PROJEÇÕES
CARTOGRÁFICAS
A confecção de uma carta exige, antes
de tudo, o estabelecimento de um método, segundo o qual, a cada ponto da
superfície da Terra corresponda um ponto da carta e vice-versa.
Diversos métodos podem ser empregados
para se obter essa correspondência de pontos, constituindo os chamados
"sistemas de projeções".
O problema básico das projeções
cartográficas é a representação de uma superfície curva em um plano. Em termos
práticos, o problema consiste em se representar a Terra em um plano. Como sabemos,
a forma de nosso planeta é representada, para fins de mapeamento, por um
elipsóide (ou por uma esfera, conforme seja a aplicação desejada) que é
considerada a superfície de referência a qual estão relacionados todos os
elementos que desejamos representar (elementos obtidos através de determinadas
tipos de levantamentos).
Podemos ainda dizer que não existe
nenhuma solução perfeita para o problema, e isto pode ser rapidamente
compreendido se tentarmos fazer coincidir a casca de uma laranja com a
superfície plana de uma mesa. Para alcançar um contato total entre as duas
superfícies, a casca de laranja teria que ser distorcida. Embora esta seja uma
simplificação grosseira do problema das projeções cartográficas, ela expressa
claramente a impossibilidade de uma solução perfeita (projeção livre de
deformações). Poderíamos então, questionar a validade deste modelo de
representação já que seria possível construir representações tridimensionais do
elipsóide ou da esfera, como é o caso do globo escolar, ou ainda expressá-lo matematicamente,
como fazem os geodesistas. Em termos teóricos esta argumentação é perfeitamente
válida e o desejo de se obter uma representação sobre uma superfície plana é de
mera conveniência. Existem algumas razões que justificam esta postura, e as
mais diretas são: o mapa plano é mais fácil de ser produzido e manuseado.
CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE COORDENADAS
Os sistemas de coordenadas são
necessários para expressar a posição de pontos sobre uma superfície, seja ela
um elipsóide, esfera ou um plano. É com base em determinados sistemas de
coordenadas que descrevemos geometricamente a superfície terrestre.
MERIDIANOS E PARALELOS
MERIDIANOS - São círculos máximos que,
em conseqüência, cortam a TERRA em duas partes iguais de pólo a pólo. Sendo
assim, todos os meridianos se cruzam entre si, em ambos os pólos. O meridiano
de origem é o de GREENWICH (0º).(*)
PARALELOS - São círculos que cruzam os
meridianos perpendicularmente, isto é, em ângulos retos. Apenas um é um círculo
máximo, o Equador (0º). Os outros, tanto no hemisfério Norte quanto no
hemisfério Sul, vão diminuindo de tamanho à proporção que se afastam do
Equador, até se transformarem em cada pólo, num ponto (90º).
(*) Meridiano Internacional de
Referência, escolhido em Bonn, Alemanha, durante a Conferência Técnica das
Nações Unidas para a Carta Internacional do Mundo ao milionésimo, como origem
da contagem do meridiano.
LATITUDE GEOGRÁFICA ( j )
É o arco contado sobre o meridiano do
lugar e que vai do Equador até o lugar considerado.
A latitude quando medida no sentido do
pólo Norte é chamada Latitude Norte ou Positiva. Quando medida no sentido Sul é
chamada Latitude Sul ou Negativa.
Sua variação é de: 0º a 90º N e;
0º a 90º S
LONGITUDE GEOGRÁFICA ( l )
É o arco contado sobre o Equador e que
vai de GREENWICH até o Meridiano do referido lugar.
A Longitude pode ser contada no sentido
Oeste, quando é chamada LONGITUDE OESTE DE GREENWICH (W Gr.) ou NEGATIVA. Se
contada no sentido Este, é chamada LONGITUDE ESTE DE GREENWICH (E Gr.) ou
POSITIVA.
A Longitude varia de: 0º a 180º W Gr.;
e
0º a 180º E Gr.
1) O mundo é dividido em 60 fusos, onde
cada um se estende por 6º de longitude. Os fusos são numerados de um a sessenta
começando no fuso 180º a 174º W Gr. e continuando para este. Cada um destes
fusos é gerado a partir de uma rotação do cilindro de forma que o meridiano de
tangência divide o fuso em duas partes iguais de 3º de amplitude
A cada fuso associamos um sistema
cartesiano métrico de referência, atribuindo à origem do sistema (interseção da
linha do Equador com o meridiano central) as coordenadas 500.000 m, para contagem de coordenadas ao longo do Equador, e 10.000.000 m ou 0 (zero) m, para
contagem de coordenadas ao longo do meridiano central, para os hemisfério sul e
norte respectivamente. Isto elimina a possibilidade de ocorrência de valores
negativos de coordenadas.
O sistema UTM é usado entre as
latitudes 84º N e 80º S.
Além desses paralelos a projeção
adotada mundialmente é a Estereográfica Polar Universal.
É a mais indicada para o mapeamento
topográfico a grande escala, e é o Sistema de Projeção adotado para o
Mapeamento Sistemático Brasileiro.
MACETES
Quando o projetista recebe os
levantamentos topográficos, este vem com informações de localizações por meio
de coordenadas, e o seu domínio deve ser fundamental para que possa obter o Maximo
de informações suplementares a partir do Google Earth, e do referido
levantamento.
1 – CUIABÁ ESTÁ INSERIDA NO SETOR 21 L, PORTANTO A
REPRESENTAÇÃO DA COORDENADA NO EIXO X SERÁ SEMPRE : 21 L XXX.XXX,XX
2
– QUANDO REFERENCIAMOS UM PONTO NO EIXO X, (PARA DIREITA), DISTANCIANDO PARA
ESTE (E), AS DISTANCIAS VÃO AUMENTANDO.
3
– SE DISTANCIAR-MOS PARA ESTE, MANTENDO A MESMA DISTANCIA DO EQUADOR, AS
COORDENADAS Y, MANTERÃO O MESMO VALOR.
EXEMPLO:
NA FIGURA O PONTO DE COORDENADA (593.798,14 m E – 8.274.543,10 m S), ESTÁ AFASTADO
NA MESMA HORIZONTAL DO PONTO DE COORDENADAS (594.291,79 m E – 8.274543,10 m S).
PORTANTO A DISTANCIA ENTRE ESTES DOIS PONTOS SERÁ DADO POR:
594.291,79
– 593798,14 = 493,65 m
4
– O PONTO A ESTÁ AFASTADO 500,00 m, VERTICAL DO PONTO DE COORDENADA (594.177,96
m E – 8.275.095,78), PORTANTO ESTE PONTO TERÁ A SEGUINTE COORDENADA;
8.275.095,78
– 500,00 m = 8274595,78
COORDENADA
DO PONTO A = (594.177,96 m E - 8274595,78 m S)
OBSERVE
QUE NO EIXO Y, DECRESCE RUMO AO POLO SUL, OU SE AFASTANDO DO EQUADOR.
5
– INDEPENDENTE DO PONTO AS COORDENADAS SERÃO SEMPRE PARA ESTE (E), e NORTE OU
SUL, E NO NOSSO CASO DE CUIABÁ, SERÁ SEMPRE ( ESTE E SUL)
ESPERO TER CONTRIBUIDO COM AS VÁRIAS SOLICITAÇÕES
SOBRE ESTE TEMA.
Fonte: IBGE, e o Autor