quinta-feira, 8 de abril de 2021

OBRAS DE SANEAMENTO

 

ETE tipo lagoa abandonada

No dia 8 de abril de 2.015, publicamos um artigo intitulado “OBRAS DE SANEAMENTO PUBLICO X PRIVADO” onde destacamos as seguintes manchetes:

·         METADE DAS OBRAS DE SANEAMENTO DO PAÍS ESTÁ PARADA, ATRASADA OU SEQUER FOI INICIADA

·         TCU APONTA QUE 57% DE 491 CONTRATOS DO PAC TÊM PROBLEMAS DE ANDAMENTO

·         NO BRASIL, 51,4% NÃO TÊM COLETA DE ESGOTO

·         DE 491 CONTRATOS ANALISADOS NO FIM DE 2013, 283 (57,6%) SE REFERIAM A OBRAS PARALISADAS, ATRASADAS OU NÃO INICIADAS. SOMENTE 58 (11,8%) FORAM EFETIVAMENTE CONCLUÍDOS.

·         Em nossa avaliação de cada 10 convênios (Obras), temos os seguintes resultados:

o   seis estão paralisados, inacabados, atrasados,

o   dois nem começaram, e

o dois terminaram com pendencias operacionais, o que pode ser considerado um absurdo

Dentre estes resultados entendo ser o mais frustrante, aquelas obras que terminam com pendencias operacionais. É um verdadeiro COICE nas expectativas dos cidadãos que aguardam um benefício tão importante para a saúde de toda população, que é a água tratada.

E para ilustrar esta situação, me lembrei de dois distritos famosos no Estado de Mato Grosso, pela sua potencialidade impar no turismo, pois estão localizados em área de muita beleza natural, porém em um deles a natureza foi generosa em quantidade de água, porém com uma qualidade imprópria para consumo humano em função da TURBIDEZ e da DUREZA DA ÁGUA.


Rio Quebó

 

A TURBIDEZ é uma característica física que indica a existência de partículas em suspensão ou coloidais, podendo ser de areia, restos de folha e até mesmo seres vivos como algas, protozoários e bactérias que além de turbidez, também podem causar à água cor, sabor e odor.

A DUREZA da água se refere à quantidade de bicarbonatos, carbonatos, sulfatos ou cloretos de cálcio e magnésio dissolvidos nela. Ou seja, quanto maior a quantidade desses sais dissolvidos na água, mais dura ela é considerada.

 

Do ponto de vista sanitário apenas a dureza elevada não é objetavel, podendo segundo a portaria 1.469 MS de 29/12/2.000 ter um VMP (valor máximo permitido) de 500 mg/l, ser padrão aceitavel para consumo humano;

 

Pois bem, isto é o que consta na portaria, porém quem utiliza da água sabe que com uma dureza média de 170 mg/l, a realidade é outra, pois não se tem espuma na lavagem de roupa, banho, e a panela fica com o fundo escuro quando ocorre o processo de fervura, além claro de ser impalatável..

 E para resolver o problema tivemos a oportunidade de elaborar um projeto técnico com previsão de remoção de turbidez por meio de procedimentos convencionais de tratamento, e remoção de DUREZA, com a utilização de ABRANDADORES.

Tudo muito bonito no papel, até vir a tão sonhada obra na comunidade, e ser incluída nas que terminam com PENDENCIAS, e que pendencia........., pois o mais importante não foi concluído que era o abrandamento para dar condições de uso integral, sendo o principal o de consumo humano.

Este, é o tipo de obra que frustra a comunidade que continua a importar água em condições desumanas para o consumo......

- Lembrei-me de quando um General na década de sessenta ao terminar um tratamento de esgoto de um quartel, e tendo utilizado um TANQUE IMHOFF, (que era uma tecnologia muita utilizada na época) (1) disse:

 - A obra está tão bem feita, que vou beber a água do efluente......

Se bebeu não sei, mas assim que deveria ser.

Deveria constar que o responsável pelos projetos e pelas obras de tratamento de água deveriam fazer a pré operação (start up), e consumir a água em Avant-première, pois se algo der errado ele que seja a cobaia, e que seja obviamente responsabilizado por isto, além de que com isso, estaria garantido que o conjunto de obras e equipamentos foi feito adequadamente e de acordo com as suas especificações, assegurando a população usuária, de que todas as etapas de funcionamento estão ocorrendo perfeitamente.

Descartando, obviamente, as ações do tempo como a ETA GUANDÚ no Rio de Janeiro que teve sua primeira etapa inaugurada em 1955, e chegou a ser em 2007 a ETA maior do Mundo pelo Guinness World Records. e hoje com a deterioração do manancial que a abastece todos sabemos o que está acontecendo. (Wikipédia)


ETA Guandú

                        (1)  - Tanque Imnhoff (entrada UFMT) – sucumbido pela urbanização

 

REFERENCIA:

 jorcyaguiar : obras de saneamento publico x privado

  jorcy-aguiar.eadbox.com

 



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