por meio de leilões públicos.

A concessão é uma das principais prerrogativas do Estado moderno, e tem raiz histórica da época dos imperadores, de concederem a exploração de recursos naturais, comércio ou serviços públicos a entes privados mediante condições pré-definidas. Assim, o Estado tem a prerrogativa legal de retirar uma concessão quando julgar necessário ou quando o concessionário não cumprir com algumas das condições definidas pelo Estado.

Um dos exemplos de concessão do Estado para indivíduos é a Carteira de Motorista, que, diferentemente do que alguns pensam, é uma concessão e não um direito. Por isto, o Estado pode pré-definir as regras válidas para receber esta concessão (obtenção da Carteira de Motorista), para utilizá-la (no caso seguir as Leis de Trânsito) e as condições em que um sujeito pode perdê-la (aos descumprir as Leis de Trânsito).

Outro exemplo de concessão do Estado a indivíduos é o Passaporte, para viagens ao exterior. Neste caso, o cidadão também pode perder este documento e ficar impedido de viajar ao exterior sob certas circunstâncias, que variam conforme a legislação de cada país.

Assim quando se contrata uma empresa privada, para a exploração de um serviço de abastecimento de água, este contrato é precedido de um plano de saneamento, onde estão definidos os investimentos necessários, a qualidade do serviço esperado, o tempo e valor dos investimentos, e as regras de equilibrio economico financeiro, e de tarifas que pode ser praticada, sendo a primeira tarifa do contrato inicial, definida pelo poder concedente.

Feito esta parceria com a iniciativa privada, inicia-se um processo de gestão empresarial, com um volume de pessoal estritamente necessário aos serviços e previamente definida pelo contratante, redução dos desperdícios, investimentos coerentes com projetos bem elaborados, e um rígido controle operacional, onde as falhas são penalizadas com multas que podem levar a “perda” do contrato. Porem os “agitadores” não gostam deste modelo de gestão, pois não há oportunidades de .............













quarta-feira, 2 de março de 2011

O PIOR VENDEDOR DO MUNDO

O PIOR VENDEDOR DO MUNDO

Em 1.968, foi lançado o livro “The Greatest Salesman in the World” de autoria de Og Mandino, “ O Maior vendedor do Mundo” pode ser lido em http://www.meupoder.com.br/og-mandino-o-maior-vendedor-do-mundo.pdf.

O Livro apresenta regras sobre venda, onde um de seus prefaciadores, escreveu: “Acabei de ler ininterruptamente O Maior Vendedor do Mundo. A trama é original e genial. O estilo é interessante e fascinante. A mensagem é comovente e inspiradora.
Cada um de nós é um vendedor, não importa qual sua ocupação ou profissão. Principalmente cada qual deve vender-se a si próprio a fim de encontrar felicidade pessoal e paz de espírito. Este livro, se cuidadosamente lido, absorvido e meditado, pode ajudar cada um de nós a ser seu melhor vendedor.”

Quando propus a escrever esta crônica, lembrei de quando li o Livro, no inicio do modernismo dos textos de auto-ajuda, e o enfoque é: Se o objetivo é vender, não existem atalhos, o empreendedor tem que esforçar-se para cumprir o seu objetivo, produzindo com qualidade, e vendendo com seriedade, para conquistar novos clientes, e conseqüentemente expandir os negócios. Um macro exemplo da busca do sucesso de vendas é o do ramo de bebidas, e automóveis, onde a criatividade no marketing busca conquistar o máximo de compradores.

Na relação compra e venda é fundamental ainda que:

a) Nas vendas o resultado financeiro deve ser maior ou igual a zero, ou seja; custo de produção – faturamento => 0. Pois se a venda do produto tiver um custo inferior ao custo de produção, estará havendo prejuízos. Portanto a Empresa deve ter sempre atualizado o seu custo operacional.

b) Na relação de vendas é importantíssimo que se saiba a unidade de medida do produto, e o seu valor unitário, podendo os clientes aferirem na hora da compra por meio de um instrumento de medida disponível, e a sua satisfação estará em saber que estará comprando um produto conforme anunciado, no que tange a quantidade e preço.

Assim quando vamos adquirir um tecido, o escolhemos pela sua característica física, conhecemos o seu preço na etiqueta, e acompanhamos a medida do tecido pelo vendedor. É uma relação bilateral onde as duas partes devem estar satisfeitas com o negócio. O mesmo deve ocorrer com qualquer outro produto disponibilizado para venda. E com a análise da demanda do produto o empreendedor é incentivado a aumentar a sua unidade de produção, para que todos os clientes que desejarem tenha o seu produto sempre a disposição. Assim funciona o mercado.

Álguns produtos, são oriundos de monopólio ou seja, há somente um vendedor no mercado para um bem precioso, como exemplo a Água Tratada. E sendo o Monopólio um privilégio legal ou de fato, que possui um indivíduo, uma companhia ou um governo de fabricar ou de vender certas coisas, de explorar certos serviços, de ocupar certos cargos, este deve ser regulamentado para que não ocorra, o comércio abusivo que consiste em um indivíduo ou um grupo tornar-se único possuidor de determinado gênero de mercadorias para, na falta de competidores, poder vendê-lo por preço exorbitante.

Em Mato Grosso as empresas produtoras de água tratada, dividem-se entre Concessionárias, Autarquias, DAEs, e Empresas Públicas, dentre este grupo o único regulamentado é o concessionário, que somente pode mudar o valor do produto após um rito processual regulamentado em contrato de concessão, o que garante que a sociedade consumidora do produto nunca terá preços abusivos. No que tange as condições de venda todos os clientes dispõem de hidrômetros, e o pagamento do consumo é decorrente do comportamento de cada cliente, que tem sempre o produto em disponibilidade para consumo durante 24h/dia. Ou seja, enquanto houver demanda haverá o produto a disposição para consumo.

As concessionárias, Autarquias, DAEs, e Empresas Públicas são assemelhadas a um fabricante que agrega valor a uma determinada matéria prima, neste caso a água bruta, que se encontra em seu estado natural nos rios, lagos, e outras fontes, devendo ser transportada para uma estação de tratamento, e transformada em água tratada com qualidade para consumo humano, envolvendo custos com investimentos em infraestrutura de captação, adutoras, Etas....energia, produtos químicos, pessoal, etc. sendo portanto a água tratada um produto industrializado, pois é processado basicamente em termos de limpeza, filtração, desinfecção, reservação, e distribuída a domicilio.

Após estas considerações, perguntamos: E onde se pode encontrar “O pior vendedor do Mundo”???? “Pois Intão” imagine uma empresa que detém o monopólio de um produto, e todo dia vincula na mídia: Não consuma meu produto, não tenho como atende-lo, economize ao máximo, não desperdice, e por aí afora...É portanto o retrato da incompetência de venda causado principalmente por dois fatores;

- A Empresa não controla quanto vende do seu produto, tanto faz o cliente consumir pouco ou desperdiçar que o valor da fatura é o mesmo.
- A Empresa não tem controle de sua unidade de produção, gerando perdas em toda sua cadeia produtiva e de distribuição, além de seu custo operacional estar dissociado da venda

Assim é, quase a totalidade das Autarquias, DAEs, e Empresas Públicas de mato grosso, argumentando sempre falta de recursos, e postergando ações essenciais a prestação de serviço público adequado; pois as cidades não dispõem de hidrômetros, e convivem com perdas inadmissíveis em uma unidade industrial, a reversão deste quadro pelas empresas concessionárias foi sempre fruto de políticas conhecidas de gerenciamento, onde as tarifas continuaram sendo módicas, e os reajustes fruto de regulamentação, e o exemplo está nas cidades de juara, Primavera do leste, Campo Verde, Colider, entre outras que dispõe de serviço adequado, em um nível diferenciado das demais cidades de mato grosso.







sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA

A captação de água da chuva é uma prática muito difundida em países como a Austrália e a Alemanha, onde novos sistemas vêm sendo desenvolvidos, permitindo a captação de água de boa qualidade de maneira simples e bastante efetiva em termos de custo-benefício. A utilização de água de chuva traz várias vantagens:

• Redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento da mesma,

• Evita a utilização de água potável onde esta não é necessária, como por exemplo, na descarga de vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagem de pisos, etc.;

• Os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a captação de água pluvial na grande maioria dos telhados, e o retorno do investimento é sempre positivo;

• Faz sentido ecológica e financeiramente não desperdiçar um recurso natural escasso em toda a cidade, e disponível em abundância no nosso telhado;

• Ajuda a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios.

• Encoraja a conservação de água, a auto-suficiência e uma postura ativa perante os problemas ambientais da cidade.

O armazenamento e o reaproveitamento da água de chuva costumava ser um tema relativamente "esquecido" pelos nossos legisladores, mas nos últimos anos, sugiram em algumas cidades brasileiras leis para tratar do assunto.

A prefeitura da cidade de Curitiba, tem uma legislação exemplar. Primeiro, instituiu em 2003 o Programa de uso Racional de Água e Esgotos (Lei PURAE 10.785/03). No ano de 2006, houve a regulamentação da lei através do Decreto Municipal 293/06 onde ficou estipulado, entre outras coisas, que as novas edificações na cidade não obterão o alvará de construção, caso não prevejam e instalem um sistema de reaproveitamento de água de chuva.
Outro exemplo ocorreu à cidade de São Paulo com o objetivo de minimizar as enchentes. Desde a 1999, é obrigatório para as novas construções com mais de 500m2, "Lei das "piscininhas", a retenção da água da chuva em reservatório específico pelo período de uma hora e a sua posterior liberação nas galerias públicas, após o pico de chuva.

Na cidade de Matão-SP, o Projeto de Lei 042/06, é dedicado exclusivamente ao reuso de água de chuva. Mais ainda, prevê expressamente a possibilidade do município conceder incentivos fiscais àqueles que construírem em seus imóveis sistemas de captação.

Por enquanto ainda não temos conhecimento de nenhuma lei do governo criando um imposto sobre a chuva, porém....

Para se obter continuamente água de boa qualidade, com segurança, pouca manutenção e baixo custo operacional, além de um sistema com equipamentos adequados são necessários alguns cuidados:

• Contar com o suporte de um profissional responsável pelo projeto:

• Atentar às normas de segurança sanitária, como separar o sistema estritamente do de água potável (de acordo com regulamentos locais) e identificar todos os componentes (reservatórios, torneiras, bacias,etc.) dentro do sistema como para finalidades ÁGUA DE CHUVA/NÃO-POTÁVEL.

• O projeto do sistema de água de chuva deve estar em acordo com os padrões/normas de construção (que garantem a drenagem do edifício, mesmo com rompimentos no sistema, nenhuma limitação na área seccional e ventilação do sistema de drenagem).

• Captar água de chuva somente de superfícies apropriadas como telhados, evitando-se áreas inadequadas, sujeitas a poluição ou contaminação.

• Realizar a filtragem fina da água antes desta entrar no tanque de armazenamento e assegurar que a sedimentação nos tanques de armazenamento funcione sempre, usando dispositivos para reduzir a velocidade de entrada e saída de água no reservatório.

• Proteger os reservatórios contra a entrada de material externo e vazamento de água, não o expondo tampouco à luz e ao calor.

As últimas chuvas mostraram mais uma vez que a cidade precisa adotar outras técnicas para impedir alagamentos e enchentes. Uma solução a ser utilizada é o aproveitamento de águas pluviais que também traz retorno para um planeta sustentável.

A vantagem da instalação do projeto de aproveitamento de água de chuva, em uma casa, comércio, prédios, fábricas ou um empreendimento traz economia de água potável, retorno financeiro em torno de 2 anos e contribuição para o meio ambiente e redução de enchentes. “A água de chuva que cai sobre os telhados ou pisos é encaminhada para a sarjeta na calçada ou para a rede de águas pluviais, sendo desperdiçada pela rede pública”.

Em nosso planeta, 97% da água é salgada e 3% é doce. Desses 3%, 75% são geleiras e lençóis de gelo, 13% são as chamadas águas profundas localizadas entre 2500 e 12.500m e 11% são de águas subterrâneas. Então, o que temos disponível para consumo da população é de apenas 1% dos 3% de água doce, ou seja, 0,03% de toda a água da Terra. É ou não um forte argumento para buscar economia de todas as formas?

Quanto ao custo da obra, cada caso é um caso e depende muito das condições físicas da obra. A manutenção é feita periodicamente a cada 6 meses. As etapas de implementação correspondem a projeto, obra e montagem. “Após isto é necessário apenas acompanhamento técnico no início de operação, pois depois o sistema entra na rotina normal de funcionamento”.

Os equipamentos são fáceis de serem instalados, desde que a infra-estrutura seja bem preparada. Utiliza Filtro Vortex, freio d’água, filtro flutuante, multi-sifão, kit de interligação e bomba de recalque.



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PER CAPTA - A CONTA QUE NÃO “FECHA”

PER CAPTA - A CONTA QUE NÃO “FECHA”

Quantidade de água necessária, para o abastecimento público, com um serviço adequado, ou seja, com quantidade suficiente, qualidade, continuidade com fornecimento de água 24h, universalidade etc.

Fase 1 – Na mesa do Projetista

A escolha do manancial que irá servir de fonte de abastecimento de uma cidade está condicionada à sua capacidade ou não de atender às necessidades da comunidade, no que diz respeito ao consumo atual requerido, bem como a previsão do aumento do consumo da comunidade no futuro, em função do seu próprio crescimento. Todo e qualquer sistema é projetado para servir uma comunidade, por um certo espaço de tempo, denominado de período do projeto, e para fazer o cálculo do consumo provável, é necessário conhecer:

• População a ser servida;

• Consumo "per capita", ou seja, a quantidade média diária gasta por cada um dos consumidores.

• Variação horária e variação diária do consumo.

Nos projetos, costuma-se fazer uma estimativa da população, a qual se baseia em:

• População atual;

• Número de anos durante os quais vai servir o projeto (período de projeto);

• Taxa de crescimento da população.

O homem não só precisa de água de qualidade satisfatória, mas também em quantidade suficiente para satisfazer suas necessidades de alimentação, higiene e lazer, entre outras. Hoje se considera a água do ponto de vista sanitário, de grande importância no controle e na prevenção de doenças. Normalmente a água é gasta das seguintes maneiras:

a) Água para fins domésticos

É a que serve à bebida, ao banho, à lavagem de roupa e de utensílios, à limpeza de casa e aguação do jardim, às abluções e a descarga da privada.

b) Água para fins comerciais

É a água gasta em restaurantes, bares, escritórios e demais estabelecimentos comerciais.

c) Água para fins industriais

É a água utilizada na transformação de matéria prima ou a água que entra na composição do produto beneficiado e também a água para irrigação.

d) Água para fins públicos

É a água utilizada nos edifícios públicos, nas fontes dos jardins públicos e para a limpeza pública.

e) Água para fins de recreação

É a água utilizada nas piscinas de recreio e de esportes.

f) Água para fins de segurança

É a água utilizada para combate a incêndios.

O consumo médio de água por pessoa por dia, conhecido por "consumo per capita" de uma comunidade é obtido, dividindo-se o total de seu consumo de água por dia pelo número de pessoas servidas. O consumo de água depende de vários fatores, sendo complicada a determinação do gasto mais provável por consumidor.

No Brasil, costuma-se adotar quotas médias "per capita" diárias de 120 a 200 litros por pessoa.

Na zona urbana, a variação é motivada pelos hábitos de higiene da população, do clima, do tipo de instalação hidráulico-sanitária dos domicílios e, notadamente, pelo tamanho e desenvolvimento da cidade.

Na zona rural, o consumo "per capita" é influenciado também pelo clima, pelos hábitos de higiene e pela distância da fonte ao local de consumo.

Segundo a literatura técnica, o consumo mínimo de água/pessoa por dia para fins domésticos é de:

- Água para a bebida ......................... 02 litros

- Alimentos e cozinha ........................ 06 litros

- Lavagens de utensílios ......................09 litros

- Lavagens de roupas .........................15 litros

- Abluções diárias ............................ 05 litros

- Banho de chuveiro ..........................30 litros

- Aparelhos sanitários ........................10 litros

T O T A L ....................................... 77 litros


Nos projetos de abastecimento público de água, o "per capita" adotado varia de acordo com a natureza da cidade e o tamanho da população. A maioria dos órgãos oficiais adota 200 litros/habitante/dia para as grandes cidades, 150 litros/habitante/dia para médias e pequenas. A Fundação Nacional de Saúde acha suficiente 100 litros/habitante/dia para vilas e pequenas comunidades. Em caso de abastecimento de pequenas comunidades, com carência de água e de recursos é admissível até 60 litros/habitante/dia.

Cada município do estado possui uma densidade habitacional, levantada pelo IBGE, e varia de 3 a 5 hab./residência, assim adotando o valor máximo de 5 (cinco), e um per capita de 200 l, teremos um volume por residência de 1.000 l/ligação. Ou 30.000 l/mês.

Muito simples, agora inclui-se os coeficientes K1 e K2, e dimensiona-se a produção, adutoras, reservatórios, redes e ligações.....Constroi-se ......Não instala medidores.......e, começa as manobras de registros, “pois não temos água suficiente”



Fase 2 – A Realidade:

Como o sistema de oferta de água foi construído sem limitação de consumo pelo bolso do cliente, aparece um vilão denominado PERDAS, que no Brasil é em média 50% e tem empresas com valores acima de 70%.

Se o uso não for metódico, a tabela inicial de avaliação do per capita, não se realiza, e ele pode não tomar 02 litros de água por dia, mais vai jogar fora de forma consciente e de forma inconsciente um grande volume de água que irá fazer a diferença no fechamento da conta entre a quantidade disponível de água, e a necessidade de consumo..........(Continua na próxima postagem)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

PERDAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PERDAS X EMPRESAS DE SANEAMENTO

Empresas Públicas

Na década de 70/80 as Empresas de Saneamento viviam o boom dos investimentos em infraestrutura, de um lado o BNH como agente financeiro, e do outro as Empresas assumindo as concessões dos municípios como condição de investimentos. Nos estados eram visíveis os canteiros de obras, financiados com uma regra simples:

1. A Empresa Projetava; Licitava e Fiscalizava em parceria com o Agente Financeiro.

2. As Empresas Consultoras, Construtoras e ou Montadoras executavam os serviços e recebiam diretamente do agente Financeiro, e

3. Em contrapartida a Empresa de Saneamento recebia uma comissão de 10% a titulo de taxa de administração, de todo montante investido.

Resultado desta Política:

No instante inicial, na fase de investimentos fartos, as Empresas iniciaram uma maléfica cultura, onde era muito fácil aos gestores administrarem uma Empresa com recursos externos e não aqueles por ela gerados; assim não tinham nenhuma importância se a evasão de receitas oriundas do faturamento com a venda de água fosse elevada, pois não era impedimento para a manutenção da folha de pagamento, e nem para o custeio da empresa. Assim não havia nenhum cuidado com a operação dos sistemas, que envolvia um controle de perdas, pois era sempre muito fácil ampliá-lo quando da falta d água. Foi um erro crucial que hodiernamente ainda não se conseguiu corrigir.

              Em meados dos anos 90, iniciou-se uma verdadeira cruzada de combate as perdas, e para tal, abriu-se uma linha de financiamento para um programa denominado PECOP – Programa Estadual de Combate as Perdas, e como havia recursos financeiros de sobra, todos embarcaram no bonde de combate as perdas, como se fossem prioritários, houve um leque de subprogramas financiando, o transporte, a informática, a gestão de pessoal, a reabilitação de obras recém construídas, entre outros programas..........e o objetivo final ficou descaracterizado, pois os programas de MACROMEDIÇÃO (saber o que se produz), e a MICROMEDIÇÃO (vender bem) não avançaram, alem de que, as Empresas de saneamento continuaram com a cultura de que basta ampliar mais a produção de água e tentar encher um tonel furado. É sempre a obra na frente da operação e da manutenção da Empresa. A prioridade é construir novas redes e ampliar ligações. Medir? Humm.. isto não é importante......
Empresas Privadas

As concessões assumidas por Empresas privadas em Mato Grosso, receberam sistemas sucateados e com a cultura herdade da antiga operadora a Sanemat, e regra geral a prioridade zero, foi implantar 100% de hidrômetros, cujos resultados foram imediatamente observados, com os seguintes benefícios:

1. Redução do Tempo de Funcionamento das Etas

2. Justiça na cobrança

3. Redução do custo de energia

4. Redução do custo com produtos químicos

5. Eliminação da falta d água

6. Redução das perdas

7. Redução das obras de expansão

8. ..............
Não é mágica, sem Hidrômetro não existe combate a perdas, e nem é possível uma operação satisfatória, o resto é “chover no molhado”.

Em ação conjunta o operador do sistema deve implantar a MACROMEDIÇÃO, que é um conjunto de ações que visando dotar o sistema de um controle macro, onde é possível confrontar o que se produz com o que se fatura, e identificar os vazamentos não visíveis, e que são em grande numero, principalmente em cidades com elevado padrão de urbanização.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

REDE DE DISTRIBUIÇÃO POR QUADRAS

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA POR QUADRAS

Trabalho técnico apresentado no 11º Congresso Brasileiro da ABES em Fortaleza CE Set 1.981

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de documentar as observações do cotidiano da "operação" de Um Sistema de Abastecimento de Água, bem como o seu confronto com o que é teoricamente projetado para ocorrer na prática, no que concerne às redes de distribuição.
Considerando o custo e a importância das redes e das ligações domiciliares, bem como a quantidade destas instalações, esta componente do sistema limita-se as fases de projeto, implantação e eventual manutenção quando ocorre arrebentamento; e em se mantendo estas condições, o Autor estabelece critérios para que não haja distanciamento entre a Teoria & a Prática, e recomenda novas metodologias de cálculos para barateamento das obras, a partir do efetivo controle das ligações e sugere novos materiais. Inclui ainda um software desenvolvido com o aplicativo Excel, que permite a automatização de todo o dimensionamento da rede por quadras.

INTRODUÇÃO

O Estado de Mato Grosso teve o seu primeiro sistema de abastecimento de água implantado na cidade de Cuiabá (Capital), o sistema era composto de uma captação no Rio Cuiabá no Bairro do Porto e recebeu o nome de "hidráulica do Porto". Na época as Adutoras eram de aço e construídas com auxilio de calandras e soldas, (tubos "costurados"), as conexões eram rígidas através de juntas de flange, e as redes de Distribuição seguiam o mesmo padrão para os grandes diâmetros, porém, os pequenos diâmetros eram construídos de Ferro Galvanizado, sendo que as ligações domiciliares eram executadas em tubos de Ferro Galvanizado em diâmetro de 1/4, 3/8 e 1/2 polegada, e conforme registros da época, tudo funcionava muito bem, porém o progresso tecnológico chegou, e novos investimentos foram feitos utilizando o PVC nas redes e ramais, nesta fase o fator corrosão teve maior importância que os redutores de consumo, e as ligações passaram a ter diâmetros únicos de 3/4 de polegadas, incorporando como conseqüência os altos desperdícios das ligações não medidas, devido a uma oferta exagerada. Em nosso Estado o tubo de diâmetro 32 mm foi utilizado em condições tecnicamente incorretas ou em situações onde a falta de controle das ligações induziu à sua condenação, com o rótulo de "ineficiente para as redes de distribuição". Hodiernamente com o advento da necessidade de racionalização de custos e do controle de perdas, buscamos alternativas para o seu uso, motivo deste estudo.

3. RAMAL DOMICILIAR

3.1. VAZÃO DE PROJETO

Cabe ao Projetista estabelecer uma cota individual de consumo (per capta) fundamentado nas características regionais. Em alguns casos, porém, este parâmetro é imposto por normas em função das características dos clientes, do local, do tamanho dos imóveis e do número total de ligações.
É, portanto a partir deste valor que tudo se inicia, isto é, o per capta irá definir:

• O volume de água necessária para atender a demanda do projeto
• O diâmetro das redes
• O custo total da obra etc.

Assim em uma localidade cuja densidade populacional seja de 4,2 hab./domicilio, a variação do per capta terá as seguintes influências no volume final da demanda projetada.

Observe que o per capta tem um efeito multiplicador muito amplo, pois a sua variação é historicamente adotada com uma amplitude mínima de 50 L/hab./dia.

E no conforto da prancheta, o engenheiro limita um consumo Per Capta cujo resultado dependerá essencialmente da ocorrência simultânea de alguns dos seguintes fatores:

a) - Alta conscientização da sociedade e compromisso com a utilização racional;

b) - Existência de redutores de consumo, que consiste em um aparelho que instalado no cavalete, impede a passagem além de um volume pré estabelecido; ou

c) - Medição do consumo através de hidrômetros, seguida de cobrança proporcional ao uso.

d) O que assistimos porém durante décadas é que nenhum destes fatores acompanham a implantação das obras de abastecimento de água, e como conseqüência temos resultados desastrosos com insatisfação das populações beneficiadas com as redes e ligações, seguidas de criticas ao profissional projetista e mais acintosamente à empresa executora. Conseqüentemente para resolver o problema entra em ação as equipes de campo, munidos de ferramentas de Pitometria e produzem novos projetos "desmanchando" integralmente o original, pois geralmente constatam que:

e) - O abastecimento só e possível com a adoção de manobras (rodízio). E para garantir o rodízio são instalados novos registros e o que era para ser um sucesso de projeto vira um desastre. Com o consolo, porém de que com o aumento da produção de água, o bairro ou cidade passará ter água 24 h/dia. E em alguns casos a obra de ampliação chega e o problema não é resolvido, pois o desperdício é diretamente proporcional a oferta.


3.2. O RAMAL DE PROJETO

Nas condições de rede de diâmetro mínimo adotado de 60 mm, assenta-se um colar de tomada no tubo, e faz-se um furo com uma broca de diâmetro igual a 1/2" (meia polegada); ajusta-se um adaptador e conecta-se o ramal em tubo de polietileno de alta densidade (PAD) em diâmetro de 1/2", a seguir conecta-se um adaptador e é instalado um cavalete em ferro galvanizado no diâmetro de 3/4"

Pronto: Um novo usuário é conectado ao sistema de abastecimento, e na prancheta do projetista foi previsto que o mesmo iria ter um consumo de 150 l por cada habitante do imóvel, ou seja, uma média de 600 l/dia considerando uma ocupação de 4 hab. Por imóvel residencial.

A Realidade: Quando o engenheiro projetista estabeleceu a vazão de projeto por meio do Per capta Residencial, ele fundamentou-se em alguns parâmetros comportamentais, que somente irão ser concretizados, se a ligação domiciliar for dotada de HIDROMETRO, que vinculará custo a privilégios de se ter uma maior quantidade de água para utilização, em resumo:

“A VAZÃO DE PROJETO SOMENTE SE REALIZARÁ SE HOUVER O CONTROLE DO CONSUMO POR MEIO DO HIDROMETRO”

Todo sistema de abastecimento de água é projetado com a premissa de existência do hidrômetro, porém estes tem a instalação postergada, e o resultado final são sempre desastrosos, e insatisfatório do ponto de vista de um serviço adequado, pois a falta d´agua vai ocorrer, pois em um cavalete desprovido de hidrômetro a oferta é sempre muito elevada, pois um ramal que liga um barraco na favela é o mesmo que conecta as mansões, as escolas, ou até prédios de apartamentos; em um teste que realizamos no laboratório montado no pátio da Gercap, observamos por medidas físicas as seguintes vazões, em um reservatório situado em uma altura de 3,80 metros, com uma ligação de ½”.

Pressão Vazão na Torneira Vazão no Reservatório
Na Rede do Jardim (Litros/hora) (Litros/hora)

10 mca 1.263 698
15 mca 1.599 946
20 mca 1.895 1.043
25 mca 2.117 1.161

 A oferta no cavalete não medido, com uma pressão de 15 mca, representa um volume de 38.376 litros por dia, ou 1.151.280 litros por mês.

 Este Volume corresponde ao consumo de 77 ligações medidas

 Haverá previlégios de zonas baixas em detrimento de zonas altas exigindo assim a adoção de MANOBRAS.

Outros
Conclusão:

EM SISTEMAS NÃO MEDIDOS NADA SE REALIZA DO QUE É PROJETADO, e AUMENTAR A QUANTIDADE DE ÁGUA NO SISTEMA É COMO TENTAR ENCHER UM TONEL FURADO..
Continua com a proposta de redes por quadras, e micromedição.....

domingo, 24 de outubro de 2010

BOOSTER

BOOSTER Parte 2


Inovações Tecnológicas


Com o advento do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, a Sanecap elaborou um Plano Diretor de Abastecimento de Água, com vista a universalizar o Abastecimento de Água, em Cuiabá na região de abrangência da ETA Tijucal. Todo plano teve o seu inicio de implementação, porém foi interrompido e aguarda decisões para a retomada das obras, que prevê:


· Um centro de reservação no Distrito Industrial, no Bairro Nova Esperança, e no Pedra 90
· Um centro de reservação no Carumbé
· Um centro de reservação no Santa Cruz
· Um centro de reservação no Altos da Serra
· Um centro de reservação no Belvedere


Estes centros de reservação irão resolver um crucial problema de Cuiabá que é a insuficiência de reservatórios. E em consonância com uma concepção moderna e econômica de abastecimento, as regiões adjacentes a estes reservatórios, por não possuírem cota favorável a distribuição por gravidade, deverão ser atendidas por Boosters instalados junto ao Reservatório Apoiado e deverão ser dotados das seguintes características:


1. Motorização inteligente com a utilização de inversores de freqüência, e CLP’s que irá disponibilizar um volume de abastecimento em consonância com a demanda.


2. Monitoramento da energia elétrica, da pressão na rede, do tempo de funcionamento e do nível do reservatório.


3. Monitoramento de segurança com alarme de invasão na área das instalações.


As informações são transmitidas via rádio ou rede celular, e são controladas em um centro de controle operacional instalado na sede da Sanecap.


Atualmente já se encontra em operação o monitoramento de alguns pontos, devendo a rede ser estendida a todos os novos Boosters a serem instalados nas obras do PAC. Assim será possível identificar em tempo real quando qualquer anomalia causar o desabastecimento de uma área da cidade, promovendo uma atuação rápida das equipes de manutenção, assim como em alguns pontos da rede estão previsto monitoramento da pressão em pontos estratégicos, que irão fiscalizar diuturnamente a condição de cada setor de abastecimento da cidade; é a tecnologia presente em uma área que sempre foi operada no achismo e no escuro.

ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO

  ÁGUA CONTAMINADA EM BARÃO DE MELGAÇO   A notícia foi estampada em diversos jornais, água contaminada em Barão de Melgaço   A CAUSA: ...